Neoplasia intraepitelial cervical associada à vaginose bacteriana: revisão sistemática / Cervical intraepithelial neoplasia associated with bacterial vaginosis: systematic review
São Paulo; s.n; 2017. 65 p. ilus.
Thesis
em Pt
| Inca
| ID: biblio-1292926
Biblioteca responsável:
BR30.1
Localização: BR30.1
RESUMO
Neoplasias intraepiteliais cervicais são lesões proliferativas do colo do útero relacionadas a vários fatores de risco, em especial ao Papilomavírus Humano e que podem evoluir para o câncer cervical uterino. A presença deste tipo de lesão pode levar a mulher a apresentar alterações da microbiota vaginal e desenvolver infecções denominadas vaginoses bacterianas, as quais precisam ser tratadas para que essa microbiota possa ser restabelecida. Com o objetivo de identificar evidência científica sobre a prevalência e influência da vaginose bacteriana em pacientes com neoplasia intraepitelial cervical, realizou-se revisão sistemática de literatura por meio de busca nas bases de dados Cochrane, Lilacs, CINAHL, Web of Science, SCOPUS e PubMed. Mediante a estratégia PICO, foram utilizados descritores indexados, tendo sido pré-selecionados 958 trabalhos publicados até dezembro de 2015. Destes, após leitura de títulos e resumos, foram selecionados 12 estudos descritivos para leitura na íntegra, e cinco foram incluídos após análise de qualidade pelo método STROBE, sendo um de coorte e quatro cortes transversais. Em quatro estudos, as prevalências das neoplasias intraepiteliais cervicais (4,16% a 13,93%) e da vaginose bacteriana (20% a 32,45%) variaram respectivamente acima e na média do relatado na literatura, enquanto em outro divergiram com taxa muito alta para neoplasia intraepitelial cervical (85,75%) e baixa para vaginose bacteriana (10,98%) em face do viés amostral. Houve associação significativa entre neoplasia intraepitelial cervical e vaginose bacteriana em apenas um estudo, em outro não foi constatada relação da vaginose bacteriana com a gravidade das alterações histomorfológicas, enquanto que na coorte, foi percebida significância marginal (p = 0,05) a sugerir que a vaginose bacteriana possa vir a se associar e ser co-fator para lesões cervicais de alto grau em mulheres infectadas por onco-HPV. Concluiu-se que o protagonismo da vaginose bacteriana nas lesões intracervicais é controverso, ressaltando-se sua co-fatorialidade com promiscuidade sexual, tabagismo, HPV e outras doenças sexualmente transmissíveis. Mais estudos precisam ser realizados, com seguimento mais prolongado e melhor controle dos casos, visando corrigir fatores de confusão
ABSTRACT
Cervical intraepithelial neoplasms are proliferative cervical lesions related to various risk factors, especially the Human Papillomavirus, which may progress to uterine cervical cancer. The presence of this type of lesion may lead the woman to present alterations of the vaginal microbiota and to develop infections called bacterial vaginosis, which need to be treated so that this microbiota can be reestablished. In order to identify scientific evidence on the prevalence and influence of bacterial vaginosis in patients with cervical intraepithelial neoplasm, a systematic review of the literature was carried out by searching the Cochrane, Lilacs, CINAHL, Web of Science, SCOPUS and PubMed databases. Using the PICO strategy, indexed descriptors were used, and 958 papers were pre-selected by December 2015. After reading titles and abstracts, eight observational studies were selected, which were read and analyzed in their entirety, leading to the final choice five of them, one being a cohort and four cross-sections. In this selection, the STROBE methodology was used. In four studies, the prevalence of cervical intraepithelial neoplasm (4.16% to 13.93%) and bacterial vaginosis (20% to 32.45%) varied respectively above and in the mean of reported in the literature, while in another these prevalences diverged, with very high rate for cervical intraepithelial neoplasm (85.75%) and low rate for bacterial vaginosis (10.98%), because of sample bias. There was a significant association between cervical intraepithelial neoplasm and bacterial vaginosis in only one study; in another, there was no relation between bacterial vaginosis and severity of histomorphologic alterations, whereas in the cohort, a marginal significance (p = 0.05) was observed, suggesting that bacterial vaginosis may be associated with and become a cofactor for high-grade cervical lesions in women HPV infected. It was concluded that the role of bacterial vaginosis in intracervical lesions is controversial, emphasizing its co-factoriality with sexual promiscuity, smoking, HPV and other sexually transmitted disease. More studies need to be performed, with longer follow-up and better cases control, in order to correct confounding factors
Palavras-chave
Texto completo:
1
Base de dados:
Inca
Assunto principal:
Displasia do Colo do Útero
/
Neoplasias do Colo do Útero
/
Vaginose Bacteriana
Limite:
Adolescent
/
Adult
/
Female
/
Humans
Idioma:
Pt
Ano de publicação:
2017
Tipo de documento:
Thesis
País de publicação:
Brasil