Bases epistemológicas da antipsiquiatria: a influência do Existencialismo de Sartre / Epistemological axes of anti-psychiatry: the influence of Sartre's Existencialism / Bases epistemológicas de la antipsiquiatría: la influéncia del Existencialismo de Sartre
Rev. abordagem gestál. (Impr.)
; 15(2): 115-125, dez. 2009.
Article
em Pt
| INDEXPSI
| ID: psi-68390
Biblioteca responsável:
BR1.1
RESUMO
O movimento antipsiquiátrico, iniciado por volta dos anos 1950, especialmente na Europa e Estados Unidos, foi responsável pelo amplo questionamento ao modelo psiquiátrico de compreensão e atenção à loucura. Da crítica ao conceito de "doença mental" até os questionamentos dos modelos de tratamento centrados nos hospitais psiquiátricos, por serem considerados produtores de violência e exclusão, além de não possibilitarem a efetiva recuperação e a reinserção do paciente na sociedade, o movimento foi fundamental na criação de novos modelos de atenção em saúde mental . O presente trabalho discute a influência do existencialismo de Sartre na constituição das bases epistemológicas que produziram a antipsiquiatria, a fim de refletir sobre a problemática da loucura na contemporaneidade. A filosofia sartriana - sustentada no conceito de liberdade enquanto condição humana por excelência - forneceu subsídios para a compreensão da psicopatologia como um processo que ocorre nas relações do sujeito em seu contexto sócio-histórico, com ênfase nas relações familiares; opondo-se à noção de entidade mórbida, de cunho organicista, que imperava na tese psiquiátrica. Retomar as raízes epistemológicas do movimento antipsiquiátrico é um importante meio para se realizar a indispensável discussão em torno das contradições teórico-práticas atuais na área da saúde mental.(AU)
ABSTRACT
The anti-psychiatric movement, which started around the 1950's, was responsible for the extensive questioning of the psychiatric model for understanding and treating madness, especially in Europe and the United States. The movement had a central role in the creation of new models for dealing with mental health, as it criticized the concept of "mental disease", questioning the treatment models based on psychiatric hospitals, which were considered to produce violence and exclusion, besides not providing effective patient's recovery and re-entry in society. This paper discusses the influence Sartre's existentialism currently has on the issue of madness. The Sartrian philosophy - which is based on the concept of freedom as a human condition par excellence - has supported the understanding of psychopathology as a process that occurs within the relations of the subject in his/her socio-historical context, specially in the family relations; as opposed to the notion of morbid entity, characterized by its organicity, which guide the psychiatric thesis. Reanalyzing the epistemological roots of anti-psychiatric movement is an important mean of stimulating the essential discussion regarding the current contradictions between theory and practice in the area of mental health.(AU)
RESUMEN
El movimiento antipsiquiátrico, que empezó alrededor del año 1950, especialmente en Europa y Estados Unidos, fue responsable del amplio cuestionamiento del modelo psiquiátrico de compreensión y atención a la locura. Desde la crítica al concepto de "enfermedad mental", hasta los planteamientos de las modalidades de tratamiento centrados en los hospitales psiquiátricos; al estar considerados productos de violencia y exclusión; además de no posibilitar la efectiva recuperación y la reinserción del paciente en la sociedad, el movimiento fue fundamental en la creación de nuevos modelos de atención en salud mental. El presente trabajo discute la influencia del existencialismo de Sartre en la formación de las bases epistemológicas que produjeron la antipsiquiatría, con la finalidad de reflexionar sobre el problema de la locura en la época contemporanea. La filosofía sartriana - que se sostiene en el concepto de libertad ya que es la condición humana por excelencia - ofreció subsídios para la comprensión de la psicopatología como un proceso que ocurre en las relaciones del sujeto en su contexto socio-histórico, con énfasis en las relaciones familiares; oponiéndose a la idea de entidad mórbida, de cuño organicista, que imperaba en la tesis psiquiátrica. Retomar las raices epistemológicas del movimiento antipsiquiátrico es un importante médio para que ocurra la indispensable discusión alrededor de las contradiciones teórico-prácticas actuales en el área de la salud mental.(AU)
Palavras-chave
Texto completo:
1
Coleções:
06-national
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BR
Base de dados:
INDEXPSI
Assunto principal:
Psiquiatria
/
Conhecimento
/
Existencialismo
Tipo de estudo:
Prognostic_studies
/
Qualitative_research
Idioma:
Pt
Revista:
Rev. abordagem gestál. (Impr.)
Ano de publicação:
2009
Tipo de documento:
Article