RESUMO
We report a 41-year-old man with HIV and a chronic obstructive pulmonary disease, treated for seven months with Fluticasone/Salmeterol and antiretroviral therapy (Lamivudine, Tenofovir, Atazanavir and Ritonavir). While using these medications, the patients developed a Cushing syndrome in a period of five months. After performing laboratory and imaging tests, it was concluded that the most probable cause of the syndrome was the interaction of inhaled steroids with Ritonavir. After discontinuing these medications the syndrome reverted in a period of 8 months.
Assuntos
Broncodilatadores/efeitos adversos , Síndrome de Cushing/induzido quimicamente , Fluticasona/efeitos adversos , Infecções por HIV/tratamento farmacológico , Inibidores da Protease de HIV/efeitos adversos , Xinafoato de Salmeterol/efeitos adversos , Adulto , Broncodilatadores/uso terapêutico , Síndrome de Cushing/diagnóstico , Interações Medicamentosas , Fluticasona/uso terapêutico , Inibidores da Protease de HIV/uso terapêutico , Humanos , Masculino , Nebulizadores e Vaporizadores , Xinafoato de Salmeterol/uso terapêuticoRESUMO
We report a 41-year-old man with HIV and a chronic obstructive pulmonary disease, treated for seven months with Fluticasone/Salmeterol and antiretroviral therapy (Lamivudine, Tenofovir, Atazanavir and Ritonavir). While using these medications, the patients developed a Cushing syndrome in a period of five months. After performing laboratory and imaging tests, it was concluded that the most probable cause of the syndrome was the interaction of inhaled steroids with Ritonavir. After discontinuing these medications the syndrome reverted in a period of 8 months.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Broncodilatadores/efeitos adversos , Infecções por HIV/tratamento farmacológico , Inibidores da Protease de HIV/efeitos adversos , Síndrome de Cushing/induzido quimicamente , Xinafoato de Salmeterol/efeitos adversos , Fluticasona/efeitos adversos , Nebulizadores e Vaporizadores , Broncodilatadores/uso terapêutico , Inibidores da Protease de HIV/uso terapêutico , Síndrome de Cushing/diagnóstico , Interações Medicamentosas , Xinafoato de Salmeterol/uso terapêutico , Fluticasona/uso terapêuticoRESUMO
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se por sinais e sintomas respiratórios associados à limitação da capacidade ventilatória, sendo geralmente causada por exposição inalatória crônica a material particulado, principalmente decorrente de tabagismo. Broncodilatadores inalatórios constituem a base do tratamento sintomático da DPOC, promovendo alívio da dispneia e melhorando a capacidade para o exercício. São os medicamentos de escolha para o manejo sintomático de portadores da doença em todos os estádios. Quando administrados por aerossol, os broncodilatadores ß2-adrenérgicos de ação curta levam à broncodilatação de início rápido, em 1-5 min, e o efeito terapêutico entre 2-4 horas. São usados sob demanda nos casos de DPOC leve com sintomas intermitentes, e em esquema fixo em pacientes com sintomas freqüentes, diários ou contínuos. Podem ser usados em esquema "se necessário" em associação com broncodilatadores de longa ação. A falta de resposta espirométrica aguda ao broncodilatador não exclui um possível benefício em longo prazo. Portadores de DPOC em estádio avançado (III e IV) frequentemente persistem sintomáticos e com limitação funcional significativa, apesar do uso de broncodilatadoresde curta ação em esquema fixo. Salmeterol e formoterol são administrados por via inalatória e levam à broncodilatação através dos mesmos mecanismos dos agonistas adrenérgicos de curta ação, com a diferença de que a broncodilatação dura por até 12 horas. O salmeterol é o mais seletivo de todos os agonistas ß2, tendo menor atividade sobre os receptores ß1 cardíacos em relação ao formoterol. Tratamento com corticoide inalatório em portadores de DPOC moderada e grave levou à pequena redução nas exacerbações em estudos clínicos em comparação a placebo. O benefício é de baixa magnitude e possivelmente transitório, sendo que portadores de DPOC com VEF1 (volume expiratório forçado) inferior a 50% do previsto e com mais de duas exacerbações ao ano apresentaram os maiores benefícios. O benefício dos corticóides inalatórios é considerado um efeito de classe, não havendo diferenças de eficácia entre os representantes. As diferenças são basicamente farmacocinéticas, e maior potência não se traduz em maior eficácia clínica. Os membros da CONITEC presentes na 1ª reunião extraordinária do plenário do dia 04/07/2012 recomendaram a incorporação dos medicamentos budesonida, beclometasona, fenoterol, salbutamol, formoterol e salmeterol para o tratamento da DPOC, conforme PCDT a ser elaborado pelo Ministério da Saúde, com ampliação para os seguintes CIDs: J44.0 Doença pulmonar Obstrutiva Crônica com infecção respiratória aguda do trato respiratório inferior; J44.1 Doença pulmonar obstrutiva crônica com exacerbação aguda não especificada e J44.8 Outras formas especificadas de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.