Violência vivida: a dor que näo tem nome / Violence experienced: the nameless pain
Interface comun. saúde educ
; 7(12): 41-54, fev. 2003. graf
Article
em Pt
| LILACS
| ID: lil-332473
Biblioteca responsável:
BR33.1
RESUMO
É difícil o relato de violência sofrida por mulheres. Trata-se da invisibilidade da violência que afeta as relaçöes usuárias - profissionais, criando impasses comunicacionais. Buscou-se caracterizar este silêncio, estudando usuárias de atençäo primária na rede pública de Säo Paulo, quanto a prevalência de violência, a percepçäo de ter sofrido violência, a definiçäo de violência em geral e a nomeaçäo dada por quem a experimentou. Entrevistaram-se 322 usuárias de 15 a 49 anos, sobre agressöes física, sexual e/ou psicológica, o agressor, e a percepçäo de ter sofrido violência, solicitando-se o relato de um episódio marcante, o nome que daria a este e a definiçäo de violência em geral. Das entrevistas, 69,6 por cento referiram alguma agressäo física, psicológica ou sexual e, destas, 63,4 por cento näo consideraram haver sofrido violência na vida; 64,3 por cento relataram algum episódio marcante e 46,5 por cento atribuíram um nome ao vivido. A definiçäo de violência mais comum foi a de agressäo física (78,8 por cento), seguida pela psicológica (39,7 por cento) e sexual (24,2 por cento). Conclui-se que a maioria das mulheres que referiu alguma agressäo näo considerou haver sofrido violência na vida. Houve grande dificuldade em contar episódios e nomeá-los, e apesar de a maioria desses episódios serem do âmbito doméstico, na definiçäo de violência esta referência näo aparece.
Texto completo:
1
Coleções:
01-internacional
Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
Violência Doméstica
/
Mulheres Maltratadas
Tipo de estudo:
Risk_factors_studies
Aspecto:
Determinantes_sociais_saude
Limite:
Adult
/
Female
/
Humans
Idioma:
Pt
Revista:
Interface comun. saúde educ
Assunto da revista:
EDUCACAO
/
SAUDE PUBLICA
Ano de publicação:
2003
Tipo de documento:
Article
País de afiliação:
Brasil
País de publicação:
Brasil