RESUMEN

Este artigo discute os resultados de uma pesquisa realizada com estudantes do Pará sobre as relações entre projetos de vida de jovens e as escolas públicas de ensino médio. Os dados foram coletados em 2009, por meio de doze Grupos de Diálogos com 245 jovens, organizados em duas cidades do interior do estado (Moju e Santarém) e na capital. A partir dos depoimentos dos jovens, foi possível identificar algumas contribuições das escolas à realização de suas demandas e expectativas, mas também muitas lacunas e impasses. O texto parte de uma discussão geral sobre o contexto do ensino médio no país e a relação com a juventude para situar a realidade específica das escolas paraenses segundo o olhar dos jovens pesquisados, compreendendo assim as distâncias e aproximações entre as expectativas juvenis e as experiências oferecidas por suas escolas.

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Este artigo discute os resultados de uma pesquisa realizada com estudantes do Pará sobre as relações entre projetos de vida de jovens e as escolas públicas de ensino médio. Os dados foram coletados em 2009, por meio de doze Grupos de Diálogos com 245 jovens, organizados em duas cidades do interior do estado (Moju e Santarém) e na capital. A partir dos depoimentos dos jovens, foi possível identificar algumas contribuições das escolas à realização de suas demandas e expectativas, mas também muitas lacunas e impasses. O texto parte de uma discussão geral sobre o contexto do ensino médio no país e a relação com a juventude para situar a realidade específica das escolas paraenses segundo o olhar dos jovens pesquisados, compreendendo assim as distâncias e aproximações entre as expectativas juvenis e as experiências oferecidas por suas escolas. (AU)

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A obra traz reflexões sobre vários aspectos que impactam a juventude e que foram debatidas multidisciplinarmente durante o IV Simpósio Internacional sobre Juventude Brasileira (IV Jubra), realizado em junho de 2010 na PUC Minas. A coletânea está dividida em três partes: A Socialização da Juventude e os Espaços Institucionais; Juventude, Sexualidade, Gênero e Violência; e A Participação Juvenil e a Dimensão dos Direitos.

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A escola com espaço sócio cultural" é de autoria Dayrell e faz parte desta coletânea onde vários autores abordam a liberdade e refletem sobre a ação pedagógica sob vários aspectos. Este texto de Juarez Dayrell busca construir no seu decorrer um determinado olhar sobre a escola, levando a compreensão da mesma enquanto espaço sócio-cultural. Desta maneira, busca compreender alunos e professores como sujeitos sócio-culturais, ou seja, são os sujeitos que reproduzem e elaboram uma cultura própria através das experiências sociais vividas por eles. Afirma que estes sujeitos na escola desempenham um papel ativo no cotidiano, que define o que a escola é realmente, pois esta pode possibilitar ou limitar, conflitando ou dialogando constantemente com a sua organização. O texto de Dayrell é uma reflexão acerca da escola, ele define a escola como uma instituição dinâmica, polissêmica, fruto de um processo de construção social. Com este olhar, ele ressalta aspectos e dimensões presentes no cotidiano escolar, que são neutralizados ou óbvios e julgados como sem importância para a educação e por isso muitas vezes não são notados, passando assim despercebidos. Busca revelar a forma que os sujeitos lidam com o espaço na escola, tempo, e com os seus ritos cotidianos. Por fim Dayrell conclui que os atores vivenciam o espaço escolar como uma unidade sócio-cultural complexa, onde convivem diversidades que devem ser assumidas e tratadas como um elemento desencadeador do processo educativo.

Acredita que a escola deve ser o lugar onde o aluno deve ser formado de forma ampla fazendo com que o processo de humanização seja aprofundado neste indivíduo, aprimorando as dimensões e habilidades que são comuns a nós seres humanos. Pensa que o acesso ao conhecimento, ás experiências culturais, ás experiências sociais diversas, contribuem como suporte para desenvolvimento do aluno de forma individual como sujeito sócio-cultural, e influi para ajudar a aprimorar a vida social desses indivíduos. Dayrell acha necessário o aprofundamento e ampliação das análises que, como a dele, que buscam apreender a escola na sua dimensão cotidiana, apurando nosso olhar sobre a instituição escolar, seu fazer e seus objetivos, e contribuem desta forma para a problematização da função social da escola

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A partir de sua experiência do estudo do Hip-Hop como produção cultural, e suas manifestações comunitárias extra-escolares, Juarez Dayrell mostra como o RAP pode ser uma forma de construção da identidade e pertinência que permite aos jovens em situação de exclusão social, afastarem-se da violência e do tráfico de drogas, para assim conseguirem se inserir no mercado de trabalho com maior dignidade (AU)