RESUMO
Indivíduos transgêneros (ou trans) apresentam diferença entre a sua identidade de gênero e o sexo que lhe foi atribuído ao nascimento, o que provoca sofrimento grave, nomeado como disforia de gênero, estado que apresenta melhora após a transição para o gênero autor-reconhecido. Pessoas transgêneras apresentam os piores marcadores de saúde mental entre os LGBTQIA+. O objetivo deste texto é levantar aspectos psicossociais e sexuais de indivíduos transgêneros e trazer algumas recomendações para profissionais de saúde. Os tratamentos disponibilizados para essa população são os de afirmação de gênero (supressão da puberdade, tratamento hormonal cruzado, cirurgia reconstrutiva torácica e cirurgias genitais afirmativas de gênero). Muitas vezes, as alterações corporais conseguem diminuir os sintomas de disforia, melhorando a qualidade de vida. Porém, para muitos deles, apenas a mudança do papel social de gênero é suficiente. As disfunções sexuais mais frequentes experimentadas por mulheres e homens trans são dificuldades para iniciar e buscar contato sexual (mulheres, 26%, homens, 32%) e para atingir o orgasmo (29% e 15%). A atenção à saúde transgênera deve conter cuidados inter e multidisciplinares holísticos, envolvendo endocrinologia, cirurgia, voz e comunicação, atenção primária, saúde reprodutiva, saúde sexual e mental para acompanhar intervenções de afirmação de gênero, bem como prevenção, cuidado e gerenciamento de doenças crônicas. Indivíduos transgêneros enfrentam, além de todas as questões que afligem a sociedade contemporânea, a invisibilidade reforçada principalmente pela falta de conhecimento e pelos preconceitos. Faz-se necessário um atendimento que seja acolhedor, educativo, não preconceituoso e que respeite a individualidade daqueles que carregam em suas histórias sofrimento e violência.
Assuntos
Disfunções Sexuais Fisiológicas , Pessoal de Saúde , Cirurgia de Readequação Sexual , Disforia de Gênero , Minorias Sexuais e de Gênero , Identidade de GêneroRESUMO
O orgasmo é o ápice da excitação sexual e, quando comumente não experienciado, denomina-se anorgasmia, segunda queixa sexual mais frequente entre mulheres. A fisioterapia é um recurso que visa beneficiar a qualidade de vida das mulheres anorgásmicas por meio da prevenção, reparação de função e tratamento de quadros álgicos. O estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da associação das técnicas de cinesioterapia aplicada à musculatura do assoalho pélvico, massagem perineal e conscientização acerca da sexualidade das participantes. Os métodos utilizados foram educação sexual, massagem perineal e cinesioterapia associada ao uso da sonda uroginecológica New PelviFit Trainer, como biofeedback visual, para promover conscientização e estimar os efeitos sobre a condição da musculatura do assoalho pélvico de mulheres com relato de anorgasmia. O resultado obtido com o protocolo da associação das técnicas terapêuticas em mulheres com disfunção orgásmica apresentou melhora da função sexual feminina, aumento da força e do estado de relaxamento da musculatura do assoalho pélvico, avaliados pelo questionário Índice de Função Sexual Feminina, quantificados por meio da escala de Oxford modificada e da escala de avaliação de flexibilidade vaginal, respectivamente. Como conclusão, a aplicação das técnicas fisioterapêuticas aliadas ao tratamento humanizado, com enfoque na conscientização das mulheres, autopercepção corporal e manutenção da função sexual, promoveu melhora da disfunção sexual orgásmica. Apesar de necessário maior embasamento científico relativo ao tema, a presente abordagem para o tratamento em questão apresentou-se promissora e pertinente à base de dados. (AU)
Orgasm is the peak of sexual excitement, when not commonly experienced, it is called anorgasmia, second most frequent sexual complaint among women. Physiotherapy is a resource that aims to improve the quality of life of anorgasmics women through prevention, function repair and pain management. The purpose of the study was to evaluate the effects of kinesiotherapy techniques applied on the pelvic floor muscles, associated with perineal massage and the participants' sexual awareness. The methods used were sexual education, perineal massage, kinesiotherapy associated with the use of the New PelviFit Trainer urogynecological probe, as a visual feedback, to promove awearness and estimate its effects on the pelvic floor muscles condition in women reporting anorgasmia. The result obtained with the protocol of association of therapeutic techniques in women with orgasmic dysfunction showed improvement in the female sexual function, assessed by the Female Sexual Function Index questionnaire, increased strength and pelvic floor muscles relaxation, quantified using the Modified Oxford scale and the vaginal flexibility assessment scale, respectively. As a conclusion, the application of physiotherapeutic techniques combined with humanized treatment, with a focus on awareness of women, body self-perception and maintenance of sexual function, promoted improvement of orgasmic sexual dysfunction. Despite the need for a greater scientific basis on the subject, the present approach to the treatment in question was promising and relevant to the database. (AU)
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Humanos , Feminino , Adulto , Cinesiologia Aplicada , Disfunções Sexuais Fisiológicas/terapia , Saúde da Mulher , Modalidades de Fisioterapia , Diafragma da Pelve , Sexualidade/psicologiaRESUMO
Abstract Objective To assess the sexual function of women with spina bifida (SB), and to verify the factors that influence their sexual function. Methods A cross-sectional study in which a validated female-specific questionnaire was applied to 140 SB female patients from four different cities (Porto Alegre, Brazil; and Barcelona, Madrid, and Málaga, Spain) between 2019 and 2020. The questionnaires collected data on the clinical characteristics of SB, and female sexual function was assessed using the 6-item version of the Female Sexual Function Index (FSFI-6) validated to Portuguese and Spanish. Results Half of the patients had had sexual activity at least once in the life, but most (57.1%) did not use any contraception method. Sexual dysfunction was present in most (84.3%) patients, and all sexual function domains were impaired compared those of non-neurogenic women. The presence of urinary and fecal incontinence significantly affected the quality of their sexual activity based on the FSFI-6. Conclusion The specific clinical aspects of the SB patients, such as urinary and fecal incontinence, should be properly addressed by their doctors, since they are associated with reduced sexual activity and lower FSFI-6 scores in the overall or specific domains. There is also a need to improve gynecological care among sexually-active SB patients, since most do not use any contraceptive methods and are at risk of inadvertent pregnancy.
Resumo Objetivo Analisar a função sexual de pacientes do sexo feminino com espinha bífida (EB), e avaliar quais fatores influenciam na função sexual. Métodos Uma pesquisa transversal em que um questionário validado para mulheres foi aplicado em 140 pacientes com EB de quatro cidades diferentes (Porto Alegre, Brasil; e Barcelona, Madri e Málaga, Espanha) entre 2019 e 2020. Os questionários coletaram dados sobre características clínicas da espinha bífida, e a função sexual feminina foi avaliada com a versão de seis itens do Índice de Funcionamento Sexual Feminino (IFSF-6) nas versões validadas para português e espanhol. Resultados Metade das pacientes havia praticado atividade sexual pelo menos uma vez na vida, mas a maioria (57.1%) não utilizava nenhum método contraceptivo. A disfunção sexual estava presente na maioria das pacientes (84.3%), sendo todos os domínios de função sexual prejudicados em comparação com os de mulheres não neurogênicas. A presença de incontinência urinária e fecal afetou significativamente a qualidade da atividade sexual das pacientes. Conclusão Aspectos clínicos específicos da EB, como incontinência urinária e fecal, devem ser adequadamente abordados pelos médicos assistentes, visto que estão associados à redução na atividade sexual e piores resultados no IFSF-6. Também é necessário melhorar o atendimento ginecológico das pacientes sexualmente ativas, uma vez que a maioria não utiliza métodos contraceptivos e corre o risco de gravidez inadvertida.
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Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Comportamento Sexual , Disfunções Sexuais Fisiológicas/etiologia , Disrafismo Espinal/complicações , Disrafismo Espinal/psicologia , Incontinência Urinária/complicações , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Comportamento Contraceptivo , Incontinência Fecal/complicaçõesRESUMO
OBJETIVO: Verificar a frequência e os fatores associados à disfunção sexual em mulheres jovens universitárias. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo analítico de corte transversal. Participaram deste estudo 111 mulheres, estudantes, heterossexuais do curso de fisioterapia da Universidade Federal da Bahia. Cada participante respondeu a dois questionários autoaplicáveis "Investigação de fatores associados" e "Quociente sexual versão feminina", entre os meses de setembro e outubro de 2019. RESULTADOS: Foi encontrado nesta população prevalência de 8% de disfunção sexual. O sintoma de esforço evacuatório esteve associado a pior desempenho/satisfação sexual pelo score total do QS-F (p=0,03), e quando avaliado por agrupamento de questões, foi encontrada associação entre esforço evacuatório e pior excitação (p=0,01), esforço evacuatório e mais dor (p=0,04); urgência urinária e mais dor (p=0,04); violência e pior excitação (p=0,05) e violência e menos satisfação/orgasmo (p=0,02). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que há baixa prevalência de disfunção sexual na população estudada, mas há associação entre sintomas de disfunções do assoalho pélvico e disfunções sexuais em mulheres jovens.
OBJECTIVE: To estimate the prevalence of sexual dysfunction in young college women. METHODS: This is a descriptive-analytical cross-sectional study. A total of 111 heterosexual women students of the physiotherapy course from the Universidade Federal da Bahia participated in this study. Each participant answered two self-administered questionnaires, "Investigation of associated factors" and "Sex ratio - female version" between September and October 2019. RESULTS: A prevalence of 8% of sexual dysfunction was found in this population. The symptom of evacuatory effort was associated with worse performance / sexual satisfaction by the total SQ-F score (p=0.03), and when assessed by a grouping of questions, an association was found between evacuatory effort and worse arousal (p=0.01), evacuatory effort, and pain (p=0.04); urinary urgency and pain (p=0.04); violence and arousal (p=0.05); and violence and less satisfaction/orgasm (p=0.02). CONCLUSION: The results suggest a low prevalence of sexual dysfunction in the studied population, but there is an association between symptoms of pelvic floor dysfunction and sexual dysfunction in young women.
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Disfunções Sexuais Fisiológicas , Mulheres , Saúde SexualRESUMO
Objetivo: Descrever o perfil sóciodemográfico, sexual e reprodutivo, e a prevalência da disfunção sexual em mulheres adultas atendidas do Hospital Universitário. Método: estudo quantitativo, descritivo e transversal. Avaliaram-se 267 mulheres adultas entre 25 e 49 anos com pelo menos uma relação sexual na vida. Resultados:constatou-se associação significativa das disfunções sexuais femininas com coitarca menor que 15 anos, frequência de uma relação sexual mensal ou menos e lactação. A prevalência de dispaurenia foi encontrada em 30,3% das entrevistadas e vaginismo em 26,2 %. Conclusão: percebe-se que medidas preventivas minimizam a ocorrência das disfunções como: facilitar o acesso à informação, promoção e prevenção de saúde, e programas de capacitação e educação permanente. É importante construir uma abordagem holística e esforço multidisciplinar, visto que a disfunção sexual feminina constitui um largo espectro de dificuldades
Objective:To describe the sociodemographic, sexual and reproductive profile, the prevalence of sexual dysfunction in adult women attended at the University Hospital. Method:quantitative, descriptive and cross-sectional study. Total of 267 adult women between the ages of 25 and 49 with at least one sexual intercourse were evaluated. Results: there was a significant association of female sexual dysfunction with coitarca younger than 15 years, frequency of monthly or less sexual intercourse, and lactation. The prevalence of dyspaurenia was found in (30.3%) of the interviewees and vaginismus in (26.2%). Conclusion: noticed that preventive measures minimize the occurrence of dysfunctions such: facilitating access to information, promotion and prevention of health, training and continuing education programs. Is important to build holistic approach and multidisciplinary effort, since female sexual dysfunction constitutes broad spectrum of difficulties
Objetivo: Describir el perfil sociodemográfico, sexual y reproductivo, la prevalencia de la disfunción sexual en mujeres adultas atendidas del Hospital Universitario. Método: estudio cuantitativo, descriptivo y transversal. Evaluaron 267 mujeres adultas entre 25 y 49 años con menos una relación sexual en vida. Resultados: se constató una asociación significativa de las disfunciones sexuales femeninas con coito menor de 15 años, frecuencia de una relación sexual mensual o menos y lactancia. La prevalencia de dispaurenia fue encontrada em (30,3%) de entrevistadas y el vaginismo (26,2%). Conclusión: percibe que medidas preventivas minimizan la ocurrencia de las disfunciones como: facilitar el acceso a información, promoción y prevención de salud, programas de capacitación y educación permanente. Es importante construir enfoque holístico y esfuerzo multidisciplinario, ya que la disfunción sexual femenina constituye un amplio espectro de dificultades
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Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Disfunções Sexuais Fisiológicas/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Prevalência , Estudos Transversais , Saúde Reprodutiva , Hospitais UniversitáriosRESUMO
Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o impacto da gestação sobre a função sexual feminina, comparando se houve diferença significativa entre os dois últimos trimestres gestacionais. Métodos: Foi realizada no serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, por meio do questionário Female Sexual Function Index (IFSF). Cento e quinze pacientes foram divididas em dois grupos (T2, correspondente ao segundo trimestre gestacional; T3, correspondente ao terceiro trimestre gestacional), apresentando taxa de disfunção sexual de 47,8%, prevalente em gestantes do grupo T3. Resultados: Houve diferen- ça significativa, entre o segundo e o terceiro trimestre, nas médias do IFSF e nas variáveis excitação, orgasmo e dor, resultando em disfunção sexual prevalente em gestantes do terceiro trimestre gestacional. Conclusão: Não houve diferença significativa nas variáveis desejo, lubrificação e satisfação.(AU)
Objective: The objective of this study was to evaluate the impact of pregnancy on female sexual function, comparing if there was significant difference between the last two gestational trimester. Methods: The research was accomplished in the Gynecology and Obstetrics of Mackenzie Evangelical University Hospital, applying the Female Sexual Function Index (IFSF). One hundred and fifteen patients were combined in two groups (T2 corresponding the second gestational trimester; T3 corresponding the third one), with sexual dysfunction rate of 47.8%, mainly the T3 group. Results: The IFSF's average between the second and the third gestational trimester was significantly different, also the sexual arouse, orgasm and pain variables are higher in the second trimester resulting in sexual dysfunction mostly of pregnant women in the third gestational trimester. Conclusion: The desire, lubrication and satisfaction variables did not have significant difference.(AU)
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Humanos , Feminino , Gravidez , Comportamento Sexual/estatística & dados numéricos , Disfunções Sexuais Fisiológicas/epidemiologia , Gravidez de Alto Risco/fisiologia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Saúde da Mulher , SexualidadeRESUMO
Abstract Objective We performed a systematic review to assess the effectiveness and safety of Tribulus terrestris to treat female sexual dysfunction (FSD). Data sources We performed unrestricted electronic searches in the MEDLINE, CENTRAL, EMBASE, LILACS, CINAHL, PsycINFO,WHO-ICTR, Clinicaltrials.gov and OpenGrey databases. Selection of studies We included any randomized controlled trials (RCTs) that compared T. terrestris versus inactive/active interventions. After the selection process, conducted by two reviewers, 5 RCTs (n = 279 participants) were included. Data collection Data extraction was performed by two reviewers with a preestablished data collection formulary. Data synthesis Due to lack of data and clinical heterogeneity, we could not perform meta-analyses. The risk of bias was assessed by the Cochrane Risk of Bias (RoB) tool, and the certainty of evidence was assessed with Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluations (GRADE). Results After 1 to 3 months of treatment, premenopausal and postmenopausal women randomized to T. terrestris had a significant increase in sexual function scores. Three months of treatment with T. terrestris showed a significant increase in the serum testosterone levels of premenopausal women. There was no report of serious adverse events, and none of the studies assessed health-related quality of life. The certainty of the evidence was very low, whichmeans that we have very little confidence in the effect estimates, and future studies are likely to change these estimates. Conclusion MoreRCTs are needed to supportor refute the use of T. terrestris. The decision to use this intervention should be shared with the patients, and the uncertainties around its effects should be discussed in the clinical decision-making process. Number of Protocol registration in PROSPERO database: CRD42019121130
Resumo Objetivo Nós realizamos uma revisão sistemática para avaliar a efetividade e a segurança do Tribulus terrestris no tratamento da disfunção sexual feminina (DSF). Fontes de dados Nós realizados uma busca eletrônica irrestrita nas seguintes bases de dados: MEDLINE, CENTRAL, EMBASE, LILACS, CINAHL, PsycINFO, WHO-ICTR, Clinicaltrials.gov, e OpenGrey. Seleção dos estudos Nós incluímos todos os ensaios clínico randomizados (ECR) que comparou T. terrestris com controles ativos/inativos. Após o processo de seleção, conduzido por 2 revisores, 5 ECRs (n = 279 participantes) foram incluídos. Extração de dados O processo de extração de dados foi realizado por dois revisores, utilizando-se um formulário de extração de dados pré-estabelecido. Síntese de dados Devido à falta de dados disponíveis e à heterogeneidade clínica entre os estudos incluídos, nós não realizamos meta-análises. O risco de viés foi avaliado pela tabela de risco de viés da Cochrane e, a certeza do corpo da evidência foi avaliada pelo Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluations (GRADE). Resultados Após 1 a três 3 meses de tratamento, mulheres na pré e pós-menopausa randomizadas ao T. terrestris tiveram um aumento significante nos escores de função sexual. O grupo com 3 meses de tratamento com T. terrestris exibiu um aumento significante dos níveis séricos de testosterona emmulheres pré-menopausa. Não houve relato de eventos adversos graves, e nenhum estudo avaliou qualidade de vida das participantes. A certeza da evidência foi considerada muito baixa, o que significa que existe pouca certeza na estimativa dos efeitos e que é provável que futuros estudos mudem estas estimativas. Conclusão Mais ECRs são importantes para apoiar ou refutar o uso do T. terrestris. A decisão de usar essa intervenção deve ser compartilhada com pacientes, e as incertezas sobre seus efeitos devem ser discutidas durante o processo de decisão clínica.
Assuntos
Humanos , Feminino , Disfunções Sexuais Fisiológicas/tratamento farmacológico , Medicamentos de Ervas Chinesas/uso terapêutico , Extratos Vegetais/uso terapêutico , Tribulus/química , Saponinas/efeitos adversos , Saponinas/uso terapêutico , Disfunções Sexuais Fisiológicas/sangue , Testosterona/sangue , Medicamentos de Ervas Chinesas/efeitos adversos , Extratos Vegetais/efeitos adversos , Pré-Menopausa , Pós-Menopausa , Diosgenina/análogos & derivados , Diosgenina/efeitos adversos , Diosgenina/uso terapêuticoRESUMO
O climatério constitui uma fase do ciclo vital da mulher, representando a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo. OBJETIVO: Avaliar a função sexual em mulheres climatéricas por meio do Questionário Quociente Sexual-Versão Feminina (QS-F). MÉTODO: Estudo transversal, com um grupo de 66 mulheres climatéricas submetidas à avaliação da função sexual por meio do Questionário Quociente Sexual-Versão Feminina (QS-F) e através do escore total do QS-F, foi definido o padrão de desempenho/satisfação sexual. RESULTADOS: O padrão de desempenho/satisfação sexual mais predominante foi o de regular a bom (37,9%) e 52,9% das mulheres participantes afirmaram que costumam pensar em sexo "às vezes" a "nunca". CONCLUSÃO: A maioria das mulheres entrevistadas teve padrão de desempenho/satisfação sexual de regular a bom, sem significativas alterações da função.
The climacteric is a phase of the woman's life cycle, representing a transition between the reproductive and non reproductive periods. OBJECTIVE: Evaluate sexual function in women through the Sexual Quotient Questionnaire Female Version (QS-F). METHODS: Cross-sectional study with a group of 66 climacteric women who underwent sexual function as-sessment using the Sexual Quotient Questionnaire - Female Version (QS-F) and through the total QS-F score, the sexual performance / satisfaction pattern was defined. RESULTS: The standard of sexual performance/satisfaction most prevalente were from good to normal (37.9%), whereas the standard unfavorable and null, bothhad a sample of 4.5% and 52,9 of the participating women stated that they often think of sex "sometimes" or "never." CONCLUSION: The majorty of the women interviewed had a standard of sexual performance / satisfaction between regular and good, without any significant alteration of function.
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Sexualidade , Disfunções Sexuais Fisiológicas , MulheresRESUMO
Abstract Objective To assess the construct and criterion validity of the Postmenopause Sexuality Questionnaire (PMSQ). Methods The present methodological questionnaire validation study included postmenopausal women. The construct validity was tested by factor analysis and the criterion validity was performed using the correlation between the PMSQ and the Female Sexual Function Index (FSFI). The ROC curve was used to verify sensitivity, specificity and to determine the cutoff point of the PMSQ. Results A total of 181 women with amean age of 56.4 ± 5.7 years old were evaluated. The exploratory factor analysis showed that the PMSQ presented Kaiser test = 0.88 and χ2 = 3293.7 (p < 0.001), commonalities ≥ 0.5, and extraction of 9 factors with eigenvalue ≥ 1; explaining 66.3% of the total variance. The PMSQ presented factor loadings between 0.4 and 0.8. A strong correlation between the 2 questionnaires (r = 0.79; p = 0.000) was shown. The cutoff point of the PMSQ was ≤ 55.5, assuming 87.9% sensitivity and 78.9% specificity (p < 0.001). Conclusion Since the PMSQ showed a strong correlation with the FSFI questionnaire, it presented good psychometric properties to assess the sexuality in postmenopausal women. Based on these results, the PMSQ could be widely tested as a specific instrument to examine the sexual function in postmenopausal women. Future studies, designed to examine the PMSQ instrument in different populations, are needed.
Resumo Objetivos Validar o construto e o critério do Questionário para Avaliação da Sexualidade Feminina após a Menopausa (QSFM). Métodos Estudo metodológico de validação de questionário incluiu mulheres na pósmenopausa. A validade de construto foi testada pormeio da análise fatorial e a validade de critério foi realizada por meio da correlação entre o QSFM e o Índice de Função Sexual Feminina (FSFI). A Curva ROC foi utilizada para verificar sensibilidade, especificidade e determinar o ponto de corte do QSFM. Resultados Foram avaliadas 181 mulheres, com idade média de 56,4 ± 5,7 anos. A análise fatorial exploratória mostrou que o QSFM apresentou teste de Kaiser = 0,88 e χ2 = 3293,7 (p < 0,001), comunalidades ≥ 0,5 com extração de nove fatores com autovalor ≥ 1; explicando 66,3% da variância total. O QSFM apresentou cargas fatoriais entre 0,4 e 0,8. Uma forte correlação entre os dois questionários (r = 0,79; p = 0,000) foi demonstrada. O ponto de corte do QSFM foi ≤ 55,5, assumindo sensibilidade de 87,9% e especificidade de 78,9% (p < 0,001). Conclusão Como o QSFM demonstrou uma forte concordância com o questionário FSFI, ele apresentou boas propriedades psicométricas para avaliar a sexualidade em mulheres na pós-menopausa. Com base nesses resultados, o QSFM pode ser amplamente utilizado como um instrumento específico para examinar a função sexual em mulheres na pós-menopausa. Estudos futuros são necessários para examinar o instrumento QSFM em diferentes populações.
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Humanos , Feminino , Psicometria , Pós-Menopausa , Disfunções Sexuais Psicogênicas/psicologia , Inquéritos e Questionários , Reprodutibilidade dos Testes , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
As funções do baço incluem depuração sanguínea, hematopoese, metabolismo e resposta imune a diversos antígenos, além de produzir aminoácidos e armazenar e controlar a liberação de metais. A retirada do baço por doença ou trauma acompanha-se de graves repercussões decorrentes do estado asplênico, incluindo imunodeficiência, desordens hematológicas e metabólicas, principalmente dislipidemias, etc., que podem levar a morte precoce por sepse, embolia pulmonar, além de doenças hepáticas e hematológicas. Apesar de alguns pacientes relatarem desinteresse sexual surgido após a esplenectomia, essa característica da asplenia ainda não foi estudada. Verificar se há alteração da libido e de outras funções sexuais após a retirada completa do baço. Foram selecionados, 30 homens e 30 mulheres, adultos, hígidos, em pós-operatório de esplenectomia total por trauma esplênico em período superior a um ano. Aplicou-se aos homens o Questionário de Disfunção Erétil e às mulheres o Questionário de Disfunção Sexual. A análise comparou as respostas obtidas nos períodos anterior e posterior à esplenectomia. Realizaram-se em todos os pacientes exames laboratoriais com análises hematológicas e bioquímicas, incluindo os hormônios sexuais. Houve redução da libido e aumento das disfunções sexuais após a esplenectomia tanto em homens quanto em mulheres, p < 0,001. Os exames laboratoriais pós-operatórios apresentaram valores normais em ambos os sexos. O estado asplênico associa-se com redução acentuada da libido e com disfunções sexuais intensas tanto em homens quanto em mulheres, sem alteração em exames laboratoriais hematológicos e bioquímicos, incluindo os hormonais.
The functions of the spleen include blood clearance, hematopoiesis, metabolism, and immune response to antigens, in addition to producing amino acids, storing and controlling the release of metals. Removal of the spleen due to disease or trauma is followed by severe complications resulting from the asplenic state, comprising immune-deficiency, blood adverse conditions and metabolic disorders, dyslipidemias, among others, which can lead to an early death due to sepsis and pulmonary embolism, as well as hepatic and hematological diseases. Although some patients report a sexual disinterest that arises after a splenectomy, this characteristic of asplenia has not yet been studied. To verify the existence of changes in one´s libido and other sexual functions associated with the asplenic state. This study selected 30 men and 30 women, all of whom were adult and healthy, in the postoperative stage of the total splenectomy caused by splenic trauma over a period of more than one year. The Erectile Dysfunction Questionnaire was applied to the men, while the Sexual Dysfunction Questionnaire was applied to the women. The analysis compared the answers obtained regarding the periods before and after the splenectomy. All patients underwent laboratory exams with hematological and biochemical analyses, including sexual hormones. A reduction in the libido and an increase in sexual dysfunctions after the total splenectomy in both men and women, p < 0.001 were found. The postoperative laboratory exams presented normal values in both sexes. The asplenic state is associated with an accentuated reduction in libido and with intense sexual dysfunctions, both in men and women, with no changes in the hematological and biochemical laboratory exams, including hormones.
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Humanos , Sexo , Disfunções Sexuais Fisiológicas , Baço/cirurgia , Esplenectomia , LibidoRESUMO
Abstract Objective The incidence of obesity, which is a chronic condition, has increased in recent years. The association between obesity and female sexual dysfunction remains unclear, particularly in postmenopausal women. In the present study, we evaluated whether obesity is a risk factor for sexual dysfunction in postmenopausal women. Methods This is a cross-sectional study that analyzed data from interviews of postmenopausal women at the Climacteric Outpatient Clinic from 2015 to 2018. After applying the inclusion and exclusion criteria, 221 women aged between 40 and 65 years old were selected and invited to participate in the study. Obesity was diagnosed according to body mass index (BMI). The participants were grouped into the following BMI categories: group 1, 18.5-24.9 kg/m2 (normal); group 2, 25.0- 29.9 kg/m2 (overweight); and group 3, ≥30.0 kg/m2 (obese). Sexual function was assessed using the Female Sexual Function Index (FSFI) questionnaire. Cutoff points of ≥23 and ≥26.5 were adopted to define a diagnosis of female sexual dysfunction (FSD) based on the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th edition, Text Revision by the American Psychiatric Association (DSM-IV-TR). Results The desire and arousal scores were statistically higher in the normal BMI group than in the obese group (p=0.028 and p=0.043, respectively). The satisfaction scores were statistically higher in the normal BMI group than in the overweight and obese groups (p<0.05). The total FSFI score statistically differed among the BMI categories (p=0.027). Conclusion In the present study, obese and overweight postmenopausal women had higher total scores than women with normal BMI. Our results show that obese and overweight postmenopausal women had a higher index of dysfunction in desire and arousal and lower sexual satisfaction than normal-weight women.
Resumo Objetivo A incidência de obesidade, que é uma condição crônica, aumentou nos últimos anos. A associação entre obesidade e disfunção sexual feminina ainda não está clara, particularmente emmulheres após amenopausa. No presente estudo, avaliamos se a obesidade é um fator de risco para disfunção sexual em mulheres após a menopausa. Métodos Este é umestudo transversal que analisou dados de entrevistas demulheres após a menopausa no Ambulatório de Climatério a partir de 2015 até 2018. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 221 mulheres com idade entre 40 e 65 anos foram selecionadas e convidadas a participar do estudo. Obesidade foi diagnosticada de acordo com o índice de massa corpórea (IMC). Os participantes foram agrupados nas seguintes categorias de IMC: grupo 1: 18,5-24,9 kg/m2 (normal); grupo 2: 25,0-29,9 kg/m2 (sobrepeso); e grupo 3: ≥30,0 kg/m2 (obesidade). A função sexual foi avaliada através do questionário Female Sexual Function Index (FSFI, na sigla em inglês). Pontos de corte de ≥23 e ≥26,5 foram adotados para definir um diagnóstico de disfunção sexual feminina (DSF) com base no Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, 4ª Edição, Texto Revisto DSM-IV-TR. Resultados Os escores de desejo e excitação foram estatisticamente maiores no grupo com IMC normal do que no grupo obesidade (p=0,028 e p=0,043, respectivamente). Os escores de satisfação foram estatisticamente maiores no grupo com IMC normal do que nos grupos comsobrepeso e obesidade (p<0,05). A pontuação total do FSFI diferiu estatisticamente entre as categorias de IMC (p=0,027). Conclusão No presente estudo,mulheres após a menopausa obesas e com sobrepeso tiveram escores totais mais altos do que mulheres com IMC normal. Nossos resultados mostram que mulheres obesas e com sobrepeso após a menopausa apresentaram índices mais altos de disfunção no desejo e excitação e menor satisfação sexual do que mulheres com peso normal.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Disfunções Sexuais Fisiológicas/epidemiologia , Pós-Menopausa/psicologia , Disfunções Sexuais Psicogênicas/epidemiologia , Obesidade/fisiopatologia , Obesidade/psicologia , Brasil/epidemiologia , Índice de Massa Corporal , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
Abstract Objective To determine the prevalence of sexual dysfunction and its associated factors in pregnant women. Methods A descriptive, cross-sectional study including 262 pregnant women aged 18 years or older with gestational age between 10 and 35 weeks. Women with urinary tract infections and conditions of gestational risk were excluded. The Pregnancy Sexual Response Inventory (PSRI) questionnaire was used. We performed a univariate descriptive analysis, and comparisons between the mean values of the sexual function domains were made using the Student t-test. The chi-squared test was used to determine the association between the independent and dependent variables. The prevalence ratios, with their respective 95% confidence intervals, were also estimated, and a multivariate analysis was performed. Results A total of 64.9% of women reported a decrease in the frequency of sexual activity during pregnancy. Slightly more than half of the women (50.8%) were satisfied, and arousal was reported as excellent/good by 30.5% of them. The frequency of sexual difficulties/dysfunctions increased with pregnancy, rising from 5.7% to 58.8%, and pain during sexual intercourse was reported by 45.8% of them. Having higher education degree decreased the chance of being sexually dissatisfied by 50%. The total PSRI score showed a significant decrease from the prepregnancy period (mean score = 89.8, "excellent") to the pregnancy period (mean score = 59.2, "good"). Conclusion The mean sexual function score during pregnancy was classified as good, although most pregnant women reported at least one type of alteration in the sexual function domains, and the report of dissatisfaction was more frequent in women with lower schooling.
Resumo Objetivo Determinar a prevalência e fatores associados de disfunção sexual emgestantes. Métodos Estudo descritivo, transversal, incluindo 262 gestantes com idade de 18 anos ou mais, e idade gestacional entre 10 e 35 semanas. Mulheres com infecção de trato urinário e gestação de alto risco foram excluídas. O Inventário de Resposta Sexual na Gestação (Pregnancy Sexual Response Inventory, PSRI) foi utilizado. Procedeu-se à análise univariada, e as comparações entre as médias dos domínios de função sexual foram avaliadas pelo teste t de Student. Associações entre as variáveis dependentes e independentes foram determinadas por teste do qui-quadrado. Também estimou-se a razão de prevalência, com intervalo de confiança de 95%, e realizou-se análise multivariada. Resultados Um total de 64,9% das mulheres relataram diminuição na frequência de atividade sexual durante a gravidez. Pouco mais da metade das mulheres (50,8%) estavam satisfeitas, e a excitação foi relatada como excelente/boa por 30,5% delas. A frequência de dificuldades/disfunções sexuais aumentou com a gravidez, subindo de 5,7% para 58,8%, e dor na relação sexual foi relatada por 45,8% delas. Ter Ensino Superior diminuiu em 50% a chance de insatisfação sexual. O escore total do PSRI diminuiu significativamente entre o período pré-gestacional (escore médio = 89,8, "excelente") e o período gestacional (escore médio = 59,2, "bom"). Conclusão O escoremédio da função sexual durante a gestação foi classificado como bom, embora a maioria das gestantes tenha relatado pelo menos um tipo de alteração nos domínios da função sexual. O relato de insatisfação foi mais frequente nas mulheres de baixa escolaridade.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Adulto Jovem , Complicações na Gravidez/epidemiologia , Disfunções Sexuais Fisiológicas/epidemiologia , Cuidado Pré-Natal , Prevalência , Saúde da Mulher , Instituições de Assistência AmbulatorialRESUMO
Resumo Objetivo Comparar a contração objetiva do assoalho pélvico, estenose vaginal e dispareunia com a função sexual e a qualidade de vida relacionada à saúde de sobreviventes ao câncer ginecológico. Método Estudo transversal com mulheres com diagnóstico de câncer ginecológico e com no mínimo seis meses de término do tratamento oncológico. A avaliação consistiu na aplicação da ficha de identificação, questionários (QS-F e FACT-G) e exame físico ginecológico. Resultados Foram avaliadas 64 pacientes com média de idade de 50 anos, das quais 56,3% eram ativas sexualmente. O tipo de câncer mais frequente foi o de colo uterino (62,5%), sendo o principal tratamento realizado a histerectomia (54,7%). Observou-se a presença de dispareunia em 32,8% das mulheres ativas sexualmente, a estenose vaginal foi identificada em 45,3% dos casos, e 45,3% apresentaram contração objetiva ausente do assoalho pélvico. A comparação das médias dos escores do questionário QS-F evidenciou diferença significante considerando a presença ou não de estenose vaginal e dispareunia, enquanto que a presença ou ausência da contração objetiva do assoalho pélvico não apresentou diferença significante na função sexual. Verificou-se associação entre estenose vaginal e dispareunia, porém a atividade sexual e a contração do assoalho pélvico não estiveram associadas à estenose vaginal. Além disso, a estenose vaginal, dispareunia e a contração do assoalho pélvico não apresentaram associação significante com a qualidade de vida. Conclusão A presença de disfunção do assoalho pélvico nas sobreviventes ao câncer ginecológico indicou prejuízo na função sexual, sem impactar negativamente na qualidade de vida relacionada à saúde.
Abstract Objective To compare objective contraction of the pelvic floor, vaginal stenosis and dyspareunia with sexual function and health related quality of life in gynecological cancer survivors. Method Cross-sectional study with women referred to oncological treatment for gynecological cancer with at least six months of the treatment. Study participants completed an initial evaluation form regarding demographic characteristics, and medical history, QS-F and FACT-G questionnaires, and gynecological physical examination. Results Sixty-four patients with a mean age of 50 years, of which 56.3% were sexually active, were evaluated. The most frequent type of cancer was cervical cancer (62.5%) and the main treatment was hysterectomy (54.7%). The presence of dyspareunia was observed in 32.8% of sexually active women, vaginal stenosis was identified in 45.3% of the cases, and 45.3% presented no objective contraction of the pelvic floor. The comparison of QS-F questionnaire scores showed a significant difference considering the presence or absence of vaginal stenosis and dyspareunia, while the presence or absence of objective contraction of the pelvic floor did not show a significant difference in sexual function. There was an association between vaginal stenosis and dyspareunia, but sexual activity and contraction of the pelvic floor were not related to vaginal stenosis. In addition, vaginal stenosis, dyspareunia and contraction of the pelvic floor were not significantly associated with health-related quality of life. Conclusion The presence of pelvic floor dysfunction in gynecological cancer survivors indicated impairment in sexual function with no negative impact on health-related quality of life.
RESUMO
Abstract Introduction Sexual dysfunction is common in individuals with psychiatric disorders and under psychotropic medication such as antidepressants and antipsychotics. Several scales have been developed to assess sexual function in these patients. The Arizona Sexual Scale (ASEX) is a five-item rating scale that quantifies sex drive, arousal, vaginal lubrication/penile erection, ability to reach orgasm, and satisfaction from orgasm. We describe the translation and cross-cultural adaptation of the ASEX into the Portuguese language, with the goal of contributing to the assessment of sexual function in Portuguese-speaking psychiatric patients under treatment with psychotropic drugs. Methods The translation and cross-cultural adaptation process thoroughly followed the steps recommended by the Task Force of the International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research (ISPOR), namely: preparation, forward translation, reconciliation, back-translation, back-translation review, harmonization, cognitive debriefing, review of cognitive debriefing, finalization, proofreading, and final version. Results The process was successfully completed and no major differences were found between the translation, reconciliation and back-translation phases, with only small adjustments being made. Conclusion The translation of the ASEX was completed successfully, following international reference guidelines. The use of these guidelines is a guarantee of a Portuguese version that is qualitatively and semantically equivalent to the original scale. This availability of this new scale version will enable studies evaluating the sexual function of Portuguese-speaking psychiatric patients. Future studies may assess the validity of the scale for Portuguese-speaking populations.
Resumo Introdução A disfunção sexual é comum em indivíduos com doenças psiquiátricas e sob o uso de medicações como antidepressivos e antipsicóticos. Várias escalas foram desenvolvidas para avaliar a função sexual desses doentes. A Arizona Sexual Scale (ASEX) é uma escala de cinco itens de avaliação que quantifica desejo sexual, excitação, lubrificação vaginal/ereção peniana, capacidade para atingir o orgasmo e satisfação com o orgasmo. Este artigo descreve o processo de tradução e adaptação transcultural da escala ASEX para a língua portuguesa, com o objetivo de contribuir para a avaliação da função sexual dos doentes medicados com fármacos psicotrópicos nos vários países onde se utiliza essa língua. Métodos A tradução e a adaptação transcultural seguiram de forma detalhada os passos recomendados pelo grupo de trabalho da International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research (ISPOR), nomeadamente: preparação, tradução inicial, reconciliação, retroversão, revisão da retroversão, harmonização, teste cognitivo, revisão do teste cognitivo, finalização, leitura final e versão final. Resultados O processo foi completado com sucesso, e não foram observadas diferenças grandes entre as fases de tradução, reconciliação e retroversão, tendo sido feitos apenas pequenos ajustes. Conclusão A tradução da escala ASEX foi bem-sucedida, seguindo orientações internacionais de referência. A aplicação dessas orientações é a garantia de uma versão em língua portuguesa que é qualitativa e semanticamente equivalente à versão original da escala. A existência desta nova versão da escala permitirá estudos que avaliem a função sexual dos doentes em países nos quais se fale a língua portuguesa. Estudos futuros poderão atestar a validade da escala para essas populações.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Psicotrópicos/efeitos adversos , Disfunções Sexuais Fisiológicas/diagnóstico , Traduções , Disfunções Sexuais Psicogênicas/diagnóstico , Transtornos Mentais/psicologia , Orgasmo/fisiologia , Satisfação Pessoal , Nível de Alerta/fisiologia , Portugal , Escalas de Graduação Psiquiátrica , Disfunções Sexuais Fisiológicas/induzido quimicamente , Vagina/fisiologia , Ereção Peniana/psicologia , Arizona , Comparação Transcultural , Inquéritos e Questionários , Disfunções Sexuais Psicogênicas/induzido quimicamente , Libido/fisiologia , Transtornos Mentais/tratamento farmacológicoRESUMO
Abstract Objective To assess the relationship between sexual hormones, sexual function and quality of life in postmenopausal women. Method A cross-sectional study was conducted with a convenience sample of 36 postmenopausal women between the ages of 45 and 65 in follow-up at a climacteric outpatient clinic. Mood, quality of life, sexual function and hormonal profile were assessed. Results With regard to sexual hormones and sexual function, a relationship was found between orgasm and luteinizing hormone (r=0.37), orgasm and sex hormone-binding globulin (SHBG) (r=0.39), SHBG and less pain (r=0.44), dehydroepiandrosterone (DHEA) and desire (r=-0.45), as well as between prolactin and lubrication (r=0.33). Sexual hormones and quality of life were related as follows: progesterone and limitations due to physical aspects (r=0.35), SHBG and social aspects (r=0.35), cortisol and pain (r=0.46), DHEA and social aspects (r=-0.40). Finally, the following relationships were found between sexual function and quality of life: sexual desire and vitality, social aspects, state of general health and mental health (r=0.46, r=0.51, r=0.35, and r=0.38, respectively). Arousal, orgasm and satisfaction with sexual life showed a relationship with less physical pain (r=0.40, r=0.42, and r=0.43, respectively). Satisfaction with sexual life was correlated with vitality (r=0.33). Conclusion Different correlations than expected were found in this study regarding the effect of some hormones on sexual function and some aspects of the quality of life of postmenopausal women.
Resumo Objetivo Avaliar a relação entre hormônios sexuais, função sexual e qualidade de vida em mulheres na pós-menopausa. Métodos Estudo transversal com amostra de conveniência de 36 mulheres na pós-menopausa, com idades entre 45 e 65 anos, em seguimento ambulatorial de climatério. Humor, qualidade de vida, função sexual e perfil hormonal foram avaliados. Resultados Entre hormônios sexuais e função sexual, foi encontrada relação entre orgasmo e hormônio luteinizante (r=0,37), orgasmo e globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) (r=0,39), SHBG e menos dor (r=0,44), desidroepiandrosterona (DHEA) e desejo (r=-0,45), bem como entre prolactina e lubrificação (r=0,33). Entre hormônios sexuais e qualidade de vida: progesterona e limitações por aspectos físicos (r=0,35), SHBG e aspectos sociais (r=0,35), cortisol e dor (r=0,46), DHEA e aspectos sociais (r=-0,40). Por fim, entre função sexual e qualidade de vida: desejo sexual e vitalidade, aspectos sociais, estado geral de saúde e saúde mental (r=0,46, r=0,51, r=0,35 e r=0,38, respectivamente). Excitação, orgasmo e satisfação com a vida sexual mostraram uma relação com menos dor física (r=0,40, r=0,42 e r=0,43, respectivamente). A satisfação com a vida sexual foi correlacionada com a vitalidade (r=0,33). Conclusão Correlações diferentes das esperadas foram encontradas neste estudo em relação ao efeito de alguns hormônios sobre a função sexual e alguns aspectos da qualidade de vida de mulheres na pós-menopausa.
Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Qualidade de Vida/psicologia , Comportamento Sexual/psicologia , Pós-Menopausa/psicologia , Pós-Menopausa/sangue , Orgasmo/fisiologia , Satisfação Pessoal , Progesterona/sangue , Globulina de Ligação a Hormônio Sexual/análise , Hormônio Luteinizante/sangue , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Desidroepiandrosterona/sangue , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
RESUMO Objetivo Revisar sistematicamente as informações disponíveis acerca da função sexual e/ou disfunção sexual em pacientes com transtorno depressivo maior (TDM) e/ou distimia (DIS). Métodos Foi realizada uma busca sistematizada na base eletrônica Medline por estudos que avaliavam a função/disfunção sexual em pacientes com TDM e DIS. Foram incluídos estudos publicados até junho de 2017. Artigos relevantes presentes nas referências dos artigos foram pesquisados manualmente e incluídos nesta revisão. Resultados Vinte estudos foram elegíveis para análise. Foi observada uma grande diversidade de resultados decorrente da heterogeneidade dos delineamentos empregados e devido aos diferentes métodos de avaliação utilizados. De forma geral, os dados provenientes demonstraram uma redução das principais funções sexuais em pacientes com TDM e DIS, tais como: libido (31%-32%), drive (31%-87%), excitação (29%-85%), ereção (18%-46%), lubrificação (18%-79%) e orgasmo (26%-81%). Aumento de libido (15%-22%) também foi descrito em alguns estudos. Conclusão A disfunção sexual é altamente prevalente na DIS e no TDM. Foram notadas diversas alterações de funcionamento sexual na população estudada. Discrepâncias acerca de suas prevalências podem ter ocorrido devido às variadas metodologias de análise utilizadas nos estudos.
ABSTRACT Objective To review the available data on the evaluation of sexual function and/or sexual dysfunction in patients with major depressive disorder (MDD) and/or Dysthymia (DYS) without pharmacological and psychotherapeutic treatment. Methods A systematic electronic search was conducted in the Medline database for studies that evaluated sexual function/dysfunction in patients with MDD and DYS. We included studies published up to June 2017. Relevant articles present in the articles references were manually searched and included in this review. Results Twenty studies were eligible for analysis. It was observed a variety of results due to the heterogeneity of the studies and due to the different evaluation methods used. In general, the data from these studies demonstrated a reduction of the main sexual functions in patients with MDD and DYS such as: libido (31%-32%), drive (31%-87%), arousal (29%-85%), erection (18%-46%), lubrication (18%-79%) and orgasm (26%-81%). Increased libido (15%-22%) has also been described in some studies. Conclusion Sexual dysfunction is highly prevalent in DYS and in MDD. Several sexual functioning alterations were observed in this study population. Prevalence discrepancies may have occurred due to the varied methodologies used in the studies.
RESUMO
No pós-parto, pode haver dor durante a relação sexual e disfunções do assoalho pélvico, que são associadas ao parto vaginal pela possibilidade de lesões perineais ou episiotomia, levando a indicações de cesariana eletiva como fator de proteção da função sexual. Assim, este estudo propõe analisar a relação entre parto por vaginal ou cesárea e a presença de dispareunia no período pós-parto. Foi realizada uma revisão integrativa nas bases de dados Lilacs e PubMed utilizando os descritores "Sexual Dysfunction, Physiological" e "Postpartum Period". Foram encontrados 28 artigos, sendo incluídos 13 por se encaixarem nos critérios de elegibilidade. Os resultados mostraram que a dispareunia pode ocorrer em 24,0 a 85,7% das puérperas. Após o primeiro parto vaginal, 21,0% apresentam avulsão dos levantadores do ânus, mas 62,0% não são evidentes após um ano. A alteração do corpo perineal não está relacionada a laceração ou a função sexual, mas 32,5% das mulheres que relataram dor perineal no primeiro mês relataram dispareunia aos 6 meses. 85,7% relatam dor na primeira relação pós-parto e as que tiveram cesariana foram mais propensas a dispareunia seis meses após o parto. 31,5% das lactantes aos 6 meses e 24,1 a 28,3% das que apresentaram queixas psicossocias relataram dispareunia. Concluiu-se que a disfunção sexual pode ocorrer nos primeiros meses tanto no pós-parto por via vaginal quanto cesariana, mas após o primeiro ano do parto, a função sexual parece se restabelecer independente da via de parto, com exceção dos traumas perineais severos.
In the postpartum period there may be pain during sexual intercourse and pelvic floor dysfunctions related to vaginal delivery due to the possibility of perineal tears or episiotomy and suggesting a protective effect of elective cesarean section on sexual function. Thus, this study proposes to examine the relationship between vaginal delivery or elective cesarean section and the presence of dyspareunia in the postpartum period. A integrative review was carried out in the Lilacs and PubMed databases using the descriptors "Sexual Dysfunction, Physiological" and "Postpartum Period". Twenty-eight articles were found, with 13 being included because they fit the eligibility criteria. The results showed that the dyspareunia can occur in 24.0 to 85.7% of puerperal women. After the first vaginal delivery, 21.0% had levator ani avulsion injury, but 62.0% are not evident after one year. Alteration of the perineal body is not related to laceration or sexual function, but 32.5% of women reporting perineal pain in the first month reported dyspareunia at 6 months. Another 85.7% reported pain in the first postpartum sexual intercourse and those who had cesarean section had more risk for dyspareunia up to six months after delivery. A total of 31.5% of women who breastfeed at 6 months and between 24.1 and 28.3% of those who presented psychosocial complaints reported cases of dyspareunia. It was concluded that the sexual dysfunction may occur in the first few months after delivery, either both vaginal or cesarean, but after the first year of delivery, sexual function seems to be restored regardless of the mode of delivery, with the exception of severe perineal traumas.
Assuntos
Humanos , Feminino , Disfunções Sexuais Fisiológicas , Período Pós-Parto , Dispareunia , Cesárea , Parto NormalRESUMO
RESUMO Objetivo Validação de protocolo de terapia cognitivo-comportamental breve em grupo para disfunção sexual feminina na pós-menopausa. Métodos Intervenção em grupo com mulheres (n = 14) na pós-menopausa (55 a 75 anos) com disfunção sexual, em acompanhamento ginecológico ambulatorial em um centro especializado para queixas relacionadas ao climatério. As pacientes foram divididas em grupos: o primeiro (Grupo Teste, n = 5) recebeu abordagem cognitivo-comportamental de 12 sessões. Os dois grupos (denominados igualmente Grupo Intervenção - n = 5 e n = 4) foram formados pela divisão dos sujeitos para melhor acomodação física e receberam 10 sessões, resultantes de ajuste e mensuração dos procedimentos do protocolo a partir do Grupo Teste. Foram aplicados a Escala de Índice de Funcionamento Sexual Feminino e o Questionário de Crenças Sexuais Disfuncionais antes e depois da intervenção. Resultados Houve frequente ocorrência de comportamentos/crenças de baixa autoestima, problemas com o parceiro e desinteresse ou dificuldade sexual. A disfunção sexual (problemas com o desejo e/ou lubrificação, orgasmo, satisfação e dor) e as crenças sexuais disfuncionais (conservadorismo, pecado, idade-crenças, imagem corporal, afetividade e maternidade) apresentaram melhora significativa com a aplicação do protocolo. Conclusão Considerando os aspectos particulares das mulheres com disfunção sexual na pós-menopausa, desenvolvemos um protocolo de terapia cognitivo-comportamental em grupo, com significativo potencial terapêutico. Embora não tenha sido utilizado um grupo controle e tenha sido aplicado em número reduzido de participantes, esse protocolo pode ser avaliado e utilizado em casos similares, cabendo novas pesquisas para verificar a aplicabilidade dele para disfunção sexual nesse estágio do desenvolvimento feminino.
ABSTRACT Objective Validation of the protocol of brief cognitive behavioural group therapy for female sexual dysfunction on post menopause. Methods Group intervention with postmenopausal (55-75 years old) women (n = 14) with sexual dysfunction, on gynecological outpatient follow-up in a specialized center for climacteric related complaints. The patients were divided into groups: the first (Test Group, n = 5) received 12 sessions of cognitive-behavioral approach. The two groups (equally named Intervention Group - n = 5 and n = 4) were formed by the division of subjects for bettering physical accommodation and received 10 session, resulting from adjustment and measurement of the protocol procedures starting from the Test Group. The Female Sexual Function Index scale and the Sexual Dysfunctional Beliefs Questionnaire were applied before and after intervention. Results There were frequent reports of behaviors/beliefs of low self-esteem, problems with partner and sexual disinterest or difficulty. Sexual dysfunction (problems with desire and/or lubrication, orgasm, satisfaction and pain) and dysfunctional sexual beliefs (conservatism, sin, age-beliefs, body image, affectivity and maternity) both presented significant improvement with the protocol application. Conclusion Considering the particular aspects of postmenopausal women with sexual dysfunction, we developed a cognitive behavioral group therapy protocol, with significant therapeutic potential. Though a control group was not used and that the application was done in a reduced number of participants, this protocol can be assessed and utilized in similar cases, being fit new researches to verify the applicability of such for sexual dysfunction at this stage of female development.
RESUMO
Abstract Objective To assess the sexual function, anxiety, and depression of infertile women relative to a control group. Methods Infertile women (infertile group, IG) of reproductive age were invited to participate in this controlled study. A control group (CG) of women was recruited from the general population of the same city. Sexual function was assessed by the Female Sexual Function Index (FSFI), and anxiety and depression were measured by the Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS). Results A total of 280 women participated in the present study, 140 in the IG and 140 in the CG. The analysis of the FSFI scores showed that 47 women (33.57%) in the IG and 49 women (35%) in the CG had sexual dysfunction (FSFI ≤ 26.55; p = 0.90). Women with anxiety or depression had a greater risk of sexual dysfunction, and sexual dysfunction increased the risk of anxiety and depression. Married women had a lower risk of depression than single women who were living with their partners. Conclusion Infertilewomenhadno increased riskof sexual dysfunction relativetocontrols. Anxiety and depression increased the risk of sexual dysfunction in the studied population.
Resumo Objetivo Avaliar a função sexual, ansiedade e depressão de mulheres inférteis em relação a um grupo controle. Métodos Mulheres inférteis (grupo infértil, GI) em idade reprodutiva foram convidadas a participar deste estudo. Um grupo controle (GC) de mulheres foi recrutado da população geral da mesma cidade. A função sexual foi avaliada pelo Índice de Função Sexual Feminina (FSFI, na sigla eminglês), e ansiedade e depressão foram medidas pela Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS, na sigla em inglês). Resultados Um total de 280 mulheres participaram deste estudo, sendo 140 no GI e 140 no GC. A análise dos escores do FSFI mostrou que 47 mulheres (33,57%) no GI e 49 mulheres (35%) no GC apresentaram disfunção sexual (FSFI≤ 26,55; p = 0,90). Mulheres com ansiedade ou depressão tiveram um risco maior de disfunção sexual e a disfunção sexual aumentava o risco de ansiedade e depressão. Asmulheres casadas tiveram um risco menor de depressão do que as mulheres amasiadas. Conclusão As mulheres inférteis não apresentaram risco aumentado de disfunção sexual em relação aos controles. Ansiedade e depressão aumentaram o risco de disfunção sexual na população estudada.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Ansiedade/etiologia , Disfunções Sexuais Psicogênicas/etiologia , Depressão/etiologia , Infertilidade Feminina/complicações , Estudos de Casos e ControlesRESUMO
INTRODUÇÃO: A saúde sexual envolve diversos componentes em relação à sexualidade, como biológico, cultural, psicológico e social. Quando alguns desses fatores são atingidos, pode-se originar um quadro de disfunção sexual. OBJETIVO: investigar a qualidade de vida em mulheres com disfunção sexual. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo observacional comparativo, de corte transversal, realizado em mulheres de 18 a 59 anos do CAAP da EBMSP. Excluídas: mulheres com histórico de doença psiquiátrica grave, portadoras de doenças crônico-degenerativas neurológicas, com dispareunia de causas orgânicas, em tratamento fisioterapêutico e gestantes. Foi utilizado a FSFI ≥ 26 para o grupo com disfunção e < 26 para o grupo comparação. Instrumentos de avaliação aplicados: FSFI e 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36). A comparação das medianas dos domínios do SF-36 e FSFI entre os grupos foi realizada pelo teste Mann-Whitney (teste não paramétrico), e das variáveis categóricas com a disfunção sexual foi feita a partir do teste qui-quadrado. RESULTADOS: Amostra 36 paciente,18 em cada grupo. As variáveis sociodemográficas e clínicas que apresentaram diferença estatística foram renda (0,001) e escolaridade (0,011). No FSFI, todos os domínios apresentaram significância (0,00). No SF-36, ao comparar os dois grupos, 06 domínios apresentaram significância estatística. CONCLUSÃO: Os resultados mostram que mulheres com disfunção sexual apresentam um impacto negativo em alguns dos aspectos da qualidade de vida. Importante salientar que, a escolaridade e a renda familiar não foram homogêneas entre os grupos, sendo assim, diante da característica do estudo, não é possível aferir relação causa e consequência na disfunção sexual com a qualidade vida das participantes. [AU]
INTRODUCTION: Sexual health involves several components in relation to sexuality, such as biological, cultural, psychological and social. When some of these factors are reached, a picture of sexual dysfunction may result. OBJECTIVE: To investigate quality of life in women with sexual dysfunction. MATERIALS AND METHODS: A cross-sectional, observational, observational study of 18- to 59-year-old women from the EBMSP CAAP. Excluded: women with a history of severe psychiatric illness, carriers of neurological chronic degenerative diseases, with dyspareunia of organic causes, in physiotherapeutic treatment and pregnant women. FSFI ≥ 26 was used for the group with dysfunction and <26 for the comparison group. Assessment instruments applied: FSFI and 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36). The comparison of the medians of the SF-36 and FSFI domains between the groups was performed by the Mann-Whitney test (non-parametric test), and the categorical variables with the sexual dysfunction were done using the chi-square test. RESULTS: Sample 36 patient, 18 in each group. The sociodemographic and clinical variables that presented statistical difference were income (0.001) and schooling (0.011). In the FSFI, all domains presented significance (0.00). In the SF-36, when comparing the two groups, 06 domains presented statistical significance. CONCLUSION: The results show that women with sexual dysfunction have a negative impact on some aspects of quality of life. It is important to emphasize that schooling and family income were not homogeneous between the groups, so, due to the characteristics of the study, it is not possible to measure cause and consequence relationship in sexual dysfunction with quality of life of the participants. [AU]