RESUMO
OBJECTIVE: To determine the prevalence of factors associated with difficult-to-control asthma. METHODS: Patients with severe asthma were selected from the outpatient asthma clinic of the Ribeirão Preto School of Medicine Hospital das Clínicas. The patients were divided into two groups: controlled severe asthma and difficult-to-control severe asthma. After new attempts to optimize the severe asthma treatment, a questionnaire was applied, and additional tests for factors associated with difficult-to-control asthma, such as environmental and occupational exposure, smoking history, social factors, rhinitis/sinusitis, gastroesophageal reflux disease (GERD), obstructive sleep apnea, congestive heart failure (CHF), pulmonary embolism, cystic fibrosis, vocal cord dysfunction, alpha-1 antitrypsin deficiency, and Churg-Strauss syndrome, were performed. RESULTS: 77 patients with severe asthma were selected, of which 47 suffered from hard-to-control asthma, being 68.1% female, with mean age of 44.4 years (+/-14.4), and forced expiratory volume in one second of 54.7% (+/-18.3). The most factors most often associated with difficult-to-control asthma were noncompliance with treatment (68%), rhinitis/sinusitis (57%), GERD (49%), environmental exposure (34%), occupational exposure (17%), smoking history (10%), obstructive sleep apnea (2%), and CHF (2%). At least one of these factors was identified in every case. CONCLUSIONS: Noncompliance with treatment was the factor most often associated with difficult-to-control asthma, underscoring the need to investigate comorbidities in the evaluation of patients with this form of the disease.
Assuntos
Asma/epidemiologia , Asma/etiologia , Adulto , Algoritmos , Asma/diagnóstico , Asma/tratamento farmacológico , Brasil/epidemiologia , Exposição Ambiental/efeitos adversos , Exposição Ambiental/estatística & dados numéricos , Métodos Epidemiológicos , Feminino , Refluxo Gastroesofágico/diagnóstico , Glucocorticoides/uso terapêutico , Insuficiência Cardíaca/complicações , Humanos , Masculino , Exposição Ocupacional/efeitos adversos , Exposição Ocupacional/estatística & dados numéricos , Fatores de Risco , Sinusite/complicações , Testes Cutâneos , Apneia Obstrutiva do Sono/complicações , Fumar/efeitos adversos , Falha de Tratamento , Recusa do Paciente ao Tratamento/estatística & dados numéricosRESUMO
OBJETIVO: Pesquisar a freqüência dos fatores associados à asma de difícil controle. MÉTODOS: Foram selecionados pacientes com diagnóstico de asma grave do ambulatório de asma do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Os pacientes foram classificados em dois grupos: asma grave controlada e asma grave de difícil controle. Após nova tentativa de otimização do tratamento para o grupo de difícil controle, foram aplicados questionário e investigação complementar de fatores associados, como exposição ambiental domiciliar e ocupacional, tabagismo, fatores sociais, rinossinusite, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), apnéia obstrutiva do sono, insuficiência cardíaca congestiva (ICC), embolia pulmonar, fibrose cística, disfunção de cordas vocais, deficiência de alfa-1 antitripsina e vasculite de Churg-Strauss. RESULTADOS: Foram selecionados 77 pacientes com asma grave, dos quais 47 apresentavam asma de difícil controle, sendo 68,1 por cento do sexo feminino, idade média de 44,4 anos (±14,4) e volume expiratório forçado no primeiro segundo de 54,7 por cento (±18,3 por cento). Dos diagnósticos encontrados em associação à asma de difícil controle, o mais freqüente foi a pouca adesão ao tratamento (68 por cento). Outros foram as más condições ambientais (34 por cento) e ocupacionais (17 por cento), rinossinusite (57 por cento), DRGE (49 por cento), apnéia obstrutiva do sono (2 por cento), ICC (2 por cento) e tabagismo (10 por cento). Em todos os casos, pelo menos um desses fatores concomitantes foi diagnosticado. CONCLUSÕES: O fator mais freqüente associado à asma de difícil controle nos indivíduos estudados é a pouca adesão à medicação prescrita. A investigação de co-morbidades é imperativa na avaliação de pacientes com esta forma da doença.
OBJECTIVE: To determine the prevalence of factors associated with difficult-to-control asthma. METHODS: Patients with severe asthma were selected from the outpatient asthma clinic of the Ribeirão Preto School of Medicine Hospital das Clínicas. The patients were divided into two groups: controlled severe asthma and difficult-to-control severe asthma. After new attempts to optimize the severe asthma treatment, a questionnaire was applied, and additional tests for factors associated with difficult-to-control asthma, such as environmental and occupational exposure, smoking history, social factors, rhinitis/sinusitis, gastroesophageal reflux disease (GERD), obstructive sleep apnea, congestive heart failure (CHF), pulmonary embolism, cystic fibrosis, vocal cord dysfunction, alpha-1 antitrypsin deficiency, and Churg-Strauss syndrome, were performed. RESULTS: 77 patients with severe asthma were selected, of which 47 suffered from hard-to-control asthma, being 68.1 percent female, with mean age of 44.4 years (±14.4), and forced expiratory volume in one second of 54.7 percent (±18.3). The most factors most often associated with difficult-to-control asthma were noncompliance with treatment (68 percent), rhinitis/sinusitis (57 percent), GERD (49 percent), environmental exposure (34 percent), occupational exposure (17 percent), smoking history (10 percent), obstructive sleep apnea (2 percent), and CHF (2 percent). At least one of these factors was identified in every case. CONCLUSIONS: Noncompliance with treatment was the factor most often associated with difficult-to-control asthma, underscoring the need to investigate comorbidities in the evaluation of patients with this form of the disease.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Asma/epidemiologia , Asma/etiologia , Algoritmos , Asma/diagnóstico , Asma/tratamento farmacológico , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Exposição Ambiental/efeitos adversos , Exposição Ambiental/estatística & dados numéricos , Refluxo Gastroesofágico/diagnóstico , Glucocorticoides/uso terapêutico , Insuficiência Cardíaca/complicações , Exposição Ocupacional/efeitos adversos , Exposição Ocupacional/estatística & dados numéricos , Fatores de Risco , Testes Cutâneos , Sinusite/complicações , Apneia Obstrutiva do Sono/complicações , Fumar/efeitos adversos , Falha de Tratamento , Recusa do Paciente ao Tratamento/estatística & dados numéricosRESUMO
INTRODUÇAO: A relação entre asma e refluxo gastroesofágico permanece pouco compreendida. O reflexo vagal e a microaspiração estão entre os mecanismos propostos para explicar a piora da asma pelo refluxo gastroesofágico. OBJETIVO: Avaliar o volume expirado forçado no primeiro segundo após a acidificação esofágica. MÉTODO: O estudo investigou os efeitos da infusão ácida em treze voluntários portadores de asma moderada e refluxo gastroesofágico. Foram realizadas espirometrias antes e depois da inserção esofágica de uma sonda nasogástrica 8F e um cateter de pHmetria. Outras medidas de volume expirado forçado no primeiro segundo foram realizadas depois de quinze minutos de infusão de solução salina no ponto médio entre o esfíncter esofágico superior e o inferior, e depois de quinze minutos da acidificação esofágica, a cada cinco minutos mantida a acidificação, até a obtenção de um valor estável (variação < 5 por cento). RESULTADOS: O volume expirado forçado no primeiro segundo (média do grupo) apresentou-se estável durante os procedimentos de sondagem, infusão de solução salina, infusão de ácido clorídrico e manutenção de ácido clorídrico (p = 0,72). Dois casos apresentaram queda do volume expirado forçado no primeiro segundo (de 11 por cento e 22 por cento) devida à sondagem, outros dois pela infusão de solução salina (13 por cento e 14 por cento) e um caso após a infusão ácida (de 22 por cento). CONCLUSAO: A acidificação esofágica por pequenos períodos não desencadeia alterações espirométricas num grupo de asmáticos com refluxo gastroesofágico. Entretanto, há casos em que a simples manipulação esofágica ou infusões causam broncoespasmo.