RESUMO
Neste estudo foram selecionados 35 pacientes, sendo 13 sadios (grupo I); 10 pacientes com colite ulcerativa (grupo II); e 12 pacientes com câncer colorretal (grupo III). Para determinar a resposta aos efeitos mutagênicos da bleomicina em cultura de linfócitos de sangue periférico, foram realizados dois tipos de cultura para cada paciente: a primeira, sem tratamento com bleomicina (cultura espontânea) e, a segunda, tratada com bleomicina (cultura induzida). Na avaliaçäo microscópica dos linfócitos em metástase, foram determinados o índice mitótico e as alteraçöes cromossômicas estruturais. Os três grupos de pacientes diferiram entre si quanto às determinaçöes do índice mitótico nas culturas espontâneas (p < 0,01) e significativamente maiores que os dos grupos I e III. Quanto à freqüência de quebras cromatídicas espontâneas por célula, näo houve diferença significativa entre os três grupos de pacientes (p = 0,39). Quanto à freqüência de quebras cromatídicas induzidas por célula, observou-se que havia diferença significativa entre os três grupos de pacientes (p < 0,001). O grupo III apresentou valores significativamente superiores aos verificados no grupo II, e este significativamente maiores que os do grupo I. Com base nos resultados, observou-se que a bleomicina induziu ao aumento significativo de aberraçöes cromossômicas nos linfócitos dos grupos de pacientes com colite ulcerativa e com câncer colorretal. A sensibilidade aos efeitos genotóxicos da bleomicina em pacientes com colite ulcerativa pode expressar maior predisposiçäo ao câncer colorretal