RESUMEN
Abstract Objective: To evaluate variables affecting the need for analgesia after ultrasound-guided percutaneous liver biopsy performed on an outpatient basis. Materials and Methods: This was a retrospective analysis of 1,042 liver biopsies performed between 2012 and 2018. The data collected included the age and sex of the patient, as well as self-reported pain in the recovery room, the pain treatment used, the indication for the biopsy, and the lobe punctured. As per the protocol of our institution, physicians would re-evaluate patients with mild pain (1-3 on a visual analog scale), prescribe analgesics for those with moderate pain (4-6 on the visual analog scale), and prescribe opioids for those with severe pain (7-10 on the visual analog scale). Results: The main indications for biopsy were related to diffuse disease (in 89.9%), including the follow-up of hepatitis C (in 47.0%) and suspicion of nonalcoholic steatohepatitis (in 38.0%). Pain requiring analgesia occurred in 8.0% of procedures. Of the 485 female patients, 51 (10.5%) needed analgesia, compared with 33 (5.9%) of the 557 male patients (p < 0.05). The need for analgesia did not differ in relation to patient age, the lobe punctured, or the indication for biopsy (nodular or diffuse disease). The analgesic most commonly used was dipyrone (in 75.9%), followed by paracetamol alone (16.4%) and their combination with opioids (7.6%). Conclusion: Ultrasound-guided percutaneous liver biopsy is safe and well tolerated. Postprocedural pain does not correlate with the lobe punctured, patient age, or the indication for biopsy and appears to affect more women than men.
Resumo Objetivo: Avaliar variáveis que afetam a necessidade de analgesia após biópsia hepática guiada por ultrassonografia. Materiais e Métodos: Análise retrospectiva de 1042 biópsias hepáticas realizadas entre 2012 e 2018. Os dados coletados incluíram dor detectada na sala de recuperação, analgesia utilizada, indicação, lobo puncionado, idade e sexo do paciente. O protocolo institucional indicava orientações e reavaliação para dor leve (1-3, segundo a escala visual analógica), analgésicos simples para dor moderada (4-6, segundo a escala visual analógica) e opioides para dor importante (7-10, segundo a escala visual analógica). Resultados: As indicações foram principalmente doença difusa (89,9%), particularmente no seguimento de hepatite C (47,0%) e suspeita de esteato-hepatite não alcoólica (38,0%). Dor com necessidade de analgesia ocorreu em 8,0% dos procedimentos. Mulheres demandaram analgesia em 10,5% das vezes e homens demandaram em 5,9% (p < 0,05). Não houve diferença estatisticamente significante na necessidade de analgesia em relação a idade, lobo hepático puncionado ou indicação por doença nodular versus difusa. O analgésico mais utilizado foi dipirona (75,9%), seguido de paracetamol (16,4%) e associação com opioides (7,6%). Conclusão: Este é um procedimento seguro e bem tolerado. Dor pós-procedimento não se correlaciona com lateralidade da biópsia, idade ou doença nodular versus difusa e parece afetar mais mulheres que homens.
RESUMEN
Relatamos o caso de uma paciente idosa avaliada por apresentar dispneia e dor na borda costal direita, em que a radiografia de tórax demonstrou opacidade simulando lesão pulmonar e a tomografia computadorizada revelou ser de origem vascular. A síndrome aórtica aguda por ulceração de placa ateromatosa, penetrando através da lâmina elástica, associada a hematoma aórtico e aneurisma constitui importante diagnóstico diferencial nesses casos.
The authors report the case of an elderly woman assessed for dyspnea and right costal margin pain, whose chest radiography demonstrated opacity simulating pulmonary lesion, and computed tomography revealed the vascular origin of the condition. Acute aortic syndrome due to ruptured atheromatous plaque penetrating through the elastic lamina in association with aortic hematoma and aneurysm is a relevant differential diagnosis to be considered in these cases.
RESUMEN
Introdução: a tuberculose (TB) infantil permanece como uma das doenças mais prevalentes e preocupantes no mundo, sobretudo em nações em desenvolvimento, onde as taxas são ainda mais elevadas e os casos descritos subestimados pela dificuldade em se estabelecer um diagnóstico definitivo. Dessa forma, este estudo tem como objetivo descrever o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com TB infantil pulmonar e extrapulmonar.Métodos: foram avaliados retrospectivamente, através de questionário, pacientes com idade de até 15 anos, internados no Serviço de Pediatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no período de janeiro de 2002 a setembro de 2007. Resultados: dos 52 pacientes incluídos, 63% apresentavam TB pulmonar. Das formas extra-pulmonares, a meningoencefalite foi a mais prevalente (22%). Comorbidades foram detectadas em 31 (60%) pacientes, dos quais 15 (29%) apresentavam desnutrição grave, 9 (18%) HIV positivo e 7 (13%) pneumopatia crônica. Das manifestações clínicas, febre e tosse estavam presentes na maioria dos pacientes. O padrão radiológico predominante foi o de consolidação pulmonar (51%). A maioria dos pacientes referia história de contato com paciente bacilífero (64%). Conclusão: a TB pulmonar representa a principal forma de apresentação clínica da TB, sendo o diagnóstico feito de forma presuntiva na maioria dos casos. Os resultados do nosso estudo reforçam a importância da anamnese (história epidemiológica e vacinal) e achados clínicos e radiológicos para o diagnóstico de TB infantil. Tendo em vista que a TB em crianças é considerada um evento sentinela, indicando recente transmissão a partir de um adulto infectado, além da maior gravidade da doença nesta população, torna-se imperativo uma maior ênfase na prevenção e diagnóstico precoces.
Background: tuberculosis (TB) in childhood remains one of the most prevalent and disturbing diseases worldwide. This is especially true in developing countries, where TB rates are even higher and the number of cases is underestimated because of the difficulty to establish definitive diagnosis. Aim: the present study was to describe the clinical and epidemiological profile of children with pulmonary and extrapulmonary TB. Methods: we used a questionnaire to retrospectively evaluate patients aged up to 15 years admitted to the Pediatric Unit of HCPA from January 2002 to September 2007. Results: of the 52 patients included in the study, 63% had pulmonary TB. Among the extrapulmonary forms, meningoencephalitis was the most prevalent (22%). Comorbidities were detected in 31 (60%) patients, and 15 (29%) of them had severe malnutrition, 9 (18%) were positive for HIV, and 7 (13%) had chronic lung disease. Among the clinical manifestations, fever and cough were present in most patients. The predominant radiological pattern was pulmonary consolidation (51%). Most patients reported a history of contact with contagious TB patients (64%). Conclusion: pulmonary TB is the main clinical presentation of TB, and most patients receive a presumptive diagnosis. Our results reinforce the importance of anamnesis (epidemiological and vaccination history) and clinical and radiological findings to establish the diagnosis of TB in childhood. Considering that TB in children is a sentinel event, indicating recent transmission from an infected adult, and because of the greater severity of the disease in this population, it is crucial to emphasize prevention and early diagnosis.