RESUMO
Cervical intraepithelial neoplasias (CINs) are a major public health issue. The prevalence of CINs is higher in women with the human immunodeficiency virus (HIV). The objective of this study was to determine whether there are differences in the immune responses in the cervical stroma of HIV-infected and -uninfected women with CIN. The responses were assessed according to the immunohistochemical expression of cytokines interleukin (IL)-4, IL-12, interferon gamma (IFN-γ), and tumor growth factor beta (TGF-ß). In addition, we determined whether there were differences in the local immune responses between patients with CIN1 and CIN 2/3. A cross-sectional study was performed using material collected by cervical conization in HIV-infected and -uninfected women with CIN. The conization was performed using loop electrical excision procedure (LEEP) from January 1999 to May 2004. The evaluation of cytokines in the cervical stroma was based on immunohistochemistry. No differences were found between the two groups of women regarding HIV status. However, the associations between IL-12 expression and CIN 2/3 (p=0.016) in HIV-infected women and between IL-4 expression and CIN 1 (p=0.0456) in HIV-infected women were significant when the interaction between HIV infection and lesion grade was assessed. Additionally, a significant association between TGF-ß expression and CIN 2/3 in both groups was observed regardless of HIV infection (p=0.000). An interaction between HIV infection and CIN grade was detected because IL-12 and IL-4 expression increased in the presence of HIV infection. Regarding the CIN grade, there was a high prevalence of TGF-ß in CIN 2/3 lesions, which reflected the predominance of an immunoregulatory environment.
Assuntos
Colo do Útero/metabolismo , Citocinas/metabolismo , Infecções por HIV/metabolismo , Neoplasias do Colo do Útero/metabolismo , Estudos Transversais , Citocinas/genética , Feminino , Regulação da Expressão Gênica/imunologia , Humanos , Modelos Logísticos , Modelos Estatísticos , Neoplasias do Colo do Útero/complicações , Neoplasias do Colo do Útero/imunologiaRESUMO
O câncer de colo uterino é uma importante causa de morte entre as mulheres em países subdesenvolvidos. A infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV) oncogênico e o comprometimento da resposta imune são fatores de risco para o desenvolvimento da neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e sua progressão para o câncer cervical invasivo. O diagnóstico precoce e o tratamento das lesões precursoras do câncer são de grande importância. Estudos epigenéticos estão sendo realizados com o objetivo de avaliar sua influencia nos processos de oncogênese, visto que alterações epigenéticas estão presentes em quase todos os tumores. A metilação de DNA e a acetilação de histonas são as duas mudanças epigenéticas mais estudadas. O melhor entendimento do perfil epigenético na neoplasia intraepitelial cervical e no câncer cervical invasor pode ser utilizado no diagnóstico e prognóstico deste câncer. O objetivo desta revisão consistiu em entender as mudanças epigenéticas encontradas até o momento nas pacientes com NIC e câncer de colo uterino. Foi realizada revisão da literatura de estudos indexados em banco de dados, como PubMed e LILACS. Verificou-se que, até o presente momento, não há um marcador de metilação que tenha o desempenho adequado para servir como indicador para as lesões precursoras do câncer, ou mesmo para o carcinoma cervical.
The cervical cancer is a major cause of death among women in developing countries. Persistent infection by human papillomavirus (HPV) and oncogenic involvement of the immune response are risk factors for the development of cervical intraepithelial neoplasia (CIN) and its progression to invasive cervical cancer. Early diagnosis and treatment of cancer precursor lesions are of great importance. Epigenetic studies are being conducted to evaluate its influence in the process of oncogenesis, since epigenetic alterations are present in almost all tumors. DNA methylation and histone acetylation are the two most studied epigenetic changes. An improved understanding of the epigenetic profile in CIN and invasive cervical cancer can be used in the diagnosis and prognosis of this cancer. The aim of this review was to understand the epigenetic changes found to date in patients with CIN and cervical cancer. We performed a literature review of studies indexed in databases such as PubMed and LILACS. It was found that, to our knowledge, there is no methylation marker with an adequate performance to serve as an indicator for cancer precursor lesions, or even for cervical carcinoma.
Assuntos
Humanos , Feminino , Metilação de DNA , Displasia do Colo do Útero/etiologia , Displasia do Colo do Útero/genética , Detecção Precoce de Câncer , Epigênese Genética , Histonas/genética , Infecções por Papillomavirus/imunologia , Lesões Pré-Cancerosas/prevenção & controle , Neoplasias do Colo do Útero/genética , PrognósticoRESUMO
OBJECTIVES: To evaluate the prevalence and the risk factors for cervical intraepithelial neoplasia (CIN) among HIV-infected women. METHODS: Cross-sectional study of 494 HIV-infected women in Brazil, between 1998 and 2008. Gynecologic exam was performed, and samples were collected for cervical cytology and for HPV DNA detection. Cervical biopsy was carried out when indicated. HPV infection, CD4 T-lymphocyte count and HIV viral load were compared with cervical histopathology. Univariate and multivariate statistical analyses were performed to evaluate the statistical association of several risk factors. RESULTS: CIN prevalence detected by histopathology was 23.4% (6% of CIN2/3 and 17.4% cases of CIN1). Multivariate analysis confirmed an independent association of CIN with CD4 T-lymphocyte count below 200 cells/mm³ (OR 5.0, 95% CI 2.5-10.1), with a positive detection of HPV DNA (OR 2.0, 95% CI 1.2-3.5), and with age < 34 years old (OR 1.5, 95% CI 1.0-2.4). HIV viral load and antiretroviral use were not independent risk factors for CIN. CONCLUSIONS: Severity of immunosuppression, presence of HPV infection and younger age are strong predictors of CIN among HIV-infected women.
Assuntos
Infecções por HIV/complicações , Infecções por Papillomavirus/epidemiologia , Displasia do Colo do Útero/epidemiologia , Neoplasias do Colo do Útero/epidemiologia , Adolescente , Adulto , Idoso , Biópsia , Brasil/epidemiologia , Contagem de Linfócito CD4 , Estudos Transversais , DNA Viral , Feminino , Infecções por HIV/epidemiologia , Infecções por HIV/virologia , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Papillomaviridae/genética , Infecções por Papillomavirus/diagnóstico , Infecções por Papillomavirus/etiologia , Reação em Cadeia da Polimerase , Prevalência , Fatores de Risco , Neoplasias do Colo do Útero/diagnóstico , Neoplasias do Colo do Útero/virologia , Esfregaço Vaginal , Carga Viral , Adulto Jovem , Displasia do Colo do Útero/diagnóstico , Displasia do Colo do Útero/virologiaRESUMO
OBJECTIVES: To evaluate the prevalence and the risk factors for cervical intraepithelial neoplasia (CIN) among HIV-infected women. METHODS: Cross-sectional study of 494 HIV-infected women in Brazil, between 1998 and 2008. Gynecologic exam was performed, and samples were collected for cervical cytology and for HPV DNA detection. Cervical biopsy was carried out when indicated. HPV infection, CD4 T-lymphocyte count and HIV viral load were compared with cervical histopathology. Univariate and multivariate statistical analyses were performed to evaluate the statistical association of several risk factors. RESULTS: CIN prevalence detected by histopathology was 23.4% (6% of CIN2/3 and 17.4% cases of CIN1). Multivariate analysis confirmed an independent association of CIN with CD4 T-lymphocyte count below 200 cells/mm³ (OR 5.0, 95% CI 2.5-10.1), with a positive detection of HPV DNA (OR 2.0, 95% CI 1.2-3.5), and with age < 34 years old (OR 1.5, 95% CI 1.0-2.4). HIV viral load and antiretroviral use were not independent risk factors for CIN. CONCLUSIONS: Severity of immunosupression, presence of HPV infection and younger age are strong predictors of CIN among HIV-infected women.
Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Displasia do Colo do Útero/epidemiologia , Infecções por HIV/complicações , Infecções por Papillomavirus/epidemiologia , Neoplasias do Colo do Útero/epidemiologia , Biópsia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Displasia do Colo do Útero/diagnóstico , Displasia do Colo do Útero/virologia , DNA Viral , Infecções por HIV/epidemiologia , Infecções por HIV/virologia , Reação em Cadeia da Polimerase , Prevalência , Papillomaviridae/genética , Infecções por Papillomavirus/diagnóstico , Infecções por Papillomavirus/etiologia , Fatores de Risco , Neoplasias do Colo do Útero/diagnóstico , Neoplasias do Colo do Útero/virologia , Esfregaço Vaginal , Carga ViralRESUMO
O prolapso genital é condição comum. Ocorre por fraqueza ou defeitos nos órgãos pélvicos de suspensão, que são constituídos de ligamentos, e/ou aqueles de sustentação, constituídos por fáscias e músculos. Sua avaliação constitui uma etapa importante do exame ginecológico, devendo, sempre que possível, ser classificado o grau de prolapso por meio de métodos padronizados. Atualmente, a quantificação é realizada por meio do POP-Q, preconizada pela Sociedade Internacional de Continência (ICS). Embora não seja uma afecção fatal, pode determinar sequelas importantes para a saúde da mulher, comprometendo sua qualidade de vida. Seu diagnóstico precoce previne o estágio final da doença. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo do grau do prolapso, idade e estado clínico da paciente.
The pelvic prolapse is a common condition. It's occurs because of weakness or defects in the suspension pelvic organs - consisting of ligaments, and/or those of support, which consist of fascias and muscles. It's assessment is an important phase of the gynecological exam and, whenever possible, the degree of prolapse should be identified by means of standard methods. Currently the measurement is performed using POP-Q, as recommended by the International Continence Society (ICS). Although the disease is not considered fatal, it can determine serious sequela for women's health, affecting their quality of life. It's early diagnosis prevents the final stage of the disease. Treatment can be conservative or surgical depending on the degree of prolapse, and the patient age and medical condition.
Assuntos
Humanos , Feminino , Prolapso de Órgão Pélvico/cirurgia , Prolapso de Órgão Pélvico/classificação , Prolapso de Órgão Pélvico/diagnóstico , Prolapso de Órgão Pélvico/etiologia , Prolapso Uterino , Técnicas de Diagnóstico Obstétrico e Ginecológico , Diafragma da Pelve/fisiopatologia , Paridade , Pessários , Qualidade de Vida , Fatores de RiscoRESUMO
O diagnóstico precoce e o rastreamento das lesões precursoras do câncer do colo uterino são de extrema importância. O diagnóstico citológico ainda é a principal ferramenta para a prevenção. O uso de testes para detectar o DNA-HPV associado à citologia tem sido proposto, visto que existem evidências epidemiológicas de que o papilomavírus humanos (HPV) é causa necessária para a ocorrência do câncer cervical. De acordo com a classificação de Bethesda 2001, células escamosas atípicas (ASC) são alterações citológicas sugestivas de lesão intraepitelial, qualitativa ou quantitativamente insuficientes para uma interpretação definitiva. Elas são subdivididas em ASC-US (células escamosas atípicas de significado indeterminado possivelmente não neoplásicas) e ASC-H (células escamosas atípicas não sendo possível excluir lesão intraepitelial de alto grau). O seguimento ideal para mulheres com diagnóstico de ASC é controverso e existem dúvidas sobre como realizá-lo, bem como qual o tratamento mais apropriado. O objetivo desta revisão consiste em avaliar o seguimento e tratamento das mulheres com diagnóstico citológico de ASC. Foi realizada revisão da literatura de estudos indexados em banco de dados como MEDLINE, PubMed e LILACS.
Early diagnosis and screening of precursor lesions of cervical cancer are extremely important. The cytological diagnosis is still the main tool to prevention. The use of tests to detect DNA-HPV combined with cytology has been proposed, since there are epidemiological evidences that human papillomavirus (HPV) is a necessary cause for the occurrence of cervical cancer. According to the 2001 Bethesda classification atypical squamous cells (ASC), there are cytological changes suggestive of squamous intraepithelial lesion that are qualitatively or quantitatively insufficient for a definitive interpretation. It is subdivided into ASC-US (atypical squamous cells of undetermined significance may not neoplastic) and ASC-H (atypical squamous cells is not possible to exclude high-grade intraepithelial lesion). The ideal follow-up for women diagnosed with ASC is controversial and there are doubts about how to accomplish it and the most appropriate treatment. The objective of this review is to evaluate the monitoring and treatment of women with cytological diagnosis of ASC. We performed a literature review of studies indexed in databases such as MEDLINE, PubMed and LILACS.
Assuntos
Humanos , Feminino , Carcinoma de Células Escamosas/patologia , Displasia do Colo do Útero/diagnóstico , Displasia do Colo do Útero/patologia , Neoplasias do Colo do Útero/patologia , Citodiagnóstico , Colposcopia/métodos , DNA Viral/análise , Diagnóstico Precoce , Infecções por Papillomavirus/diagnóstico , Programas de Rastreamento , Papillomaviridae/isolamento & purificação , Sondas de DNA de HPV/economia , Técnicas Citológicas/métodosRESUMO
A infecção pelo papilomavirus humano (HPV) está relacionada com o desenvolvimento do carcinoma cervical. A prevalência da infecção pelo HPV em pacientes portadoras do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é maior que na população geral. Vários mecanismos são sugeridos para explicar essa prevalência aumentada em pacientes portadoras do HIV, sendo que a modulação da resposta imune parece desempenhar papel importante. O sistema imune é dividido didaticamente em dois tipos: imunidade inata e imunidade adquirida. Essa, por sua vez, é dividida em imunidade humoral e celular. As células TCD4 possuem papel crucial na resposta celular e são dividas em padrões. Os principais e mais conhecidos são em Th1 e Th2 de acordo com o perfil de citocinas sintetizadas. Em pacientes portadoras do HPV existe tendência de mudança do perfil Th1 para o perfil Th 2 à medida que a lesão agrava. Em pacientes co-infectadas HPV/HIV a taxa de clareamento da infecção pelo HPV é menor que em pacientes não infectadas pelo HIV. O melhor entendimento da resposta imune local poderia ajudar a compreender qual paciente tem maior risco de progressão da doença
The human papillomavirus (HPV) is related to the development of cervical cancer. The prevalence of HPV infection in patients infected with human immunodeficiency virus (HIV) is higher than in the general population. Several mechanisms are suggested to explain this increased prevalence in patients with HIV, and the modulation of the immune response seems to play an important role. The immune system is didactically divided into two types: innate and acquired immunity. The latter is further divided into humoral and cell mediated immunity. CD4 T cells, which have a crucial role in cell mediated response, are functionally being divided into patterns, the main and best known are Th1 and Th2 according to the cytokine profile that is produced. In patients with HPV there is a tendency to shift from th1 to th2 cytokine as the lesion gets worse. Among HPV/HIV coinfected patients, the clearence rate of HPV infection is lower than in patients not infected with HIV. It is argued that a better understanding of the local immune response could assist in the detection of patients who are at a greater risk of disease progression
Assuntos
Humanos , Feminino , Adjuvantes Imunológicos , Displasia do Colo do Útero , Citocinas/análise , Citocinas/biossíntese , HIV , Infecções por HIV/epidemiologia , Infecções por HIV/imunologia , Infecções por Papillomavirus/complicações , Infecções por Papillomavirus/imunologiaRESUMO
A neoplasia intraepitelial cervical é frequente, e seu diagnóstico e tratamento são importantes na prevenção do carcinoma invasor do colo. O manuseio desta patologia implica em avaliação citológica, colposcópica e histopatológica. A cirurgia de alta frequência está estabelecida na prática clínica como eficaz e de primeira escolha no tratamento, inicialmente, a técnica utilizada consistia na retirada da zona de transformação com apenas uma alça; a seguir, foi introduzido o uso da segunda alça (alça de canal) com o objetivo de retirar o canal cervical, buscando os mesmos resultados da conização a bisturi. Mesmo com tratamento adequado podem ocorrer recidivas, retiradas incompletas ou exageradas de lesão. O objetivo desta revisão consiste em discutir um fluxograma para tratamento de neoplasia intraepitelial cervical, levando-se em consideração: idade da paciente, grau da lesão, desejo de fertilidade e indicação pré-operatória, visando adequação do tratamento da neoplasia intraepitelial cervical. Analisar esse fluxograma pode ser útil para evitar supertratamentos que possam comprometer o futuro reprodutor das nossas pacientes.
Cervical intraepithelial neoplasia is very frequent, and both diagnosis and treatment are important to avoid invasive carcinoma. In order to control this pathology, it is important to conduct cytology, colposcopy and histopathologic analyses. The loop electrosurgical excision procedure (LEEP) is a first-line therapy for high grade CIN treatment. Initially, this technique consisted of removing the transformation zone only. Later, LEEP-CONE was used in order to remove the cervical tissue, which included a second pass or "top hat". A "top hat" procedure removes the endocervical canal, mimicking a cold-knife cone biopsy. Despite LEEP effectiveness, recurrent dysplasia, incomplete excision and overtreatment can occur. This paper aims at discussing an algorithm for cervical dysplasia mangement based on age, lesion grade, desire for fertility and preoperative indications. Looking at this algorithm before performing a LEEP may be useful so clinicians can avoid overtreatment and missteps which could put a patient's reproductive future at risk.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Displasia do Colo do Útero , Colposcopia , Conização , Eletrocirurgia/métodos , Neoplasias do Colo do Útero/cirurgia , Neoplasias do Colo do Útero/prevenção & controle , Neoplasia Residual , Procedimentos DesnecessáriosRESUMO
Em razão da alta prevalência da infecção pelo papilomavírus humano (HPV) entre as mulheres, particularmente entre as jovens sexualmente ativas, podendo causar a neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e o câncer cervical, é importante abordar os vários fatores associados a essa interação vírus-hospedeiro, e um dos fatores mais importantes é a resposta imune do hospedeiro. Esta, tanto sistêmica quanto local, tem papel crucial para determinar o curso da infecção. Nos casos de infecção persistente, há maior probabilidade de progressão para as NICs e/ou câncer invasor. Esta revisão tem como objetivo avaliar o papel da resposta imune local, em especial a resposta do tipo celular, no curso da infecção pelo HPV e na evolução ou regressão das lesões cervicais, na tentativa de melhor compreensão das diferentes formas de comportamento dessas lesões HPV induzidas, inclusive na associação com o vírus da imunodeficiência humana (HIV).
Given the high prevalence of human papillomavirus infection among women, particularly young sexually active women, and its role in the cause of cervical intraepithelial neoplasia and cervical cancer, it is important to address the several factors associated with this viral-host interaction. Among these factors, the most important is the host immune response. Both systemic and local response have crucial roles in determining the course of infection. In cases of persistent infection, there is a greater likelihood of progression to intraepithelial neoplasia and/or invasive cancer. The objective of this review is to evaluate the role of local immune response, particularly the response of cell type in the course of HPV infection as well as in the progression or regression of cervical lesions in order to better understand the behavior of different forms of HPV induced lesions, including its association with the human immunodeficiency virus.
Assuntos
Humanos , Feminino , Displasia do Colo do Útero , HIV , Infecções por HIV , Imunidade Celular , Hospedeiro Imunocomprometido , Infecções por Papillomavirus/complicações , Infecções por Papillomavirus/imunologiaRESUMO
O carcinoma de células escamosas do colo uterino é a segunda causa de morte por câncer em mulheres no mundo. No Brasil, também ocupa o segundo lugar. Desenvolve-se a partir de lesões pré-cancerosas (neoplasia intraepitelial cervical - NIC) e está relacionado com fatores de risco, como doenças sexualmente transmissíveis (DST), principalmente o papilomavírus humano (HPV); condições infecciosas e reativas locais; hábitos sexuais e tabagismo. As mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) apresentam maior risco de desenvolver NIC, com elevadas taxas de recidiva da lesão. Existe, ainda, maior prevalência do HPV e favorecimento de tipos oncogênicos nessas mulheres, consequente à imunodepressão. Atualmente, em todo o mundo, existem milhões de mulheres infectadas pelo HIV, representando cerca de 50% do total de indivíduos contaminados pelo vírus. O objetivo desta revisão consistiu em propor um protocolo de tratamento e seguimento de mulheres infectadas pelo HIV e portadoras de NIC. Foi realizada a revisão da literatura de estudos indexados em banco de dados, como Medline, PubMed e LILACS. Embora existam vários estudos sobre o tema, ainda não está definida a melhor forma de tratamento e seguimento dessas mulheres
The squamous cells carcinoma of the cervix uterine is the second cause of cancer mortality among women worldwide and the second most frequent cancer in Brazil. Cervical intraepithelial neoplasia (CIN) is a precursor lesion for cervical cancer and other several known risk factors for CIN are sexually transmitted disease (STD), mainly human papillomavirus HPV; local infectious and reactive conditions; sexual habits and smoking. Women infected by human immunodeficiency virus HIV have significantly higher risk for CIN, and recurrent disease rates are higher too. It has been shown that HPV infection is most prevalent among HIV-infected women, infected with HPV types of high oncogenic risk consequent to immunodeficiency result. At present, there are millions of HIV-infected women worldwide, representing about 50% of total HIV infected individuals. The aim of this revision was to propose a protocol to treat and follow-up HIV-infected women with CIN. A review of the literature was performed in Medline, PubMed and LILACS. Although there are many studies about this subject, doubts concerning treatment and follow-up in these women still remain