Raça/cor: olhar da saúde da população negra / Race/color: the health of the black population
São Paulo; SMS; jul. 2020. 59 p. graf, tab.(Boletim CEInfo Análise, XV, 18).
Monography
em Pt
| LILACS, ColecionaSUS, SMS-SP, CEINFO-Producao, SMS-SP
| ID: biblio-1433828
Biblioteca responsável:
BR1.1
RESUMO
A desigualdade social é um tema latente em nosso país, visto sua história de ex-colônia e de quase quatro séculos de escravização de pessoas negras. Nos últimos anos houve avanços na implementação de políticas públicas voltadas para a saúde da população negra, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida desse grupo. Este boletim tem como objetivo fornecer subsídios para monitorar e avaliar essas políticas, para tanto serão apresentadas informações desagregadas por raça/cor. A população negra corresponde a 37% da população do Município de São Paulo (MSP), contudo tem 60,3% dos beneficiários do programa Bolsa Família. Entre 2012 a 2018 houve aumento da proporção de nascidos vivos de mães pretas e pardas, com maior proporção de mães adolescentes 13,3% em relação às brancas 7,8%; o início tardio do pré-natal e o acompanhamento insuficiente também é mais frequente em mulheres negras e indígenas. A população negra tem a maior proporção de casos de HIV notificados 47,2%, risco relativo 2,5 vezes maior de ter Aids; corresponde a 54,9% dos casos de Sífilis Adquirida; teve aumento da incidência de Tuberculose, com maior risco relativo de adquirir a doença em relação aos brancos. Quanto ao estado nutricional, crianças negras apresentaram maior prevalência de excesso de peso e déficit de altura, em comparação as brancas. Os trabalhadores negros representam 37% dos ocupados, mas são vítimas de metade dos acidentes notificados 51,4%. Em relação as doenças crônicas não transmissíveis, a mortalidade na população preta é maior por Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Melittus e Doença Cerebrovascular, tanto em menores como em maiores de 60 anos. A mortalidade por Câncer de Mama e de Colo Uterino se concentra acima dos 50 anos e mulheres pretas estão em primeiro lugar, seguidas das brancas. A violência acomete prioritariamente jovens negros de 15 a 29 anos, que representam 68,8% dos óbitos por Intervenção Legal nessa faixa etária. A mortalidade precoce, antes dos 65 anos de idade, ocorre muito mais no sexo masculino e na população negra. Apesar das políticas instituídas com olhar para a saúde da população negra, as iniquidades ainda estão presentes e os indicadores permitem visualizar essas vulnerabilidades. Fica o desafio de ampliar de fato o acesso aos serviços, diminuira as desigualdades a fim de melhorar a saúde da população negra
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AssuntosPalavras-chave
Texto completo:
1
Coleções:
01-internacional
Base de dados:
CEINFO-Producao
/
LILACS
/
SMS-SP
/
ColecionaSUS
Assunto principal:
População Negra
/
Distribuição por Etnia
/
Mensuração das Desigualdades em Saúde
/
Racismo Sistêmico
/
Política de Saúde
Tipo de estudo:
Etiology_studies
/
Prevalence_studies
/
Risk_factors_studies
Aspecto:
Determinantes_sociais_saude
/
Equity_inequality
/
Patient_preference
Limite:
Adolescent
/
Female
/
Humans
/
Male
/
Pregnancy
Idioma:
Pt
Revista:
Boletim CEInfo Análise
Ano de publicação:
2020
Tipo de documento:
Monography
País de publicação:
Brasil