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1.
Pesqui. prát. psicossociais ; 15(3): 1-13, set.-dez. 2020.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1135595

RESUMO

Este artigo é uma proposta ético-metodológica de habitar-compor o campo de pesquisa. Como pressupostos teórico-metodológicos, utilizamos a epistemologia feminista, em uma perspectiva de ciência que produz saberes localizados que incluem as marcas do campo e das pesquisadoras. Partimos da experiência de duas pesquisas de mestrado com campos diversos, em que ambas utilizaram a narrativa. Trata-se de pensar em políticas de pesquisa e políticas de escrita que possam nos auxiliar a operar um desvio entre o ponto de ancoragem identitário e a deriva dos sem-lugar, no exercício de fazer desequilibrar a harmonia de um todo e dar passagem para que se enunciem histórias de um entre o "tendo-sido" e o "ainda-não". Apostamos que, ao contar histórias únicas e histórias miúdas do cotidiano, podemos tecer novos mundos, nos quais a pluralidade torna-se mais possível, fugindo de uma forma binária de ser e conhecer.


This article is an ethical-methodological proposal of inhabiting-composing the research field. As theoretical-methodological assumptions, we use feminist epistemology, in a science perspective that produces localized knowledge that includes the marks of the field and the researchers. We started from the experience of two masters research with different fields, where both used the narrative. It is about thinking about research policies and writing policies that can help us to operate a deviation between the identity anchor point and the drift of the no-placed, in the exercise of unbalancing the harmony of a whole and giving way to tell stories between the 'having been' and the 'not yet'. We bid that by telling unique stories and small stories of everyday life, we can weave new worlds, where plurality becomes more possible, escaping a binary way of being and knowing.


Este artículo es una propuesta ético-metodológica de habitar-componer el campo de investigación. Como suposiciones teórico-metodológicas, utilizamos la epistemología feminista, en una perspectiva científica que produce conocimiento localizado que incluye las marcas del campo y de las investigadoras. Partimos de la experiencia de dos investigaciones de maestría con diferentes campos, donde ambas utilizaron la narrativa. Se trata de pensar en políticas de investigación y políticas de redacción que puedan ayudarnos a operar una desviación entre el punto de ancla de la identidad y la deriva de las personas sin hogar, en el ejercicio de desequilibrar la armonía de un todo y dar paso a contar historias de uno entre el 'haber sido' y el 'todavía no'. Apostamos que al contar historias únicas y pequeñas historias de la vida cotidiana, podemos tejer mundos nuevos, donde la pluralidad se vuelve más posible, escapando de una forma binaria de ser y conocer.


Assuntos
Redação , Conhecimento , Psicologia , Pesquisa , Pensamento , Narração , Habitação
2.
Psicol. conoc. Soc ; 9(2): 154-167, dic. 2019.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1091840

RESUMO

Resumo: Este artigo tem o objetivo de colocar em xeque a oposição binária que separa surdos e ouvintes, como se fossem dois mundos distintos, cada qual marcado com sua própria cultura e língua: a língua brasileira de sinais em oposição ao português. Partindo de uma metodologia que se baseia de um lado, nos encontros mistos entre surdos e ouvintes (Martins, 2006) e, de outro lado, na narrativa de histórias do cotidiano, o texto indica que o binarismo não nos leva ao encontro da diferença. Assim, o trabalho conclui indicando que a tradução como versão, tal como proposta por Despret, (2012), é um modo de compor um mundo comum não como um universo, mas como pluriverso (Latour, 2011). A composição do comum como pluriverso é uma ação cotidiana, é também uma aposta ética e política a ser ativada reiteradamente no encontro com a diferença.


Resumen: Este artículo tiene como objetivo poner en tela de juicio la oposición binaria que separa sordos y oyentes, como si fueran dos mundos diferentes, cada uno marcado con su propia cultura y lengua: la lengua de signos de Brasil en comparación con el portugués. A partir de una metodología que se basa en un lado, en los encuentros mixtos entre sordos y oyentes (Martins, 2006) y, por otro lado, en la narrativa de historias de lo cotidiano, el texto indica que el binarismo no nos lleva al encuentro de la diferencia. Así, el trabajo concluía indicando que la traducción como versión, tal como propone Despret (2012), es un modo de componer un mundo común no como un universo, sino como pluriverso (Latour, 2011). La composición de lo común como pluriverso es una acción cotidiana, es también una apuesta ética y política a ser activada repetidamente en el encuentro con la diferencia.


Abstract: This article aims to put in check the binary opposition that separates deaf and hearing, as if they were two distinct worlds, each marked with its own culture and language: the Brazilian language of signs as opposed to Portuguese. From a methodology based on the one hand, in the mixed meetings between deaf and listeners (Martins, 2006) and, on the other hand, in the narrative of everyday stories, the text indicates that binarism does not lead us to encounter difference. Thus, the paper concludes by pointing out that translation as a version, as proposed by Despret (2012), is a way of composing an common world not as a universe, but as pluriverse (Latour, 2011). The composition of the common as pluriverse is an everyday action, it is also an ethical and political bet to be activated repeatedly in the encounter with the difference.

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