Oficinas terapêuticas no cenário da reforma psiquiátrica: modalidades desinstitucionalizantes ou não?
Rev. mal-estar subj
; 5(2): 300-327, 2005.
Article
em Pt
| INDEXPSI
| ID: psi-33345
Biblioteca responsável:
BR85.1
Localização: BR85.1; USP/IP/SBD / BR27.1; PUC-CAMPINAS/SBI / BR724.1; UNIFOR/BC
ABSTRACT
O ojetivo deste trabalho é conhecer o funcioamento das oficinas terapêuticas, questionando se elas constituem ou não um dispositivo de promoção de mudança da lógica manicomial. Sabendo-se que a Reforma Psiquiátrica brasileira se materializou com o financiamento e regulamentação de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico, tendo sido fomentada pela luta antimanicomial e embasada pelos paradigmas da desinstitucionalização e da reabilitação psicossocial. Assim, como o cuidado à saúde mental ganha uma nova configuração, de modo que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são um dos principais serviços da rede de saúde que vem sendo estabelecida. Os CAPS são serviços abertos que oferecem uma gama de terapêuticas, entre as quais a oficina se coloca como fundamental para fazer os ideiais da Reforma. O estudo foi realizado num CAPS II, em Natal-RN, por meio de visitas sistemàticas ao serviço, orientadas pela perspectiva da Análise Institcional. Os dados foram discutidos à luz da Esquizoanálise, revelando que as oficinas muitas vezes se reduzem a meras estratégias de ocupação do tempo e servem de veículo de transmissão de valores socialmente legitimados como certos. A relação entre técnicos usuários é hierarquizada e, por vezes, ambos vêem a oficina como uma tarefa a ser cumprida. Enfim, as oficinas terapêuticas preservam em seu funcionamento resquícios sutis de um paradigma inconciliável com os ideias da desinstitucionalização(AU)
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Coleções:
06-national
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BR
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Idioma:
Pt
Revista:
Rev. mal-estar subj
Ano de publicação:
2005
Tipo de documento:
Article