Estudo preliminar do uso de albumina em hospital geral de grande porte do Rio de Janeiro

Ribeiro, A. C. A.; Urago, C. P.; Santos, F. M.; Futuro, D. O.

RESUMO

Introdução:

A albumina é a proteína mais abundante no plasma. Sua síntese ocorre nos hepatócitos. Suas principais funções no organismo são o transporte de moléculas, a manutenção da pressão osmótica, neutralização de radicais livres, inibição da função plaquetária com conseqüente efeito antitrombótico e possuindo também grande influência na permeabilidade vascular. Existem ainda muitas controvérsias em relação aos benefícios que a suplementação com albumina intravenosa pode trazer. Albumina é ainda o expansor plasmático mais utilizado, principalmente em bebês prematuros. Muitas outras indicações existem para sua administração, como choque, hiperbilirrubinemia, ascite, síndrome nefrótica, síndrome hepato-renal.

Objetivo:

Traçar o perfil de uso de solução de albumina humana 20% no Hospital Geral de Bonsucesso.

Materiais e métodos:

Durante o ano de 2004, foi feito um levantamento dos pacientes que fizeram uso de albumina humana nessa unidade. O levantamento dos dados foi feito através de receituários especiais que acompanham as prescrições deste medicamento. Esses receituários são imprescindíveis para dispensação desta.

Resultados:

Foram recebidas 1862 prescrições de albumina, com receituário especial, pelo Serviço de Farmácia. Através desses, foram dispensados 6266 frascos para 537 pacientes. O perfil de uso por clínica pode ser demonstrado através do gráfico abaixo. Nota-se através do gráfico, que a clínica que mais prescreveu a albumina foi o CTI (25,2%). Logo após podemos notar as clínicas médicas masculina e feminina que, somadas, correspondem a 24,2% do total consumido. A posologia mais prescrita é de 3 vezes ao dia (49,5%), seguida da posologia de 2 vezes ao dia (21,5%).Discussão e

conclusão:

O alto consumo desse medicamento se deve ao fato de esse hospital atender pacientes com patologias de alto grau de complexidade. Esses pacientes são provenientes de centros cirúrgicos, portadores de hepatite e cirrose, insuficiência renal, recém nascidos com pré-maturidade, os de transplantes renal e hepático. Isto é confirmado, ao observarmos que o maior consumo ocorre no CTI, que apesar de possuir um pequeno número de leitos (9) em relação às outras, utilizou 25% de toda albumina consumida no hospital no período de 1 ano