Alterações eletrencefalográficas como fator prognóstico no coma agudo em crianças não epilépticas / Electroencephalografic abnormalities as prognostic factor in acute coma in non-epileptic children
J. epilepsy clin. neurophysiol
; 17(3): 87-92, 2011. ilus, tab
Article
em Pt
| LILACS
| ID: lil-610922
Biblioteca responsável:
BR16.1
RESUMO
Introdução:
embora o exame neurológico permaneça como o principal parâmetro de avaliação do comprometimento cerebral em muitas UTIs pediátricas do Brasil, o EEG é um exame de fácil realização, baixo custo e que não oferece riscos significativos ao paciente. Nosso objetivo foi avaliar as alterações específicas e inespecíficas, particularmente a presença de paroxismos epileptogênicos, no EEG de crianças em estado de coma e relacionar esses achados com o risco de morte.Métodos:
estudo de delineamento retrospectivo.Resultados:
foram analisados 36 EEGs de 18 crianças, 10 do sexo masculino (55,6 por cento), com idade entre dois meses e 15,5 anos (mediana 3,2±4,7 anos). As etiologias do coma foram diversas. Todos os EEGs foram anormais, sendo o alentecimento e a depressão de voltagem as alterações mais observadas. Somente em um exame foi registrada assimetria entre os hemisférios cerebrais. Em 30,6 por cento dos exames foram observados paroxismos epileptogênicos focais, multifocais ou generalizados. A taxa de mortalidade foi 38,9 por cento. Dos 19 EEGs obtidos nas sete crianças que morreram durante o internamento na UTI, 21,1 por cento apresentavam paroxismos epileptogênicos.Conclusão:
embora nossa casuística seja relativamente pequena, inferimos que a presença de paroxismos epileptogênicos no EEG de crianças não epilépticas em estado de coma é relativamente frequente, embora não tenhamos observado uma associação consistente desse achado com maior risco de morte.ABSTRACT
Electroencephalografic abnormalities as prognostic factor in acute coma in non-epileptic children Introduction:
Although the neurological examination remains the main parameter for assessment of the brain impairment in many pediatric ICU in Brazil, the EEG is an easy exam to perform, with low costs and offers no significant risk to the patient. Our aim was to evaluate the presence of specific and non specific abnormalities and epileptogenic paroxysms in the EEGs of children in coma and to relate these findings with the risk of death.Methods:
retrospective study.Results:
36 EEGs were performed in 18 children. 10 were male (55.6 percent), aged between two months and 15.5 years (median 3.2±4.7 years). Different causes for the coma state were described. All EEGs were abnormal and the slowing and voltage depression patterns were the most common abnormalities observed. Only one test showed asymmetry between the cerebral hemispheres. 30.6 percent of the patients had focal, multifocal or generalized epileptogenic paroxysms on the EEGs. The mortality rate was 38.9 percent. Analyzing the 19 EEGs obtained from seven children who died during the ICU stay, 21.1 percent had epileptogenic paroxysms.Conclusion:
In spite of the fact that our sample is relatively small, we infer that epileptogenic paroxysms in the EEGs of non-epileptic children in coma is relatively common, even not observing a consistent association of this finding with high risk of death.Palavras-chave
Texto completo:
1
Coleções:
01-internacional
Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
Coma
/
Eletroencefalografia
Tipo de estudo:
Evaluation_studies
/
Observational_studies
/
Prognostic_studies
/
Risk_factors_studies
Limite:
Child
Idioma:
Pt
Revista:
J. epilepsy clin. neurophysiol
Assunto da revista:
NEUROCIENCIAS
Ano de publicação:
2011
Tipo de documento:
Article
País de afiliação:
Brasil
País de publicação:
Brasil