Spatial and seasonal changes in the diet of Oligosarcus hepsetus (Characiformes, Characidae) in a Brazilian Reservoir
Braz. J. Biol.
; 65(1)2005.
Article
em En
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| ID: vti-445973
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BR68.1
ABSTRACT
We assessed spatial and seasonal changes in the diet of Oligosarcus hepsetus in order to describe the strategy developed by this species that allows their very high abundance in Lajes reservoir, Rio de Janeiro, Brazil. Fish samplings were carried out using gill nets, deployed during ca. 12 and 24 hours, between April 2001 and May 2002. A total of 289 individuals were examined, of which 97 showed gut contents. We used the index of relative importance (IRI) to compare probable dietary shifts, and the frequency of occurrence (% OC) to analyze possible ontogenetic influences on feeding. O. hepsetus showed carnivorous habits, feeding preferably on fish and insects, the latter of which occurred in 71.0% of the guts presenting contents. O. hepsetus consumed different items along the three reservoir zones insects (61.0% IRI) and Cichla monoculus (38.9% IRI) in the lower zone; Lepidoptera (57.0% IRI) in the middle zone; and C. monoculus (77.0% IRI) in the upper zone. Food items changed seasonally with C. monoculus predominating in autumn 2001, and Hymenoptera and Lepidoptera in the winter. In spring almost all food was Lepidoptera (99.8% IRI), while in the summer Hemiptera dominated in the diet. In autumn 2002 Hemiptera (97.0% IRI) was dominant, in significant contrast with the previous autumn. Individuals smaller than 190 mm SL fed heavily on insects, while fishes predominated in the diet of individuals larger than 190 mm SL. Shifts in prey-capture ability among length classes suggest decreasing intraspecific competition. A higher food plasticity seems to be the strategy employed by this opportunist species, which used food resources available in the reservoir.
RESUMO
Foram analisadas variações na dieta de O. hepsetus conforme comparações espaciais e sazonais, com o objetivo de descrever a estratégia desenvolvida por essa espécie que permite sua elevada abundância no reservatório de Lajes, Rio de Janeiro, Brasil. As amostras foram coletadas utilizando redes de espera com permanência aproximadamente de 12 e 24 horas, no período entre abril de 2001 e maio de 2002. Dos 289 exemplares capturados, 97 peixes continham alimento no estômago. A análise foi baseada no índice de importância relativa (IIR), enquanto eventuais influências ontogenéticas foram determinadas pela freqüência de ocorrência (% FO). O. hepsetus apresentou hábito alimentar carnívoro, alimentando-se preferencialmente de peixes e insetos. O item Insetos apresentou relevante participação na dieta, ocorrendo em 71% dos estômagos que continham alimento. O. hepsetus consumiu diferentes itens entre as três zonas do reservatório insetos (61% IIR) e Cichla monoculus (38,9% IIR) na zona baixa; Lepidoptera (57% IIR) na zona intermediária; e C. monoculus (77% IIR) na zona alta. No geral, ocorreram diferenciações durante todo o ciclo sazonal, em que C. monoculus predominou no outono de 2001 e Hymenoptera e Lepidoptera, no inverno. Na primavera, a alimentação foi basicamente constituída por Lepidoptera (99,8% IIR), enquanto no verão, Hemiptera predominou na dieta. No outono de 2002 foi registrado 97% IIR para Hemiptera, diferindo do outono anterior. Indivíduos menores que 190 mm de comprimento-padrão (CP) consumiram preferencialmente insetos, enquanto os espécimes de maior tamanho (> 190 mm CP) alimentaram-se principalmente de peixes. Mudanças na captura de presas entre classes de tamanho sugerem diminuição da competição intra-específica. A alta plasticidade na alimentação parece ser uma estratégia usada por essa espécie oportunista, consumindo os recursos alimentares disponíveis no reservatório.
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País/Região como assunto:
America do sul
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Brasil
Idioma:
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Revista:
Braz. J. Biol.
Ano de publicação:
2005
Tipo de documento:
Article