RESUMO
Trata-se de estudo qualitativo, tendo como objeto as vivências de cuidar/cuidado perioperatório de pacientes de cirurgias gerais eletivas. Objetivou compreender como os pacientes no perioperatório de cirurgias gerais eletivas vivenciam o cuidar/cuidado de enfermagem. Os sujeitos foram 12 colaboradores em 04 unidades cirúrgicas de um hospital público de Salvador-Bahia em 2005. As informações foram levantadas usando-se a técnica da história oral de vida, seguindo-se um roteiro de entrevista semi-estruturada. O processo de análise utilizado, tendo por referencial o cuidar e o cuidado de enfermagem, foi a análise temática de Minayo. Emergiram duas categorias temáticas: Vivências perioperatórias de cuidados de enfermagem por pacientes submetidos a cirurgias gerais eletivas constituída das seguintes subcategorias: a) Externando sentimentos negativos na experiência cirúrgica geral eletiva; b) Externando o cuidado sistematizado na experiência cirúrgica geral eletiva; Significados de cuidar e de cuidados de enfermagem por pacientes que vivenciaram o perioperatório de cirurgias gerais eletivas com as subcategorias: a) Cuidado é implementação de procedimentos pré-operatórios e cuidados pós-operatórios; b) O cuidar e o cuidado se estabelecem nas relações entre paciente e equipe de enfermagem; c) O cuidar e o cuidado significam comunicar-se; e d) Reconhecendo aspectos éticos do cuidar e do cuidado perioperatório. Os resultados apontam para o reconhecimento de que o processo de cuidar envolve a soma de cuidados técnicos bio-psico-afetivos. Conclui-se que, em relação à SAEP, a admissão está implantada no Centro Cirúrgico; a enfermagem está preocupada com a redefinição de seus papéis no cuidar/cuidado; os colaboradores reconhecem que há necessidade de se perceberem prioridades diante de aspectos negativos do cuidar/cuidado. Para o paciente, estar na condição de perioperatório significa vivenciar sentimentos de medo, apreensão e incertezas. Há valorização da comunicação, relação cuidativa e presença dos componentes da equipe de enfermagem nesse processo. Os princípios de responsabilidade, beneficência, não maleficência, autonomia e liberdade permeiam a vivência do cuidar/cuidado no perioperatório.(AU)
Assuntos
Humanos , Enfermagem Perioperatória , Assistência Perioperatória , Assistência Perioperatória/psicologia , Emoções , Cuidados Pós-Operatórios , Centros Cirúrgicos , Cuidados de Enfermagem/psicologia , Equipe de EnfermagemRESUMO
Trata-se de um estudo qualitativo e descritivo, com o objetivo de conhecer o entendimento do cuidar para enfermeiras de um hospital público da cidade de Feira de Santana-Ba. Como instrumento de coleta de dados foi utilizada entrevista semi-estruturada com 23 sujeitos. Para tratamento dos dados foi empregada a técnica de análise de Conteúdo de Bardin (2004). Após transcrição das fitas, organização dos dados para obter as unidades de registro, emergiram dos depoimentos dos sujeitos duas grandes categorias, o entendimento sobre o cuidar/cuidado e influências da formação para o cuidar. Na primeira categoria o cuidar perpassa pela visão tecnicista, de realizar procedimento, centrado na doença, como forma de ajudar, com a valorização da técnica; cuidar é promover o bem estar e educar; assistir ao paciente nos seus aspectos holísticos; cuidar é atendimento às necessidades básicas afetadas, quando elas estão em desequilíbrio; cuidar é relacional; cuidar é se colocar no lugar do outro; cuidar é ver o outro na sua integralidade, para estes sujeitos o cuidar tem uma visão mais ampliada voltada para a integralidades das ações, e nessa perspectiva cuidar é ouvir o outro, entendê-lo e compartilhar vivências e experiências, incluindo a visão de mundo e do saber dos sujeitos como parte de uma relação inter-pessoal entre a pessoa que cuida e o sujeito que recebe os cuidados que fazem parte do processo de cuidar. A segunda grande categoria presente nos discursos dos sujeitos refere-se às influências da formação para o cuidar. De acordo com a visão dos sujeitos a formação acadêmica foi polarizada entre o conhecimento científico e a prática voltada para o tecnicismo visando a realização de procedimentos e aperfeiçoamento de novas tecnologias como forma de tratar a doença. Revelaram, ainda, que a formação foi fundamental para a associação da teoria à prática necessárias à formação de competências para o cuidar. Neste contexto, o cuidado foi entendido como humanizado, relacional e a formação contribuiu para que se tornassem profissionais éticos, cidadãos críticos, com sensibilidade para o cuidar. (AU)