RESUMO
Tomeleri, CM, Nunes, JP, Souza, MF, Gerage, AM, Marcori, A, Iarosz, KC, Cardoso-Júnior, CG, and Cyrino, ES. Resistance exercise order does not affect the magnitude and duration of postexercise blood pressure in older women. J Strength Cond Res 34(4): 1062-1070, 2020-The aim of this study was to compare the effects of 2 resistance exercise order on postexercise blood pressure (BP) in trained nonhypertensive older women. Sixteen women (68.3 ± 3.3 years, 63.5 ± 11.6 kg, 157.5 ± 5.1 cm) performed 2 sessions with 8 exercises (3 sets of 8-12 repetitions) in distinct orders (from multi- to single-joint exercises [MS] or from single- to multijoint exercises [SM]) and a control session (CS), without exercise. Blood pressure and heart rate (HR) were obtained pre- and postsessions (60 minutes). Postexercise hypotension was observed for systolic BP (SBP) and mean BP in both the MS session (SBP: -6.9 mm Hg, mean BP: -3.3 mm Hg, p ≤ 0.05) and SM session (SBP: -4.6 mm Hg; mean BP: -1.1 mm Hg). Postexercise HR was higher than presession values until 30 minutes of recovery in both training sessions. Furthermore, SBP and mean BP, and HR were lower than the values obtained in the CS (30-60 minutes and 0 minutes, respectively; p ≤ 0.05). There were no differences between the SM and MS sessions in any variable or at any moment. In conclusion, resistance exercise order does not interfere in the magnitude and duration of postexercise hypotension in trained nonhypertensive older women.
Assuntos
Pressão Sanguínea/fisiologia , Hipotensão Pós-Exercício/fisiopatologia , Treinamento Resistido/métodos , Idoso , Feminino , Frequência Cardíaca/fisiologia , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
It has been shown that self-perceived health has a close relationship with indicators of morbidity and mortality. Since there is a lack of information on the self-perceived health status of hospital workers, the objective of this study was to determine the prevalence of satisfaction with health among people working at a University Hospital (UH) and its associations with indicators of adiposity, arterial blood pressure (BP) and physical activity (PA). A total of 380 adults took part in the study, with ages ranging from 20 to 59 and a mean age of 43.92 (SD = 8.46) years. Self-perceived health was assessed using a question from the "WHOQOL-bref" questionnaire. Overall satisfaction with health was 60.8%, and women reported lower satisfaction than men. An analysis adjusted for sex showed that having a healthy BMI was associated with the highest rate of satisfaction with health (PR = 1.478 [95%CI: 1.272 - 1.717]), followed by WC (PR = 1.323 [95%CI: 1.135 - 1.541]). Neither BP nor PA were associated with self-perceived health. It was concluded that the UH workers are aware of risks to their health, but that they do not recognize the importance of maintaining healthy blood pressure or of engaging in regular PA in order to delay onset of chronic conditions that could be harmful to them.
Assuntos
Adiposidade , Nível de Saúde , Hospitais Universitários , Autoimagem , Adulto , Pressão Sanguínea , Estudos Transversais , Exercício Físico , Feminino , Hábitos , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
Resumo A autopercepção de saúde tem demonstrado estreita relação com indicadores de morbidade e mortalidade. Em funcionários de hospitais existe uma escassez acerca destas informações, por isso o objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de satisfação com a saúde em trabalhadores de um Hospital Universitário (HU) e sua associação com indicadores de adiposidade, pressão arterial (PA) e de atividade física (AF). Participaram do estudo 380 adultos entre 20 e 59 anos com idade média de 43,92 (DP = 8,46) anos. A autopercepção de saúde foi avaliada mediante uma questão extraída do questionário “WHOQOL-bref”. A satisfação com a saúde foi de 60,8%, e as mulheres declararam estar menos satisfeitas. A análise ajustada pelo sexo indicou que apresentar IMC eutrófico se associou com a maior ocorrência de satisfação com a saúde (RP = 1,478 [IC 95%: 1,272 – 1,717]) seguido pela CC (RP = 1,323 [IC 95%: 1,135 – 1,541]). A PA e a AF não se associaram à autopercepção de saúde. Conclui-se que os trabalhadores do HU reconhecem os riscos à sua saúde, todavia negligenciam a importância de manter valores pressóricos adequados e ter uma prática regular de AF com o intuito de postergar o surgimento de alguma condição crônica que seja maléfica ao organismo.
Abstract It has been shown that self-perceived health has a close relationship with indicators of morbidity and mortality. Since there is a lack of information on the self-perceived health status of hospital workers, the objective of this study was to determine the prevalence of satisfaction with health among people working at a University Hospital (UH) and its associations with indicators of adiposity, arterial blood pressure (BP) and physical activity (PA). A total of 380 adults took part in the study, with ages ranging from 20 to 59 and a mean age of 43.92 (SD = 8.46) years. Self-perceived health was assessed using a question from the “WHOQOL-bref” questionnaire. Overall satisfaction with health was 60.8%, and women reported lower satisfaction than men. An analysis adjusted for sex showed that having a healthy BMI was associated with the highest rate of satisfaction with health (PR = 1.478 [95%CI: 1.272 – 1.717]), followed by WC (PR = 1.323 [95%CI: 1.135 – 1.541]). Neither BP nor PA were associated with self-perceived health. It was concluded that the UH workers are aware of risks to their health, but that they do not recognize the importance of maintaining healthy blood pressure or of engaging in regular PA in order to delay onset of chronic conditions that could be harmful to them.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Autoimagem , Nível de Saúde , Adiposidade , Hospitais Universitários , Pressão Sanguínea , Exercício Físico , Estudos Transversais , HábitosRESUMO
A few studies have proposed the number of hours/day and the number of days of monitoring that should be completed to obtain good quality accelerometry data for preschool children. The aim of this study was to analyze how the estimates of physical activity levels and sample profiles (demographic and anthropometric data) vary according the use of different criteria to define valid monitoring periods. Children (n=180) aged three to five years were randomly selected among participants from a longitudinal study performed in Recife, Brazil. Children wore a GT1M Actigraph accelerometer on the right waist during a period of seven days, including the weekend days, using 15 s epochs. A total of 176 children were included in the study (52.8% boys; mean age of 4.3 years [s=0.8]). Using the criterion of 10+ hours/day of wearing time to define a valid monitoring day, 67.0% (n=118) and 36.9% (n=65) of the children showed 3+ and 5+ valid days, respectively. When the criterion of 5+ hours/day was used, the time spent in moderate activity was approximately 10 minutes shorter than when the criterion of 10+ hours/day was used. The criterion of 10+ hours/day for defining a valid monitoring day leads to a sample size reduction and the criterion of 5+ hours/day underestimates the moderate activity level.
Poucos estudos têm pesquisado acerca do número de horas/dia e o número de dias de monitoramento que devem ser completados para se obter boa qualidade de dados por meio do uso de acelerômetros para crianças pré-escolares. O objetivo deste estudo foi analisar a influencia em se usar diferentes critérios para definir períodos de monitoramento válido na estimativa nos níveis de atividade física e no perfil da amostra. Crianças (n=180) com idade de três a cinco anos foram randomicamente selecionadas entre as participantes de um estudo longitudinal realizado em Recife, Brasil. As crianças usaram um acelerômetro GT1M (Actigraph) à direita da cintura por um período de sete dias consecutivos, incluindo o final de semana, empregando-se epochs de 15 segundos. Um total de 176 crianças foram incluídas no estudo (52,8% meninos; idade média de 4,3 anos [s=0,8]). Usando o critério de 10+ horas/dia de tempo de uso para definir um dia de monitoramento válido, 67,0% (n=118) e 36,9% (n=65) das crianças apresentaram 3+ e 5+ dias válidos, respectivamente. Quando o critério de 5+ horas/dia foi empregado o tempo despendido em atividades moderadas foi aproximadamente 10 minutos menor quando comparado ao critério de 10+ horas/dia. O critério de 10+ horas/dia para definir um dia de monitoramento válido induz uma redução no tamanho da amostra e o critério de 5+ horas/dia subestima o nível de atividade física moderada.
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar, numa situação real de atuação prática, o efeito da prescrição individualizada de caminhada sem supervisão da prática sobre o risco cardiovascular e a aptidão física de usuários de um parque público. MÉTODOS: 186 sujeitos (62 ± 10 anos) foram orientados a caminhar pelo menos 3x/sem, por 30 min, com intensidade de 50 a 80% da frequência cardíaca de reserva e a fazer alongamentos antes e após a caminhada. A aptidão física e os fatores de risco cardiovascular foram avaliados pré e pós-intervenção. A análise dos dados foi dividida em duas fases: 1) análise na amostra total; 2) análise nos indivíduos com fatores de risco alterados. Os dados foram comparados pelo teste t pareado. RESULTADOS: Na amostra total, a aptidão física melhorou nos testes de marcha estacionária (+8,1 ± 14,5 passos, p < 0,05), impulsão vertical (+0,5 ± 2,7 cm, p < 0,05), flexibilidade lombar (+1,1 ± 4,7 cm, p < 0,05) e flexibilidade de ombro (+1,2 ± 2,1 cm, p < 0,05). Não ocorreram alterações nos fatores de risco cardiovascular, com exceção da redução da pressão arterial diastólica (-0,9 ± 6,0 mmHg, p < 0,05). Entretanto, nos subgrupos com fatores alterados, observou-se reduções significantes das pressões arteriais sistólica e diastólica (-13,3 ± 16,9 e -5,8 ± 8,3 mmHg, p < 0,05, respectivamente) nos hipertensos, da colesterolemia total (-19,5 ± 33,5 mg/dl, p < 0,05) nos hipercolesterolêmicos e da circunferência da cintura (-1,0 ± 4,7 cm, p < 0,05) e do índice cintura-quadril (-0,01 ± 0,04, p < 0,05) nos com obesidade central. CONCLUSÃO: Numa situação real de atuação, a prescrição de caminhada sem supervisão da prática foi efetiva em melhorar a aptidão física da amostra geral e em diminuir o risco cardiovascular específico dos indivíduos com fatores de risco...
OBJECTIVE: To evaluate, at a real practical condition, the effects of individualized prescription of walking without supervision of practice on cardiovascular risk and fitness in users of a public park. METHODS: One hundred, eighty six subjects (62 ± 10 years) were instructed to walk at least 3 times/week, during 30min, at an intensity of 50-80% of heart rate reserve and encouraged to realize stretching exercises before and after walking. Physical fitness and cardiovascular risk factors were evaluated pre and post-intervention. Data analyze was divided in 2 phases: 1) role sample analysis; and 2) analysis on subjects with altered cardiovascular risk factors. Data were compared by paired t test. RESULTS: Considering the whole sample, physical fitness improved in the following tests: stationary gate (8.1 ± 14.5 paces, p < 0.05), vertical jump (0.5 ± 2.7 cm, p < 0.05), lumbar flexibility (1.1 ± 4.7 cm, p < 0.05) and shoulder flexibility (1.2 ± 2.1 cm, p < 0.05). No significant change was observed in cardiovascular risk factors, excepted by a reduction on diastolic blood pressure (-0.9 ± 6.0 mmHg, p < 0.05). On the other hand, considering the subjects with altered cardiovascular risk factors, a significant reduction was observed on systolic and diastolic blood pressures (-13.3 ± 16.9 and -5.8 ± 8.3 mmHg, p < 0.05, respectively) in hypertensive subjects, on total cholesterol (-19.5 ± 33.5 mg/dl, p < 0.05) in hypercholesterolemic subjects, and on waist circumference (-1.0 ± 4.7 cm, p < 0.05) and waist-hip index (0.01 ± 0.04, p < 0.05) in subjects with central obesity. CONCLUSION: Under real practical circumstances, the prescription of unsupervised walking was effective in improving physical fitness in general sample and in reducing the specific cardiovascular risk in subjects who have altered cardiovascular risk factors...
Assuntos
Humanos , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso de 80 Anos ou mais , Frequência Cardíaca , Aptidão Física , Fatores de Risco , CaminhadaRESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos agudos e crônicos dos exercícios aeróbicos e de força no perfil lipídico de seus praticantes. Para tanto, foi conduzida uma revisão sistemática de artigos indexados no PubMed/MedLine, LILACS e SCIELO até agosto de 2011 com estudos aleatorizados, pareados por grupo controle, conduzidos com seres humanos e escritos em português ou inglês. As evidências encontradas advogam em favor do exercício aeróbico, tanto de forma aguda quanto crônica, para aumentar os níveis das lipoproteínas de alta densidade (HDL) e reduzir os níveis de triglicérides (TG). Os efeitos do exercício de força ainda permanecem por serem estabelecidos pela carência de estudos até o presente momento. Em conclusão, os exercícios aeróbicos permanecem como indicação preferencial para adequação do perfil lipídico de seus praticantes.
The aim of this study was to evaluate the acute and chronic effects of aerobic and strength exercise on the lipid profile of its practitioners. For this, we conducted a systematic review of articles indexed in PubMed / MedLine, LILACS and SciELO until August 2011 with randomized, matched control group, conducted with humans and written in Portuguese or English. The evidence found advocates in favor of that both, acute and chronic aerobic exercise, for increased the levels of high density lipoproteins and reduces the levels of triglycerides. The effects of resistance exercise still remain to be established by the lack of studies to date. In conclusion, aerobic exercises remain as the preferred treatment for adjustment of the lipid profile of its practitioners.
Assuntos
Dislipidemias , Exercício Físico , LipoproteínasRESUMO
OBJECTIVE: To analyze the acute effect of rest interval length on cardiovascular response after resistance exercise. METHODS: Twenty young eutrophic men (23.9 ± 0.7 years;23.8 ± 0.5 kg/m²) performed two experimental sessions in a random order: resistance exercise with a 30-second (I30) and with a 90-second (I90) rest interval between sets. Both sessions included five exercises with 50% of the one-repetition maximum. Before and 24 hours after the experimental sessions, systolic blood pressure (SBP), diastolic blood pressure (DBP), heart rate (HR), and rate-pressure product (RPP) were obtained. RESULTS: The SBP, DBP and RPP responses were similar between the I30 and I90 sessions (p>0.05), while the HR after I30 was significantly higher than after I90 (p<0.01) for the first hour after exercise. The cardiovascular responses during the first 24 hours were similar between both sessions (p>0.05). CONCLUSION: Different recovery intervals did not promote post-exercise hypotension, however, a short rest interval increases heart rate for 1 hour after exercise. In addition, within 24 hours of the responses were similar between groups.
OBJETIVO: Analisar o efeito agudo do intervalo de recuperação na resposta cardiovascular após o exercício de força. MÉTODOS: Vinte homens jovens eutróficos (23,9 ± 0,7 anos; 23,8 ± 0,5 kg/m²) realizaram duas sessões experimentais em ordem aleatória: exercício de força com 30 segundos (I30) e com 90 segundos (I90) de intervalo de recuperação entre séries. As sessões incluíram cinco exercícios com 50% de uma repetição máxima. Antes e 24 horas após as sessões experimentais, pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC) e duplo produto (DP) foram obtidos. RESULTADOS: A resposta da PAS, PAD e DP foi similar entre os grupos (p>0,05), enquanto a FC após a I30 foi significantemente maior que a I90 (p<0,01) na primeira hora pós-exercício. As respostas cardiovasculares durante as 24 horas foram similares entre as sessões (p>0,05). CONCLUSÃO: Diferentes intervalos de recuperação não promoveram hipotensão pós-exercício, entretanto, um curto intervalo de recuperação aumentou a FC por uma hora pós-exercício. Além disso, nas 24 horas seguintes as respostas foram similares entre os grupos.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Pressão Arterial , Esforço Físico/fisiologia , Exercício Físico/fisiologiaRESUMO
CONTEXT:Over the past few years, several clinical trials have been performed to analyze the effects of exercise training on walking ability in patients with intermittent claudication (IC). However, it remains unclear which type of physical exercise provides the maximum benefits in terms of walking ability. OBJECTIVE:To analyze, by means of a meta-analysis, the effects of walking and strength training on the walking capacity in patients with IC. METHODS:Papers analyzing the effects of walking and strength training programs in patients with IC were browsed on the Medline, Lilacs, and Cochrane databases. Randomized clinical trials scoring >4 on the Physiotherapy Evidence Database (PEDro) scale and assessing claudication distance (CD) and total walking distance (TWD) were included in the review. RESULTS:Walking and strength training yielded increases in CD and TWD (P < 0.05). However, walking training yielded greater increases than strength training (P = 0.02). CONCLUSION:Walking and strength training improve walking capacity in patients with IC. However, greater improvements in TWD are obtained with walking training.
CONTEXTO:Ao longo dos últimos anos, diversos ensaios clínicos têm sido realizados sobre os efeitos do treinamento físico na capacidade de caminhada de pacientes com claudicação intermitente (CI). No entanto, ainda permanece incerto, qual modalidade de treinamento físico promove maiores aumentos na capacidade de caminhada dos pacientes. OBJETIVO: Analisar, por meio de meta-análise, os efeitos do treinamento de caminhada e de força na capacidade de locomoção de pacientes com CI. MÉTODOS:Foi realizada pesquisa bibliográfica de artigos que analisaram os efeitos do treinamento de caminhada e de força em pacientes com CI nas bases de dados Medline, Lilacs e Cochrane. Foram incluídos na revisão estudos clínicos randomizados com escore > 4 na escala de PEDro e que quantificaram a distância de claudicação (DC) e a distância total de caminhada (DTC). RESULTADOS:Os treinamentos de caminhada e de força promoveram aumentos na DC e na DTC (P < 0,05). No entanto, os aumentos obtidos com o treinamento de caminhada foram superiores aos obtidos com o treinamento de força (P = 0,02). CONCLUSÃO: Os treinamentos de caminhada e de força promovem aumento na capacidade de locomoção de pacientes com CI. No entanto, efeitos são mais acentuados com o treinamento de caminhada.
Assuntos
Humanos , Masculino , Idoso , Exercícios Respiratórios , Claudicação Intermitente/terapia , Doença Arterial Periférica/diagnóstico , Caminhada , Pesquisa ComportamentalRESUMO
CONTEXTO: O teste de caminhada de seis minutos e o teste de esforço em esteira têm sido frequentemente utilizados para quantificação da limitação funcional dos pacientes com doença arterial periférica. Todavia, ainda não está bem estabelecido se os resultados desses testes são correlacionados. OBJETIVOS: Relacionar a distância total de caminhada (DTC) obtida nos testes de seis minutos e de esforço em esteira em pacientes com doença arterial periférica e sintomas de claudicação intermitente. MÉTODOS: A amostra foi composta por 34 pacientes (65,5 ± 8,9 anos) de ambos os gêneros (26 homens e 8 mulheres). Os indivíduos realizaram o teste de seis minutos em corredor de 30 metros e o teste de esforço em esteira ergométrica utilizando-se protocolo específico para essa população, com intervalo de pelo menos sete dias entre os testes. Para a análise dos dados, foi utilizada a análise de correlação de Pearson. RESULTADOS: Houve correlação significante na DTC obtida nos testes de seis minutos e de esforço em esteira (r=0,48, p<0,01). Foi observada correlação significante entre a DTC obtida nos testes nos pacientes com menor comprometimento hemodinâmico do membro (r=0,69; p=0,01), enquanto que, nos pacientes com maior comprometimento hemodinâmico do membro, a correlação não foi significante (r=0,03, p=0,91). Além disso, foi observada correlação significante entre os testes tanto nos pacientes com baixos níveis de adiposidade (r=0,57; p=0,02) como nos pacientes com altos níveis de adiposidade (r=0,48, p<0,05). CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo mostram que os dados obtidos do teste de seis minutos e de esforço em esteira são correlacionados, exceto em pacientes com maior comprometimento hemodinâmico do membro.
BACKGROUND: Six minute walk test and treadmill test have been used to evaluate the functional limitations of peripheral artery disease patients. However, whether these tests are correlated remain poorly known. OBJECTIVE: To analyze the relationship between the total walk distance (TWD) assessed in the six minute walk test and in the treadmill test in patients with peripheral artery disease and symptoms of intermittent claudication. METHODS: Thirty-four patients (65.5 ± 8.9 yrs) of both genders (26 men 8 women) participated of the study. They performed the 6 minute walk test in a 30 meters hall and the treadmill test with a specific protocol, with an interval of at least 7 days between the tests. Pearson correlation coefficient was used for data analysis. RESULTS: Significant correlation was observed between TWD assessed in the six minute walk test and in the treadmill test. (r=0.48, p<0.01). Significant correlation between the TWD assessed in the tests were observed in the patients with lower hemodynamic limb commitment (r=0.69; p=0.01), while in the patients with higher hemodynamic limb commitment the correlation was not significant (r=0.03, p=0.91). Furthermore, a significant correlation between TWD obtained in the tests was observed in patients with low (r=0.57; p=0.02), and high levels of adiposity (r=0.48, p<0.05). CONCLUSION: The results of this study shown that walking capacity obtained with the six minute walk test and treadmill test are correlated, except in the patients with higher limb hemodynamic commitment.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Claudicação Intermitente/diagnóstico , Doença Arterial Periférica/complicações , Extremidade Inferior/patologia , Teste de Esforço/classificação , Caminhada/classificação , HemodinâmicaRESUMO
Hypertension is a ubiquitous and serious disease. Regular exercise has been recommended as a strategy for the prevention and treatment of hypertension because of its effects in reducing clinical blood pressure; however, ambulatory blood pressure is a better predictor of target-organ damage than clinical blood pressure, and therefore studying the effects of exercise on ambulatory blood pressure is important as well. Moreover, different kinds of exercise might produce distinct effects that might differ between normotensive and hypertensive subjects. The aim of this study was to review the current literature on the acute and chronic effects of aerobic and resistance exercise on ambulatory blood pressure in normotensive and hypertensive subjects. It has been conclusively shown that a single episode of aerobic exercise reduces ambulatory blood pressure in hypertensive patients. Similarly, regular aerobic training also decreases ambulatory blood pressure in hypertensive individuals. In contrast, data on the effects of resistance exercise is both scarce and controversial. Nevertheless, studies suggest that resistance exercise might acutely decrease ambulatory blood pressure after exercise, and that this effect seems to be greater after low-intensity exercise and in patients receiving anti-hypertensive drugs. On the other hand, only two studies investigating resistance training in hypertensive patients have been conducted, and neither has demonstrated any hypotensive effect. Thus, based on current knowledge, aerobic training should be recommended to decrease ambulatory blood pressure in hypertensive individuals, while resistance exercise could be prescribed as a complementary strategy.
Assuntos
Humanos , Pressão Sanguínea/fisiologia , Exercício Físico/fisiologia , Hipertensão/terapia , Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial , Estudos de Casos e Controles , Hipertensão/fisiopatologia , Treinamento ResistidoRESUMO
A melhora das condições de vida e os avanços da medicina têm resultado no aumento da expectativa de vida, de modo que o número de indivíduos idosos tem aumentado expressivamente nas últimas décadas. Por outro lado, o processo de envelhecimento faz com que haja acentuada perda da massa muscular após a sexta década de vida. No entanto, a prática de exercícios resistidos, mesmo em idosos, pode reverter esse quadro. Além disso, o envelhecimento também se acompanha de diversas alterações metabólicas. Nesse sentido, com o avanço da idade, os idosos podem apresentar aumento da resistência à insulina, que pode evoluir para o aumento da glicemia, aumentando a prevalência de diabetes nessa idade. Os exercícios aeróbicos têm se mostrado eficazes em impedir ou amenizar essas alterações do metabolismo de glicose. Mais recentemente, tem sido sugerido que os exercícios resistidos também podem ter efeitos benéficos principalmente por agirem na musculatura esquelética, que é o principal sítio de resistência à insulina. De fato, o treinamento resistido, além de propiciar benefícios para o sistema músculo-esquelético, tem se mostrado capaz de aumentar a sensibilidade à insulina, por proporcionar aumento da massa muscular e do fluxo sanguíneo, além de modificar algumas etapas...
Assuntos
Humanos , Adulto , Envelhecimento , Resistência à Insulina , Qualidade de VidaRESUMO
O diabetes melito do tipo II é uma doença que se caracteriza pela presença da resistência à insulina, ou seja, por um defeito na ação da insulina sobre a captação da glicose plasmática pelas células,principalmente as musculares. A ação da insulina se faz por meio da ligação desse hormônio a um receptor, o que gera uma cadeia de reações intracelulares, resultando na translocação dos transportadores de glicose para a membrana e no transporte da glicose para dentro da célula. Na resistência àinsulina, defeitos em diferentes pontos dessa via podem estar envolvidos. Entretânto, a execução de uma única sessão de exercício físico aumenta a captação de glicose durante o exercício, pelo aumento da sensibilidade à insulina e da captação de glicose não-dependente de insulina, e, além disso, após o exercício, a sensibilidade à insulina continua elevada por até 48 horas. Esse aumento de captação de glicose resulta na redução da glicemia em diabéticos controlados, mas pode gerar quadrosde hipo ou hiperglicemia em diabéticos em uso de insulina, de modo que, nesses casos, alguns cuidados precisam ser tomados. O treinamento físico regular também aumenta expressivamente a sensibilidade à insulina, ajudando na prevenção e no tratamento do diabetes melito do tipo 11. Os mecanismos envolvidos no efeito sensibilizador do exercício ainda não estão totalmente esclarecidos, mas o tipo de exercício que comprovadamente apresenta esse efeito é o exercício aeróbio. Assim, a prática regularde exercícios deve ser recomendada para indivíduos diabéticos e com risco de desenvolver diabetes, como obesos e filhos de diabéticos