RESUMEN
Os vegetais, legumes e frutas apresentam grande potencial de risco na transmissão de agentes patogênicos. As condições técnicas de cultivo, armazenamento, transporte e distribuição para o consumidor, a prática do uso de adubo orgânico (esterco animal e vegetal), a utilização de águas contaminadas para irrigação, o transporte feito em engradados abertos e as condições de higiene no manuseio e preparo das refeições, são condições que favorecem a transmissão, principalmente quando o produto é consumido cru. A capacidade destes microrganismos causar infecções está diretamente relacionada à virulência, carga parasitária ingerida, inalada ou absorvida, e fatores como idade, estado nutricional, condições imunológicas e outras patologias associadas podem favorecer quadros patogênicos e agravos. Analisaram-se 105 amostras, sendo 72 de verduras e 33 de legumes. Utilizaram-se os métodos bacteriológicos recomendados no "Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods". O método para análise parasitológica foi sedimentação espontânea das águas de enxágue, e lavagem individual das folhas, em solução Tween 80, diluído 1:1000; o sedimento foi observado em microscopia ótica, utilizando lugol como corante. Os resultados demonstraram 45 amostras positivas para a presença de coliformes fecais e 32 para um ou mais parasitos: ovos de Ascaris lumbricoides, larvas de Ancilostomídeos e de Strongyloides. Não houve isolamento de Salmonella sp. O trabalho veio contribuir para as ações da Vigilância Epidemiológica e Sanitária, na orientação aos produtores, com o objetivo de reduzir contaminantes e assim promover a saúde dos consumidores.