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Este artigo visa fazer um estudo fenomenológico da depressão na infancia. Não há nas Classificações usuais nenhuma referência à depressão na infancia como entidade nosológica própria. São raros os trabalhos que enfatizam a vivência da e o viver a depressão aquém dos sintomas, quando ela não é perceptível clinicamente. Faz-se a abordagem a partir dos estudos de Tellenbach sobre a situação pré-depressiva e a condição biológica(endon) que lhe dá suporte, buscando esclarecer como essa estrutura atua sobre a existência da criança. Delineia-se o quadro clínico-fenomenológico dentro da concepção psicopatológica de Jaspers e apontam-se formas de tratamento.

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O objetivo do presente trabalho é apresentar o seguimento e a evolução de dois casos de doença obsessivo-compulsiva que foram submetidos a procedimento cirúrgico psiquiátrico, a capsulotomia anterior bilateral estereotáxica. O seguimento está sendo feito através de entrevistas e avaliação pré- e pós-operatórias, utilizando-se o YBOCS. Os resultados, após dois anos e mais de observação indicam melhora de 69 por cento e 78 por cento respectivamente. A maior modificação se refere à mudança na capacidade de responder e ou responder e ou resistir à angústia associada aos pensamentos obsessivos e comportamenros compulsivos, bem como ao tempo gasto com os rituais. Nosso seguimento deverá estender-se até 4 anos de pós-operatório

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A sindrome de Tourette (Gilles La Tourette) e uma desordem do movimento cujas caracteristicas incluem tiques motores e verbais, podendo ocorrer coprolalia e copropraxia, ecolalia e ecopraxia, e palilalia. Muitas vezes ha uma comorbidade com sintomas obsessivo-compulsivo que levam a uma confusao diagnostica. A sintomatologia inicia antes de 21 anos e os sintomas nao necessariamente devem ocorrer concomitantemente, podemos variar em sua intensidade. O sexo masculino e acometido 3 a 4 vezes mais frequentemente do que o sexo feminino. A etiologia ainda e incerta, porem a relacao causal com o sistema dopaminergico e a mais provavel. Parece haver um componente genetico na desordem, porem nao se pode ainda afirmar o modo de transmissao. Os autores descrevem a sindrome de Gilles de La Tourette, enfatizando sua historia, etiologia, epidemiologia, diagnostico diferencial, caracteristicas clinicas e tratamento disponivel, exemplificando com um caso de uma menina de 18 anos com 7 anos de evolucao da doenca, mas que havia recebido diagnostico de coreia de Sydenham e ja recebera tratamento farmacologico para um estado de agitacao nao muito bem caracterizado.

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O presente trabalho visa mostrar o resultado do estudo e da identificaçao da doença do pânico através de um Protocolo implantado em um ambulatório de psiquiatria, aprovado pelo hospital do qual faz parte e do órgao governamental responsável pelo controle das contas médicas. A freqüência dos quadros compatíveis com doença do pânico em 28 pacientes foi de 68 por cento entre as mulheres (32 por cento para os homens) sendo a idade mais freqüente de primeira consulta aquela entre 30-40 anos. No diagnóstico diferencial encontramos 14,28 por cento de casos de prolapso de válvula mitral (PVM) e 7,14 por cento de hipertiroxinemia (HT) entre estes pacientes. Aqueles com PVM e HT nao preenchiam claramente os critérios do DSM-III-R usado no Protocolo, como conclusao, vimos que nossos resultados nao sao superponíveis aos da literatura e dos pesquisadores em nosso meio, os quais obtiveram resultados maiores nos casos de PVM sob ataque de pânico; com relaçao à HT, nao encontramos dados para comparaçao. O estudo mostra a importância do estabelecimento de critérios semelhantes para o atendimento de pacientes com queixas de pânico.

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O artigo apresenta o resultado de uma pesquisa sobre alteraçöes cognitivas em uma coorte de 24 pacientes HIV positivos assintomáticos (classe II do CDC) seguida por dois anos através da aplicaçäo semestral do Mini Mental State Examination (MMSE). Os escores obtidos, tratados estatisticamente, näo evidenciam mudança perceptível no padräo de resposta ao MMSE nas quatro entrevistas. No entanto, fazendo estudo de tendência, verificamos que 40 por cento, dentre os que realizaram três e quatro entrevistas, o escore a ser obtido no MMSE era de reduçäo. Näo conseguimos comprovar a hipótese de alteraçäo cognitiva precoce neste tipo de paciente com o emprego deste instrumento. Dentre as conclusöes, citam-se; instrumento näo adequadamente sensível; tempo de seguimento insuficiente; coorte com pequeno número de integrantes; danos cognitivos com aparecimento mais tardiamente em relaçäo ao início da doença

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O presente trabalho visa mostrar o resultado do estudo e da identificacao da doenca do panico atraves de um Protocolo implantado em um ambulatorio de psiquiatria, aprovado pelo hospital do qual faz parte e do orgao governamental responsavel pelo controle das contas medicas. A frequencia dos quadros compativeis com doenca do panico em 28 pacientes foi de 68 por cento entre as mulheres (32 por cento para os homens), sendo a idade mais frequente de primeira consulta aquela entre 30-40 anos. No diagnostico diferencial encontramos 14,28 por cento de casos de prolapso de valvula mitral (PVM) e 7,14 por cento de hipertiroxinemia (HT) entre estes pacientes. Aqueles com PVM e HT nao preenchiam claramente os criterios do DSM-III-R usado no Protocolo. Como conclusao, vimos que nossos resultados nao sao superponiveis aos da literatura e dos pesquisadores em nosso meio, os quais obtiveram resultados maiores nos casos de PVM sob ataque de panico; com relacao a HT, nao encontramos dados para comparacao. O estudo mostra a importancia do estabelecimento de criterios semelhantes para o atendimento de pacientes com queixas de panico.

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O artigo apresenta o resultado de uma pesquisa sobre alteracoes cognitivas em uma coorte de 24 pacientes HIV positivos assintomaticos (classe II do CDC) seguida por dois anos atraves da aplicacao semestral do Mini Mental State Examination (MMSE). Os escores obtidos, tratados estatisticamente, nao evidenciaram mudanca perceptivel no padrao de resposta ao MMSE nas quatro entrevistas. No entanto, fazendo estudo de tendencia, verificamos que 40 por cento dentre os que realizaram tres e quatro entrevistas, o escore a ser obtido no MMSE era de reducao. Nao conseguimos comprovar a hipotese de alteracao cognitiva precoce neste tipo de paciente com o emprego deste instrumento. Dentre as conclusoes, citam-se: instrumento nao adequadamente sensivel; tempo de seguimento insuficiente; coorte com pequeno numero de integrantes; danos cognitivos com aparecimento mais tardiamente em relacao ao inicio da doenca.

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E apresentado um caso de discinesia tardia em uma menina de 7 anos de idade, que desde os 18 meses de idade faz uso de propericiazina. Faz-se breve revisao de literatura recente relativa a esta entidade na infancia. O motivo da consulta e a historia pregressa sao apresentados, bem como o quadro clinico encontrado e o tratamento realizado. E discutido o diagnostico enfatizando-se o diferencial com distonia e sindrome paradoxal da discenia tardia. Ao final, fazem-se recomendacoes

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O presente trabalho apresenta uma visao fenomenologica do obsessivo-compulsivo embasando a psicoterapia, no caso, existencial. O quadro clinico de dois casos e apresentado e sobre o qual se faz a reflexao fenomenologica e compreensiva que da fundamento a psicoterapia. Pensamos que a apreensao do modo-de-ser atual do paciente contrastado a partir de um outro modo possivel de poder-vir-a-ser e a base da tarefa terapeutica.

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O artigo relata um caso de delirio zoopatia interna, descrito por Levi e por Faure, em uma paciente da enfermaria de gastroenterologia da Santa Casa que apresentava um quadro de melancolia delirante. E apresentado o motivo do pedido de avaliacao. A paciente fizera diversos tratamentos clinico-cirurgicos nos ultimos 10 anos, sem melhora do seu estado. E descrito o quadro clinico e sao discutidos os diagnosticos possiveis. O presente relato ilustra os problemas psicopatologicos propostos pela interacao entre alucinacao e delirio, fazendo uma apreciacao psicopatologica do sintoma apresentado pela paciente como elemento basico do diagnostico de depressao.

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O objetivo deste trabalho foi verificar o padrao de prescricao de neurolepticos em um ambulatorio de psiquiatria e sua adequacao as normas farmacologicas vigentes. Os dados forma obtidos de uma amostra de 308 prontuarios (25 por cento) de um total de 1230 prontuarios existentes de abril de 1985 ate abril de 1992. Destes, foram estudados aqueles em que houve prescricao de neurolepticos. Encontramos como drogas mais usadas: clorpromazina, levomepromazina e primozide. Em 62 por cento das prescricoes, o diagnostico era de psicose e em 27 por cento, neuroses. Outras categorias diagnosticas receberam neurolepticos em 11 por cento dos casos. Os neurolepticos foram prescritos em dose unica diaria em 67 por cento dos casos e como monoterapia em 70,2 por cento. As associacoes mais frequentemente verificados foram com antidepressivos (40 por cento) e com outros neurolepticos (33,3 por cento). Foi considerado alto o uso de neurolepticos em quadros neuroticos (1/3 dos pacientes). Parece haver uma adequacao quanto ao uso de neurolepticos nas psicoses, mas foi identificando o uso de subdoses, especialmente em relacao aos neurolepticas de baixa potencia. Nao se verificou o uso de dosagens acima das recomendadas pela literatura.

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O presente trabalho é a conclusäo de um estudo prospectivo iniciado em 1988 sobre a frequência dos pacientes comparada nos diagnósticos. Em 1988 identificaram-se 14 por cento de altas médicas, 21 por cento de permanências e 64 por cento de ausências há mais de seis meses; o número de pacientes esquizofrênicos era significativamente maior do que os dos demais diagnósticos, para cinco consultas, e a esquizofrenia e o alcoolismo mostravam maior permanência até cinco consultas. Esses achados determinaram a elaboraçäo de programas específicos: estabelecer objetivos por prazos e de planejar o tratamento sobre o quadro clínico. Em 1990, achou-se 22 por cento de altas, 10 por cento de permanências e 88 por cento de ausências e um número maior de pacientes com histeria em relaçäo aos demais, para seis consultas, com significaçäo estatística; a esquizofrenia e a histeria säo os diagnósticos com maior número de pacientes por consulta. A análise da variância H com relaçäo à influência do diagnóstico sobre o número de pacientes por consulta evidenciou que a diferença é significativa para 1988 mas näo é para 1990. Esses achados säo discutidos e algumas conclusöes säo apresentadas: 1- o programa de modificaçäo no atendimento influiu positivamente no surgimento de um novo perfil de frequência por diagnóstico; 2- diagnósticos näo muito claros tendem a produzir mais abandono

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O presente trabalho e a conclusao de um estudo prospectivo iniciado em 1988 sobre a frequencia dos pacientes comparada aos diagnosticos. Em 1988 identificaram-se 14 por cento de altas medicas, 21 por cento de permanencias e 64 por cento de ausencias ha mais de seis meses; o numero de pacientes esquizofrenicos era significativamente maior do que os dos demais diagnosticos, para cinco consultas, e a esquizofrenia e o alcoolismo mostravam maior permanencia ate cinco consultas. Esses achados determinaram a elaboracao de programas especificos: estabelecer objetivos por prazos e de planejar o tratamento sobre o quadro clinico. Em 1990, achou-se 22 por cento de altas, 10 por cento de permanencias e 88 por cento de ausencias e um numero maior de pacientes com histeria em relacao aos demais, para seis consultas, com significacao estatistica; a esquizofrenia e a histeria sao os diagnosticos com maior numero de pacientes por consulta. A analise da variancia H com relacao a influencia do diagnostico sobre o numero de pacientes por consulta evidenciou que a diferenca e significativa para 1988 mas nao e para 1990. Esses achados sao discutidos e algumas conclusoes sao apresentadas: 1) o programa de modificacao no atendimento influiu positivamente no surgimento de um novo perfil de frequencia por diagnostico; 2) diagnosticos nao muito claros tendem a produzir mais abandono.

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Neste artigo e feito um estudo bibliografico sobre a correlacao entre depressao e alcoolismo, ambasado sobre a atividade do Ambulatorio de Psiquiatria do CEJBF/FFFCMPA. Verificamos que o alcoolismo estava implicado em 1/3 das modificacoes diagnosticos em nosso Servico, cujo primeiro diagnostico fora de estado de ansiedade ou de depressao neurotica. Correlacionando os nossos achados como os da literatura verificamos que, desde os trabalhos dos psiquiatras de orientacao descritiva (fenomenologica) ate os recentes estudos com metodologias refinadas, o problema do reconhecimento do alcoolismo e critico e problematico. Alcoolismo e depressao parecem ser entidades independentes, mas um quadro pode surgir durante o curso do outro. Concluimos que: 1) E preciso abordar claramente com o paciente, durante a anamnese, o consumo ou nao de alcool; 2) Diante de quadros como estados de ansiedade e depressao, deve-se verificar cuidadosamente a presenca de alcoolismo; 3) O diagnostico se apoia essencialmente nos sintomas e na anamnese, devendo ser secundado pela gama-GT como marcador biologico.

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O presente artigo apresenta um caso de Delirio de Dermatozoos de Ekbom, diagnosticado na Enfermaria de Demartologia da Santa Casa. Inicialmente sao apresentados os motivos da internacao e do pedido de avaliacao. O paciente vinha fazendo diversos tratamentos, clinico-dermatologicos, ha cerca de um ano, sem modificacao dos seu estado e ultimamente fora diagnosticado Dermatite Facticia. E apresentado o seu quadro clinico e sao discutidos o diagnostico bem como as dificuldades para se chegar ate ele. Este quadro ilustra bem os problemas psicologicos que nos antepostos pela confluencia entre alucinacao e delirio. Tambem se faz uma breve apreciacao das ideias dos diversos autores, que se dedicaram a descreve-lo, a respeito de sua posicao psicopatologica. Ao final indicamos nossa orientacao terapeutica.

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O presente estudo visa detectar o impacto de modificacoes introduzidas na forma de atendimento aos pacientes, atraves da analise da sua frequencia ao ambulatorio. Em uma amostra de 25 por cento do total de prontuarios existentes ate novembro de 1988 (n=581), encontramos um numero medio de consulatas de 4,73 mais ou menos 6,91. Ela foi dividida em duas subamostras: alta medica, com 8,42 mais ou menos 7,33 consultas e ausencia, cujo valor foi 2,65 mais ou menos 2,30. A partir desses dados e visando melhorar resultados, foi instituida um programa de modificacao no atendimento que consistiu na co-participacao do doente nos objetivos e no planejamento do tratamento. Para avaliar a eficacia das medidas, foi realizado um seguimento em novembro de 1990 com uma amostra (250/1000) usando a mesma metodologia. Os resultados indicaram uma frequencia media de 5,66 mais ou menos 9,85 consultas. A subamostra da alta mostrou um valor igual a 5,96 mais ou menos 10,45 comparecimentos e a da ausencia, 4,04 mais ou menos 6,64. Os dados apresentam diferenca estatisticamente significativa entre os periodos avaliados. Por outro lado, o numero de pacientes que consulta apenas uma vez manteve-se inalterado em 1990 (de 36,55 por cento para 42,91 por cento). Sao discutidos esses achados bem como as modificacoes implantadas. Concluimos que: 1) a moda e uma consulta apenas; 2) a pratica psicoterapica ainda necessita ser melhor clarificada bem como os criterios de alta e cura; 3) a probabilidade de serem realizadas ate seis consultas e 98 por cento, mas decai a 14 por cento quando acima de 15; 4) os resultados evidenciam a eficacia das medidas adotadas.

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Neste trabalho é avaliado a modificaçäo do padräo de prescriçäo de psicofármacos no Ambulatório de Psiquiatria. Visou-se verificar essa alteraçäo a partir de um estudo prévio realizado em novembro de 1988, repetido em novembro 1988, repetido em 1990 após a implantaçäo da disciplina de Psicofarmacologia no Curso de Especializaçäo em psiquiatria e do programa de discussäo sistemática do emprego de psicofármacos, através dos quais se buscou a correçäo de atitudes. A uniprescriçäo é prevalente (73//) nos dois periódos. As benzodiazepinas säo o fármaco mais receitado (35//e 39//para 1988 e 1990). A 44//e 47//dos pacientes deste periódo näo foram prescritas drogas psiquiátricas.Algumas modificaçöes foram achadas: reduçäo de benzodiazepinas e antidepressivos na esquizofrenia; reduçäo de benzodiazepinas e neurolépticos nos estados de ansiedade, com aumento de antidepressivos; reduçäo destes e de neurolépticos nos casos de histeria; diminuiçäo dos antidepressivos nas depressöes neuróticas (distimias), com aumento das benzodiazepinas; e, ao fim, reduçäo das benzodiazepinas nos casos sem diagnóstico. Säo discutidos esses aspectos e conclusöes säo derivadas sobre os resultados atingidos e uso dessas drogas

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Foram estudados 548 pacientes, dentro de uma populaçäo de 1.937 pacientes hospitalizados, cujo tempo de internaçäo varia de 11 a 34 anos ininterruptos, com vistas à definiçäo de suas características sócio-demográficas e clínicas e com vistas à identificaçäo de sua importância como grupo que provoca distorçöes nos indicadores de desempenho hospitalar geralmente aceitos e à sua transformaçäo em populaçäo residente ao longo dos anos. Constitui cerca de metade do total de pacientes de longa permanência. A maioria é composta de solteiros, do sexo feminino, de desocupados e com cerca de 50% sem família localizada. Mais de 50% säo esquizofrênicos e 1/3 deficientes mentais, sem sintomatologia, mas com problemas clínicos em cerca de metade deles

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Neste trabalho e avaliada a modificacao do padrao de prescricao de psicofarmacos no Ambulatorio de Psiquiatria. Visou-se verificar essa alteracao a partir de um estudo previo realizado em novembro de 1988, repetido em 1990 apos a implantacao da disciplina de Psicofarmacologia no Curso de Especializacao em Psiquiatria e do programa de discussao sistematica do emprego de psicofarmacos, atraves dos quais se buscou a correcao de atitudes. A uniprescricao e prevalente (73 por cento) nos periodos. As benzodiazepinas sao o farmaco mais receitado (35 por cento e 39 por cento para 1988 e 1990). A 44 por cento e 47 por cento dos pacientes deste periodo nao foram prescrita drogas psiquiatricas. Agumas modificacoes foram achadas: reducao de benzodiazepinas e antidepressivos na esquizofrenia; reducao de benzodiazepinas e neurolepticos nos estados de ansiedade, com aumento de antidepressivos; reducao destes e de neurolepticos nos casos de histeria; diminuicao dos antidepressivos nas depressoes neuroticas (distimias), com aumento das benzodiazepinas; e, ao fim, reducao das benzodiazepinas nos casos sem diagnostico. Sao discutidos esses aspectos e conclusoes sao derivadas sobre os resultados atingidos e uso dessas drogas.

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