RESUMO
Fumonisina B1 é a micotoxina produzida por Fusarium verticillioides e Fusarium proliferatum e é encontrada principalmente em milho e produtos a base de milho. Desde sua descoberta a fumonisina B1 tem sido associada a doenças em animais, como leucoencefalomalácia em cavalos e edema pulmonar em suínos. Em humanos, o consumo de alimentos com fumonisina B1 tem sido associado com câncer esofágico. A aflatoxina M1 é o principal metabólito hidroxilado encontrado no leite de animais que consumiram rações contaminadas com aflatoxina B1, bem como no leite de lactantes que consumiram alimentos com esta substância. Neste estudo foi verificado o efeito da irradiação gama (60Co), em doses que variaram de 0 a 20 kGy, quanto à capacidade de inativar fumonisina B1 em farinha de milho e aflatoxina M1 em leite fluido e em pó. A fumonisina B1 foi extraída das amostras com metanol: água(8:2). O extrato foi purificado em coluna de imunoafinidade, seguido de separação e quantificação por meio de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) com detector de fluorescência, após derivatização com ortoftaldialdeído. Para efetuar a determinação da aflatoxina M1, a amostra foi purificada em coluna de imunoafinidade e a separação e a quantificação por meio de CLAE com detector de fluorescência. Foi observada uma redução da concentração da fumonisina B1 na faixa de 11,2 % a 55,5% em doses de 3 a 20 kGy de irradiação gama (60Co). A concentração de aflatoxina M1 foi reduzida em 86,8 % e 37,9%, respectivamente no leite fluido e em pó, em dose de 20 kGy de radiação.
Assuntos
Aflatoxina M1 , Farinha , Fumonisinas , Leite , Raios gama , Zea mays , Contaminação de AlimentosRESUMO
Foi verificado o efeito da irradiação gama (60Co) em doses que variaram de 0 a 30 kGy, na destruição de diferentes níveis aflatoxina B1 em amostras de amendoim, cultivar Tatu Vermelho, artificialmente e naturalmente contaminadas, procedentes de São Paulo, safras 2001/2002 e 2002/2003. A aflatoxina B1 foi extraída em mistura de metanol e KCl 4% (270 + 30, v/v), seguido de clarificação com CuSO4 10% e partição com clorofórmio. A quantificação foi feita por cromatografia em camada delgada, medindo-se a área das fluorescências de amostras e padrões em densitômetro a 366 nm. Doses de irradiação gama (60Co) de 1, 5 e 10 kGy reduziram em cerca de 20% os níveis de aflatoxina B1 em amostras artificialmente contaminadas com 55,3, 105,8 e 159,3 µg.kg-1. As amostras naturalmente contaminadas com aflatoxina B1 (84,0 e 258,3 µg. kg-1) e tratadas com irradiação gama (60Co) em doses de 5 e 10 kGy, não apresentaram redução do teor de aflatoxina B1. Entretanto, as amostras naturalmente contaminadas com aflatoxina B1 (86,0 e 248,0 µg.kg-1) e irradiadas nas doses de 15, 20, 25 e 30 kGy apresentaram valores menores de aflatoxina B1, com faixa de redução que variou de 49 a 72%. Desta forma, pode-se concluir que a irradiação gama (60Co) não é capaz de destruir totalmente a aflatoxina B1 em condições naturais, mesmo em doses de até 30 kGy.
Assuntos
Aflatoxina B1 , Arachis , Irradiação de Alimentos , Radioisótopos de CobaltoRESUMO
Foi verificado o efeito da irradiação gama (60Co), em diferentes doses, na destruição de cepa aflatoxigênicae na produção de aflatoxina B1 por Aspergillus flavus IMI 190443, em amendoim, cultivar Tatu Vermelho, safras 2001/2002 e 2002/2003. Foram feitos dois testes nas amostras, um deles envolvendo irradiação e posterior inoculação e outro, com inoculação antes da irradiação. A destruição do Aspergillus flavus IMI 190443, após irradiação, foi medida pela porcentagem de infecção fúngica, por meio da técnica do plaqueamento direto. A aflatoxina B1 foi extraída em mistura de metanol e KCl 4% (270 + 30, v/v), seguido de clarificação com CuSO4 10% e partição em clorofórmio. A quantificação foi executada por cromatografia em camada delgada, medindo-se a área das fluorescências de amostras e padrões em densitômetro a 366 nm. A inoculação de amendoim previamente irradiado, com cepa aflatoxigênica, provocou a formação deteores elevados de aflatoxina B1. Doses de irradiação gama de 25 e 30 kGy foram necessárias para a completa inativação de esporos