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Racial vulnerability and individual barriers for Brazilian women seeking first care following abortion. / Vulnerabilidade racial e barreiras individuais de mulheres em busca do primeiro atendimento pós-aborto.
Goes, Emanuelle Freitas; Menezes, Greice M S; Almeida, Maria-da-Conceição C; Araújo, Thália Velho Barreto de; Alves, Sandra Valongueiro; Alves, Maria Teresa Seabra Soares Britto E; Aquino, Estela M L.
Afiliação
  • Goes EF; Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil.
  • Menezes GMS; Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil.
  • Almeida MC; Instituto Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, Brasil.
  • Araújo TVB; Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil.
  • Alves SV; Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil.
  • Alves MTSSBE; Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Brasil.
  • Aquino EML; Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil.
Cad Saude Publica ; 36Suppl 1(Suppl 1): e00189618, 2020.
Article em En, Pt | MEDLINE | ID: mdl-32049120
RESUMO
As desigualdades sociais no Brasil se refletem na busca por atenção pelas mulheres com abortamento, as quais enfrentam barreiras individuais, sociais e estruturais, expondo-as a situações de vulnerabilidades. São as negras as mais expostas a essas barreiras, desde a procura pelo serviço até o atendimento. O estudo objetivou analisar os fatores relacionados às barreiras individuais na busca do primeiro atendimento pós-aborto segundo raça/cor. A pesquisa foi realizada em Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco) e São Luís (Maranhão), Brasil, com 2.640 usuárias internadas em hospitais públicos. Foi realizada regressão logística para análise das diferenças segundo raça/cor (branca, parda e preta), considerando-se "não houve barreiras individuais na busca pelo primeiro atendimento" como categoria de referência da variável dependente. Das entrevistadas, 35,7% eram pretas, 53,3% pardas e 11% brancas. Mulheres pretas tinham menor escolaridade, menos filhos e declararam mais o aborto como provocado (31,1%), após 12 semanas de gestação (15,4%). Relataram mais barreiras individuais na busca pelo primeiro atendimento (32% vs. 28% entre pardas e 20,3% entre brancas), tais como o medo de ser maltratada e não ter dinheiro para o transporte. Na regressão, confirmou-se a associação entre raça/cor preta e parda e barreiras individuais na busca de cuidados pós-aborto, mesmo após o ajuste por todas as variáveis selecionadas. Os resultados confirmam a situação de vulnerabilidade das pretas e pardas. A discriminação racial nos serviços de saúde e o estigma em relação ao aborto podem atuar simultaneamente, retardando a ida das mulheres ao serviço, o que pode configurar uma situação limite de maior agravamento do quadro pós-abortamento.
RESUMEN
Las desigualdades sociales en Brasil se reflejan en la búsqueda de atención sanitaria por parte de las mujeres que abortan, que enfrentan barreras individuales, sociales y estructurales, exponiéndolas a situaciones de vulnerabilidad. Las negras son las más expuestas a estas barreras, desde la búsqueda del servicio hasta la atención. El estudio tuvo como objetivo analizar los factores relacionados con las barreras individuales en la búsqueda de la primera atención post-aborto según raza/color. La investigación se realizó en Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco) y São Luis (Maranhão), Brasil, con 2.640 pacientes internadas en hospitales públicos. Se realizó una regresión logística para el análisis de las diferencias según raza/color (blanca, mulata/mestiza y negra), considerándose "no tuvo barreras individuales en la búsqueda de la primera atención" como categoría de referencia de la variable dependiente. De las entrevistadas 35,7% eran negras, 53,3% mulatas/mestizas y 11% blancas. Las mujeres negras tenían menor escolaridad, menos hijos y declararon más el aborto como provocado (31,1%), tras 12 semanas de gestación (15,4%). Informaron más barreras individuales en la búsqueda de la primera atención (32% vs. 28% entre multas/mestizas y un 20,3% entre las blancas), tales como el miedo de ser maltratada y no tener dinero para el transporte. En la regresión se confirmó la asociación entre raza/color negro y mulato/mestizo y barreras individuales en la búsqueda de cuidados post-aborto, incluso tras el ajuste por todas las variables seleccionadas. Los resultados confirman la situación de vulnerabilidad de las negras y mulatas/mestizas. La discriminación racial en los servicios de salud y el estigma en relación con el aborto pueden actuar simultáneamente, retardando la ida de las mujeres al servicio de salud, lo que puede constituir una situación límite de mayor gravedad en el cuadro post-aborto.
Assuntos

Texto completo: 1 Coleções: 01-internacional Base de dados: MEDLINE Assunto principal: Aborto Induzido / Acessibilidade aos Serviços de Saúde Aspecto: Determinantes_sociais_saude / Equity_inequality Limite: Child / Female / Humans / Pregnancy País/Região como assunto: America do sul / Brasil Idioma: En / Pt Revista: Cad Saude Publica Assunto da revista: SAUDE PUBLICA Ano de publicação: 2020 Tipo de documento: Article País de afiliação: Brasil País de publicação: Brasil

Texto completo: 1 Coleções: 01-internacional Base de dados: MEDLINE Assunto principal: Aborto Induzido / Acessibilidade aos Serviços de Saúde Aspecto: Determinantes_sociais_saude / Equity_inequality Limite: Child / Female / Humans / Pregnancy País/Região como assunto: America do sul / Brasil Idioma: En / Pt Revista: Cad Saude Publica Assunto da revista: SAUDE PUBLICA Ano de publicação: 2020 Tipo de documento: Article País de afiliação: Brasil País de publicação: Brasil