RESUMO
RESUMO Desde a obra freudiana podemos notar a importância que a psicanálise atribui aos ideais, tanto os parentais quanto os culturais, para a formação da subjetividade. Este estudo teórico-reflexivo tem por objetivo analisar as tramas do trabalho vincular, a partir dos conceitos de vínculo, ajenidad e incertidumbre, à luz da psicanálise vincular. Inspirados pelo referencial teórico, destacamos algumas das contribuições originais de J. Puget para o tema e refletimos sobre suas implicações e ressonâncias no âmbito vincular, político e social. Argumentamos que os vínculos engendram uma diferença radical sobre a qual o trabalho vincular é construído, envolvendo sempre um elemento de incerteza. Depreende-se disso que a incerteza social, como sintoma que se mostra exacerbado no contemporâneo, associada à fragilização dos vínculos, pode levar à criação defensiva de figuras de exclusão no campo social, típicas de regimes totalitários. Cabe à intervenção analítica a tarefa de desnudar a trama subterrânea do trabalho vincular.
ABSTRACT From the Freudian work we can notice the importance that psychoanalysis attributes to ideals, both parental and cultural, for the formation of subjectivity. This theoretical-reflective study aims to analyze the plots of the binding work, from the concepts of bond, ajenindad and incertidumbre from the bond psychoanalysis point of view. Inspired by the theoretical reference, we highlight some of J. Puget's original contributions to the theme and reflect on its implications and resonances in the political, social, and binding context. We state that bonds engender a radical difference on which the binding work is built, always involving an element of uncertainty. It follows that social uncertainty, as a symptom exacerbated in the contemporary times, associated with the weakening of bonds, can lead to the defensive creation of figures of exclusion in the social field, typical of totalitarian regimes. It is up to the analytic intervention to uncover the underground plot of binding work.
RESUMEN De la obra freudiana podemos notar la importancia que el psicoanálisis concede a los ideales, tanto parentales como culturales, para la formación de la subjetividad. Este estudio teórico-reflexivo tiene por objeto analizar las tramas del trabajo vincular, a partir de los conceptos de vínculo, ajenidad e incertidumbre, a la luz del psicoanálisis vincular. Inspirados por la referencia teórica, destacamos algunas de las contribuciones originales de J. Puget al tema y reflexionamos sobre sus implicaciones y resonancias en el ámbito vincular, político y social. Sostenemos que los vínculos generan una diferencia radical sobre la cual el trabajo vincular es construido, que siempre involucra un elemento de incertidumbre. De ello se desprende que la incertidumbre social, como síntoma exacerbado en el contemporáneo, asociado al debilitamiento de los vínculos, puede llevar a la creación defensiva de figuras de exclusión en el campo social, típicas de los regímenes totalitarios. La tarea de la intervención analítica es descubrir la trama subterránea del trabajo vincular.
RÉSUMÉ Depuis l'uvre freudienne, nous pouvons noter l'importance que la psychanalyse accorde aux idéaux, tant parentaux que culturels, pour la formation de la subjectivité. Cette étude théorique et de réflexion a pour but d'analyser les trames du travail du lien, à partir des concepts de lien, ajenindad and incertidumbre, à la lumière de la psychanalyse du lien. Inspirés par cette référence théorique, nous mettons en évidence quelques-unes des contributions originales de J. Puget sur le sujet et nous réfléchissons sur ses implications et résonances dans le domaine du lien, politique et social. Nous soutenons que les liens engendrent une différence radicale sur laquelle le travail de liaison est construit, apportant toujours un élément d'incertitude. Il s'ensuit que l'incertitude sociale, en tant que symptôme exacerbé dans le contemporain, associée à la fragilité des liens, peut conduire à la création défensive de figures d'exclusion dans le domaine social, qui sont typiques des régimes totalitaires. La tâche de l'intervention analytique est de découvrir la trame souterraine du travail du lien.
Assuntos
Psicanálise/métodos , Coesão Social , Narcisismo , Apego ao ObjetoRESUMO
A reforma psiquiátrica no Brasil mobilizou processos de desinstitucionalização que expandiram a experiência de cuidado de pessoas em intenso sofrimento psíquico. A prática clínica do acompanhamento terapêutico surge nesse contexto, atuando na expansão do setting analítico, ampliando espaços de escuta e intervenção. Neste artigo, por meio de vinhetas clínicas, discutiremos uma experiência de acompanhamento terapêutico em grupo, vivenciada num dispositivo chamado Desbravando São Paulo, cuja tarefa é a circulação pelos espaços públicos da cidade de São Paulo. O objetivo do artigo é refletir sobre os impactos dessa experiência no envoltório psíquico grupal e individual dos participantes. Observaram-se a intensificação de ansiedades relativas à fragilidade das fronteiras psíquicas e a possibilidade de manejos que as atendam. Conclui-se que o acompanhamento terapêutico em grupo pode ser utilizado como um artifício clínico para trabalhar sobre o envoltório psíquico grupal, e a partir dele sobre o envoltório psíquico individual.
The Psychiatric Reform in Brazil has mobilized deinstitutionalizing processes which have expanded the care experience of people in intense mental suffering. The clinical practice of therapeutic track arises from this context. It expands the psychoanalytic setting and it increases spaces for listening and intervention. In this paper, we shall discuss, through clinical vignettes, an experience of group therapeutic track. The experience takes place in an apparatus called "Exploring São Paulo". The task consists in circulating at public places of the city of São Paulo. The purpose of this paper is to reflect on its impacts in the psychic sheaths of both the group and the individuals who take part in this experience. We observe the intensification of anxieties which are related to the fragility of psychic borders, and the possible ways of taking care of them. We conclude that group therapeutic track may be used as a clinical tool in order to work, first, on the group psychic sheath and, then, on individual psychic sheaths.
La Reforma Psiquiátrica en Brasil movilizó procesos de desinstitucionalización que difundieron la experiencia de cuidado con personas en sufrimiento psíquico intenso. La práctica clínica del seguimiento terapéutico surgió en este contexto, actuando en la expansión del setting analítico, ampliando espacios de escucha e intervención. En este artículo, a través de casos clínicos, discutiremos una experiencia de seguimiento terapéutico en grupo, vivenciada en un dispositivo llamado Desbravando São Paulo (Explorando São Paulo), cuya tarea es circular por los espacios públicos de la ciudad de São Paulo. El objetivo de este artículo es la reflexión sobre los impactos de esta experiencia en la envoltura psíquica grupal e individual de los pacientes. Se observó que se intensifican las ansiedades relacionadas con la fragilidad de las fronteras psíquicas y la posibilidad de gestión que puedan cuidarlas. Se concluye que el seguimiento terapéutico en grupo puede utilizarse como un artificio clínico para trabajar sobre la envoltura psíquica grupal, y, a partir de ahí, sobre las envolturas psíquicas individuales.
La réforme du système psychiatrique au Brésil a mobilisée des processus de désinstitutionalisation qui ont élargi l'expérience de soins des personnes dans une intense souffrance psychique. La pratique clinique du suivi thérapeutique surgit dans ce contexte, en agissant dans l'expansion du setting analytique, et en élargissant les espaces d'écoute et d'intervention. Dans cette article, au moyen de vignettes cliniques, nous discuterons une expérience de suivi thérapeutique en groupe, vécu dans un dispositif appelé Desbravando (Déblayant) São Paulo, dont la tâche est la circulation par les espaces publiques de la ville de São Paulo. L'objectif de cet article est de réfléchir sur les impacts de cette expérience dans l'enveloppe psychique du groupe et celui individuel des participants. On a observé l'intensification d'anxiétés concernant la fragilité des frontières psychiques et la possibilité de maniements qui puissent les soigner. On conclut que le suivi thérapeutique en groupe peut être utilisé comme un artifice clinique pour travailler l'enveloppe groupale et, à partir de celle-ci, les enveloppes psychiques individuels.
RESUMO
Es una descripción acerca de la manera como comunidades originarias usan los sueños de, manera grupal y comunitaria con la experiencia de cientos de años. Se concentran en la experiencia con chamanes y con músicos.
It is a description about how as native communities in Mexico using the dreams of, way to group and community with the experience of hundreds of years. They focus on the experience with shamans and musicians.
É uma descrição sobre a maneira de como as comunidades originarias do Mèxico utilizam os sonhos de maneira grupal e comunitária com experiência de séculos. Eles enfocam a experiência com xamãs e músicos.
Assuntos
Psicanálise , Psicoterapia de GrupoRESUMO
Este artigo investiga a hipótese de que o sistema democrático como modelo de organização de grupos instituídos tem a função intersubjetiva de manter o vínculo social, ao transferir para o representante eleito o mal-estar da convivência, mas sem permitir ao representante o poder absoluto. O representante ocupa, portanto, a posição de tabu, que mantém o desejo narcísico e onipotente rejeitado entre os membros. Do ponto de vista do representante, significa submeter seu ideal de Eu aos ideais do grupo, num movimento contrário ao do líder descrito por Freud em Psicologia das massas e análise do eu. Essa hipótese foi usada para analisar a história de vida de um representante sindical e retratar seu sofrimento psíquico durante sua atuação e após a saída do sindicato. A psicanálise e a psicossociologia são as principais teorias de base utilizadas, em destaque os textos de S. Freud, R. Kaës, J. Barus-Michel e E. Enriquez.
L'article étude l'hypothèse que le système démocratique, que les groupes mis en place comme modèle d'organisation, il y a la fonction inter-subjective de garder le lien social, pour transférer à l'élu le malaise de vivre ensemble, mais sans permettre au représentant le pouvoir absolu. Le représentant maintient ainsi la position de tabou, qui maintient le désir narcissique et omnipotent rejeté par les membres. Du point de vue du représentant, signifie la soumission de l'idéal du Moi aux idéaux du groupe dans un mouvement opposé du leader décrit par S. Freud en Psychologie des foules et analyse du moi. Cette hypothèse a été utilisée pour analyser l'histoire de la vie d'un représentant syndical et présenter leur souffrance psychique au cours de son jeu et après avoir quitté le syndicat. La psychanalyse et la psychosociologie sont les principales bases théoriques utilisés, mis en évidence les écrits de S. Freud, R. Kaës, J. Barus-Michel et E. Enriquez.
Este texto investiga la hipótesis de que el sistema democrático como modelo de organización grupal tiene la función intersubjetiva para mantener el vínculo social, por transferir el malestar de la convivencia al representante electo, pero sin permitir que el representante tenga poder absoluto. Así, el representante ocupa el papel de tabú, manteniendo el deseo narcisista y omnipotente rechazado por los miembros. Del punto de vista del representante, significa someter su ideal del Yo a los ideales del grupo, un movimiento opuesto al líder descrito por Freud en Psicología de las masas y análisis del yo. Esta hipótesis se utilizó para analizar la historia de vida de un representante sindical y retratar su sufrimiento psíquico durante su actuación y después de salir del sindicato. El psicoanálisis y la psicosociología son la base principal de las teorías utilizadas, y destacan los escritos de S. Freud, R. Kaës, J. Barus-Michel y E. Enriquez.
The article examines the hypothesis that the democratic system as a model for organizing established groups has an intersubjective function of maintaining social bonds by transferring the discomfort of coexistence to the chosen representative, all without endowing the representative with absolute power. The representative therefore holds the taboo position, maintaining the narcissistic and omnipotent desire rejected by members. From the representative's point of view, this means subjugating his/her ego ideal to group ideals in a movement contrary to that of the leader; as described by Freud in Group psychology and the analysis of the ego. This hypothesis was used to analyze the life story of a union representative and to depict his psychological suffering during his mandate and after leaving the union. Psychoanalysis and psychosociology are the primary underlying theories used in particular texts by S. Freud, R. Kaës, J. Barus-Michel and E. Enriquez.
Assuntos
Democracia , Sindicatos , Psicanálise , Liderança , Apego ao ObjetoRESUMO
A prática clínica psicanalítica com casais e famílias possui especificidades que demandam maior cuidado, principalmente com relação a graduandos de Psicologia que a iniciam, para que conteúdos ligados à herança familiar não comprometam o atendimento clínico que oferecem. Diante disso, o presente artigo tem como intuito apresentar uma pesquisa de que teve como objetivo verificar se o Grupo Terapêutico de Mediação com estudantes de Psicologia seria capaz de favorecer o funcionamento do pré-consciente, no que se refere à elaboração psíquica de conteúdos ligados à trama inconsciente familiar. Sete estudantes participaram primeiramente de uma entrevista individual, em seguida de cinco encontros no Grupo Terapêutico de Mediação e, posteriormente, de uma entrevista individual final. Os resultados apontam que o Grupo Terapêutico de Mediação foi capaz de desenvolver a função pré-consciente dos estudantes, mostrando-se como um importante instrumento terapêutico, e que pode ser empregado como um como um cuidado complementar e como uma estratégia de formação para o estágio de prática clínica em Psicologia.
The psychoanalytic clinical practice with couples and families has specificities that require greater care, especially in relation to undergraduate Psychology initiating this practice, in order that the family heritage linked content does not compromise the clinical care they offer. Therefore, this article has the intention to present a research that aimed to verify that the Mediation Group Therapy with psychology students would be able to facilitate the operation of the pre-conscious, as regards the psychic elaboration of contents linked to the story family unconscious. Seven students took part in an individual interview, then they attended five meetings in Therapeutic Group Mediation, and then a final individual interview. The results show that the Therapeutic Mediation Group was able to develop the pre-conscious function of the students, showing up as an important therapeutic tool, which can be employed as a complementary care and as a training strategy for clinical practice internship in psychology.
La práctica clínica psicoanalítica con parejas y familias tiene especificidades que requieren mayor atención, especialmente en relación con los estudiantes de psicología que inician esta práctica, por lo que los contenidos relacionados con la herencia familiar no ponen en peligro la atención clínica que ofrecen. Por lo tanto, este artículo tiene la intención de presentar una investigación que tuvo como objetivo verificar que la Terapia de Grupo de Mediación con estudiantes de psicología sería capaz de facilitar el funcionamiento de lo pre-consciente, en cuanto a la elaboración psíquica de contenidos vinculados a la trama familia inconsciente. Siete estudiantes primero tomaron parte en una entrevista individual, entonces cinco reuniones en el Grupo Terapéutico Mediación, y luego una entrevista individual final. Los resultados muestran que el Grupo Terapéutico Mediación fue capaz de desarrollar la función de pre-consciente de los estudiantes, apareciendo como una herramienta terapéutica importante, que puede ser empleado como una atención complementaria y como estrategia de capacitación para la práctica clínica en psicología.
RESUMO
O objetivo deste artigo é discutir a formação em Educação Física, a partir dos discursos dos membros de uma Instituição de Ensino Superior. Como método de investigação e avaliação, realizamos uma sessão com o dispositivo do grupo operativo com professores, estudantes e um trabalhador desta Instituição. No processo de avaliação, o coletivo depositou o mal estar sentido na formação em distintos alvos, seja no currículo, ou na lógica de mercado, num movimento de cisão do objeto em positivo e negativo, característico do momento da pré-tarefa. Ao mesmo tempo, o grupo idealizou a construção de um currículo ampliado, como forma de resolução dos problemas vividos, que assumiu o lugar de uma utopia grupal.
This article aims to discuss the undergraduate program in Physical Education, through the discourses of members from a Higher Education Institution. We conducted a session of operative group device with professors, students and an employee from this Institution. In the evaluation process, participants reported negative feelings regarding the program in distinctive dimensions, such as program´s curriculum and market logic, splitting the object into positive and negative, typical of pre-task phase. At the same time, the group idealized the construction of an expanded curriculum, which took place as group utopia.
El objetivo de este artículo es discutir la formación en Educación Física, desde los discursos de los miembros de una Institución universitaria. Como método de investigación y evaluación, realizamos una sesión con un grupo operativo con profesores, estudiantes y un trabajador de la Institución. En el proceso de evaluación, el grupo depositó el mal estar de la formación en distintos aspectos, sea en el curriculum, o en la lógica del mercado, en un movimiento de cisión del objeto en positivo y negativo, característico del momento de la pre-tarea. Al mismo tiempo, el grupo idealizó la construcción de un curriculum ampliado, como forma para resolver los problemas, asumiendo el lugar de una utopia grupal.
Assuntos
Educação Física e Treinamento , Instituições Acadêmicas , Grupos FocaisRESUMO
Este artigo busca examinar as manifestações da ilusão em um grupo de adolescentes, a partir de uma reflexão crítica sobre seus desdobramentos no processo grupal. Para tal, o conceito de ilusão em psicanálise é brevemente retomado e três momentos identificados no funcionamento do grupo são discutidos. Trata-se de refletir sobre aspectos a serem considerados na utilização do dispositivo de grupo como instrumento de pesquisa e intervenção na adolescência, por meio da ilustração de um caso clínico de grupo e da metodologia utilizada - em especial o trabalho em torno de uma tarefa. Essa discussão apoia-se sobre as construções teórico-práticas que sustentam a psicanálise de grupo, notadamente sobre as noções de ilusão grupal de Anzieu, de emergente de Pichon-Rivière e aliança inconscientede de Kaës, fundamentais para a condução das sessões.
This paper aims to examine how illusion expresses itself within a group of adolescents, notably by reflecting on the consequences of such illusion for the group process. To this end, the concept of illusion in psychoanalysis will be briefly introduced and defined, and the three moments identified in the functioning of the group will be discussed. Through the example of a group clinical case and related applied methodology - especially task-oriented approach, this study is mainly meant to reflect on the aspects to be considered when using the group device as a research and counselling tool with adolescents. It is based on the theoretical, practical notions supporting group psychoanalysis, notably Anzieu's group illusion, Pichon's emergence and Kaës's unconscious alliance - essential for conducting the sessions.
Este artículo pretende examinar las manifestaciones de la ilusión grupal en el seno de un grupo de adolescentes, a partir de una reflexión crítica sobre las consecuencias de esta ilusión en el proceso grupal. Con este fin, presenta brevemente el concepto de ilusión en psicoanálisis y discute sobre los tres momentos identificados en el funcionamiento del grupo. Por medio de un caso clínico grupal y de la metodología aplicada - particularmente a través del enfoque orientado al cumplimiento de una tarea - se trata de reflexionar sobre los aspectos que se deben tomar en cuenta cuando se usa el dispositivo grupal como instrumento de investigación e intervención ante los adolescentes. Esta discusión se apoya en las construcciones teórico-prácticas que constituyen el psicoanálisis de grupo, especialmente en las nociones de ilusión grupal (Anzieu), emergente (Pichon) y alianza inconsciente (Kaës), esenciales para la conducción de las sesiones.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Psicanálise , Psicoterapia de GrupoRESUMO
Coordenar grupos com populações oprimidas no Brasil questiona nossos modos de pensar e operar com as teorias psicanalíticas de grupo. Os impasses desse encontro demandam diálogos com autores que refletiram sobre as especificidades da realidade brasileira. Neste artigo, abordaremos o pensamento de Paulo Freire sobre a problemática da opressão e sua superação em dois de seus textos. Nosso objetivo é o de avançar na inclusão da problemática dos efeitos subjetivos da opressão e seu manejo no repertório conceitual das teorias psicanalíticas de grupo. Para tanto, cotejamos a literatura com os desafios que se apresentam em nossa prática com grupos. Partimos da visão freiriana sobre o papel de nosso passado colonial nas estruturas atuais de opressão e em suas ramificações subjetivas. Seguimos apresentando vinhetas de grupo sobre o retorno dessas questões na transferência. Em seguida, buscamos uma caracterização metapsicológica da libertação como modalidade de vínculo. Nesse percurso, dialogamos com questões sobre o mal-estar em nosso mundo globalizado. Encerramos formulando a hipótese de um vínculo de libertação em termos psicanalíticos de grupo e discutindo seu potencial.
Coordinating groups with oppressed people in Brazil questions how we understand and operate with group psychanalytic theories. The challenges in such work demand dialog with authors who had thought about the specificities of Brazilian reality. In this article, we shall approach Paulo Freire's thought on oppression and its overcome in two of his books. Our objective is to advance in including the question of the subjective effects of oppression in how to handle it in the repertoire of the psychoanalytic group theories. In order to do so, we relate the literature with the challenges we face in our group practice. We start with Freire's view of the role our colonial past has had in nowadays structures of oppression and its subjective ramifications. We then present group vignettes on how such questions retour in transference. Next, we aim at a metapsychological characterization of liberations as a bounding modality. Along the way, we dialog with the malaise in our contemporary society. We finish formulating the hypothesis of a liberation bound in psychoanalytical group terms and discussing its potential.
Coordinar grupos con poblaciones oprimidas en Brasil cuestiona nuestra manera de pensar y haceroperar las teorías psicoanalíticas de grupo. Callejones sin salida que demandan diálogos con los autores que reflexionaron sobre los aspectos específicos de la realidad brasileña. En este artículo, abordaremos la problemática de la opresión y de su superación apoyando-nos en dos textos de Paulo Freire. Nuestro objetivo es avanzar en la inclusión de la cuestión de los efectos subjetivos de la opresión y de su gestión en el repertorio conceptual de las teorías psicoanalíticas de grupo. Por lo tanto, cotejamos la literatura con los retos que se plantean en nuestra práctica con grupos. Partimos de la visión de Freire del role de nuestro pasado colonial en las estructuras actuales de la opresión y sus ramificaciones subjetivas. Seguimos presentando viñetas de grupo sobre el regreso de estos problemas en la transferencia. Luego buscamos una caracterización metasicológica de la liberación como modo de vínculo. En el camino, dialogamos con el malestar en nuestro mundo globalizado. Terminamos con la formulación de la hipótesis de un vínculo de liberación en términos psicoanalíticos de grupo y discutimos su potencial.
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Psicanálise , Psicoterapia de Grupo , Cultura , Processos GrupaisRESUMO
Diante da autocensura de Freud em "Psicologia das massas", por ter sido injusto ao priorizar o líder e deixar em segundo plano o fator da sugestão mútua no grupo (as relações de cada indivíduo com os outros indivíduos), a autora pretende refletir sobre a dinâmica e a potência terapêutica do grupo, utilizando os conceitos de identificação projetiva e transferência-contratransferência. Faz uma analogia entre o arco-íris e o grupo, e recorta trechos de uma sessão de psicanálise de grupo, com o propósito de investigar o desenvolvimento e conhecimento científico da psicanálise de grupo sobre temas como "o inexplicável contágio", "o heterogêneo que submerge", "as contradições da mente grupal", um vasto campo ainda a ser aprofundado.(AU)
Taking into account Freud's self-censorship in "The Psychology of the Masses", in which he considered himself unfair for prioritizing the leader and putting the factor of mutual suggestion of individuals in the group on the back burner (each individual's relationship with other individuals), the author aims to reflect on the group dynamics and therapeutic potential by using the concepts of projective identification and transference-countertransference. She makes an analogy between the rainbow and the group. She also uses excerpts of a psychoanalytic group session in order to investigate the development and the scientific knowledge of group psychoanalysis about some topics such as "the unexplainable contagious," "the submerging heterogeneous", "the contradictions of the group mind" - these topics consist in a vast field of study to be explored.(AU)
Frente a la autocensura de Freud en su texto "Psicología de las masas" por haber sido injusto al priorizar el líder, dejando en segundo plano el factor de la sugestión mutua en el grupo (las relaciones de cada individuo sobre los demás); la autora tiene como objetivo reflexionar sobre la dinámica y el poder terapéutico del grupo utilizando los conceptos de identificación proyectiva y transferencia-contratransferencia. Estableciendo una analogía entre el arco iris y el grupo, recorta extractos de una sesión de psicoanálisis de grupo, con el fin de investigar el desarrollo y el conocimiento científico del psicoanálisis de grupo sobre temas como "el contagio inexplicable", "lo heterogéneo sumergido" y "las contradicciones de la mente grupal", delineando un vasto campo a ser aún profundizado.(AU)
Assuntos
Psicoterapia de Grupo , Psicanálise , Transferência PsicológicaRESUMO
O autor apresenta a técnica de grupanálise sob diferentes vertentes. O grupo inicia a terapia idealizando o analista como um super-homem, mágico, "sujeito do suposto saber", mas o analista sabe que, atrás dessa máscara, existem fantasias terríveis de "assassinato do Pai", constituindo a calamidade edípica.(AU)
The author presents group analysis technique under different aspects. The group starts the therapy with an idealization of the analyst; he is seen as a superman, magician, "the subject supposed-to-know" (who has the supposed knowledge). However, behind that mask, the analyst knows there are terrible fantasies of "father's murder", which constitute the Oedipal calamity.(AU)
El autor presenta la técnica de análisis de grupo a partir de diversos vértices. Afirma que el grupo comienza la terapia idealizando al analista como un súper-hombre mágico, el "sujeto supuesto saber", pero el analista sabe que por detrás de esa máscara existen terribles fantasías sobre el "asesinato del Padre", lo que constituye la calamidad edípica.(AU)
Assuntos
Psicoterapia de Grupo , Psicanálise , Complexo de Édipo , Transferência PsicológicaRESUMO
Ao trabalhar-se com grupos, é muito frequente trabalhar-se em grupo. O conceito de intertransferência de René Kaës constitui uma rara contribuição para entendermos psicanaliticamente o trabalho em equipe interpretante. Neste artigo, apresentamos os conceitos de "intertransferência" e "análise da intertransferência" (ait), contrastando os diferentes textos do autor sobre o assunto entre 1976 e 2004. O conceito de 'intertransferência' aborda a especificidade da problemática da contratransferência quando trabalhamos em equipe. A AIT pressupõe o trabalho da equipe interpretante de associar suas experiências uns com os outros, com suas instituições de pertencimento e com o grupo atendido. Identificamos e comentamos algumas diferenças entre os textos analisados.(AU)
When one works with groups, working in a group (of analysts) is something that happens very frequently. René Kaës's concept of intertransference constitutes a rare contribution to our psychoanalytic understanding of working in a interpreting team. In this article, we present the concepts of inter-transference and inter-transferential analysis (ita) by comparing different works about this subject that were written by that author from 1976 to 2004. The concept of inter-transference approaches the specificity of the problematic of countertransference that is observed when we work in a team. The ita implies a work of the interpreting team in associating their experiences with each other, with their institutions of belonging, and with the attended group. We identify and comment some differences among the examined papers.(AU)
Trabajar con grupos muy frecuentemente es trabajar en grupo. El concepto de intertransferencia de René Kaës constituye una rara contribución para pensar psicoanalíticamente el trabajo en equipo interpretante. En este artículo, presentaremos los conceptos de intertransferencia y análisis de la intertransferencia (ait) realizando un contraste entre los diferentes textos escritos por el autor entre 1972 y 2004. El concepto de intertransferencia aborda la especificidad de la problemática de la contratransferencia cuando trabajamos en equipo. El AIT presupone el trabajo del equipo interpretante de asociar sobre sus experiencias unos con otros, con sus instituciones de pertenencia y con el grupo atendido. Identificamos y comentamos algunas diferencias entre los textos analizados.(AU)
Assuntos
Psicoterapia de Grupo , Transferência PsicológicaRESUMO
Ao trabalhar-se com grupos, é muito frequente trabalhar-se em grupo. O conceito de intertransferência de René Kaës constitui uma rara contribuição para entendermos psicanaliticamente o trabalho em equipe interpretante. Neste artigo, apresentamos os conceitos de "intertransferência" e "análise da intertransferência" (ait), contrastando os diferentes textos do autor sobre o assunto entre 1976 e 2004. O conceito de 'intertransferência' aborda a especificidade da problemática da contratransferência quando trabalhamos em equipe. A AIT pressupõe o trabalho da equipe interpretante de associar suas experiências uns com os outros, com suas instituições de pertencimento e com o grupo atendido. Identificamos e comentamos algumas diferenças entre os textos analisados...
When one works with groups, working in a group (of analysts) is something that happens very frequently. René Kaës's concept of intertransference constitutes a rare contribution to our psychoanalytic understanding of working in a interpreting team. In this article, we present the concepts of inter-transference and inter-transferential analysis (ita) by comparing different works about this subject that were written by that author from 1976 to 2004. The concept of inter-transference approaches the specificity of the problematic of countertransference that is observed when we work in a team. The ita implies a work of the interpreting team in associating their experiences with each other, with their institutions of belonging, and with the attended group. We identify and comment some differences among the examined papers...
Trabajar con grupos muy frecuentemente es trabajar en grupo. El concepto de intertransferencia de René Kaës constituye una rara contribución para pensar psicoanalíticamente el trabajo en equipo interpretante. En este artículo, presentaremos los conceptos de intertransferencia y análisis de la intertransferencia (ait) realizando un contraste entre los diferentes textos escritos por el autor entre 1972 y 2004. El concepto de intertransferencia aborda la especificidad de la problemática de la contratransferencia cuando trabajamos en equipo. El AIT presupone el trabajo del equipo interpretante de asociar sobre sus experiencias unos con otros, con sus instituciones de pertenencia y con el grupo atendido. Identificamos y comentamos algunas diferencias entre los textos analizados...
Assuntos
Humanos , Psicoterapia de Grupo , Transferência PsicológicaRESUMO
O autor apresenta a técnica de grupanálise sob diferentes vertentes. O grupo inicia a terapia idealizando o analista como um super-homem, mágico, "sujeito do suposto saber", mas o analista sabe que, atrás dessa máscara, existem fantasias terríveis de "assassinato do Pai", constituindo a calamidade edípica...
The author presents group analysis technique under different aspects. The group starts the therapy with an idealization of the analyst; he is seen as a superman, magician, "the subject supposed-to-know" (who has the supposed knowledge). However, behind that mask, the analyst knows there are terrible fantasies of "father's murder", which constitute the Oedipal calamity...
El autor presenta la técnica de análisis de grupo a partir de diversos vértices. Afirma que el grupo comienza la terapia idealizando al analista como un súper-hombre mágico, el "sujeto supuesto saber", pero el analista sabe que por detrás de esa máscara existen terribles fantasías sobre el "asesinato del Padre", lo que constituye la calamidad edípica...
Assuntos
Complexo de Édipo , Psicanálise , Psicoterapia de Grupo , Transferência PsicológicaRESUMO
Diante da autocensura de Freud em "Psicologia das massas", por ter sido injusto ao priorizar o líder e deixar em segundo plano o fator da sugestão mútua no grupo (as relações de cada indivíduo com os outros indivíduos), a autora pretende refletir sobre a dinâmica e a potência terapêutica do grupo, utilizando os conceitos de identificação projetiva e transferência-contratransferência. Faz uma analogia entre o arco-íris e o grupo, e recorta trechos de uma sessão de psicanálise de grupo, com o propósito de investigar o desenvolvimento e conhecimento científico da psicanálise de grupo sobre temas como "o inexplicável contágio", "o heterogêneo que submerge", "as contradições da mente grupal", um vasto campo ainda a ser aprofundado...
Taking into account Freud's self-censorship in "The Psychology of the Masses", in which he considered himself unfair for prioritizing the leader and putting the factor of mutual suggestion of individuals in the group on the back burner (each individual's relationship with other individuals), the author aims to reflect on the group dynamics and therapeutic potential by using the concepts of projective identification and transference-countertransference. She makes an analogy between the rainbow and the group. She also uses excerpts of a psychoanalytic group session in order to investigate the development and the scientific knowledge of group psychoanalysis about some topics such as "the unexplainable contagious," "the submerging heterogeneous", "the contradictions of the group mind" - these topics consist in a vast field of study to be explored...
Frente a la autocensura de Freud en su texto "Psicología de las masas" por haber sido injusto al priorizar el líder, dejando en segundo plano el factor de la sugestión mutua en el grupo (las relaciones de cada individuo sobre los demás); la autora tiene como objetivo reflexionar sobre la dinámica y el poder terapéutico del grupo utilizando los conceptos de identificación proyectiva y transferencia-contratransferencia. Estableciendo una analogía entre el arco iris y el grupo, recorta extractos de una sesión de psicoanálisis de grupo, con el fin de investigar el desarrollo y el conocimiento científico del psicoanálisis de grupo sobre temas como "el contagio inexplicable", "lo heterogéneo sumergido" y "las contradicciones de la mente grupal", delineando un vasto campo a ser aún profundizado...
Assuntos
Humanos , Psicanálise , Psicoterapia de Grupo , Transferência PsicológicaRESUMO
Neste artigo propomos alguns apontamentos sobre a arqueologia e a gênese dos dispositivos psicanalíticos de grupo franceses utilizados por René Kaës com vistas a permitir uma melhor compreensão dos mesmos. Identificamos os T-groups de origem lewiniana e o psicodrama moreniano como os dois principais dispositivos da pré-historia da psicanálise de grupo francesa. Os dispositivos de grupo utilizados por René Kaës seriam assim oriundos de um processo de reinvençãoque nega e ao mesmo tempo deixa traços nos novos dispositivos. O uso de seminários intensivos, a perspectiva formativa e a afirmação da primazia da palavra em todos os grupos são exemplos deste processo
In order to promote a better understanding of the psychoanalytical group settings employed by René Kaës, this article explores some aspects of their archeology and genesis. We identify the T-groups, originated from Kurt Lewin, and the Psychodrama, from Moreno, as the two main group settings of the French Group Psychoanalysis prehistory. The group settings employed by René Kaës would be originated from a process of reinventing them, which has simultaneously denied and let some of their traces endure into the new settings. The use of intensive seminars, the formative perspective, and the proposition of the speech as the cornerstone to all kinds of group work are examples from this process
En este artículo proponemos algunos apuntes sobre la arqueología y génesis de los dispositivos psicoanalíticos de grupo franceses utilizados por René Kaës, con vistas à permitir una mejor comprensión de los mismos. Identificamos los T-groups de origen lewiniana, y el psicodrama moreniano, como los dos dispositivos principales de la "prehistoria" del psicoanálisis de grupo francés. Los dispositivos de grupo utilizados por René Kaës serían entonces oriundos de un proceso de "re-invención" que niega los dispositivos anteriores, y al mismo tiempo conserva algunos de sus trazos. El uso de "seminarios intensivos", la perspectiva de formación y la afirmación de la primacía de la palabra en todos los grupos son ejemplos de este proceso.
Assuntos
Arqueologia , Psicanálise , Psicoterapia de GrupoRESUMO
Neste artigo é discutido como o grupo é apreendido na Esquizoanálise, pois pretende-se localizar contribuições desta teoria para a intervenção com grupos. Realizamos revisão bibliográfica em toda obra dos franceses G. Deleuze e F. Guattari e do argentino-brasileiro G. F. Baremblitt e encontramos duas importantes contribuições: a discussão acerca da tetravalência do dispositivo e a invenção de um novo campo que articula Esquizoanálise e intervenção, chamado de Esquizodrama. Consideramos que conhecer o funcionamento da tetravalência de cada dispositivo de intervenção possibilita uma maior compreensão e manejo de seus efeitos. Entendemos que o Esquizodrama é um campo híbrido com diversas referências e que busca dramatizar os conceitos esquizoanalíticos. Concluímos que os dispositivos teóricos e técnicos da Esquizoanálise contribuem ao fomento dos processos de desterritorialização e subjetivação.
In this article is discussed how the group is perceived in Schizoanalysis, because we search for contributions of this theory to groups intervention. It is performed a bibliographical review in all work of G. Deleuze, F. Guattari and G. Baremblitt and we find two important contributions: the discussion about the device tetravalence and the invention of a new field that intertwines Schizoanalysis and intervention, called Schizodrama. It is considered that the understanding of the operation of the tetravalence of each intervention device makes possible a bigger knowledge and handling of its effects. The Schizodrama is understood as a hybrid field with several references that searches to dramatize the schizoanalytics concepts. We conclude that the theoretical and technical devices of Schizoanalysis contribute to the incitement of the processes of deterritorialization and subjectivation.
En este artículo es discutido cómo el grupo es pensado en Esquizoanálisis, pues se pretende buscar contribuciones de esta teoría para la intervención con grupos. Realizamos una revisión bibliográfica en todo el trabajo de los franceses G. Deleuze y F. Guattari y del argentino-brasileño G. F. Baremblitt y encontramos dos importantes contribuciones: la discusión sobre la tetravalencia del dispositivo y la invención de un nuevo campo que articula Esquizoanálisis e intervención, llamado de Esquizodrama. Consideramos que conocer el funcionamiento de la tetravalencia de cada dispositivo de intervención posibilita una mejor comprensión y manejo de sus efectos. Entendemos que el Esquizodrama es un campo híbrido con diversas referencias y que busca dramatizar los conceptos esquizoanalíticos. Concluimos que los dispositivos teóricos y técnicos del Esquizoanálisis contribuyen para la incitación de los procesos de desterritorialización y subjetivación.
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Esquizofrenia , Psicanálise , PsicodramaRESUMO
No Brasil e no mundo, atualmente são muitos os profissionais que trabalham com pequenos grupos. Ao menos entre nós, o trabalho é muito frequentemente realizado de modo empírico, sem o suporte de uma teoria de grupo. O referencial de Grupos Operativos é muito evocado, porém pouco conhecido de fato. Nos casos em que o profissional busca saber sobre essa abordagem, costuma encontrar dificuldades grandes para integrar à sua prática o conhecimento atualmente disponível nos textos em português. Este artigo representa uma estratégia para uma primeiríssima leitura introdutória sobre os Grupos Operativos. Nele, visamos um recorte sintético e funcional dos conceitos, noções e pressupostos estruturantes da teoria dos Grupos Operativos e da técnica dos Grupos operativos de Aprendizagem. Tais elementos são apresentados em suas relações com outras teorias e em especial com a perspectiva psicanalítica de grupo. Assim, introduzimos o Grupo Operativo comprometidos com seu caráter prático e destacando sua inserção histórica no ramo das teorias psicanalíticas de grupo.
There are many professionals who work with small groups nowadays in Brazil and around the world. At least among us, such work is very frequently conducted empirically, with no reference to any group theory. The Operative Group approach is very commonly mentioned in such work, but not much known in reality. Even when the professional is committed to start learning about it, she (or he) usually has major difficulties in integrating the knowledge available in the texts in Portuguese into his work. This paper represents a strategy for a very first, short and practical introductory reading on Operative Groups. We aim at a synthetic and functional selection of concepts, notions and assumptions which structure the Operative Groups theory and the Learning Operative Group technique. Such elements are presented in their relation to other theories and especially in relation to the psychoanalytical perspective on groups. We thus introduce the Operative Groups committed to its practical value and highlighting its historical insertion in the branch of group psychoanalysis.
En Brasil y en el mundo, son muchos los profesionales que trabajan con pequeños grupos. Al menos en Brasil, el trabajo es frecuentemente realizado de modo empírico, sin el soporte de una teoría de grupo. El abordaje de los Grupos Operativos es muy nombrado entre nosotros pero poco conocido de hecho. En los casos en los cuales el profesional busca saber sobre este abordaje, parece tener mucha dificultad para integrar el conocimiento actualmente disponible en los textos en portugués a su práctica. Este artículo es una estrategia para una primerísima lectura introductoria sobre los grupos operativos. En este texto intentamos un recorte sintético y funcional de los conceptos, nociones y presupuestos de la teoría de Grupo Operativo y técnica de Grupo Operativo de Aprendizaje. Estos elementos son presentados en sus relaciones con otras teorías y en especial con la perspectiva psicoanalítica de grupo. Así introducimos al Grupo Operativo comprometidos con su carácter práctico y de modo a destacar su inserción histórica en el área de las teorías psicoanalíticas de grupo.
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Grupos de Autoajuda , Psicoterapia de GrupoRESUMO
No Brasil e no mundo, atualmente são muitos os profissionais que trabalham com pequenos grupos. Ao menos entre nós, o trabalho é muito frequentemente realizado de modo empírico, sem o suporte de uma teoria de grupo. O referencial de Grupos Operativos é muito evocado, porém pouco conhecido de fato. Nos casos em que o profissional busca saber sobre essa abordagem, costuma encontrar dificuldades grandes para integrar à sua prática o conhecimento atualmente disponível nos textos em português. Este artigo representa uma estratégia para uma primeiríssima leitura introdutória sobre os Grupos Operativos. Nele, visamos um recorte sintético e funcional dos conceitos, noções e pressupostos estruturantes da teoria dos Grupos Operativos e da técnica dos Grupos operativos de Aprendizagem. Tais elementos são apresentados em suas relações com outras teorias e em especial com a perspectiva psicanalítica de grupo. Assim, introduzimos o Grupo Operativo comprometidos com seu caráter prático e destacando sua inserção histórica no ramo das teorias psicanalíticas de grupo.(AU)
There are many professionals who work with small groups nowadays in Brazil and around the world. At least among us, such work is very frequently conducted empirically, with no reference to any group theory. The Operative Group approach is very commonly mentioned in such work, but not much known in reality. Even when the professional is committed to start learning about it, she (or he) usually has major difficulties in integrating the knowledge available in the texts in Portuguese into his work. This paper represents a strategy for a very first, short and practical introductory reading on Operative Groups. We aim at a synthetic and functional selection of concepts, notions and assumptions which structure the Operative Groups theory and the Learning Operative Group technique. Such elements are presented in their relation to other theories and especially in relation to the psychoanalytical perspective on groups. We thus introduce the Operative Groups committed to its practical value and highlighting its historical insertion in the branch of group psychoanalysis.(AU)
En Brasil y en el mundo, son muchos los profesionales que trabajan con pequeños grupos. Al menos en Brasil, el trabajo es frecuentemente realizado de modo empírico, sin el soporte de una teoría de grupo. El abordaje de los Grupos Operativos es muy nombrado entre nosotros pero poco conocido de hecho. En los casos en los cuales el profesional busca saber sobre este abordaje, parece tener mucha dificultad para integrar el conocimiento actualmente disponible en los textos en portugués a su práctica. Este artículo es una estrategia para una primerísima lectura introductoria sobre los grupos operativos. En este texto intentamos un recorte sintético y funcional de los conceptos, nociones y presupuestos de la teoría de Grupo Operativo y técnica de Grupo Operativo de Aprendizaje. Estos elementos son presentados en sus relaciones con otras teorías y en especial con la perspectiva psicoanalítica de grupo. Así introducimos al Grupo Operativo comprometidos con su carácter práctico y de modo a destacar su inserción histórica en el área de las teorías psicoanalíticas de grupo.(AU)
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Psicoterapia de Grupo , Grupos de AutoajudaRESUMO
Neste artigo é discutido como o grupo é apreendido na Esquizoanálise, pois pretende-se localizar contribuições desta teoria para a intervenção com grupos. Realizamos revisão bibliográfica em toda obra dos franceses G. Deleuze e F. Guattari e do argentino-brasileiro G. F. Baremblitt e encontramos duas importantes contribuições: a discussão acerca da tetravalência do dispositivo e a invenção de um novo campo que articula Esquizoanálise e intervenção, chamado de Esquizodrama. Consideramos que conhecer o funcionamento da tetravalência de cada dispositivo de intervenção possibilita uma maior compreensão e manejo de seus efeitos. Entendemos que o Esquizodrama é um campo híbrido com diversas referências e que busca dramatizar os conceitos esquizoanalíticos. Concluímos que os dispositivos teóricos e técnicos da Esquizoanálise contribuem ao fomento dos processos de desterritorialização e subjetivação.(AU)
In this article is discussed how the group is perceived in Schizoanalysis, because we search for contributions of this theory to groups intervention. It is performed a bibliographical review in all work of G. Deleuze, F. Guattari and G. Baremblitt and we find two important contributions: the discussion about the device tetravalence and the invention of a new field that intertwines Schizoanalysis and intervention, called Schizodrama. It is considered that the understanding of the operation of the tetravalence of each intervention device makes possible a bigger knowledge and handling of its effects. The Schizodrama is understood as a hybrid field with several references that searches to dramatize the schizoanalytics concepts. We conclude that the theoretical and technical devices of Schizoanalysis contribute to the incitement of the processes of deterritorialization and subjectivation.(AU)
En este artículo es discutido cómo el grupo es pensado en Esquizoanálisis, pues se pretende buscar contribuciones de esta teoría para la intervención con grupos. Realizamos una revisión bibliográfica en todo el trabajo de los franceses G. Deleuze y F. Guattari y del argentino-brasileño G. F. Baremblitt y encontramos dos importantes contribuciones: la discusión sobre la tetravalencia del dispositivo y la invención de un nuevo campo que articula Esquizoanálisis e intervención, llamado de Esquizodrama. Consideramos que conocer el funcionamiento de la tetravalencia de cada dispositivo de intervención posibilita una mejor comprensión y manejo de sus efectos. Entendemos que el Esquizodrama es un campo híbrido con diversas referencias y que busca dramatizar los conceptos esquizoanalíticos. Concluimos que los dispositivos teóricos y técnicos del Esquizoanálisis contribuyen para la incitación de los procesos de desterritorialización y subjetivación.(AU)
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Esquizofrenia , Psicanálise , PsicodramaRESUMO
O presente artigo pretende apresentar e discutir a experiência de um curso chamado Psicanálise de grupos: teoria e técnica, realizado com estudantes de cursos universitários diferentes da Psicologia e que utilizou dispositivos psicanalíticos de grupo para a elaboração da aprendizagem. Os dispositivos grupais utilizados foram: o Grupo Operativo, Psicodrama Psicanalítico e Multiplicação Dramática sob os princípios do Esquizodrama. Os autores participaram como coordenador (professor) e observadores (estudantes). Constatou-se nos diferentes dispositivos de grupo a emergência de ansiedades em relação ao conteúdo teórico e à figura do psicólogo. Ao final do processo, percebeu-se que ocorreu uma mudança significativa no que se refere à diminuição de ansiedades e à implicação para a elaboração da aprendizagem, em que elementos novos como o humor e a diversão apareceram portando a possibilidade de uma aprendizagem lúdica e criativa.
This article aims to present and discuss the experience of a course called Groups Psychoanalysis: theory and technique, with students from different Psychology courses, which used group devices to develop their learning. They were: Operative Groups, Psychoanalytic Psychodrama and Dramatic Multiplication under the principles of Schyzodrama. The authors participated as a coordinator (teacher) and observers (students). We could verify through the different group devices the emergence of anxieties regarding the theoretical content and the psychologist figure. At the end of the process, we realized that there were significant changes resulting in anxiety reduction and in the implication of learning processes, in which new elements such as humor and entertainment appeared as the possibility of a playful and creative learning.
El presente artículo pretende presentar y discutir la experiencia de un curso de grado llamado Psicoanálisis de grupos: teoría y técnica, realizado con estudiantes de carreras distintas de la Psicología y que utilizó diferentes dispositivos psicoanalíticos de grupos para la elaboración del aprendizaje. Los dispositivos grupales utilizados fueron: el Grupo Operativo, el Psicodrama Psicoanalítico y la Multiplicación Dramática desde los principios del Esquizodrama. Los autores participaron como coordinador (profesor) y observadores (estudiantes). Constatamos en los distintos dispositivos de grupo la emergencia de ansiedades en relación al contenido teórico y a la figura del psicólogo. Al final del proceso, percibimos que ocurrió un cambio significativo, en lo que se refiere a la disminución de las ansiedades y la implicación para la elaboración del aprendizaje, en que elementos nuevos como el humor y la diversión surgieron portando la posibilidad de un aprendizaje lúdico y creativo.