RESUMO
Introdução: Nos últimos anos, a vancomicina tem sido um dos antibióticos mais estudados devido as suas complicadas características farmacocinéticas, o que pode levar a um perfil muito variável nos diferentes usuários. Objetivos: A avaliar o processo de utilização da vancomicina nas unidades de terapia intensiva de dois hospitais do Grupo Hospitalar Conceição, caracterizando o perfil de uso, indicações, dose de ataque, doses usuais, além do monitoramento sérico e ajustes de dose.Métodos: Estudo observacional longitudinal, em que foram incluídos todos os pacientes maiores de 18 anos que fizeram uso de vancomicina, via endovenosa, na unidade de terapia intensiva por, no mínimo, 48h. Foram analisados sexo, idade, peso, altura, indicação de uso do antimicrobiano, dose de ataque, dose inicial, doses diárias, hora e data das administrações, valores de creatinina durante o uso da terapia, hora das coletas e resultados de nível sérico.Resultados: No Hospital Nossa Senhora da Conceição, 34% dos pacientes receberam dose de ataque e 24,5% receberam dose inicial de acordo com o preconizado. 39,5% das coletas de nível sérico foram adequadas, sendo encontrados 20,89% dos níveis dentro da faixa terapêutica. No Hospital Cristo Redentor, 14% dos pacientes receberam dose de ataque e 49,4% receberam dose inicial de acordo com o preconizado. 63% das coletas de nível sérico foram adequadas, sendo encontrados 22,75% dos níveis dentro da faixa terapêutica. Conclusões: O processo de utilização da vancomicina é minucioso, e a utilização desse fármaco de acordo com o preconizado, pode levar a um melhor desfecho clínico
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Masculino , Feminino , Humanos , Brasil , Cuidados Críticos , Saúde Pública , Sistema Único de Saúde , VancomicinaRESUMO
Objetivo: avaliar o índice de mobilidade dos pacientes na alta da UTI e correlacionar com as taxas de readmissão na unidade de terapia intensiva e de mortalidade hospitalar. Método: Trata se de um estudo retrospectivo, realizado através da análise de dados dos prontuários e do banco de dados do serviço de fisioterapia do Hospital Cristo Redentor de Porto Alegre-RS, amostra de caráter não probabilístico constituída de todos pacientes que faziam parte do banco de dados e internaram na UTI de agosto de 2015 a agosto de 2016. Através do banco de dados foi possível obter o índice de mobilidade do paciente segundo a ICU Mobility Scale e através dos prontuários, demais variáveis demográficas e epidemiológicas. Resultados: Foi possível traçar correlações da ICU Mobility Scale com o tempo de ventilação mecânica, tempo de permanência na UTI e tempo de permanência hospitalar e traçar o risco relativo de mortalidade hospitalar, RR de 0,69 com (IC 0,47 a 0,49) p<0,049, evidenciando que pacientes com um escore de 3 ou mais na pontuação da escala de mobilidade tem 31% menos chances de ir a óbito. Conclusão: Numa população de pacientes críticos internados em uma unidade de terapia intensiva de um hospital especializado em neurocirurgia e trauma, o nível de mobilidade obtido através da ICU Mobility Scale foi capaz de estabelecer o risco de mortalidade dos pacientes durante a sua internação hospitalar.
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Feminino , Brasil , Limitação da Mobilidade , Serviço Hospitalar de Fisioterapia , Saúde Pública , Sistema Único de SaúdeRESUMO
Trata-se de estudo exploratório descritivo, de abordagem qualitativa, que objetivou investigar como o usuário do SUS percebe o atendimento do Assistente Social na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Cristo Redentor GHC, o acolhimento e reconhecimento da política de humanização. Foi realizado entre os meses de outubro e novembro de 2016 na UTI do HCR na capital do Estado do Rio Grande do Sul, com a participação de familiares responsáveis pela internação do paciente. Os dados foram coletados através de entrevistas e analises. Adotou- se referencial metodológico Análise de Conteúdo nos discursos dos sujeitos pesquisados, identificando os temas centrais como significado de acolhimento; percepção dehumanização; reconhecimento de encaminhamentos.
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Masculino , Feminino , Humanos , Brasil , Saúde Pública , Serviço Social , Sistema Único de SaúdeRESUMO
Associar indicadores de mobilidade com o tempo de internação na UTI, tempo em ventilação mecânica e desenvolvimento de complicações respiratórias em pacientes submetidos á cirurgia abdominal. Métodos: Estudo prospectivo e observacional, realizado no período de março a julho de 2016. Foram registradas características basais e do processo intra e peri-operatório, e as características e complicações pós-operatórias, desfechos alta da UTI e óbito durante a internação. O desenvolvimento de complicações respiratórias foi avaliado pelo método proposto por Browning, Denehy e Scholes (2007). O primeiro dia de PO em que os pacientes sentaram á beira do leito, na poltrona, realizaram ortostatismo e deambularam foi registrado. Resultados: Dos 70 pacientes do estudo, 27% (n=19) desenvolveram complicações respiratórias. Os pacientes sem complicações apresentaram menor tempo de internação na UTI. Houve uma forte correlação entre o tempo com que os pacientes levaram para mobilização e o tempo de internação na UTI. O desfecho óbito ocorreu em 8,5% da amostra (n=6), e todos os pacientes com este desfecho nunca foram mobilizados. Conclusões: Pacientes em pós-operatório de cirurgia abdominal que não desenvolvem complicações respiratórias apresentam menor tempo de internação na UTI quando comparados com pacientes que apresentam tal desfecho. Além disso, houve uma forte correlação entre o tempo de internação na UTI e o tempo com que os pacientes levaram para ser mobilizados, indicando que a mobilização precoce é um fator determinante para o tempo de internação na UTI.
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Masculino , Feminino , Humanos , Brasil , Limitação da Mobilidade , Serviço Hospitalar de Fisioterapia , Saúde Pública , Sistema Único de SaúdeRESUMO
Objetivo: Verificar a relação entre o tempo médio de extubação da ventilação mecânica e a reintrodução segura da alimentação por via oral. Métodos: Estudo Observacional Transversal. Foram avaliados 42 pacientes, no período de março a novembro de 2014 em uma unidade de terapia intensiva, submetidos à avaliação clínica fonoaudiológica 24h após o processo de extubação da ventilação mecânica. Foi utilizado protocolo de avaliação clínica da deglutição, associado ao uso do Protocolo de Introdução e Transição da Alimentação por via oral (PITA), proposto por Padovani (2010). Resultados: Observou-se que 64,3% dos pacientes avaliados apresentaram prontidão para alimentação por via oral, porém não houve associação significativa entre o tempo de extubação e a prontidão para via oral. Entretanto, observou-se significância na associação entre prontidão para reintrodução de via oral e evolução para dieta sem restrição de consistências. Conclusão: Neste trabalho não houve significância entre o tempo médio de extubação da ventilação mecânica e a prontidão para reintrodução segura da alimentação por via oral. Entretanto, foi possível observar associação entre a prontidão para reintrodução da alimentação por via oral com um menor tempo de evolução plena para dieta normal (sem restrição de consistências)
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Masculino , Feminino , Humanos , Brasil , Transtornos de Deglutição , Serviço Hospitalar de Fisioterapia , Saúde Pública , Sistema Único de SaúdeRESUMO
Este estudo terá como objetivo identificar quais são os eventos adversos (EAs) mais prevalentes na população idosa internada na UTI em um determinado período de tempo. Trata-se de um estudo descritivo, prospectivo, do tipo transversal com abordagem quantitativa. A pesquisa será realizada a partir da coleta de dados feita através do preenchimento do instrumento específico, contendo dados epidemiológicos e demográficos dos pacientes idosos e a ocorrência de EAs. Os EAs pesquisados serão: tração de sonda nasoenteral (SNE), obstrução de SNE, tração de catéter venoso central, obstrução de cateter venoso central, tração de linha arterial, obstrução de linha arterial, extubação acidental, falha de extubação, reinternação em menos de 24 horas e queda. Essas informações serão obtidas através dos prontuários dos pacientes. A análise descritiva será realizada através de cálculos de média e desvio-padrão, mediana e intervalo interquartílico ou frequências absolutas e relativas. Para relacionar variáveis categóricas com a ocorrência de EA, será utilizado o teste do Qui-quadrado.
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Masculino , Feminino , Humanos , Idoso , Brasil , Saúde do Idoso , Unidades de Terapia Intensiva , Saúde Pública , Sistema Único de SaúdeRESUMO
O estudo visa analisar aspectos relacionados à permanência de pacientes obesos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), comparando-os com um grupo de pacientes não obesos. Método: Trata-se de uma coorte retrospectiva de 60 pacientes adultos (30 obesos e 30 não obesos) admitidos na UTI de um hospital público de Porto Alegre/RS, pareados quanto à idade, sexo e motivo da internação. Resultados: A idade média dos pacientes foi 59+12 anos, sendo 42 mulheres. Os pacientes obesos apresentaram maiores taxas de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM). O tempo de internação na UTI e de hospitalização foram respectivamente 12,5 (1-127) e 30,50 (7-143) dias no grupo dos obesos, os quais tiveram mais episódios de readmissão na UTI, porém, não significativo. A taxa de mortalidade associada à obesidade foi de 47%. A necessidade de ventilação mecânica (VM) nos obesos foi de 97%, enquanto nos não obesos 87%. O tempo de VM apresentou correlação com o peso dos pacientes (r=0,265; p<0,05) e com o tempo de internação na UTI (r=0,814; p<0,001). A duração da VM foi maior no grupo de obesos, bem como o número de falhas de desmame (p=0,006). Conclusões: Neste estudo houve uma maior prevalência de HAS e DM nosobesos. O tempo de VM apresentou correlação com o peso dos pacientes e com o tempo de internação na UTI. As falhas de desmame da VM foram maiores nos obesos, o que sugere a necessidade de uma abordagem criteriosa no processo de retirada da VM
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Masculino , Feminino , Humanos , Brasil , Pacientes Internados , Modalidades de Fisioterapia , Saúde Pública , Sistema Único de SaúdeRESUMO
Este estudo objetivou conhecer as percepções dos familiares e sua participação no processo de final de vida de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada com oito familiares de pacientes em fase final de vida internados na UTI de um hospital público de Porto Alegre - RS. Os dados foram coletados através de entrevistas individuais semi-estruturadas, realizadas no segundo semestre de 2010. Após transcrição das falas, os dados foram analisados segundo a metodologia de análise de conteúdo. Dos discursos dos entrevistados emergiram três categorias. O conhecimento dos familiares sobre a terminalidade é construído a partir de suas vivências, somadas à comunicação com a equipe de saúde. Os sentimentos são diversos, como angústia, insegurança, revolta, culpa e saudade. Sua participação nesta fase é caracterizada pelo desejo de estar ao lado da pessoa amada.
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Masculino , Feminino , Humanos , Brasil , Morte , Saúde Pública , Doente Terminal , Sistema Único de SaúdeRESUMO
A intubação orotraqueal (IOT) e ventilação mecânica (VM) são usadas clinicamente como suporte ventilatório em pacientes que são incapazes de manter uma adequada ventilação alveolar. A IOT pode causar ao trato respiratório superior complicações que podem determinar prejuízos no processo da deglutição. Verificar se há relação entre tempo de ventilação mecânica invasiva, força dos músculos respiratórios e a presença de disfagia orofaríngea. FORMA DE ESTUDO: Estudo transversal. O estudo foi realizado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Cristo Redentor, Porto Alegre-RS. Foram avaliados, pela Equipe da Fisioterapia e Fonoaudiologia, no período de dezembro 2010 à agosto 2011, 38 pacientes críticos/potencialmente críticos, maiores de 18 anos, ambos os gêneros, que fizeram uso de VM. A avaliação clínica fonoaudiológica identificou alterações no processo da deglutição em 71,1% dos pacientes. Apenas 34,2% dos pacientes apresentaram condições de receber dieta por VO sem restrição de consistência. Nos pacientes disfágicos a média da força muscular dos músculos inspiratórias foi similar aos pacientes não disfágicos (-55cm H20 x -54cmH20). A mediana do pico de fluxo da tosse reflexa foi maior no grupo que não apresentou disfagia (PFTR 90L/min) sendo que no grupo que apresentava disfagia moderada e severa a mediana era de 70L/min. A mediana do PFTR e da força dos músculos inspiratórios dos pacientes que falharam na extubação foi menor comparada aos pacientes que não falharam (PFTR 70 X 80L/min e PIMáx -43 x -67 cm H20). Tempo de ventilação mecânica, força dos músculos respiratórios e presença de disfagia não tiveram relação estatística significativa, ainda que estudos associem a presença mecânica do tubo orotraqueal como um fator preditor à disfagia.
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Masculino , Feminino , Humanos , Transtornos de Deglutição , Pacientes Internados , Unidades de Terapia Intensiva , Força Muscular , Serviço Hospitalar de Fisioterapia , Saúde Pública , Sistema Respiratório , Traqueostomia , Sistema Único de SaúdeRESUMO
Este projeto prevê a implantação de uma linha de cuidado específica à Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Nossa Senhora da Conceição. Tem como propósito principal a integralidade no cuidado destinado ao paciente crítico. Na concepção das linhas de cuidado preconiza-se o rompimento das ações uniprofissionais, isto é, a responsabilização dos profissionais com usuário desde a sua inserção na rede até a satisfação das suas necessidades individuais, respeitando suas limitações. As linhas de cuidado ao paciente crítico necessitam de atuação multiprofissional, potencializando a integralidade através da junção dos vários saberes e responsabilização pelo cuidado para a obtenção da qualificação do processo terapêutico e assistencial
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Cuidados Críticos , Unidades de Terapia Intensiva , Saúde Pública , Sistema Único de SaúdeRESUMO
As taxas de readmissão nas Unidades de Terapia Intensiva(UTI) e mortes inesperadas após alta, durante a mesma internação, estão sendo utilizadas como indicadores de qualidade de assistência à saúde. O objetivo deste estudo foi identificar os pacientes com risco de retornar a UTI, os motivos e as taxas associadas à readmissão e mortalidade após a estadia na UTI durante a mesma hospitalização. Trata-se de um estudo de coorte, prospectivo, observacional. Foram avaliadas informações clínicas -demográficas, desfecho e a contagem Stability and Workload Index for Transfer(SWIFT) de pacientes adultos críticos internados nas UTIs de dois hospitais públicos de Porto Alegre(RS/Brasil). A análise da variância, o índice de correlação de Pearson, e a elaboração de curvas ROC foram utilizadas para análise estatística, atávés do programa SPSS 17.0. As taxas de readmissão e mortes após a alta da UTI foram respectivamente 13,7 e 12,5% na UTI ( clínica-cirúrgica) e 9,3% e 4,2% na UTI2 (trauma/neurocirurgia).Houve diferença estatística significativa do SWIFT(p<0,05) nos pacientes da UTI1 em relação ao desfecho, não se repetindo nos da UTI2. A mortalidade entre os readmitidos foi 69,7%(UTI) e 48,50%(UTI2). A escala SWIFT apresentou maior eficácia em reconhecer os pacientes mais propensos à readmissão e óbitos após a alta em uma UTI clínica-cirúrgica. A readmissão dos pacientes na UTI durante a mesma hospitalização resulta em aumento da morbidade e mortalidade, tempo de permanência e custos totais.
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Masculino , Feminino , Humanos , Brasil , Morte , Hospitalização , Hospitais Públicos , Unidades de Terapia Intensiva , Saúde Pública , Hospitalização/estatística & dados numéricosRESUMO
A enfermagem tem um papel essencial no cuidado aos pacientes em terapia de substituição renal e sua continuidade. Dentre os fatores determinantes do sucesso na realização da terapia de substituição renal, destaca-se a disponibilidade de uma equipe de enfermagem habilitada para o seu manuseio. Objetivos: Identificar os cuidados de enfermagem prestados aos pacientes em terapia dialítica. Metodologia: Estudo de caráter exploratório descritivo com abordagem qualitativa. Resultados: A enfermagem presta assistência ao individuo em terapia de substituição renal observando, monitorando, realizando técnicas de enfermagem com habilidade e compromisso. Cuidados com acesso vascular, anticoagulação do sistema, dialisadores e demais componentes utilizados para realizar a terapia, condutas de enfermagem tomadas mediante complicações compõe a sistematização da assistência. Conclusões: Os cuidados de enfermagem indicados ao paciente em diálise continua ou convencional requerem assistência sistematizada da enfermagem e o paciente crítico com insuficiência renal será bem assistido mediante a visão holística das suas necessidades humanas associado a protocolos assistenciais baseados na literatura.
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Masculino , Feminino , Humanos , Brasil , Diálise , Enfermagem em Pós-Anestésico , Saúde PúblicaRESUMO
As alterações de ordem política, econômica e social apontam para necessidade de atualização dos profissionais e de suas práticas, repercutindo nas ações executadas em Unidades de Terapia Intensiva. Esta pesquisa buscou evidenciar as percepções dos enfermeiros de Terapia Intensiva sobre sua competência educacional. Os dados foram coletados por um questionário e analisados conforme a técnica de Análise de Conteúdo de Bardim. Os resultados apontaram que os enfermeiros realizaram práticas educativas como: espaço para discussões em serviço junto à equipe, participação junto ao programa de educação permanente e busca constante por qualificação profissional. As dificuldades assinaladas pelos sujeitos foram a falta de tempo diante das exigências de assistência direta ao paciente e ausência de estímulo aos trabalhadores. A competência educacional dos enfermeiros perpassa por discussões sobre questões técnicas e assistenciais, para a problematização de ações críticas, reflexivas e políticas em busca de uma atenção integral em saúde.