RESUMO
The present study aimed to verify the occurrence of displacement of the abomasum (DA) in dairy herds from a high-yielding dairy region of Southern Brazil. Data on breed, age, lactation number, days after calving, breeding system, number of animals, and number of lactating cows in the herd were obtained from 135 cases of DA. A total of 39 herds, and 6,454 cows, including 2,987 lactating cows from the municipality of Palmeira, Paraná State, were included in this study. The overall prevalence of DA was 2.09%, and occurrence of DA during lactation was 4.42%. Left displacement was more prevalent, with 94.07% of the cases. The mean number of lactations and age of the cows were 2.5±1.16 lactations and 50.9±18.5 months, respectively. DA occurred predominantly in the semi-intensive breeding system (68.1% of cases), during the first 4 weeks postpartum (84.4% of cases), in Black and White Holstein-Friesian cows (94.07% of cases), and during the winter (31.1% of cases). Cows with DA in high-yielding dairy farms in Southern Brazil were similar to cows from herds of high-milk-yielding regions of North America and Europe. Multiparous Black and White Holstein-Friesian cows showed the highest prevalence of DA during the transition period, mostly on the left side.
O presente estudo objetivou verificar a ocorrência do deslocamento de abomaso (DA) em rebanhos leiteiros de uma bacia leiteira de alta produção, na região sul do Brasil. Dados sobre raça, idade, números de lactação, número de dias após o parto, sistema de criação, número total de animais e de vacas em lactação foram obtidos de 135 casos de DA. Trinta e nove rebanhos, 6.454 vacas, sendo 2.987 vacas em lactação da cidade de Palmeira, Estado do Paraná, foram incluídos neste estudo. A frequência de DA foi de 2,09%, sendo que em vacas lactantes esta frequência foi de 4,42%. O deslocamento à esquerda foi o mais prevalente, com 94,07% dos casos. O número médio de lactações e a idade das vacas acometidas por DA foram 2,5±1,16 lactações e 50,9±18,5 meses, respectivamente. O DA ocorreu predominantemente em animais criados no sistema semi-intensivo (68,1% dos casos), durante as primeiras quatro semanas pós-parto (84,4% dos casos), em vacas Holandesa branco e preta (94,07% dos casos) e durante o inverno (31,1% dos casos). As vacas com DA em rebanhos leiteiros de alta produção do Sul do Brasil apresentaram similaridades com vacas de rebanhos de alta produção localizados em outros países da América do Norte e Europa. Vacas multíparas, Holandesa Preto e Branca e durante o período de transição tiveram a maior ocorrência de DA, sendo a maioria para o lado esquerdo.
Assuntos
Animais , Bovinos , Abomaso/anormalidades , Doenças dos Bovinos , FazendasRESUMO
O trabalho foi realizado em uma fazenda de exploração leiteira em Castrolanda, no município de Castro PR. O sistema de manejo é free-stall, com 220 vacas da raça Holandesa com RHA305 de 6.740 litros. Foram coletadas amostras de sangue de 18 vacas de pré-parto, 4 dias antes da data prevista para o parto; e nos dias 4, 7 e 12 pós-parto, mediante punção venosa coccígea, utilizando-se SnapTest digital Ketovet®, constituindo 72 amostras, no período de fevereiro a maio de 2020. Em 4 vacas o BHB do sangue total apresentou-se acima do limite para cetose subclínica no quarto dia após o parto e 17 apresentaram-se acima do limite no sétimo dia, declinando em seguida, principalmente devido às intervenções clínicas. As médias e desvios-padrão foram: D - 4: 0,89 ± 0,257061; D 4: 1,05 ± 0,283279; D 7: 1,81 ± 0,456131; e D 12: 1,19 ± 0,437762. O benefício do monitoramento de BHB foi a imediata intervenção clínica, evitando-se a severidade por instalação de quadro clínico e as enfermidades concomitantes.(AU)
The study was carried out on a dairy farm in Castrolanda, in the county of Castro - PR. The management system is free stall, with 220 Holstein cows with RHA305 of 6,740 liters. Blood samples were collected from 18 pre-calving cows, 4 days before the expected date of calving; and on days 4, 7 and 12 postpartum, by means of coccygeal venipuncture, using SnapTest digital Ketovet®, constituting 72 samples, from February to May 2020. In 4 cows the BHB of whole blood was shown above the limit for subclinical ketosis on the fourth day after delivery and 17 presented above the limit on the seventh day, then declining mainly due to clinical interventions. The means and standard deviations were D -4: 0.89 ± 0.257061; D 4: 1.05 ± 0.283279; D 7: 1.81 ± 0.456131; and D 12: 1.19 ± 0.437762. The benefit of monitoring BHB was immediate clinical intervention, avoiding clinical ketosis and concomitant illnesses.(AU)
El estudio se realizó en una explotación lechera de Castrolanda, en la comarca de Castro - PR. El sistema de manejo es estabulación libre, con 220 vacas Holstein con RHA305 de 6.740 litros. Se recogieron muestras de sangre de 18 vacas pre- parto, 4 días antes de la fecha prevista de parto; y en los días 4, 7 y 12 postparto, mediante venopunción coccígea, utilizando SnapTest digital Ketovet®, constituyendo 72 muestras, desde febrero a mayo de 2020. En 4 vacas la BHB de sangre total se mostró por encima del límite para cetosis subclínica en el cuarto día después del parto y 17 presentaron por encima del límite en el séptimo día, disminuyendo después debido principalmente a intervenciones clínicas. Las medias y desviaciones estándar fueron D -4: 0,89 ± 0,257061; D 4: 1,05 ± 0,283279; D 7: 1,81 ± 0,456131; y D 12: 1,19 ± 0,437762. El beneficio de monitorizar la BHB fue la intervención clínica inmediata, evitando la cetosis clínica y las enfermedades concomitantes.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos/fisiologia , Corpos Cetônicos/análise , Cetose/diagnóstico , Diagnóstico PrecoceRESUMO
ABSTRACT: This study evaluated milk fat to protein ratio (FPR) in the first test-day after calving of dairy cows in Paraná State. Data from 257,847 first monthly test-days after calving of 114,162 cows were submitted to analysis after the data edition. Procedures MIXED, CORR and STEPWISE from SAS were used in the data analysis. In order to validate FPR, a herd with regular postpartum monitoring of blood β-hydroxybutyrate (BHB) was used to estimate the correlation with FPR. There was a strong positive correlation between FPR and fat content (r = 0.85; P < 0.01) and a weak negative correlation between FPR and protein content (r = - 0.23; P < 0.01). The regression equation that best fitted FPR was 1.1806 + 0.3304*%F - 0.3877*%P (R2 = 0.98), where the variable with the greatest influence was milk fat content (partial R2 = 0.72). Animals of 4th and 5th or more lactations had higher (P < 0.01) FPR, followed by animals of third, first, and second lactations. Jersey cows had higher (P < 0.01) FPR than Holsteins and Brown Swiss animals. Cows milked twice daily had higher (P < 0.01) FPR than animals milked three times daily. There were small positive correlations between milk FPR and blood BHB on days 4, 7 and 12 after calving (0.07, 0.13, and 0.14, respectively). In conclusion, milk fat content was reported to be the most important variable affecting FPR changes, but the milk FPR has limited value to evaluate hyperketonemia incidence during the transition period.
RESUMO: Este estudo teve como objetivo avaliar a relação gordura:proteína (RGP) no primeiro controle leiteiro no pós-parto de vacas no estado do Paraná. Dados de 257.847 controles de 114.162 vacas leiteiras, realizados no primeiro controle mensal após o parto foram submetidos à análise estatística após edição dos dados. Os procedimentos MIXED, CORR e STEPWISE do programa estatístico SAS 9.4 foram utilizados. A fim de validar a RGP, um rebanho com monitoramento regular de β-hidroxibutirato (BHB) no sangue foi utilizado para estimar a correlação com RGP. Observou-se uma correlação forte e positiva entre a RGP e teor de gordura no leite (r = 0,85; P < 0,01) e uma correlação fraca e negativa entre a RGP e o teor de proteína (r = -0,23; P < 0,01). A equação de regressão que melhor se ajusta à RGP foi 1,1806 + 0,3304*%G - 0,3877*%P (R2 = 0,98), na qual a variável com maior influência foi a porcentagem de gordura (R2 = 0,72). Animais de 4ª e 5ª lactações ou mais, apresentaram maior (P < 0,01) RGP, seguidos dos animais de terceira, primeira e segunda lactações, com menores RGP. Vacas da raça Jersey apresentaram maior (P < 0,01) RGP que vacas da raça Holandesa e Pardo-Suíça. Animais com duas ordenhas diárias apresentaram maior (P < 0,01) RGP que os animais ordenhados três vezes ao dia. Observaram-se correlações positivas, mas de pequena magnitude, entre a RGP do leite e BHB no sangue no quarto, sétimo e 12 dias pós-parto (0,07, 0,13 e 0,14; respectivamente). Concluindo, o teor de gordura é o fator que mais impacta as variações da RGP do leite, mas a RGP tem valor limitado na avaliação da incidência de hipercetonemia no período de transição.
RESUMO
This study evaluated milk fat to protein ratio (FPR) in the first test-day after calving of dairy cows in Paraná State. Data from 257,847 first monthly test-days after calving of 114,162 cows were submitted to analysis after the data edition. Procedures MIXED, CORR and STEPWISE from SAS were used in the data analysis. In order to validate FPR, a herd with regular postpartum monitoring of blood ß-hydroxybutyrate (BHB) was used to estimate the correlation with FPR. There was a strong positive correlation between FPR and fat content (r = 0.85; P < 0.01) and a weak negative correlation between FPR and protein content (r = - 0.23; P < 0.01). The regression equation that best fitted FPR was 1.1806 + 0.3304*%F - 0.3877*%P (R2 = 0.98), where the variable with the greatest influence was milk fat content (partial R2 = 0.72). Animals of 4th and 5th or more lactations had higher (P < 0.01) FPR, followed by animals of third, first, and second lactations. Jersey cows had higher (P < 0.01) FPR than Holsteins and Brown Swiss animals. Cows milked twice daily had higher (P < 0.01) FPR than animals milked three times daily. There were small positive correlations between milk FPR and blood BHB on days 4, 7 and 12 after calving (0.07, 0.13, and 0.14, respectively). In conclusion, milk fat content was reported to be the most important variable affecting FPR changes, but the milk FPR has limited value to evaluate hyperketonemia incidence during the transition period.
Este estudo teve como objetivo avaliar a relação gordura:proteína (RGP) no primeiro controle leiteiro no pós-parto de vacas no estado do Paraná. Dados de 257.847 controles de 114.162 vacas leiteiras, realizados no primeiro controle mensal após o parto foram submetidos à análise estatística após edição dos dados. Os procedimentos MIXED, CORR e STEPWISE do programa estatístico SAS 9.4 foram utilizados. A fim de validar a RGP, um rebanho com monitoramento regular de ß-hidroxibutirato (BHB) no sangue foi utilizado para estimar a correlação com RGP. Observou-se uma correlação forte e positiva entre a RGP e teor de gordura no leite (r = 0,85; P < 0,01) e uma correlação fraca e negativa entre a RGP e o teor de proteína (r = -0,23; P < 0,01). A equação de regressão que melhor se ajusta à RGP foi 1,1806 + 0,3304*%G - 0,3877*%P (R2 = 0,98), na qual a variável com maior influência foi a porcentagem de gordura (R2 = 0,72). Animais de 4ª e 5ª lactações ou mais, apresentaram maior (P < 0,01) RGP, seguidos dos animais de terceira, primeira e segunda lactações, com menores RGP. Vacas da raça Jersey apresentaram maior (P < 0,01) RGP que vacas da raça Holandesa e Pardo-Suíça. Animais com duas ordenhas diárias apresentaram maior (P < 0,01) RGP que os animais ordenhados três vezes ao dia. Observaram-se correlações positivas, mas de pequena magnitude, entre a RGP do leite e BHB no sangue no quarto, sétimo e 12 dias pós-parto (0,07, 0,13 e 0,14; respectivamente). Concluindo, o teor de gordura é o fator que mais impacta as variações da RGP do leite, mas a RGP tem valor limitado na avaliação da incidência de hipercetonemia no período de transição.
Assuntos
Animais , Bovinos , Leite , Cetose/veterináriaRESUMO
This study attempted to determine the associations between metabolic imbalances and lameness or hoof injuries in high-producing Holstein × Gir cows, and to determine whether the metabolic profile affects the occurrence of lameness. Eighty cows were followed from -60 to 60 days relative to calving and hoof injuries were reported on days -60, 7 and 60. Locomotion score (LS), body condition score (BCS), the concentrations of non-esterified fatty acids, ß-hydroxybutyrate, glucose, cholesterol, albumin, total protein, blood urea nitrogen (BUN), calcium, phosphorus, and magnesium, and the activity of aspartate aminotransferase were determined at days -42, -21, -7, 0, 7, 21 and 42. The McNemar and Chi-square tests were used to compare frequencies of lameness and hoof injuries over time and to verify the associations between lameness, BCS, hoof injuries, and metabolic disorders. Two-way repeated measures ANOVA was used considering groups (non-lame × lame cows) and variations of BCS and metabolites over time. Lameness and hoof injuries increased between days -60 (20% and 66.3%) and 60 (44.7% and 98.6%). Excessive postpartum loss of BCS (P=0.017) and subclinical hypocalcemia (P=0.012) were associated with lameness on day 60. In general, the metabolic profile did not differ between lame and non-lame cows but cholesterol, albumin, BUN and magnesium concentrations were higher in non-lame cows. The postpartum decrease in BCS can affect the occurrence of lameness, and the metabolic profile of lame cows shows little difference from that of non-lame cows.
Este estudo objetivou verificar as associações entre desequilíbrios metabólicos e claudicação ou lesões nos cascos em vacas mestiças Holandesa × Gir de alta produção e determinar se o perfil metabólico afeta a ocorrência de claudicação. Oitenta vacas foram acompanhadas de -60 a 60 dias em relação ao parto e as lesões nos cascos foram avaliadas nos dias -60, 7 e 60. O escore de locomoção (EL), o escore de condição corporal (ECC), as concentrações de ácidos graxos não esterificados, ß-hidroxibutirato, glicose, colesterol, albumina, proteína total, nitrogênio ureico no sangue (BUN), cálcio, fósforo e magnésio e a atividade da aspartato aminotransferase foram determinados nos dias -42, -21, -7, 0, 7, 21 e 42. Os testes de McNemar e de Qui-quadrado foram empregados para comparar as frequências de claudicação e de lesões nos cascos ao longo do tempo e para verificar as associações entre claudicação, ECC, lesões nos cascos e distúrbios metabólicos. A análise de variâncias de medidas repetidas bifatorial foi usada considerando-se grupos (vacas com claudicação × vacas sem claudicação) e variações de BCS e de metabólitos ao longo do tempo. A claudicação e as lesões nos cascos aumentaram entre os dias -60 (20% e 66,3%) e 60 (44,7% e 98,6%). A perda excessiva de ECC no pós-parto (P=0,017) e a hipocalcemia subclínica ao parto (P=0,012) foram associadas com claudicação no dia 60. Em geral, o perfil metabólico não diferiu entre vacas com e sem claudicação, mas as concentrações de colesterol, albumina, BUN e magnésio foram maiores em vacas sem claudicação. A redução do ECC no periodo pós-parto pode afetar a ocorrência de claudicação, e o perfil metabólico das vacas claudicantes apresenta pouca diferença em relação ao das vacas não claudicantes.
Assuntos
Animais , Feminino , Gravidez , Bovinos , Doenças dos Bovinos/etiologia , Doenças dos Bovinos/metabolismo , Doenças do Pé/veterinária , Casco e Garras/lesões , Coxeadura Animal/etiologia , Brasil , Bovinos/metabolismoRESUMO
O período de transição em vacas leiteiras aumenta o suprimento de oxigênio aos tecidos e a produção de espécies reativas de oxigênio. Junto com o comprometimento do sistema antioxidante, gera estresse oxidativo, que pode estar ligado ao desenvolvimento de diversas doenças. Este estudo teve como objetivo avaliar o estresse oxidativo em 35 novilhas leiteiras Gir, durante o período periparto. Foram analisados ácido úrico, cobre, ferro, zinco, albumina, bilirrubina total, superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GSH-Px). Um modelo linear com distribuição de Poisson foi aplicado usando o procedimento GENMOD. A primeira medida (30d antes do parto) foi considerada como referência (T0), e as amostras foram coletadas 16 dias antes do parto (T1) e sete (T2), 14 (T3), 28 (T4) e 42 dias pós-parto (T5). Cobre, zinco e albumina variaram dentro da faixa de referência, apesar de ter havido aumento no cobre de 45,92% no T3. Os níveis de ácido úrico aumentaram durante o período de transição, sem diferença significativa até 16 dias pré-parto, quando foi observado aumento de 67,57%, sendo sua maior concentração observada em T4. A SOD teve um aumento maior (300%) do que a GSH-Px (36%) no final do período experimental, acompanhada por adaptações bioquímicas para garantir uma resposta antioxidante eficaz. Dessa forma, pode-se concluir que o período periparto causa estresse oxidativo em novilhas leiteiras Gir.(AU)
O período de transição em vacas leiteiras aumenta o suprimento de oxigênio aos tecidos e a produção de espécies reativas de oxigênio. Junto com o comprometimento do sistema antioxidante, gera estresse oxidativo que pode estar ligado ao desenvolvimento de diversas doenças. Este estudo teve como objetivo avaliar o estresse oxidativo em 35 novilhas leiteiras Gir durante o período periparto. Foram analisados ácido úrico, cobre, ferro, zinco, albumina, bilirrubina total, superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GSH-Px). Um modelo linear com distribuição de Poisson foi aplicado usando o procedimento GENMOD. A primeira medida (30d antes do parto) foi considerada como referência (T0) e as amostras foram coletadas 16 dias antes do parto (T1) e 7 (T2), 14 (T3), 28 (T4) e 42 dias pós-parto (T5). Cobre, zinco e albumina variaram dentro da faixa de referência, apesar de um aumento no cobre de 45,92% no T3. Os níveis de ácido úrico aumentaram durante o período de transição, sem diferença significativa até 16 dias pré-parto, quando foi observado um aumento de 67,57%, sendo sua maior concentração observada em T4. A SOD teve um aumento maior (300%) do que GSH-Px (36%) no final do período experimental, acompanhada por adaptações bioquímicas para garantir uma resposta antioxidante eficaz. Dessa forma, pode-se concluir que o período periparto causa estresse oxidativo em novilhas leiteiras Gir.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Gravidez , Superóxido Dismutase , Estresse Oxidativo , Período Periparto , Glutationa PeroxidaseRESUMO
The present study aimed to monitor Holstein cows in the postpartum period, and to evaluate the occurrence of clinical diseases and their relationship with metabolic profile, milk yield and composition, and reproductive performance. One hundred and five Holstein cows, 32 primiparous and 73 multiparous, from two dairy herds in Arapoti, Paraná State, were clinically monitored up to ten days after calving. The clinical occurrences diagnosed were: dystocia, metritis, retained placenta, clinical hypocalcemia, displaced abomasum, mastitis, pneumonia, and digital dermatitis. Blood samples were collected at one, two, five, and ten days postpartum for analysis of non-esterified fatty acids (NEFA), ß-hydroxybutyrate (BHB), and total calcium. Individual milk yield was measured up to 100 days in milk (DIM), and the first test-day was evaluated for milk composition. Statistical analyses were conducted using the MIXED procedure of SAS, and the fixed effects of farm (A and B), parity (primiparous and multiparous), and occurrence of clinical diseases (sick and healthy cows) were included. Forty-eight cows (45.7%) had one or more clinical occurrences. In these sick cows, the BHB concentration at five DIM was higher (P = 0.06) than in healthy cows; 0.78 and 0.57 mmol L-1, respectively. Regarding milk yield, cows with one or more clinical occurrences had lower (P < 0.01) daily milk yield up to 30 DIM, and had a tendency of lower (P = 0.09) accumulated production up to 100 DIM than healthy cows. Sick cows had a tendency to show lower (P = 0.08) milk total solids content than healthy cows; 12.04 and 12.60%, respectively. There were no significant differences between sick and healthy animals in the remaining milk components, or the reproductive parameters assessed. The differences observed for days in the first artificial insemination (AI), AI number, and days open occurred due to the effect of the herd.(AU)
O objetivo deste estudo foi monitorar vacas Holandesas no pós-parto e avaliar a ocorrência de doenças clínicas e sua relação com o perfil metabólico, a produção de leite e sua composição e o desempenho reprodutivo. Foram monitoradas clinicamente durante 10 dias após o parto, 105 vacas da raça Holandesa, 32 primíparas e 73 multíparas, de dois rebanhos leiteiros em Arapoti, Paraná. As ocorrências clínicas diagnosticadas foram: distocia, metrite, retenção de placenta, hipocalcemia clínica, deslocamento de abomaso, mastite, pneumonia e dermatite digital. Amostras de sangue foram coletadas nos dias 1, 2, 5 e 10 após o parto para análises de ácidos graxos não-esterificados (AGNE), ß-hidroxibutirato (BHB) e cálcio total. A produção de leite individual foi mensurada até 100 dias em leite (DEL) e para a composição do leite foi avaliado o primeiro controle leiteiro oficial após o parto. As análises estatísticas foram conduzidas pelo procedimento MIXED do SAS e foram incluídos os efeitos fixos de fazenda (A e B), paridade (primíparas e multíparas) e ocorrência de doenças clínicas (vacas doentes e saudáveis). Quarenta e oito vacas (45,7%) apresentaram uma ou mais doenças clínicas. Nestas vacas doentes a concentração de BHB no 5o dia pós-parto foi superior (P = 0,06) a de vacas saudáveis; 0,78 e 0,57 mmol L-1, respectivamente. Em relação a produtividade, vacas com uma ou mais doenças clínicas apresentaram menores (P < 0,01) produções diárias até 30 DEL e tendência de menores (P = 0,09) produções acumuladas até 100 DEL em relação a vacas sadias. Vacas doentes apresentaram uma tendência de menor (P = 0,08) porcentagem de sólidos totais no leite do que vacas saudáveis; 12,04 e 12,60%, respectivamente. Não houve diferenças significativas entre animais doentes e saudáveis para os outros componentes do leite, bem como nos parâmetros reprodutivos avaliados. As diferenças observadas para dias até a primeira inseminação artificial (IA), número de IA e dias abertos ocorreram devido ao efeito de rebanho.(AU)
Assuntos
Leite , Período Pós-Parto , Gado , MastiteRESUMO
O período de transição das vacas leiteiras é marcado por diversas alterações fisiológicas, metabólicas e endócrinas. Essas alterações aumentam a susceptibilidade das vacas às infecções no pósparto o que compromete bem-estar, resultando em menor desempenho produtivo e reprodutivo, levando ao aumento dos custos relacionados ao tratamento das infecções e ao descarte de leite. Dentre as doenças que acometem as vacas leiteiras no período pós-parto destacam-se as patologias relacionadas ao trato reprodutivo (retenção de placenta, metrite, endometrite clínica e subclínica) ou em outros órgãos (mastite, claudicação, problemas digestivos e respiratórios), e os distúrbios metabólicos (cetose, hipocalcemia e deslocamento de abomaso). Embora o impacto negativo das doenças no pós-parto sobre a eficiência reprodutiva de vacas leiteiras já tenha sido demonstrado por diversos estudos, os mecanismos pelos quais os processos infecciosos e inflamatórios interferem direta e/ou indiretamente no funcionamento do trato reprodutivo das vacas leiteiras ainda não foram totalmente elucidados. Sabe-se que as respostas inflamatória e imunológica frente à infecção podem influenciar processos reprodutivos como a dinâmica folicular ovariana, a esteroidogênese, a competência ovocitária, a fertilização, o desenvolvimento embrionário e a manutenção da gestação. Portanto, a ocorrência de doenças no pós-parto é um obstáculo a eficiência reprodutiva, principalmente devido à alta incidência dessas infecções nas vacas de leite. Podese concluir que a prevenção é a melhor estratégia para combater os efeitos negativos da ocorrência das doenças do pós-parto na eficiência reprodutiva, pois mesmo após a cura clínica dessas patologias a eficiência reprodutiva não é reestabelecida, e seus efeitos persistem por toda a lactação.
The transition period of dairy cows is marked by several physiological, metabolic and endocrine changes. These changes increase the susceptibility of cows to postpartum infections, which compromises welfare, resulting in lower productive and reproductive performance, leading to increased costs related to the treatment of infections and milk disposal. Among the diseases that affect dairy cows in the postpartum period are pathologies related to the reproductive tract (retention of placenta, metritis, clinical and subclinical endometritis) or to other organs (mastitis, claudication, digestive, and respiratory problems), and metabolic disorders (ketosis, hypocalcemia and abomasal displacement). Although the negative impact of postpartum diseases on dairy cows reproductive efficiency has already been demonstrated by several studies, the mechanisms by which infectious and inflammatory processes directly and/or indirectly interfere in the reproductive tract of dairy cows have not yet been fully elucidated. It is known that inflammatory and immunological responses to infection can influence reproductive processes such as ovarian follicular dynamics, steroidogenesis, oocyte competence, fertilization, embryonic development, and maintenance of pregnancy. Therefore, the occurrence of postpartum diseases is an obstacle to reproductive efficiency, mainly due to the high incidence of these infections in dairy cows. It can be concluded that prevention is the best strategy to combat the negative effects of the occurrence of postpartum diseases on reproductive efficiency, because even after the clinical cure of these pathologies reproductive efficiency is not reestablished, and its effects persist throughout lactation.
Assuntos
Feminino , Animais , Bovinos , Endometrite/veterinária , Período Pós-Parto , Placenta Retida , Eficiência Biológica RelativaRESUMO
In this study we evaluated the effects of the prepartum anionic diet on the electrolyte balance and calcemia of high producing dairy cows in the first days of lactation, and investigated the impact on the frequency of subclinical hypocalcemia (SCH). Sixty healthy Holstein cows, producing 30 kg of milk/day, handled in intensive system (compost barn), were distributed in groups (n=15) according to lactation order: first, second, third, and fourth to sixth. In the last three weeks before calving they received a diet with negative DCAD (-6mEq/100g DM) and high chloride content. After calving, they received a diet with positive DCAD (18mEq/100g DM). Urine pH was measured before calving. Serum Na+, Cl-, K+, and total Ca concentrations, and the strong ion difference (SID3) were determined in samples taken soon after calving (0h), 24, 48, 72 and 96h after. The frequencies of SCH were determined considering the critical value of 2.125mmol/L (8.5mg/dL). Two-way repeated measures ANOVA and chi-square test were used for comparisons. The cows eliminated acidic urine before calving. Na+, K+, Cl-, and SID3 values did not differ between groups. Na+ and K+ did not vary between days; Cl- was elevated at calving and decreased until 72h; and SID3 was reduced at calving and increased up to 48h. The Ca levels were reduced until 24h and increased up to 72h. Cows of third and fourth to sixth lactations presented lower values up to 24h. SCH was observed in almost half of the cows (43.3% to 55%) until 48h. The maintenance of hypocalcemia for three or more consecutive days occurred in 53.3% of third and fourth to sixth lactations cows. Ingestion of a high chloride prepartum anionic diet led to hyperchloremic acidosis and this imbalance was reversed on the second postpartum day. The induced effects on electrolyte and acid-base balances were not able to prevent the occurrence of SCH in the first days of lactation.(AU)
Os objetivos do estudo foram avaliar os efeitos que a dieta aniônica pré-parto provoca sobre o equilíbrio eletrolítico e sobre a calcemia de vacas leiteiras de alta produção nos primeiros dias de lactação, e verificar o impacto sobre a frequência da hipocalcemia subclínica (HSC). Sessenta fêmeas hígidas HPB, com produção de 30 kg de leite/dia, manejadas em sistema intensivo (compost barn), foram distribuídas por grupos (n=15) de acordo com a ordem de lactação: primeira, segunda, terceira e quarta a sexta. Nas três semanas pré-parto receberam dieta com DCAD negativa (-6mEq/100g MS) e teor de cloreto elevado. Após o parto receberam dieta com DCAD positiva (18mEq/100g MS). O pH da urina foi mensurado antes do parto. As concentrações séricas de Na+, Cl-, K+ e Ca total e a diferença de íons fortes (SID3) foram determinadas em amostras colhidas ao parto (0h), 24, 48, 72 e 96h após. As frequências de HSC foram determinadas considerando-se o valor crítico de 2,125mmol/L (8,5mg/dL). ANOVA de medidas repetidas e teste de qui-quadrado foram empregados para as comparações. As vacas eliminavam urina ácida antes do parto. Os valores de Na+, K+, Cl- e SID3 não diferiram entre os grupos. Na+ e K+ não variaram entre os dias; Cl- era elevado ao parto e diminuiu até 72h; e SID3 era reduzida ao parto e aumentou até 48h. A calcemia era reduzida até 24h e se elevou até 72h. Vacas de terceira e de quarta a sexta lactações apresentaram valores mais baixos até 24h. A HSC foi observada em quase metade das vacas (43,3% a 55%) até 48h. A manutenção de hipocalcemia por três ou mais dias seguidos ocorreu em 53,3% das vacas de terceira e de quarta a sexta lactações. A ingestão de dieta aniônica pré-parto com alto teor de cloreto provocou acidose hiperclorêmica e este desequilíbrio se reverteu no segundo dia pós-parto. Os efeitos induzidos sobre os equilíbrios eletrolítico e ácido base não foram capazes de prevenir a ocorrência de HSC nos primeiros dias da lactação.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Gravidez , Bovinos , Acidose/induzido quimicamente , Dieta/veterinária , Hipocalcemia/prevenção & controle , Equilíbrio Hidroeletrolítico , Cloreto de AmônioRESUMO
In this study we evaluated the effects of the prepartum anionic diet on the electrolyte balance and calcemia of high producing dairy cows in the first days of lactation, and investigated the impact on the frequency of subclinical hypocalcemia (SCH). Sixty healthy Holstein cows, producing 30 kg of milk/day, handled in intensive system (compost barn), were distributed in groups (n=15) according to lactation order: first, second, third, and fourth to sixth. In the last three weeks before calving they received a diet with negative DCAD (-6mEq/100g DM) and high chloride content. After calving, they received a diet with positive DCAD (18mEq/100g DM). Urine pH was measured before calving. Serum Na+, Cl-, K+, and total Ca concentrations, and the strong ion difference (SID3) were determined in samples taken soon after calving (0h), 24, 48, 72 and 96h after. The frequencies of SCH were determined considering the critical value of 2.125mmol/L (8.5mg/dL). Two-way repeated measures ANOVA and chi-square test were used for comparisons. The cows eliminated acidic urine before calving. Na+, K+, Cl-, and SID3 values did not differ between groups. Na+ and K+ did not vary between days; Cl- was elevated at calving and decreased until 72h; and SID3 was reduced at calving and increased up to 48h. The Ca levels were reduced until 24h and increased up to 72h. Cows of third and fourth to sixth lactations presented lower values up to 24h. SCH was observed in almost half of the cows (43.3% to 55%) until 48h. The maintenance of hypocalcemia for three or more consecutive days occurred in 53.3% of third and fourth to sixth lactations cows. Ingestion of a high chloride prepartum anionic diet led to hyperchloremic acidosis and this imbalance was reversed on the second postpartum day. The induced effects on electrolyte and acid-base balances were not able to prevent the occurrence of SCH in the first days of lactation.(AU)
Os objetivos do estudo foram avaliar os efeitos que a dieta aniônica pré-parto provoca sobre o equilíbrio eletrolítico e sobre a calcemia de vacas leiteiras de alta produção nos primeiros dias de lactação, e verificar o impacto sobre a frequência da hipocalcemia subclínica (HSC). Sessenta fêmeas hígidas HPB, com produção de 30 kg de leite/dia, manejadas em sistema intensivo (compost barn), foram distribuídas por grupos (n=15) de acordo com a ordem de lactação: primeira, segunda, terceira e quarta a sexta. Nas três semanas pré-parto receberam dieta com DCAD negativa (-6mEq/100g MS) e teor de cloreto elevado. Após o parto receberam dieta com DCAD positiva (18mEq/100g MS). O pH da urina foi mensurado antes do parto. As concentrações séricas de Na+, Cl-, K+ e Ca total e a diferença de íons fortes (SID3) foram determinadas em amostras colhidas ao parto (0h), 24, 48, 72 e 96h após. As frequências de HSC foram determinadas considerando-se o valor crítico de 2,125mmol/L (8,5mg/dL). ANOVA de medidas repetidas e teste de qui-quadrado foram empregados para as comparações. As vacas eliminavam urina ácida antes do parto. Os valores de Na+, K+, Cl- e SID3 não diferiram entre os grupos. Na+ e K+ não variaram entre os dias; Cl- era elevado ao parto e diminuiu até 72h; e SID3 era reduzida ao parto e aumentou até 48h. A calcemia era reduzida até 24h e se elevou até 72h. Vacas de terceira e de quarta a sexta lactações apresentaram valores mais baixos até 24h. A HSC foi observada em quase metade das vacas (43,3% a 55%) até 48h. A manutenção de hipocalcemia por três ou mais dias seguidos ocorreu em 53,3% das vacas de terceira e de quarta a sexta lactações. A ingestão de dieta aniônica pré-parto com alto teor de cloreto provocou acidose hiperclorêmica e este desequilíbrio se reverteu no segundo dia pós-parto. Os efeitos induzidos sobre os equilíbrios eletrolítico e ácido base não foram capazes de prevenir a ocorrência de HSC nos primeiros dias da lactação.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Gravidez , Bovinos , Acidose/induzido quimicamente , Dieta/veterinária , Hipocalcemia/prevenção & controle , Equilíbrio Hidroeletrolítico , Cloreto de AmônioRESUMO
The aim of this study was to confirm the possible consequences of prepartum lameness on subsequent lactation among Holstein cows. In this research, 27 multiparous cows, were monitored from the 30th to 63rd day, relative to calving. Thirty days prior to parturition, the animals were segregated into two groups based on the locomotion score (LS), where LS 1 is attributed to animals without claudication, LS 2 to those with suspected lameness and LS 3, 4 and 5 to those with mild, moderate and severe lameness, respectively; in the lame cows group (LC) (n=15), the animals displayed LS ≥ 3, whereas in the non-lame cows group (NLC) (n=12) they showed LS 1. Milk production, body condition score (BCS) and blood concentration levels of β-hydroxybutyrate (BHB), urea, phosphorus, calcium aspartate aminotransferase (AST), gamma glutamyl transferase (GGT) and total plasma proteins (PPT) were evaluated. Milk production (17.675 ± 0.31 L of milk/day) and blood calcium concentration (7.42 ± 0.12 mg/dL) were lower in the lame cows in comparison to those without lameness (22.27 ± 0.42 L of milk/day and 9.63 ± 0.13 mg/dL). Besides, the lame cows showed higher BCS loss during the early postpartum period. The metabolites AST, GGT, PPT, urea, BHB and phosphorus revealed no difference between the groups during the period evaluated. The lameness evident in cows during prepartum exerted major negative effects on the milk production and calcemia, making the LS evaluation during these period an important tool in the early diagnosis of losses for future lactation.(AU)
O objetivo deste estudo foi verificar as consequências da claudicação no período pré-parto no início da lactação subsequente de vacas da raça Holandês. Vinte e sete vacas multíparas foram monitoradas do dia -30 até o dia 63 em relação ao parto. Trinta dias antes do parto os animais foram divididos em dois grupos de acordo com classificação de escore de locomoção (EL) em que EL é atribuído ao animal sem claudicação, EL 2 suspeito de claudicar e EL 3, 4 e 5 representam claudicação leve, moderada e severa, respectivamente. No grupo de vacas claudicantes (n=15) os animais apresentavam EL ≥3 e no grupo controle (n=12) apresentavam EL de 1. Foi mensurada a produção de leite, escore de condição corporal (ECC) e as concentrações sanguíneas de β-hidroxibutirato (BHB), ureia, fósforo, cálcio, aspartato aminotransferase (AST), gama glutamil transferase (GGT) e proteínas plastmáticas totais (PPT). A produção média de leite das vacas claudicantes (17,675 ± 0,31 L/dia) e concentração de cálcio sanguíneo (7,42 ± 0,12 mg/dL) foram menores quando comparadas com as não-claudicantes (22,27 ± 0,42 L/dia e 9,63 17,675 ± 0,13 mg/dL). Além disso, vacas claudicantes perderam mais ECC no pós-parto recente. Os metabólitos AST, GGT, PPT, ureia, BHB e fósforo não diferiram entre grupos durante o período avaliado. A claudicação evidente em vacas no pré-parto apresenta grandes reflexos negativos na produção de leite e calcemia desses animais, tornando o EL pré-parto uma ferramenta importante no diagnóstico precoce de prejuízos na futura lactação.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Claudicação Intermitente/complicações , Claudicação Intermitente/veterinária , Lactação , Período PeripartoRESUMO
ABSTRACT: The aim of this study was to confirm the possible consequences of prepartum lameness on subsequent lactation among Holstein cows. In this research, 27 multiparous cows, were monitored from the 30th to 63rd day, relative to calving. Thirty days prior to parturition, the animals were segregated into two groups based on the locomotion score (LS), where LS 1 is attributed to animals without claudication, LS 2 to those with suspected lameness and LS 3, 4 and 5 to those with mild, moderate and severe lameness, respectively; in the lame cows group (LC) (n=15), the animals displayed LS ≥ 3, whereas in the non-lame cows group (NLC) (n=12) they showed LS 1. Milk production, body condition score (BCS) and blood concentration levels of β-hydroxybutyrate (BHB), urea, phosphorus, calcium aspartate aminotransferase (AST), gamma glutamyl transferase (GGT) and total plasma proteins (PPT) were evaluated. Milk production (17.675 ± 0.31 L of milk/day) and blood calcium concentration (7.42 ± 0.12 mg/dL) were lower in the lame cows in comparison to those without lameness (22.27 ± 0.42 L of milk/day and 9.63 ± 0.13 mg/dL). Besides, the lame cows showed higher BCS loss during the early postpartum period. The metabolites AST, GGT, PPT, urea, BHB and phosphorus revealed no difference between the groups during the period evaluated. The lameness evident in cows during prepartum exerted major negative effects on the milk production and calcemia, making the LS evaluation during these period an important tool in the early diagnosis of losses for future lactation.
RESUMO: O objetivo deste estudo foi verificar as consequências da claudicação no período pré-parto no início da lactação subsequente de vacas da raça Holandês. Vinte e sete vacas multíparas foram monitoradas do dia -30 até o dia 63 em relação ao parto. Trinta dias antes do parto os animais foram divididos em dois grupos de acordo com classificação de escore de locomoção (EL) em que EL é atribuído ao animal sem claudicação, EL 2 suspeito de claudicar e EL 3, 4 e 5 representam claudicação leve, moderada e severa, respectivamente. No grupo de vacas claudicantes (n=15) os animais apresentavam EL ≥3 e no grupo controle (n=12) apresentavam EL de 1. Foi mensurada a produção de leite, escore de condição corporal (ECC) e as concentrações sanguíneas de β-hidroxibutirato (BHB), ureia, fósforo, cálcio, aspartato aminotransferase (AST), gama glutamil transferase (GGT) e proteínas plastmáticas totais (PPT). A produção média de leite das vacas claudicantes (17,675 ± 0,31 L/dia) e concentração de cálcio sanguíneo (7,42 ± 0,12 mg/dL) foram menores quando comparadas com as não-claudicantes (22,27 ± 0,42 L/dia e 9,63 17,675 ± 0,13 mg/dL). Além disso, vacas claudicantes perderam mais ECC no pós-parto recente. Os metabólitos AST, GGT, PPT, ureia, BHB e fósforo não diferiram entre grupos durante o período avaliado. A claudicação evidente em vacas no pré-parto apresenta grandes reflexos negativos na produção de leite e calcemia desses animais, tornando o EL pré-parto uma ferramenta importante no diagnóstico precoce de prejuízos na futura lactação.
RESUMO
Immunological deficiency observed during the transition period in dairy cows promotes development of puerperal diseases. Thus, the research aimed to evaluate hematological (leukogram) and biochemical (glucose, fibrinogen, and total proteins) parameters in Holstein cows (n = 44) before (day -20) and after (day +20) parturition and the possibility of identifying initial signs of reproductive illness, thereby assisting the professional in decision making. There was a difference in the number of total leukocytes, which decreased postpartum (8,888.4 cells/mm3). There was no difference in neutrophils at both time points. Females who presented high concentration of fibrinogen (5.2 g/L) and total plasmatic proteins (78.9 g/L) at postpartum presented retention of fetal appendages and later uterine disease. These results are consistent with the literature on antepartum leukocytosis and inflammation indicated by increased fibrinogen and plasmatic protein and differ in terms of neutrophil behavior. Thus, laboratory assays can be complementary tools to physical examination, aiding in the diagnosis and identification of changes even before the appearance of clinical signs in animals, which is necessary for the prevention of metabolic and infectious disorders.(AU)
A deficiência imunológica observada no período de transição em vacas leiteiras suscetibiliza o desenvolvimento de enfermidades puerperais. Desta forma, a pesquisa objetivou a avaliação hematológica (leucograma) e bioquímica (glicose, fibrinogênio e proteínas totais) de vacas Holandesas (n=44) próximas (dia -20) e após (dia +20) o parto e a possibilidade de identificar sinais de enfermidades de ordem reprodutiva ao seu início, auxiliando o profissional na tomada de decisões. Houve diferença no número de leucócitos totais, que diminuíram no pós-parto (8.888,4 células/mm3). Não houve diferença para neutrófilos nos dois momentos. Fêmeas que manifestaram concentração de fibrinogênio (5,2 g/L) e proteínas plasmáticas totais (78,9 g/L) elevados ao pós-parto apresentaram quadro de retenção dos anexos fetais e posteriormente enfermidade uterina. Esses resultados corroboram com o demonstrado na literatura para leucocitose pré-parto e inflamação indicada pelo aumento de fibrinogênio e proteína plasmática e não difere quanto ao comportamento dos neutrófilos. Desta forma, os exames laboratoriais surgem como ferramentas complementares ao exame físico, permitindo auxiliar no diagnóstico e identificar alterações antes mesmo do aparecimento dos sinais clínicos nos animais, sendo necessários para prevenção dos transtornos metabólicos e infecciosos.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Contagem de Leucócitos/veterinária , Fibrinogênio/análise , Proteínas Sanguíneas/análise , Glicemia/análise , Período Periparto/sangue , Doenças do Sistema Imunitário/diagnóstico , Doenças do Sistema Imunitário/veterináriaRESUMO
Immunological deficiency observed during the transition period in dairy cows promotes development of puerperal diseases. Thus, the research aimed to evaluate hematological (leukogram) and biochemical (glucose, fibrinogen, and total proteins) parameters in Holstein cows (n = 44) before (day -20) and after (day +20) parturition and the possibility of identifying initial signs of reproductive illness, thereby assisting the professional in decision making. There was a difference in the number of total leukocytes, which decreased postpartum (8,888.4 cells/mm3). There was no difference in neutrophils at both time points. Females who presented high concentration of fibrinogen (5.2 g/L) and total plasmatic proteins (78.9 g/L) at postpartum presented retention of fetal appendages and later uterine disease. These results are consistent with the literature on antepartum leukocytosis and inflammation indicated by increased fibrinogen and plasmatic protein and differ in terms of neutrophil behavior. Thus, laboratory assays can be complementary tools to physical examination, aiding in the diagnosis and identification of changes even before the appearance of clinical signs in animals, which is necessary for the prevention of metabolic and infectious disorders.
A deficiência imunológica observada no período de transição em vacas leiteiras suscetibiliza o desenvolvimento de enfermidades puerperais. Desta forma, a pesquisa objetivou a avaliação hematológica (leucograma) e bioquímica (glicose, fibrinogênio e proteínas totais) de vacas Holandesas (n=44) próximas (dia -20) e após (dia +20) o parto e a possibilidade de identificar sinais de enfermidades de ordem reprodutiva ao seu início, auxiliando o profissional na tomada de decisões. Houve diferença no número de leucócitos totais, que diminuíram no pós-parto (8.888,4 células/mm3). Não houve diferença para neutrófilos nos dois momentos. Fêmeas que manifestaram concentração de fibrinogênio (5,2 g/L) e proteínas plasmáticas totais (78,9 g/L) elevados ao pós-parto apresentaram quadro de retenção dos anexos fetais e posteriormente enfermidade uterina. Esses resultados corroboram com o demonstrado na literatura para leucocitose pré-parto e inflamação indicada pelo aumento de fibrinogênio e proteína plasmática e não difere quanto ao comportamento dos neutrófilos. Desta forma, os exames laboratoriais surgem como ferramentas complementares ao exame físico, permitindo auxiliar no diagnóstico e identificar alterações antes mesmo do aparecimento dos sinais clínicos nos animais, sendo necessários para prevenção dos transtornos metabólicos e infecciosos.
Assuntos
Feminino , Animais , Bovinos , Contagem de Leucócitos/veterinária , Fibrinogênio/análise , Glicemia/análise , Período Periparto/sangue , Proteínas Sanguíneas/análise , Doenças do Sistema Imunitário/diagnóstico , Doenças do Sistema Imunitário/veterináriaRESUMO
The aim of this study was to assess the metaphylactic effect of subcutaneous doses of trace minerals (copper, zinc, selenium, and manganese) and vitamins A and E on biochemical (NEFA, BHBA, fructosamine, urea, triglycerides, HDL, and calcium) and hormonal parameters (cortisol, insulin, and IGF-1) of Holstein cows in the transition period. Sixty animals kept in a semi-confinement system, with an average production of 22 liters of milk per day (Farm 1) and 24 liters of milk per day (Farm 2) and a diet according to NRC (2001) with a low metabolic challenge, were divided into two groups: a treatment group, supplemented with trace minerals and vitamins (MTVG) (n=30), and a control group (CG) (n=30). The collection of blood samples was performed at the moments M1 (21 days prepartum), M2 (14 days prepartum), M3 (7 days prepartum), M4 (parturition day), M5 (7 days postpartum), M6 (14 days postpartum), and M7 (21 days postpartum). The experimental design was a randomized block design and the data were submitted to analysis of variance with repeated measures in time within the random variable cow. Differences were considered significant at 5% significance level and trend at 10% level. No difference was observed between treatment and the interaction treatment × day in the assessed parameters. However, some variables showed a significant difference of day. NEFA levels (P < 0.0001) were higher on the parturition day. BHBA concentrations were higher after parturition (P=0.0031), with a peak at the third week of lactation. Fructosamine showed increasing values until the parturition day (P=0.0373), in which higher concentrations were observed. Average values of HDL were higher at 21 days postpartum (P < 0.0001). Triglycerides levels remained high during the prepartum period but showed a sudden drop on the parturition day (P < 0.0001), with lower values postpartum.[...](AU)
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito metafilático de doses subcutâneas de minerais traços (cobre, zinco, selênio e manganês) e vitaminas A e E, sobre parâmetros bioquímicos (teores de AGNES, BHBA, frutosamina, ureia, triglicerídos, HDL e cálcio) e hormonais (cortisol, insulina e IGF-1) de vacas holandesas no período de transição. Sessenta animais, provenientes de duas propriedades com sistema de semi-confinamento, com médias de produção de 22 litros de leite por dia (propriedade 1) e 24 litros de leite por dia (propriedade 2), recebendo dieta de acordo a recomendação do NRC (2001), ou seja, em baixo desafio metabólico, foram divididos em dois grupos: animais que receberam doses de minerais traços e vitaminas (GMTV) (n=30) e Controle (GC) (n=30). As coletas das amostras de sangue foram realizadas nos seguintes momentos: M1 (21 dias pré-parto), M2 (14 dias pré-parto), M3 (sete dias pré-parto), M4 (dia do parto), M5 (sete dias após o parto), M6 (14 dias após o parto) e M7 (21 dias após o parto). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, sendo os dados submetidos à análise de variância, com medidas repetidas no tempo dentro da variável aleatória vaca. Foram consideradas significativas as diferenças ao nível de 5% de significância e tendência ao nível de 10%. Não houve diferença entre tratamento e interação tratamento x dia nos parâmetros avaliados. No entanto, para algumas variáveis houve diferença significativa de dia. Os teores de AGNES (P < 0,0001) foram maiores no dia do parto. As concentrações de BHBA (P=0,0031) alcançaram os valores mais elevados na terceira semana de lactação. A frutosamina exibiu valores crescentes até o dia do parto (P=0,0373), onde se observaram maiores concentrações.[...](AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Feminino , Prenhez , Metabolismo/efeitos dos fármacos , Oligoelementos , Vitamina A , Vitamina E , Biomarcadores/análise , Injeções Subcutâneas/veterináriaRESUMO
Clinical and metabolic evaluation is necessary for the monitoring of pregnant and lactating mares, as they reflect the health of the animal. The body condition of the mare is an indicator of reproductive efficiency. The study aimed to determine the possible variations in body and metabolic condition in Mangalarga Marchador mares during the transition period. Forty-eight mares distributed in two groups were used: Maintenance Group (MG), composed of non-pregnant and non-lactating mares, and Transition Group (TG), formed by pregnant mares and who after delivery became lactating. Analyzes were performed in the times T-60, T-30 and T-15 before delivery, first six hours (T0) after delivery and T15, T30 and T60 days after delivery. MG was evaluated only at one time (T-60). Body weight and fat-free mass differed (P<0.05) between the groups. The percentage of fat was lower in MG. Mares had a higher fat percentage in TG at T-60 and T-30 times. There was a difference (P<0.05) in the amount of cholesterol between MG and TG (T0, T15 and T30). Triglycerides were different between the groups. TG showed higher concentrations of non-esterified fatty acids (P<0.05). There was a higher amount of glucose in TG (delivery and lactation) when compared to mares in MG. Changes in body condition and metabolic constituents occurred in the animals resulting from physiological adaptations of the transition period. The energetic components are the most affected from the transition period, with intense fat mobilization to supply the body demands.(AU)
Avaliações clínicas e metabólicas são necessárias para o monitoramento de éguas gestantes e lactantes, pois refletem a saúde do animal. A condição corporal da égua pode ser um indicador da eficiência reprodutiva. O estudo objetivou determinar as possíveis variações na condição corporal e metabólica em éguas Mangalarga Marchador durante o período de transição. Foram utilizadas 48 éguas distribuídas em dois grupos: Grupo em Manutenção (GM) composto por éguas não gestantes e não lactantes; Grupo em Transição (GT) formado por éguas gestantes e que após o parto tornaram-se lactantes. As análises foram realizadas nos tempos T-60, T-30 e T-15 antes do parto, primeiras seis horas (T0) após o parto e T15, T30 e T60 dias após o parto. O GM foi avaliado apenas uma vez (T-60). O peso corporal e a massa livre de gordura diferiram (P<0,05) entre os grupos. O percentual de gordura foi menor em GM. As éguas apresentaram maior porcentagem de gordura no GT no T-60 e no T-30. Houve diferença (P<0,05) na quantidade de colesterol entre GM e GT (T0, T15 e T30). Triglicérides foram diferentes entre os grupos. GT apresentou maiores concentrações de ácidos graxos não esterificados (P<0,05). Houve maior quantidade de glicose no GT (parto e lactação) quando comparada às éguas no GM. Mudanças na condição corporal e nos constituintes metabólicos ocorreram nos animais resultantes de adaptações fisiológicas do período de transição. Os componentes energéticos são os mais afetados neste período, existindo intensa mobilização de gordura para suprir demandas corporais.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Gravidez , Prenhez/fisiologia , Prenhez/metabolismo , Prenhez/sangue , Cavalos/fisiologia , Cavalos/metabolismo , Cavalos/sangueRESUMO
Clinical and metabolic evaluation is necessary for the monitoring of pregnant and lactating mares, as they reflect the health of the animal. The body condition of the mare is an indicator of reproductive efficiency. The study aimed to determine the possible variations in body and metabolic condition in Mangalarga Marchador mares during the transition period. Forty-eight mares distributed in two groups were used: Maintenance Group (MG), composed of non-pregnant and non-lactating mares, and Transition Group (TG), formed by pregnant mares and who after delivery became lactating. Analyzes were performed in the times T-60, T-30 and T-15 before delivery, first six hours (T0) after delivery and T15, T30 and T60 days after delivery. MG was evaluated only at one time (T-60). Body weight and fat-free mass differed (P<0.05) between the groups. The percentage of fat was lower in MG. Mares had a higher fat percentage in TG at T-60 and T-30 times. There was a difference (P<0.05) in the amount of cholesterol between MG and TG (T0, T15 and T30). Triglycerides were different between the groups. TG showed higher concentrations of non-esterified fatty acids (P<0.05). There was a higher amount of glucose in TG (delivery and lactation) when compared to mares in MG. Changes in body condition and metabolic constituents occurred in the animals resulting from physiological adaptations of the transition period. The energetic components are the most affected from the transition period, with intense fat mobilization to supply the body demands.(AU)
Avaliações clínicas e metabólicas são necessárias para o monitoramento de éguas gestantes e lactantes, pois refletem a saúde do animal. A condição corporal da égua pode ser um indicador da eficiência reprodutiva. O estudo objetivou determinar as possíveis variações na condição corporal e metabólica em éguas Mangalarga Marchador durante o período de transição. Foram utilizadas 48 éguas distribuídas em dois grupos: Grupo em Manutenção (GM) composto por éguas não gestantes e não lactantes; Grupo em Transição (GT) formado por éguas gestantes e que após o parto tornaram-se lactantes. As análises foram realizadas nos tempos T-60, T-30 e T-15 antes do parto, primeiras seis horas (T0) após o parto e T15, T30 e T60 dias após o parto. O GM foi avaliado apenas uma vez (T-60). O peso corporal e a massa livre de gordura diferiram (P<0,05) entre os grupos. O percentual de gordura foi menor em GM. As éguas apresentaram maior porcentagem de gordura no GT no T-60 e no T-30. Houve diferença (P<0,05) na quantidade de colesterol entre GM e GT (T0, T15 e T30). Triglicérides foram diferentes entre os grupos. GT apresentou maiores concentrações de ácidos graxos não esterificados (P<0,05). Houve maior quantidade de glicose no GT (parto e lactação) quando comparada às éguas no GM. Mudanças na condição corporal e nos constituintes metabólicos ocorreram nos animais resultantes de adaptações fisiológicas do período de transição. Os componentes energéticos são os mais afetados neste período, existindo intensa mobilização de gordura para suprir demandas corporais.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Gravidez , Prenhez/fisiologia , Prenhez/metabolismo , Prenhez/sangue , Cavalos/fisiologia , Cavalos/metabolismo , Cavalos/sangueRESUMO
The aim of this study was to assess the metaphylactic effect of subcutaneous doses of trace minerals (copper, zinc, selenium, and manganese) and vitamins A and E on biochemical (NEFA, BHBA, fructosamine, urea, triglycerides, HDL, and calcium) and hormonal parameters (cortisol, insulin, and IGF-1) of Holstein cows in the transition period. Sixty animals kept in a semi-confinement system, with an average production of 22 liters of milk per day (Farm 1) and 24 liters of milk per day (Farm 2) and a diet according to NRC (2001) with a low metabolic challenge, were divided into two groups: a treatment group, supplemented with trace minerals and vitamins (MTVG) (n=30), and a control group (CG) (n=30). The collection of blood samples was performed at the moments M1 (21 days prepartum), M2 (14 days prepartum), M3 (7 days prepartum), M4 (parturition day), M5 (7 days postpartum), M6 (14 days postpartum), and M7 (21 days postpartum). The experimental design was a randomized block design and the data were submitted to analysis of variance with repeated measures in time within the random variable cow. Differences were considered significant at 5% significance level and trend at 10% level. No difference was observed between treatment and the interaction treatment × day in the assessed parameters. However, some variables showed a significant difference of day. NEFA levels (P < 0.0001) were higher on the parturition day. BHBA concentrations were higher after parturition (P=0.0031), with a peak at the third week of lactation. Fructosamine showed increasing values until the parturition day (P=0.0373), in which higher concentrations were observed. Average values of HDL were higher at 21 days postpartum (P < 0.0001). Triglycerides levels remained high during the prepartum period but showed a sudden drop on the parturition day (P < 0.0001), with lower values postpartum.[...]
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito metafilático de doses subcutâneas de minerais traços (cobre, zinco, selênio e manganês) e vitaminas A e E, sobre parâmetros bioquímicos (teores de AGNES, BHBA, frutosamina, ureia, triglicerídos, HDL e cálcio) e hormonais (cortisol, insulina e IGF-1) de vacas holandesas no período de transição. Sessenta animais, provenientes de duas propriedades com sistema de semi-confinamento, com médias de produção de 22 litros de leite por dia (propriedade 1) e 24 litros de leite por dia (propriedade 2), recebendo dieta de acordo a recomendação do NRC (2001), ou seja, em baixo desafio metabólico, foram divididos em dois grupos: animais que receberam doses de minerais traços e vitaminas (GMTV) (n=30) e Controle (GC) (n=30). As coletas das amostras de sangue foram realizadas nos seguintes momentos: M1 (21 dias pré-parto), M2 (14 dias pré-parto), M3 (sete dias pré-parto), M4 (dia do parto), M5 (sete dias após o parto), M6 (14 dias após o parto) e M7 (21 dias após o parto). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, sendo os dados submetidos à análise de variância, com medidas repetidas no tempo dentro da variável aleatória vaca. Foram consideradas significativas as diferenças ao nível de 5% de significância e tendência ao nível de 10%. Não houve diferença entre tratamento e interação tratamento x dia nos parâmetros avaliados. No entanto, para algumas variáveis houve diferença significativa de dia. Os teores de AGNES (P < 0,0001) foram maiores no dia do parto. As concentrações de BHBA (P=0,0031) alcançaram os valores mais elevados na terceira semana de lactação. A frutosamina exibiu valores crescentes até o dia do parto (P=0,0373), onde se observaram maiores concentrações.[...]
Assuntos
Feminino , Animais , Bovinos , Biomarcadores/análise , Metabolismo/efeitos dos fármacos , Oligoelementos , Prenhez , Vitamina A , Vitamina E , Injeções Subcutâneas/veterináriaRESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito metafilático de minerais traços e vitaminas A e E injetáveis, em parâmetros do estresse oxidativo e na função de neutrófilos em fêmeas da raça Holandesa no período de transição. Sessenta animais foram divididos em dois grupos: animais que receberam minerais traços e vitaminas A e E injetáveis (GMTV) (n= 30) e grupo controle (GC) (n= 30). Não houve diferença significativa entre os grupos nos parâmetros avaliados, porém observou-se diferença significativa entre tratamento e dia para os valores da SOD, com maior atividade dessa enzima em fêmeas GMTV, nas semanas próximas ao parto. Observou-se diferença de dia e para interação tratamento e dia para o TBARS, em que fêmeas GMTV mostraram menores valores de TBARS em todos os momentos, exceto sete dias após o parto. Houve efeito significativo de dia para leucócitos, interação tratamento e dia para neutrófilos e interação tratamento e dia para fagocitose de neutrófilos, em que as fêmeas GMTV apresentaram valores menores de leucócitos e neutrófilos próximo ao parto, além de maior fagocitose de neutrófilos. Pode-se observar que houve melhora no sistema oxidativo e imune de fêmeas GMTV, resposta que provavelmente está relacionada com a administração dos minerais traços e vitaminas A e E.(AU)
This study evaluates the metaphylactic of the subcutaneous administration of a trace minerals and vitamins A and E, on the oxidative stress and neutrophil function in Holsteins cows under the transition period. Sixty females were divided in two groups: group with trace minerals and vitamins (GMTV) (n= 30) and group control (GC) (n= 30). There was no significant difference between those groups; however, we find significant difference between treatment and day for Superoxide dismutase (SOD) values with higher activity of this enzyme in females GMTV on the weeks next to the parturition. Still, there was difference on day and, for interactions between treatment and day for TBARS, were females GMTV showed lower values of TBARS in all moments, except on day seven after the parturition. For leucocytes, there is a significant effect by day, interaction on treatment and day on neutrophils, and interaction treatment and day for neutrophil phagocytosis, were females GMTV showed lower values of leucocytes and neutrophils next to the parturition, and an increase of neutrophils phagocytosis. In summary, cows from the GMTV group had an improvement on the immune and oxidative systems, probably correlated with the administration of this supplement.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Oligoelementos/análise , Vitamina A/administração & dosagem , Vitamina E/administração & dosagem , Estresse Oxidativo , Neutrófilos , Injeções Subcutâneas/veterináriaRESUMO
Cetose subclínica é uma grande preocupação em rebanhos leiteiros, e seu diagnóstico e prevenção podem ter um grande impacto na saúde animal. Este estudo comparou quatro locais diferentes para a coleta de amostras de sangue (jugular, veias mamárias e coccígeas e ponta da cauda) para medição de ß-hidroxibutirato (BHBA), usando-se um medidor portátil automático. Foram utilizadas seis vacas Holandesas, e a coleta de sangue foi feita no segundo, quinto, 10º, 15º e 21º dias pós-parto. Os resultados do medidor portátil foram semelhantes aos resultados do laboratório e apresentaram uma correlação forte de 0,83. As concentrações séricas de BHBA nas amostras de sangue coletadas na ponta da cauda, na jugular e na coccígea foram semelhantes. No entanto, o sangue retirado da veia mamária tinha uma concentração mais baixa. Portanto, as amostras de sangue para aferição de BHBA podem ser recolhidas nas veias jugular e coccígeas e na ponta da cauda, sendo as duas últimas as opções mais fáceis para monitorar o BHBA em rebanho leiteiro.(AU)