Modelo matemático pra uma coisa que não é matemática: narrativas de médicos/as infectologistas sobre carga viral indetectável e intransmissibilidade do HIV / Mathematical model for something that is not mathematical: narratives of infectologists about undetectable viral load and HIV non-transmissibility
Physis (Rio J.)
; 30(1): e300105, 2020.
Article
em Pt
| LILACS
| ID: biblio-1101313
Biblioteca responsável:
BR433.1
Localização: BR433.1
RESUMO
Resumo Este artigo parte de uma discussão internacional sobre a intransmissibilidade do vírus HIV, quando a pessoa soropositiva está em tratamento e com carga viral indetectável. Trata-se de um dos resultados da pesquisa qualitativa sobre sociabilidades de jovens vivendo com HIV, com ênfase nos novos discursos/práticas biomédicos e seu impacto nas relações afetivo-sexuais desses/as jovens. Durante os meses de março a novembro de 2017, houve a interação com pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), com idade entre 18 e 30 anos, e médicos/as infectologistas de um Serviço de Assistência Especializada em Salvador-BA. Para além das mudanças significativas em relação ao HIV, decorrentes dos avanços atuais das biotecnologias, colocamos em pauta algumas controvérsias em torno da intransmissibilidade do vírus do ponto de vista de quatro médicos/as infectologistas. Realizamos entrevistas abertas e a leitura exploratória das narrativas, identificando temas, questões e atores que se deslocavam nos relatos em torno da condição de indetectável. Discutimos que a carga viral indetectável aparece como um assunto delicado/controverso nos consultórios médicos, atualizando a posição de PVHA como potencialmente perigosas, podendo reincidir em práticas sexuais desprotegidas ou "relaxar" no cuidado consigo e com o outro. São narrativas que suscitam questões éticas fundamentais na relação de cuidado, tais como o direito à informação na perspectiva da saúde como um direito humano.
ABSTRACT
Abstract This article is based on an international discussion on HIV non-transmissibility when the HIV-positive person is under treatment and has an undetectable viral load. This is one of the results of research on the sociability of young people living with HIV, with emphasis on new biomedical discourses/practices and their impact on the affective-sexual relationships of young people. From March to November of 2017, the researchers interacted with people living with HIV (PLHIV), aged between 18 and 30 years, and infectologists in a Specialized Service in Salvador-BA, Brazil. Beyond significant changes in relation to HIV due to advances in biotechnology, the study focused on some controversies surrounding the non-transmissibility of the virus from the viewpoint of four infectologists. Open interviews and exploratory reading of the narratives were conducted, identifying themes, issues and actors that moved in the reports on the condition of undetectable. The article argues that undetectable viral load appears as a sensitive/controversial subject in medical offices, updating the PLHIV's position as potentially dangerous that may engage in unprotected sexual practices or "relax" in mutual care. Such narratives raise fundamental ethical issues in care relations, such as the right to information from the perspective of health as a human right.
Palavras-chave
Texto completo:
1
Coleções:
01-internacional
Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
Autocuidado
/
Infecções por HIV
/
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
/
Carga Viral
/
Infectologia
/
Relações Interpessoais
Tipo de estudo:
Qualitative_research
Aspecto:
Ethics
Limite:
Adult
/
Humans
País/Região como assunto:
America do sul
/
Brasil
Idioma:
Pt
Revista:
Physis (Rio J.)
Assunto da revista:
SAUDE PUBLICA
Ano de publicação:
2020
Tipo de documento:
Article
País de afiliação:
Brasil
País de publicação:
Brasil