RESUMO
ABSTRACT Objective: To perform a systematic review of randomized controlled trials, evaluating the effect of probiotics, prebiotics or symbiotics supplementation on glycemic and inflammatory control in children with Type 1 Diabetes Mellitus (T1DM). Data source: The Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed), Clinical Trials, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) and Scientific Electronic Library Online (SciELO) databases were searched. Randomized clinical trials of pediatric patients with DM1 using probiotics, prebiotics or symbiotics were included, regardless of year or language of publication. Studies that did not evaluate glycated hemoglobin (HbA1c) were excluded. Metabolic results (HbA1c, total insulin dose and C-peptide) and inflammatory control [interleukin-10 (IL-10), tumor necrosis factor-alpha (TNF-α) and interferon-gamma (IFN-γ)] during probiotic supplementation or similar, related to modification of the intestinal microbiota, were analyzed. PROSPERO ID: CRD42022384485. Data synthesis: Five studies were selected for a systematic review. Regarding metabolic markers, only one of the articles that analyzed HbA1c showed a significant decrease (p=0.03) in the intervention group. One study identified a reduction in the total dose of insulin and increased C-peptide levels. Regarding the evaluation of inflammatory parameters (IL-10, TNF-α, INF-γ), there were no statistical relevant modifications. Conclusions: Current data from the literature were not conclusive in identifying an improvement in glycemic control and did not observe changes in inflammatory parameters with the use of probiotics, prebiotics or symbiotics in pediatric patients with T1DM.
RESUMO Objetivo: Realizar uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados controlados avaliando o efeito da suplementação de probióticos, prebióticos ou simbióticos no controle glicêmico e inflamatório em crianças com diabetes mellitus tipo 1 (DM1). Fontes de dados: As bases Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed), Clinical Trials, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO) foram pesquisadas. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados de pacientes pediátricos com DM1 em uso de probióticos, prebióticos ou simbióticos, independentemente de ano ou idioma de publicação. Foram excluídos os trabalhos que não avaliaram hemoglobina glicada (HbA1c). Os resultados metabólicos (HbA1c, dose de insulina total e peptídeo C) e o controle inflamatório [interleucina-10 — IL-10), fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) e interferon-gama (IFN-γ)] durante a suplementação de probióticos ou similares, relacionados à modificação da microbiota intestinal, foram analisados. ID PROSPERO: CRD42022384485. Síntese dos dados: Cinco estudos foram selecionados para revisão sistemática. Com relação aos marcadores metabólicos, apenas um dos artigos que analisaram a HbA1c apresentou diminuição significativa (p=0,03) no grupo intervenção. Um estudo identificou redução da dose total de insulina e aumento dos níveis de peptídeo C. Quanto à avaliação dos parâmetros inflamatórios (IL-10, TNF-α, INF-γ), não houve modificações de relevância estatística. Conclusões: Os dados atuais da literatura não foram conclusivos em identificar melhora no controle glicêmico e não observaram mudanças nos parâmetros inflamatórios com o uso de probióticos, prebióticos ou simbióticos em pacientes pediátricos com DM1.
RESUMO
ABSTRACT Objective. To evaluate whether use of a culturally adapted mobile application (app) for adolescents with type 1 diabetes is associated with improved metabolic control. Methods. The Dominican Republic's National Institute of Diabetes, Endocrinology, and Nutrition and the Learning to Live clinic recruited 23 pediatric participants for the study. Blood tests were performed before and after use of the app for a period of 3 months. Based on the user profile, participants were encouraged to use the app's bolus insulin calculator after each meal. The app included a list of regionally and culturally specific foods, color-coded to indicate a high glycemic index (GI) as red; medium GI as yellow; and low GI as green. The color-coding was designed to assist participants in making healthier eating choices. Results. There were statistically significant improvements in lipid profile. Mean high-density lipoprotein values rose to acceptable levels, while low-density lipoproteins and triglyceride levels fell to the recommended values. The overall quality of life increased, although glycated hemoglobin levels showed no statistically significant changes. Conclusion. The findings of this study suggest that using this culturally tailored app can help young patients with type 1 diabetes to improve metabolic health.
RESUMEN Objetivo. Evaluar si el uso de una aplicación móvil (app) para adolescentes con diabetes tipo 1, adaptada desde el punto de vista cultural, se asocia a una mejora del control metabólico. Métodos. El Instituto Nacional de Diabetes, Endocrinología y Nutrición de República Dominicana y Learning to Live Clinic reclutaron a 23 participantes pediátricos para el estudio. Se realizaron análisis de sangre antes y después de utilizar la aplicación durante un período de 3 meses. En función del perfil de usuario, se alentó a los participantes a utilizar la calculadora del bolo de insulina de la aplicación después de cada comida. La aplicación incluía una lista de alimentos propios de la región y la cultura, codificados por colores para indicar un índice glucémico (IG) alto (rojo), medio (amarillo) o bajo (verde). El código de colores se diseñó para ayudar a los participantes a adoptar opciones de alimentación más saludables. Resultados. Se observaron mejoras estadísticamente significativas en el perfil lipídico. Los valores medios de las lipoproteínas de alta densidad aumentaron hasta niveles aceptables, mientras que los niveles de las lipoproteínas de baja densidad y los triglicéridos descendieron hasta los valores recomendados. Se observó una mejora en la calidad de vida general, si bien no se observaron cambios estadísticamente significativos en los niveles de hemoglobina glucosilada. Conclusiones. Los resultados de este estudio sugieren que el uso de esta aplicación adaptada desde el punto de vista cultural puede ayudar a los pacientes jóvenes con diabetes mellitus tipo 1 a mejorar su salud metabólica.
RESUMO Objetivo. Avaliar se o uso de um aplicativo móvel culturalmente adaptado para adolescentes com diabetes tipo 1 está associado a um melhor controle metabólico. Métodos. O Instituto Nacional de Diabetes, Endocrinologia e Nutrição da República Dominicana e a clínica Learning to Live recrutaram 23 participantes pediátricos para o estudo. Foram realizados exames de sangue antes e depois do uso do aplicativo por um período de 3 meses. Com base no perfil de usuário, os participantes foram incentivados a usar a calculadora de bolus de insulina do aplicativo após cada refeição. O aplicativo incluía uma lista de alimentos específicos da região e da cultura, codificados por cores para indicar índices glicêmicos (IG) altos em vermelho; IG médios em amarelo; e IG baixos em verde. O código de cores foi criado para ajudar os participantes a fazer escolhas alimentares mais saudáveis. Resultados. Houve melhoras estatisticamente significantes no perfil lipídico. Os valores médios de lipoproteínas de alta densidade subiram para níveis aceitáveis, e os níveis de lipoproteínas de baixa densidade e de triglicerídeos caíram para os valores recomendados. A qualidade de vida geral aumentou, embora os níveis de hemoglobina glicada não tenham apresentado alterações estatisticamente significantes. Conclusão. Os resultados deste estudo sugerem que o uso desse aplicativo culturalmente adaptado pode ajudar pacientes jovens com diabetes tipo 1 a melhorar sua saúde metabólica.
RESUMO
RESUMO: Objetivo: Desenvolver protocolo de cuidados de enfermagem para monitorização glicêmica de pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2, hospitalizadas. Método: Pesquisa metodológica desenvolvida em 2021 e 2022 em Manaus/AM, Brasil, em três fases: 1) Fase teórica: revisão da literatura, busca em consensos, construção de quadros analíticos, seleção dos conteúdos; 2) Fase de construção do protocolo; 3) Fase de Avaliação do protocolo realizada por enfermeiros em relação à clareza, relevância e aplicabilidade. Resultados: Revisão da literatura obteve 15 artigos e cinco consensos de sociedades científicas. O protocolo está composto por 11 itens, ressaltando a identificação de fatores de risco; manifestações de hiperglicemia e hipoglicemia; cuidados de enfermagem; processo de enfermagem e fluxograma. A avaliação dos enfermeiros foi favorável obtendo IVC de 1,0 em relação à clareza e relevância e considerado aplicável. Conclusão: O protocolo subsidiará a assistência de enfermagem na monitorização glicêmica, possibilitando melhor controle da glicemia de pessoas com diabetes hospitalizadas.
ABSTRACT Objective: Developing a nursing care protocol for glycemic monitoring of hospitalized individuals with Type 2 Diabetes Mellitus. Method: Methodological research conducted in 2021 and 2022 in Manaus, state of Amazonas, Brazil, in three phases: 1) Theoretical phase: literature review, consensus search, development of analytical frameworks, content selection. 2) Protocol development phase. 3) Protocol evaluation phase conducted by nurses regarding clarity, relevance, and applicability. Results: The literature review yielded 15 articles and five consensus statements from scientific societies. The protocol consists of 11 items, with an emphasis on the identification of risk factors, manifestations of hyperglycemia and hypoglycemia, nursing care, the nursing process, and a flowchart. The nurses' evaluation was favorable, achieving an CVI of 1.0 regarding clarity and relevance, and it was considered applicable. Conclusion: The protocol will support nursing care in glycemic monitoring, enabling better glycemic control for hospitalized individuals with diabetes.
RESUMEN: Objetivo: Desarrollar un protocolo de atención de enfermería para el monitoreo glucémico de personas hospitalizadas con Diabetes Mellitus tipo 2. Método: Investigación metodológica desarrollada en 2021 y 2022 en Manaos/AM, Brasil, en tres fases: 1) Fase teórica: revisión de la literatura, búsqueda de consenso, elaboración de cuadros analíticos, selección de contenidos; 2) Fase de elaboración del protocolo; 3) Fase de evaluación del protocolo realizada por enfermeros sobre la claridad, relevancia y aplicabilidad. Resultados: La revisión de la literatura obtuvo 15 artículos y cinco consensos de sociedades científicas. El protocolo consta de 11 ítems, que destacan la identificación de factores de riesgo; manifestaciones de hiperglucemia e hipoglucemia; cuidados de enfermería; proceso de enfermería y diagrama de flujo. La evaluación de los enfermeros fue favorable, se obtuvo un IVC de 1,0 para la claridad y relevancia y se consideró aplicable. Conclusión: El protocolo ayudará en los cuidados de enfermería para el monitoreo glucémico, permitiendo un mejor control de la glucemia en personas hospitalizadas con diabetes.
Assuntos
Diabetes Mellitus , Controle GlicêmicoRESUMO
ABSTRACT Objective: The optimal target for blood glucose concentration in critically ill patients is unclear. We will perform a systematic review and meta-analysis with aggregated and individual patient data from randomized controlled trials, comparing intensive glucose control with liberal glucose control in critically ill adults. Data sources: MEDLINE®, Embase, the Cochrane Central Register of Clinical Trials, and clinical trials registries (World Health Organization, clinical trials.gov). The authors of eligible trials will be invited to provide individual patient data. Published trial-level data from eligible trials that are not at high risk of bias will be included in an aggregated data meta-analysis if individual patient data are not available. Methods: Inclusion criteria: randomized controlled trials that recruited adult patients, targeting a blood glucose of ≤ 120mg/dL (≤ 6.6mmol/L) compared to a higher blood glucose concentration target using intravenous insulin in both groups. Excluded studies: those with an upper limit blood glucose target in the intervention group of > 120mg/dL (> 6.6mmol/L), or where intensive glucose control was only performed in the intraoperative period, and those where loss to follow-up exceeded 10% by hospital discharge. Primary endpoint: In-hospital mortality during index hospital admission. Secondary endpoints: mortality and survival at other timepoints, duration of invasive mechanical ventilation, vasoactive agents, and renal replacement therapy. A random effect Bayesian meta-analysis and hierarchical Bayesian models for individual patient data will be used. Discussion: This systematic review with aggregate and individual patient data will address the clinical question, 'what is the best blood glucose target for critically ill patients overall?' Protocol version 0.4 - 06/26/2023 PROSPERO registration: CRD42021278869
RESUMO Objetivo: Não está claro qual é a meta ideal de concentração de glicose no sangue em pacientes em estado grave. Realizaremos uma revisão sistemática e uma metanálise com dados agregados e de pacientes individuais de estudos controlados e randomizados, comparando o controle intensivo da glicose com o controle liberal da glicose em adultos em estado grave. Fontes de dados: MEDLINE®, Embase, Cochrane Central Register of Clinical Trials e registros de ensaios clínicos (Organização Mundial da Saúde, clinical trials.gov). Os autores dos estudos qualificados serão convidados a fornecer dados individuais de pacientes. Os dados publicados em nível de ensaio qualificado que não apresentem alto risco de viés serão incluídos em uma metanálise de dados agregados se os dados individuais de pacientes não estiverem disponíveis. Métodos: Critérios de inclusão: ensaios clínicos controlados e randomizados que recrutaram pacientes adultos, com meta de glicemia ≤ 120mg/dL (≤ 6,6mmol/L) comparada a uma meta de concentração de glicemia mais alta com insulina intravenosa em ambos os grupos. Estudos excluídos: aqueles com meta de glicemia no limite superior no grupo de intervenção > 120mg/dL (> 6,6mmol/L), ou em que o controle intensivo de glicose foi realizado apenas no período intraoperatório, e aqueles em que a perda de seguimento excedeu 10% até a alta hospitalar. Desfecho primário: Mortalidade intra-hospitalar durante a admissão hospitalar. Desfechos secundários: Mortalidade e sobrevida em outros momentos, duração da ventilação mecânica invasiva, agentes vasoativos e terapia de substituição renal. Utilizaremos metanálise bayesiana de efeito randômico e modelos bayesianos hierárquicos para dados individuais de pacientes. Discussão: Essa revisão sistemática com dados agregados e de pacientes individuais abordará a questão clínica: Qual é a melhor meta de glicose no sangue de pacientes graves em geral? Protocolo versão 0.4 - 26/06/2023 Registro PROSPERO: CRD42021278869
RESUMO
Objetivo: analizar la correlación entre el tiempo en rango y la hemoglobina glicosilada de personas que viven con diabetes mellitus y realizan la monitorización continua de la glucemia o el automonitoreo de la glucemia capilar Método: revisión sistemática de etiología y riesgo basada en las directrices del JBI e informada según los Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses, abarcando seis bases de datos y la literatura gris. La muestra incluyó 16 estudios y la calidad metodológica fue evaluada utilizando las herramientas del JBI. Protocolo registrado en Open Science Framework, disponible en https://doi.org/10.17605/OSF.IO/NKMZB. Resultados: tiempo en rango (70-180 mg/dl) mostró una correlación negativa con la hemoglobina glicosilada, mientras que el tiempo por encima del rango (>180 mg/dl) mostró una correlación positiva. Los coeficientes de correlación variaron entre -0,310 y -0,869 para el tiempo en rango, y entre 0,66 y 0,934 para el tiempo por encima del rango. Un estudio se realizó en una población que hacía el automonitoreo. Conclusión: hay una correlación estadísticamente significativa entre el tiempo en rango y el tiempo por encima del rango con la hemoglobina glicosilada. Cuanto mayor sea la proporción en el rango glucémico adecuado, más cerca o por debajo del 7% estará la hemoglobina glicosilada. Se necesitan más estudios que evalúen esta métrica con datos del automonitoreo de la glucemia.
Objective: to analyze the correlation between time on target and glycated hemoglobin in people living with diabetes mellitus and carrying out continuous blood glucose monitoring or self-monitoring of capillary blood glucose. Method: systematic review of etiology and risk based on JBI guidelines and reported according to Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta- Analyses, covering six databases and grey literature. The sample included 16 studies and methodological quality was assessed using JBI tools. Protocol registered in the Open Science Framework, available at https://doi.org/10.17605/OSF.IO/NKMZB. Results: time on target (70-180 mg/dl) showed a negative correlation with glycated hemoglobin, while time above target (>180 mg/dl) showed a positive correlation. Correlation coefficients ranged between -0.310 and -0.869 for time on target, and between 0.66 and 0.934 for time above target. A study was carried out on a population that performed self-monitoring. Conclusion: there is a statistically significant correlation between time on target and time above target with glycated hemoglobin. The higher the proportion in the adequate glycemic range, the closer to or less than 7% the glycated hemoglobin will be. More studies are needed to evaluate this metric with data from self-monitoring of blood glucose.
Objetivo: analisar a correlação entre o tempo no alvo e a hemoglobina glicada de pessoas que vivem com diabetes mellitus e realizam a monitorização contínua da glicemia ou a automonitorização da glicemia capilar. Método: revisão sistemática de etiologia e de risco pautada nas diretrizes do JBI e reportada conforme Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses, abrangendo seis bases de dados e a literatura cinzenta. A amostra incluiu 16 estudos e a qualidade metodológica foi avaliada utilizando as ferramentas do JBI. Registrado protocolo no Open Science Framework, disponível em https://doi.org/10.17605/OSF.IO/NKMZB. Resultados: tempo no alvo (70-180 mg/dl) apresentou correlação negativa com a hemoglobina glicada, enquanto o tempo acima do alvo (>180 mg/dl) mostrou correlação positiva. Os coeficientes de correlação variaram entre -0,310 e -0,869 para o tempo no alvo, e entre 0,66 e 0,934 para o tempo acima do alvo. Um estudo foi efetuado com população que realizava a automonitorização. Conclusão: há correlação estatisticamente significativa entre o tempo no alvo e o tempo acima do alvo com a hemoglobina glicada. Quanto maior a proporção na faixa glicêmica adequada, mais próxima ou inferior a 7% estará a hemoglobina glicada. São necessários mais estudos que avaliem essa métrica com dados da automonitorização da glicemia.
Assuntos
Humanos , Glicemia , Hemoglobinas Glicadas , Automonitorização da Glicemia , Diabetes Mellitus Tipo 2RESUMO
Objetivo: Analisar a relação entre os níveis de adesão às recomendações de boas práticas em insulinoterapia e as métricas de controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus. Métodos: Estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado com 102 pacientes com diabetes mellitus. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada e, em caráter complementar, com dados obtidos dos prontuários. Aplicaram-se quatro instrumentos de coleta: I) formulário de caracterização sociodemográfica e clínica, II) recordatório de orientações sobre insulinoterapia, III) folha de registro da automonitorização da glicemia capilar e IV) formulário de registro das métricas de avaliação do controle glicêmico. Resultados: Houve associação estatística significativa entre nível de não adesão (100%) às recomendações em insulinoterapia e tempo no alvo estimado ≤ 70%, assim como entre 80% de não adesão e desvio padrão ≥ 50 mg/dl. Conclusão: Esses achados validam que a não adesão às recomendações de boas práticas de insulinoterapia contribui para o descontrole glicêmico.
Objective: To analyze the relation between adherence levels to good practice recommendations for insulin therapy and glycemic control metrics in patients with diabetes mellitus. Methods: A descriptive, cross-sectional, quantitative study was conducted with 102 patients with diabetes mellitus. Data were collected by means of semi-structured interviews and complemented by information obtained from medical records. Participants answered four collection instruments: I) a sociodemographic and clinical characterization form, II) a reminder of insulin therapy guidelines, III) a capillary blood glucose self-monitoring record sheet and IV) a record form of glycemic control assessment metrics. Results: Results showed a statistically significant association between non-adherence level (100%) to insulin therapy recommendations with estimated time on target ≤ 70% and between non-adherence (80%) and standard deviation ≥ 50 mg/dl. Conclusion: These findings corroborate that non-adherence to good insulin therapy recommendations contribute to a lack of glycemic control
Objetivo: Analizar la relación entre los niveles de adherencia a las recomendaciones de buenas prácticas en insulinoterapia y las métricas de control glucémico en pacientes con diabetes mellitus. Métodos: estudio descriptivo, transversal y cuantitativo, realizado con 102 pacientes con diabetes mellitus. Para larecolección de datos se utilizaron entrevistas semiestructuradas y, de forma complementaria, se obtuvieron datos de las historias clínicas. Se aplicaron cuatro instrumentos de recolección: I) formulario de caracterización sociodemográfica y clínica, II) recordatorio de pautas de insulinoterapia, III) formulario de autocontrol de glucemia capilar y IV) formulario de registro de métricas de evaluación del control glucémico. Resultados: hubo una asociación estadísticamente significativa entre el nivel de no adherencia (100%) a las recomendaciones de insulinoterapia y el tiempo estimado ≤ 70%; así como entre el 80% de no adherencia y la desviación estándar ≥ 50 mg/dl. Conclusión: estos hallazgos evidencian que la no adherencia a las recomendaciones de buenas prácticas de insulinoterapia contribuye a la falta de control glucémico
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Boas Práticas de Manipulação , Cooperação e Adesão ao Tratamento , Controle Glicêmico , InsulinaRESUMO
ABSTRACT Introduction: Some studies point out that high-intensity intermittent training exercises combined with drugs may improve the endurance of patients with type 2 diabetes. However, the information concerning blood glucose control still needs to be better evidenced. Objective: Explore further the effect of intermittent high-intensity exercise combined with drugs on blood glucose control in patients with type 2 diabetes. Methods: Through a control experiment, 100 patients were selected from volunteers, and divided equally into two groups for this experiment. A protocol with high-intensity intermittent exercise for intervention associated with drug treatment was added to the experimental group, while the control received standard drug treatment. Results: The results of each index in the experimental group were: TC pre 4.80±1.00, post 4.56±0.78; TG pre 1.77±1.15, post 1.49±1.16; LDL pre 2.94±0.83, post 2.51±0.73. The experimental results proved that all indices in the experimental group were improved, but the changes in the control group were not evidenced. Conclusion: Intermittent high-intensity exercise combined with drugs positively affected blood glucose control in patients with type 2 diabetes. Level of evidence II; Therapeutic studies - investigation of treatment outcomes.
RESUMO Introdução: Alguns estudos apontam que exercícios com treinamento intermitente de alta intensidade combinados aos fármacos possam melhorar a resistência dos pacientes com diabetes tipo 2. No entanto, as informações relativas ao controle da glicemia ainda são pouco evidentes. Objetivo: Explorar melhor o efeito do exercício intermitente de alta intensidade combinado com fármacos no controle glicêmico sanguíneo em pacientes com diabetes tipo 2. Métodos: Através de um experimento de controle, 100 pacientes foram selecionados entre os voluntários, divididos igualmente em dois grupos para este experimento. Ao grupo experimental foi adicionado um protocolo com exercício intermitente de alta intensidade para intervenção associado ao tratamento medicamentoso, enquanto o controle recebeu tratamento medicamentoso padrão. Resultados: Os resultados de cada índice no grupo experimental foram: TC pré 4,80±1,00, pós 4,56±0,78; TG pré 1,77±1,15, pós 1,49±1,16; LDL pré 2,94±0,83, pós 2,51±0,73. A partir dos resultados experimentais, comprovou-se que todos os índices no grupo experimental foram aprimorados, porém as mudanças no grupo de controle não foram evidenciadas. Conclusão: O exercício intermitente de alta intensidade combinado com fármacos apresentaram um efeito positivo no controle da glicose sanguínea em pacientes com diabetes tipo 2. Nível de evidência II; Estudos terapêuticos - investigação dos resultados do tratamento.
RESUMEN Introducción: Algunos estudios señalan que los ejercicios de entrenamiento intermitente de alta intensidad combinados con fármacos pueden mejorar la resistencia de los pacientes con diabetes de tipo 2. Sin embargo, la información relativa al control de la glucemia sigue siendo escasa. Objetivo: Profundizar en el efecto del ejercicio intermitente de alta intensidad combinado con fármacos sobre el control de la glucemia en pacientes con diabetes tipo 2. Métodos: Mediante un experimento de control, se seleccionaron 100 pacientes voluntarios, divididos equitativamente en dos grupos para este experimento. Al grupo experimental se le añadió un protocolo con ejercicio intermitente de alta intensidad para la intervención asociado al tratamiento farmacológico, mientras que el control recibió el tratamiento farmacológico estándar. Resultados: Los resultados de cada índice en el grupo experimental fueron: TC pre 4,80±1,00, post 4,56±0,78; TG pre 1,77±1,15, post 1,49±1,16; LDL pre 2,94±0,83, post 2,51±0,73. A partir de los resultados experimentales, se comprobó que todos los índices del grupo experimental mejoraron, pero no se evidenciaron cambios en el grupo de control. Conclusión: El ejercicio intermitente de alta intensidad combinado con fármacos tuvo un efecto positivo sobre el control de la glucemia en pacientes con diabetes tipo 2. Nivel de evidencia II; Estudios terapéuticos - investigación de los resultados del tratamiento.
RESUMO
Objetivo: analisar a produção científica acerca do conhecimento, atitude e prática de gestantes sobre o controle glicêmico. Métodos: revisão integrativa da literatura, a partir de artigos publicados no período de 2016 a 2022, nas bases de dados CINAHL, Medline e Web of Science e nas ferramentas de busca PubMed, BVS e Google Scholar. Dos 686 artigos identificados, 19 foram selecionados para compor a presente revisão. Resultados: O conhecimento das gestantes sobre controle glicêmico se mostrou satisfatório quando associado às que já sabiam do diagnóstico da doença. Os Conteúdos mais abordados nos estudos foram manejo da glicemia, efeito materno-fetal, seguimento da dieta, fatores de risco, definição da doença e tratamento. A atitude e a prática foram insatisfatórias na maioria dos achados, com preocupações centradas na incapacidade de viver uma vida normal no futuro. As principais práticas no manejo da diabetes por gestantes estão relacionadas ao uso da insulina. Conclusão: investimentos em educação em saúde sobre diabetes mellitus gestacional são essenciais para favorecer o autocuidado desde o diagnóstico até o acompanhamento pós-parto, podendo contribuir a prevenção de complicações durante o período gestacional e parto.
Objective: to analyze the scientific production about the knowledge, attitude and practice of pregnant women about glycemic control. Method: integrative review of the literature, based on articles published from 2016 to 2022, in the CINAHL, Medline and Web of Science databases and in the search engines PubMed, VHL and Google Scholar. Of the 686 articles identified, 14 were selected to make up the present review. Results: The knowledge of pregnant women about glycemic control was satisfactory when associated with those who already knew about the diagnosis of the disease. The contents most addressed in the studies were glucose management, maternal- fetal effect, diet follow-up, risk factors, disease definition and treatment. Attitude and practice were unsatisfactory in most findings, with concerns centered on the inability to live a normal life in the future. The main practices in the management of diabetes by pregnant women are related to the use of insulin. Conclusion: investments in health education on gestational diabetes mellitus are essential to favor self-care from diagnosis to postpartum follow-up, and may contribute to the prevention of complications during pregnancy and delivery.
Objetivo: analizar la producción científica sobre el conocimiento, actitud y práctica de las gestantes sobre el control glucémico. Método: revisión integradora de la literatura, basada en artículos publicados de 2016 a 2022, en las bases de datos CINAHL, Medline y Web of Science y en los motores de búsqueda PubMed, VHL y Google Scholar. De los 686 artículos identificados, 19 fueron seleccionados para conformar la presente revisión. Resultados: El conocimiento de las gestantes sobre el control glucémico fue satisfactorio cuando se asoció con aquellas que ya conocían el diagnóstico de la enfermedad. Los contenidos más abordados en los estudios fueron el manejo de la glucosa, el efecto materno-fetal, el seguimiento de la dieta, los factores de riesgo, la definición de la enfermedad y el tratamiento. La actitud y la práctica fueron insatisfactorias en la mayoría de los hallazgos, con preocupaciones centradas en la incapacidad de vivir una vida normal en el futuro. Las principales prácticas en el manejo de la diabetes por parte de las mujeres embarazadas están relacionadas con el uso de insulina. Conclusión: las inversiones en educación para la salud sobre la diabetes mellitus gestacional son esenciales para favorecer el autocuidado desde el diagnóstico hasta el seguimiento posparto, y pueden contribuir a la prevención de complicaciones durante el embarazo y el parto.
RESUMO
Aim: This study compared alveolar bone loss, teeth with furcation, and mandibular cortical modification between individuals with type 1 diabetes mellitus (T1DM) and nondiabetic individuals. Methods: Radiographs of 50 T1DM individuals and 100 nondiabetic individuals were examined to evaluate the presence of teeth with furcation, alveolar bone loss, and mandibular cortical modifications. The Mann-Whitney, Chi-square, and Student's t tests were used to analyze personal characteristics and bone status. Linear and logistic regression was performed to explore associations. Results: A significant difference was observed in the average number of teeth with furcation and in the median of alveolar bone loss between T1DM and the nondiabetic participants. T1DM individuals are more likely to have alveolar bone loss (OR = 3 2.250), teeth with furcation (OR = 8.903), and mandibular cortical modification (OR = 15.667) than are nondiabetic individuals. Among T1DM individuals, the glycemic control has a high influence in mandibular cortical modifications (p < 0.05). Conclusions: A high association between uncontrolled blood glucose and mandibular cortical modifications was observed among T1DM individuals. Alveolar bone loss of T1DM individuals was associated with age, time of diagnosis, glycemic control, and the existence of chronic complications.
Objetivo:Comparar a perda óssea alveolar, a presença de dentes com lesão de furca e a alteração da cortical óssea entre indivíduos com DMT1 e indivíduos não-diabéticos. Métodos: Foram examinadas radiografias de 50 indivíduos diabéticos e de 100 não-diabéticos para avaliar a presença de dentes com lesão de furca, perda óssea alveolar e alteração cortical mandibular. Para analisar as características individuais e as condições ósseas foram usados os testes de Mann-Whitney,Qui-quadrado e t de Student. Regressões linear e logística foram realizadas para identificar associações. Resultados: Foi encontrada diferença significativa na média de dentes com lesão de furca e na mediana da perda óssea alveolar entre diabéticos e não-diabéticos. Indivíduos com DMT1 possuem mais chance de apresentar perda óssea alveolar (OR = 32,250), lesão de furca (OR=8,903) e alteração da cortical mandibular (OR = 15,667) em comparação aos indivíduos não-diabéticos. Entre os diabéticos, o controle da glicemia possui grande influência nas alterações da cortical mandibular (p < 0,05). Conclusões: Existe uma alta associação entre os níveis de glicemia descontrolada e alterações na cortical mandibular entre os indivíduos com DMT1. A perda óssea alveolar de indivíduos com DMT1 foi associada aos fatores idade, tempo de diagnóstico, controle da glicemia e a presença de complicações crônicas.
Assuntos
Perda do Osso Alveolar , Defeitos da Furca , Diabetes Mellitus Tipo 1 , Controle GlicêmicoRESUMO
ABSTRACT Objective: This study aimed to investigate the association between glycemic variability and mortality in patients admitted to oncologic intensive care units. Methods: A retrospective cohort study was conducted using a convenience sample of 30 medical records of patients over 18 years of age of both sexes. Glycemic variability was measured using the standard deviation and general amplitude. Statistical analysis was performed using the receiver operating characteristic (ROC) curve and the area under the curve (AUC). The significance level (α) was set at 5% with a confidence interval (CI) of 95%. Results: The study included 14 male patients (46.67%) with a mean age of 60±15 years. A total of 1503 blood glucose samples were collected. The AUC analysis for the standard deviation did not show a statistically significant result (p=.966; 95% CI=[0.283, 0.726]). In contrast, the general amplitude had a statistically significant association with mortality (p=.049; 95% CI=[0.514, 0.916]). Conclusions: This study found that glycemic variability measured by the general amplitude was significantly associated with patient mortality in oncologic intensive care units. These findings suggest that monitoring glycemic variability may be an important factor in the management of critically ill patients in oncologic intensive care units.
RESUMO Objetivo: investigar a associação entre a variabilidade glicêmica e a mortalidade em pacientes internados em unidades de terapia intensiva oncológicas. Métodos: estudo de coorte retrospectivo foi conduzido utilizando uma amostra de conveniência de 30 prontuários médicos de pacientes com mais de 18 anos de ambos os sexos. A variabilidade glicêmica foi medida utilizando o desvio padrão e a amplitude geral. A análise estatística foi realizada utilizando a curva ROC (receiver operating characteristic) e a área sob a curva (AUC). O nível de significância (α) foi estabelecido em 5% com um intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: o estudo incluiu 14 pacientes do sexo masculino (46,67%) com idade média de 60±15 anos. Um total de 1503 amostras de glicemia foram coletadas. A análise AUC para o desvio padrão não mostrou resultado estatisticamente significativo (p = 0,966; IC 95% = [0,283, 0,726]). Em contraste, a amplitude geral teve uma associação estatisticamente significativa com a mortalidade (p = 0,049; IC 95% = [0,514, 0,916]). Conclusões: Este estudo encontrou que a variabilidade glicêmica medida pela amplitude geral está significativamente associada à mortalidade do paciente em unidades de terapia intensiva oncológicas. Esses achados sugerem que o monitoramento da variabilidade glicêmica pode ser um fator importante no manejo de pacientes criticamente doentes em unidades de terapia intensiva oncológicas.
RESUMEN Objetivo: investigar la asociación entre la variabilidad glucémica y la mortalidad en pacientes ingresados en unidades de cuidados intensivos oncológicos. Métodos: Se llevó a cabo un estudio de cohorte retrospectivo utilizando una muestra de conveniencia de 30 historias clínicas de pacientes de ambos sexos mayores de 18 años. La variabilidad glucémica se midió utilizando la desviación estándar y la amplitud general. El análisis estadístico se realizó utilizando la curva ROC (receiver operating characteristic) y el área bajo la curva (AUC). El nivel de significancia (α) se estableció en un 5% con un intervalo de confianza (IC) del 95%. Resultados: El estudio incluyó a 14 pacientes masculinos (46,67%) con una edad media de 60±15 años. Se recopilaron un total de 1503 muestras de glucemia. El análisis AUC para la desviación estándar no mostró ningún resultado estadísticamente significativo (p = 0,966; IC del 95% = [0,283, 0,726]). Por el contrario, la amplitud general tuvo una asociación estadísticamente significativa con la mortalidad (p = 0,049; IC del 95% = [0,514, 0,916]). Conclusiones: Este estudio encontró que la variabilidad glucémica medida por la amplitud general está significativamente asociada con la mortalidad del paciente en unidades de cuidados intensivos oncológicos. Estos hallazgos sugieren que el monitoreo de la variabilidad glucémica puede ser un factor importante en el manejo de pacientes críticamente enfermos en unidades de cuidados intensivos oncológicos.
RESUMO
Introdução: A adesão ao tratamento no diabetes mellitus é fundamental para o controle metabólico, prevenção de complicações, melhoria e manutenção da qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a associação entre a adesão ao tratamento farmacológico e o controle glicêmico de pacientes diabéticos tipo 2 e investigar fatores associados a essas condições. Método: Estudo transversal com pacientes ≥ 18 anos com diabetes mellitus tipo 2, atendidos em um serviço privado de endocrinologia, em uso de antidiabéticos orais há pelo menos 6 meses e com dosagem de hemoglobina glicada (HbA1c) de no máximo 12 meses. Foram utilizados a MMAS-8 (Morisky Medication Adherence Scale) e um questionário com dados sociodemográficos e clínicos. Resultados apresentados em razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança (IC) 95%, ajustados por regressão logística pelo método enter. O nível de significância estatística adotado foi de 5%. Resultados: Participaram do estudo 134 pacientes, com média de 56,7 ± 12,9 anos, sendo 58,2% mulheres. A adesão terapêutica foi demonstrada por 78,4% dos pacientes, havendo associação positiva com a escolaridade e negativa em relação à idade e ao tempo de diagnóstico. O controle glicêmico foi verificado por 68,7%, não havendo diferença estatisticamente significativa em relação a sexo, idade, raça, escolaridade e tempo de diagnóstico. Entre os pacientes considerados aderentes, 77,1% apresentaram controle adequado da glicemia, enquanto entre pacientes considerados não aderentes, 37,9% foram considerados controlados (p<0,001). Conclusão: A adesão ao tratamento farmacológico esteve associada ao controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2, acompanhados em consultório privado de endocrinologia.
Introduction: Treatment adherence in diabetes mellitus is essential for metabolic control, complication prevention, quality of life improvement and maintenance. Objective: To assess the association between adherence with pharmacological treatment and glycemic control in patients with type 2 diabetes and investigate factors associated with these conditions. Method: This is a cross-sectional study with patients ≥ 18 years old with type 2 diabetes mellitus, treated at a private endocrinology service, using oral antidiabetics for at least 6 months and with a glycated hemoglobin (HbA1c) measurement for a maximum of 12 months. The MMAS-8 (Morisky Medication Adherence Scale) and a questionnaire with sociodemographic and clinical data were used. Results presented as prevalence ratio (PR) and 95% confidence interval (CI), adjusted by logistic regression using the enter method. The level of statistical significance adopted was 5%. Results: A total of 134 patients participated in the study, with a mean age of 56.7 ± 12.9 years, 58.2% of whom were women. Therapeutic adherence was demonstrated by 78.4% of patients, with a positive association with education and a negative association with age and time since diagnosis. Glycemic control was verified by 68.7%, with no statistically significant difference in relation to sex, age, race, education and time since diagnosis. Among patients considered adherent, 77.1% had adequate glycemic control, while among patients considered non-adherent, 37.9% were considered controlled (p<0.001). Conclusion: Pharmacological treatment adherence was associated with glycemic control in patients with type 2 diabetes followed up in a private endocrinology office.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Diabetes Mellitus Tipo 2/tratamento farmacológico , Cooperação e Adesão ao Tratamento/estatística & dados numéricos , Controle Glicêmico , Estudos TransversaisRESUMO
Objetivo: comparar o comportamento glicêmico dos pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca valvar e de revascularização do miocárdio, submetidos ao mesmo protocolo de controle glicêmico, e avaliar a incidência de hipoglicemia e mortalidade intra-hospitalar dessa população. Método: estudo de coorte, retrospectivo, quantitativo, que avaliou 354 prontuários de cirurgias realizadas em 2016. Resultados: pacientes revascularizados apresentaram maiores médias glicêmicas (149,14±36,03), maior uso de insulina e coeficiente de variação (23,30%). Entretanto, a incidência de hipoglicemia foi maior entre valvares (35,32%), mais acometidos por lesão renal aguda (6,58%), terapia de substituição renal (11,97%) e mortalidade hospitalar (6,58%). Conclusão: evidenciou-se uma população heterogênea com desfechos clínicos que caracterizaram os valvares como mais criticos, devido a maior número de portadores de fibrilaçao atrial, maior tempo de CEC, e maior uso de vasoaminas e corticosteroides. Logo, é necessário conhecer as particularidades de cada população, para gerenciar protocolos específicos de controle glicêmico para diferentes perfis epidemiológicos.
Objective: to compare the glycemic behavior of patients in the postoperative period of valve heart surgery and myocardial revascularization, submitted to the same glycemic control protocol and to assess the incidence of hypoglycemia and mortality and in-hospital mortality in this population. Method: cohort, retrospective, quantitative study that evaluated 354 medical records of surgeries performed in 2016. Results: revascularized patients had higher blood glucose means (149,14±36.03), greater use of insulin and higher coefficient of variation (23.30%). However, the incidence of hypoglycemia was higher (35.32%) valve patients, more affected by acute kidney injury (6.58%), renal replacement therapy (11.97%) and hospital mortality (6.58%). Conclusion: a heterogeneous population with clinical outcomes that characterized the valves as more critical, due to a greater number of patients with atrial fibrillation, longer CEC time, and greater use of vasoamines and corticosteroids. It is necessary to know the particularities of each population, in order to manage specific glycemic control protocols for different epidemiological profiles.
Objetivo: comparar el comportamiento glucémico de pacientes en postoperatorio de cirugía valvular y revascularización miocárdica, sometidos al mismo protocolo de control glicémico y evaluar la incidencia de hipoglucemia y mortalidad hospitalaria en esta población. Método: estudio de cohorte, retrospectivo, cuantitativo que evaluó 354 historias clínicas, entre agosto y octubre de 2020, de cirugías realizadas en 2016. Resultados: pacientes revascularizados presentaron mayores medias de glucemia (149,14±36,03), mayor uso de insulina y mayor coeficiente de variación (23,30%). Aunque, la incidencia de hipoglucemia fue mayor (35,32%) entre las válvulas, que se vieron más afectadas por daño renal agudo (6,58%), terapia de reemplazo renal (11,97%) y mortalidad hospitalaria (6,58%). Conclusión: el estudio mostró una población heterogénea con resultados clínicos que caracterizaron a las válvulas como más críticas, debido a un mayor número de pacientes con fibrilación auricular, mayor tiempo de CEC y mayor uso de vasoaminas y corticoides. Por tanto, es necesario conocer las particularidades de cada población, para gestionar el control glucémico con protocolos específicos para diferentes perfiles epidemiológicos.
RESUMO
ABSTRACT Background: Gastrointestinal (GI) motility disorders in type 2 diabetes mellitus (T2DM) are common. However, the endpoints in well-controlled T2DM in elderly patients are barely understood. Objective: To evaluate GI transit and gastric myoelectric activity in elderly patients with T2DM who were undergoing treatment with metformin and to compare them with non-diabetic healthy controls. Methods: A total of thirty participants were enrolled in this study: young non-diabetic (n=10), elderly non-diabetic controls (n=10), and patients with T2DM managed with metformin (n=10). After fasting overnight, the participants ingested a standard meal and magnetic markers for non-invasive monitoring of GI transit and gastric contractility using the alternating current biosusceptometry and electrogastrography techniques. Results: Mean gastric emptying time, mean colon arrival time, and mean intestinal transit time were determined. There were no significant differences between the groups and in the parameters evaluated (P>0.05). The frequency and amplitude of gastric myoelectric activity were not different between groups; however, abnormal rhythmic index and the half-bandwidth were slightly higher for both elderly diabetic and non-diabetic groups compared with the young adults (P<0.01 and P<0.05, respectively). Conclusion: Our study showed unaltered gastric emptying and intestinal transit in T2DM patients with good glycemic control, and suggest changes in the gastric electrical activity can be a part of aging.
RESUMO Contexto: As desordens da motilidade gastrintestinal (GI) no diabetes mellitus tipo 2 (DM2) são comuns. No entanto, os desfechos em pacientes idosos com DM2 bem controlado são pouco compreendidos. Objetivo: Avaliar o trânsito GI e a atividade mioelétrica gástrica em idosos com DM2 em tratamento com metformina e compará-los com controles saudáveis não diabéticos. Métodos: Trinta participantes foram incluídos neste estudo: adultos jovens não diabéticos (n=10), idosos não diabéticos (n=10) e pacientes com DM2 tratados com metformina (n=10). Após jejum noturno, os participantes ingeriram uma refeição padrão e marcadores magnéticos para monitoramento não invasivo do trânsito GI e da contratilidade gástrica usando as técnicas de biosusceptometria de corrente alternada e eletrogastrografia. Resultados: Foram determinados o tempo médio de esvaziamento gástrico, o tempo médio de chegada ao cólon e o tempo médio de trânsito intestinal. Não houve diferenças significativas entre os grupos e nos parâmetros avaliados (P>0,05). A frequência e amplitude da atividade mioelétrica gástrica não foram diferentes entre os grupos; entretanto, o índice rítmico anormal e a meia largura de banda foram ligeiramente maiores para os grupos idosos diabéticos e não diabéticos em comparação com os adultos jovens (P<0,01 e P<0,05, respectivamente). Conclusão: Nosso estudo mostrou esvaziamento gástrico e trânsito intestinal inalterados em pacientes com DM2 com bom controle glicêmico, sugerindo que as alterações na atividade elétrica gástrica podem fazer parte do envelhecimento.
RESUMO
INTRODUÇÃO: O diabetes tipo 2 (DT2) pode ser responsável por disfunção cardiometabólica e redução da qualidade de vida (QV) devido ao seu impacto negativo na capacidade funcional de exercício. OBJETIVO: Investigar os efeitos de diferentes tipos de treinamento físico [treinamento intervalado de alta intensidade (TIAI) e treinamento combinado (TC)] associado à terapia com diodo emissor de luz (LED) no status cardiometabólico, capacidade funcional e QV em pacientes com DT2. MÉTODOS: Estudo controlado randomizado que será realizado em laboratório universitário de reabilitação cardiopulmonar com pessoas da comunidade com diagnóstico confirmado de DT2, idade ≥ 18 anos e sedentários nos últimos seis meses. Os participantes serão alocados aleatoriamente para um dos seis grupos: TIAI com e sem terapia LED, TC com e sem terapia LED, grupo controle com e sem terapia LED. O protocolo de treinamento deve ser realizado por 12 semanas, 3 vezes na semana em dias alternados, totalizando 36 sessões de treinamento. O desfecho primário será a capacidade de exercício e o controle glicêmico. Os desfechos secundários serão QV, função endotelial, função musculoesquelética, modulação autonômica cardíaca e composição corporal. Os resultados serão medidos antes e após 12 semanas de treinamento. Para análise estatística será utilizado o programa SPSS® 19.0. O nível de significância adotado será p<0,05. PERSPECTIVAS: Os resultados deste estudo têm o potencial de fornecer informações importantes sobre os efeitos de diferentes tipos de treinamento físico associados à terapia com LED e podem apoiar o uso dessa combinação terapêutica em pacientes com DT2, melhorando sua saúde geral.
INTRODUCTION: Type 2 diabetes (T2D) can be responsible for significant cardiometabolic dysfunction and reduction in quality of life (QOL) due to its negative impact on functional exercise capacity. OBJECTIVE: To investigate the effects of different modes of physical training (high-intensity interval training [HIIT] and combined training [CT]) associated with light-emitting diode (LED) therapy on the cardiometabolic status, functional capacity, and quality of life (QOL) in T2D patients. METHODS: A randomized controlled trial will be conducted in a university cardiopulmonary rehabilitation laboratory; the participants will be community-dwelling people with a confirmed diagnosis of T2D, aged ≥ 18 years, and with a sedentary lifestyle in the last six months. They will be randomly allocated to one of six groups: TIAI with and without LED therapy, CT with and without LED therapy, and a control group with and without LED therapy. The training protocol will be performed for 12 weeks, three times a week on alternate days, with a total of 36 training sessions. The primary outcomes will be functional exercise capacity and glycemic control. The secondary outcomes will be QOL, endothelial function, musculoskeletal function, autonomic nervous system modulation, and body composition. The outcomes will be measured before and after 12 weeks of training. SPSS® 19.0 software will be used for statistical analysis. The significance level is set at P <0.05. PERSPECTIVES: The findings of this trial have the potential to provide important insights into the effects of different modes of physical training associated with LED therapy and may support the use of this therapy combination in T2D patients, which may improve their general health.
Assuntos
Diabetes Mellitus , Controle Glicêmico , MétodosRESUMO
O exercício resistido (ER) pode reduzir a glicose no sangue em pessoas com diabetes tipo 2 (DM2). No entanto, é necessária maior clareza quanto à intensidade do ER e ao tempo necessário para essa resposta aguda. Portanto, o objetivo deste estudo foi comparar as respostas agudas de glicose no sangue no segundo dia de recuperação do ER moderada versus de alta intensidade em mulheres com DM2. Doze mulheres com DM2 (55,2 ± 4,0 anos; 70,1 ± 11,4 kg; e 155,7 ± 3,3 cm) realizaram duas sessões experimentais com sete dias de intervalo em ordem aleatória. Para a sessão 1: ER40% do teste de uma repetição máxima (1RM) e sessão 2: ER80%1RM, com 16 e 8 repetições para cada série, respectivamente, em 7 exercícios com 3 circuitos durante 40min. A glicemia foi monitorada por 35h (primeiro dia: 24h e segundo dia: 11h) a cada 5 minutos após cada sessão experimental pelo Sistema de Monitoramento Contínuo de Glicose (modelo Guardian REAL-Time). O teste t de Student não mostrou diferença significativa na glicemia do segundo dia (11h) após as sessões de ER40%1RM vs. RE80%1RM [respectivamente, 161,3 ± 62,3 mg.dL-1 vs. 157,2 ± 41,9 mg.dL-1; t (11) = 0,259; p = 0,800]. A ANOVA two-way para medidas repetidas mostrou que as respostas de glicose no sangue a cada hora durante a recuperação no segundo dia não mostraram diferenças significativas entre as sessões de ER [F (1,731; 19,039) = 0,688; p = 0,734]. Concluímos que as respostas glicêmicas agudas no segundo dia da recuperação do ER de intensidade moderada e alta não diferiram entre as mulheres com DM2.
Resistance exercise (RE) can lower blood glucose in people with type 2 diabetes (T2D). However, greater clarity is needed regarding the RE intensity and time required for this acute response. Therefore, the aim of this study was to compare acute blood glucose responses on the second day of recovery from moderate vs. high-intensity RE in women with T2D. Twelve women with T2D (55.2 ± 4.0 years; 70.1 ± 11.4 kg; and 155.7 ± 3.3 cm) performed two experimental sessions seven days apart in a randomized order. For session 1: RE40% of one-repetition maximum test (1RM) and session 2: RE80%1RM, with 16 and 8 repetitions for each set, respectively, in 7 exercises with 3 circuits during 40min. Blood glucose was monitored for over 35h (first day: 24h and second day: 11h) every 5 minutes after each experimental session by the Continuous Glucose Monitoring System (Guardian REAL-Time model). Student's t-test showed no significant difference in blood glucose on the second day (11h) after RE40%1RM vs. RE80%1RM sessions [respectively, 161.3 ± 62.3 mg.dL-1 vs. 157.2 ± 41.9 mg.dL-1; t (11) = 0.259; p = 0.800]. Two-way ANOVA for repeated measures showed that blood glucose responses every hour during recovery on the second day showed no significant differences between RE sessions [F (1.731, 19.039) = 0.688; p = 0.734]. We concluded that the acute blood glucose responses on the second day of moderate and high intensity RE did not differ among women with T2D.
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo avaliar o controle metabólico e a prevalência de complicações em pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 (DM1) atendidos em uma clínica privada e em um ambulatório público em Joinville SC. Realizou-se um estudo descritivo e retrospectivo, onde foram analisados 64 prontuários de pacientes com diagnóstico de DM1, sendo 25 da rede pública (RP) e 39 da privada (RPV). Observamos que na RP a idade média ao diagnóstico do DM1 foi 16,2 (±7,63) contra 12,8 (±9,80) anos na RPV, que foram realizadas em média 1,9 (±1,2) consultas nos últimos 12 meses na RP e 3,0 (±1,3) na RPV. Em relação à presença de complicações microvasculares, havia informação da presença de retinopatia em 8 de 48 pacientes (16,7%), de nefropatia em 12 de 54 pacientes (22,2%) e neuropatia em 8 de 50 pacientes (16%). Quanto ao controle metabólico, apenas 2 pacientes (8%) de RP e 10 (25%) da RPV apresentavam HbA1c < 7,0%. A maioria dos pacientes, tanto da RP quanto da RPV, atingiu a meta de colesterol total (78,3 e 86,8%), que define bom controle clínico e metabólico do diabetes tipo 1, segundo a Associação Americana de Diabetes (ADA). Os dados mostram a dificuldade de se atingir um bom controle glicêmico, independente do local de atendimento (público ou privado), embora o grupo RPV tenha apresentado um maior percentual de pacientes que atingiram as metas de bom controle clínico e metabólico do diabetes tipo 1 definidas pela ADA, inclusive menor índice de tabagismo e etilismo.
This study aims to evaluate the prevalence of complications and metabolic control in patients diagnosed with Type 1 Diabetes Mellitus (T1D) treated in a private clinic and a public outpatient clinic in Joinville - Santa Catarina. A descriptive and retrospective study was carried out, where 64 medical records of patients diagnosed with T1D were analyzed, 25 of which were treated in the public outpatient clinic and 39 in the private clinic. Mean age at diagnosis of T1D in the public institution was 16.2 (± 7.63) years versus 12.8 (± 9.80) years in the private institution, patients had 1.92 (± 1.22) medical appointments in the last 12 months in the public institution and 3 (± 1.32) in the private institution. We assessed the presence of microvascular complications, there was data about retinopathy in 8 of 48 patients (16.7%), nephropathy in 12 of 54 patients (22.2%) and neuropathy in 8 of 50 patients (16%). Most patients did not reach a good glycemic control: only 2 patients (8%) from public institution and 10 (25%) from private institution showed HbA1c < 7.0%. The majority of patients from public and private institution reached the American Diabetes Association (ADA) goals for total cholesterol (78.3 and 86.8%). This data confirms the difficulty of achieving good glycemic control regardless of the institution (public or private), although the private group has shown best results in clinical control with a higher proportion in patients that reached the ADA goals, including the lowest number of smokers and alcohol use.
RESUMO
ABSTRACT Objective: This study aimed to evaluate the association between glycemic control status in type 2 diabetes mellitus (T2DM) patients and apical periodontitis. Methods: Twenty-seven patients were involved in this study. The survey was based on anamnesis, intra and extra oral examination and radiographic evaluation. Diabetes mellitus information involved type of diabetes and blood glucose analysis. Patients were divided according to their metabolic control status (glycemic controlled and poorly controlled T2DM patients). Results: A higher fasting blood glucose level (p = 0.004) and a higher percentage of HbA1c (p = 0.0001) were demonstrated in poorly controlled T2DM patients when compared to glycemic controlled T2DM. However, the frequency of apical periodontitis and the elapsed time since diabetes mellitus diagnosis were higher in controlled T2DM patients, reaching 64%. Nevertheless, controlled T2DM patients presented a higher number of apical periodontitis cases (p < 0.05). Findings support that controlled patients T2DM presented higher presence of apical periodontitis than poorly controlled T2DM ones. In these patients, the time elapsed since the diagnosis was higher, which may have provided a longer period of oscillation and/or uncontrolled metabolism. Conclusions: Therefore, it might contribute to the development and maintenance of apical periodontitis in glycemic controlled patients of this study.
RESUMO Objetivo: Este estudo objetivou avaliar a associação entre o estado de controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e a periodontite apical. Métodos: Vinte e sete pacientes foram envolvidos neste estudo. A pesquisa baseou-se na anamnese, exame intra e extraoral e avaliação radiográfica. As informações sobre o diabetes mellitus envolveram o tipo de diabetes e a análise da glicose sanguínea. Os pacientes foram divididos de acordo com seu estado de controle metabólico (pacientes com DM2 com controle glicêmico e pacientes com DM2 mal controlados). Resultados: Um maior nível de glicose em jejum (p = 0,004) e uma maior porcentagem de HbA1c (p = 0,0001) foram demonstrados em pacientes com DM2 mal controlada quando comparados com DM2 com controle glicêmico. Porém, a frequência de periodontite apical e o tempo decorrido desde o diagnóstico de diabetes mellitus foram maiores nos pacientes com DM2 controlado, chegando a 64%. No entanto, os pacientes com DM2 controlada apresentaram um maior número de casos de periodontite apical (p < 0,05). Os achados suportam que pacientes controlados com DM2 apresentam maior presença de periodontite apical do que pacientes com DM2 mal controlada. Nesses pacientes, o tempo decorrido desde o diagnóstico foi maior, o que pode ter proporcionado um período maior de oscilação e/ou metabolismo descontrolado. Conclusão: Portanto, pode contribuir para o desenvolvimento e manutenção da periodontite apical nos pacientes com controle glicêmico deste estudo.
RESUMO
Estudo observacional transversal com o objetivo de analisar o controle glicêmico de pessoas com diabetes mellitus por meio dos valores de HbA1c na atenção primária à saúde de um município do interior paulista. Participaram do estudo as pessoas que utilizaram medicamentos para o tratamento do diabetes mellitus adquiridos na rede de atenção primária à saúde no ano de 2018. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa. Foram utilizados dados secundários obtidos por meio do prontuário de saúde eletrônico. Os dados foram analisados no software SPSS 20.0 por meio de estatística descritiva, teste Qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 0,05 e regressão logística binária para obtenção da odds ratio e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. A amostra foi constituída de 3181 pessoas, com predomínio de mulheres e média de idade de 62,8 anos (desvio padrão = 12,3). A metformina foi o medicamento mais utilizado, sendo que, 27,5% das pessoas utilizaram apenas a metformina, 19,7% utilizaram apenas sulfonilureia, 21,1% utilizaram metformina + sulfonilureia, 18,3% utilizaram antidiabético oral + insulina e 13,4% utilizaram apenas insulina. O controle glicêmico adequado (HbA1c <7,0%) foi encontrado em 44,8% das pessoas com DM e, quando utilizado a meta menos rígida (HbA1c <8,0%) para as pessoas com idade ≥55 anos, 70,6% apresentaram controle glicêmico adequado. A idade e a terapia medicamentosa estiveram associadas ao controle glicêmico adequado (p<0,001). O controle glicêmico adequado (HbA1c <7,0%) foi mais frequente entre pessoas de maior idade, sendo de apenas 30,4% entre as pessoas de 25 a 34 anos, 35,4% entre as de 35 a 44 anos, 37,1% entre as de 45 a 54 anos, 45,1% entre as de 55 a 64 anos, 45,2% entre as de 65 a 74 anos, alcançando o seu máximo, 55,8%, entre as pessoas com idade ≥75 anos. Quanto à terapia medicamentosa, as pessoas que utilizaram insulina ou antidiabético oral + insulina apresentaram menor frequência de controle glicêmico adequado, 27,1% e 20,9%, respectivamente. Por outro lado, 78,4% das pessoas que utilizaram apenas metformina, 45,1% das que utilizaram apenas sulfonilureia e 38,2% das que utilizaram metformina + sulfonilureia, apresentaram controle glicêmico adequado (HbA1c <7,0%). O estudo mostra que o alcance do controle glicêmico adequado é ainda um desafio, o que aumenta a necessidade de ampliação nas ações de atenção à saúde das pessoas com DM, especialmente no que tange às pessoas mais jovens e em uso de terapias medicamentosas intensas.
This is a cross-sectional observational study that aims to analyze the glycemic control of people with diabetes mellitus by HbA1c values in primary health care in a city in the countryside of São Paulo. People who used drugs for the treatment of diabetes mellitus, acquired in the primary health care network in 2018, participated in the study. The study was approved by the research ethics committee. The secondary data obtained from the electronic health record were used. The data were analyzed using the SPSS 20.0 software with descriptive statistics, Pearson's Chi-square test, with a significance level of 0.05 and binary logistic regression, to obtain the odds ratio and their respective 95% confidence intervals. The sample consisted of 3,181 people, with a predominance of women and a mean age of 62.8 years-old (standard deviation = 12.3). Metformin was the most widely used drug, with 27.5% of people using only metformin, 19.7% use only sulfonylurea, 21.1% use metformin + sulfonylurea, 18.3% use oral antidiabetic + insulin and 13.4% use only insulin. Adequate glycemic control (HbA1c <7.0%) was found in 44.8% of people with DM and, when using the less rigid target (HbA1c <8.0%) for people aged ≥55 years-old, 70.6% had adequate glycemic control. Age and drug therapy were associated with adequate glycemic control (p <0.001). Adequate glycemic control (HbA1c <7.0%) was more frequent among older people, being only 30.4% among people who are 25 to 34 years-old, 35.4% among those who are 35 to 44 years-old, 37.1% between 45 and 54 years-old, 45.1% between 55 and 64 years-old, 45.2% between 65 and 74 years-old, reaching its maximum, 55.8%, among people aged ≥75 years-old. As for drug therapy, people who used insulin or oral antidiabetic + insulin had a lower frequency of adequate glycemic control, 27.1% and 20.9%, respectively. On the other hand, 78.4% of people who used only metformin, 45.1% of those who used only sulfonylurea and 38.2% of those who used metformin + sulfonylurea, have presented adequate glycemic control (HbA1c <7.0%). The study shows that the achievement of adequate glycemic control is still a challenge, what increases the need to expand health care actions for people with DM, especially with regard to younger people and those ones who use intense drug therapies.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Atenção Primária à Saúde , Hemoglobinas Glicadas , Distribuição de Qui-Quadrado , Diabetes Mellitus/tratamento farmacológico , Controle Glicêmico , Insulina/uso terapêuticoRESUMO
RESUMEN Objetivo: Evaluar si existe relación entre autocuidado y alfabetización en salud con control glicémico e identificar sus principales predictores en personas con diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 2, en un Centro de Salud Familiar de Concepción, Chile. Material y Método: Estudio cuantitativo, transversal, descriptivo y correlacional. Participaron 175 personas, quienes dieron respuesta a un instrumento compuesto por: Datos biosociodemográficos, Resumen de Actividades de Autocuidado en Diabetes y Evaluación breve de la alfabetización de salud para adultos hispanohablantes, además glicemia preprandial y HbA1c para verificar control glicémico. Resultados: Los participantes fueron en su mayoría mujeres (70,3%); edad promedio 65,1 años; años de escolaridad promedio 9,3 años; con pareja el 61,7%; pensionados el 45,7%; ingreso económico per cápita $147.300 aproximadamente; tiempo transcurrido desde el diagnóstico, 11 años, aproximadamente; utilizando antiglicémicos orales el 63,4% y no fumadores un 88,6%. Tres áreas de autocuidado clasificaron como inadecuadas: alimentación, actividad física y automonitorización de glicemia; 20% con inadecuada alfabetización en salud, existiendo diferencia en el nivel educacional, ingreso económico y tipo de terapia farmacológica; 65,8% con control glicémico inadecuado. Conclusiones: No se obtuvo relación entre autocuidado y alfabetización en salud con control glicémico. Se identificó como principal predictor del control glicémico el tipo de terapia farmacológica. Se evidenció un autocuidado inadecuado y un bajo porcentaje de compensación, lo que lleva a reflexionar sobre el quehacer como equipo de salud en la atención primaria, debiendo movilizar los esfuerzos a favor del modelo integral para mantener una población compensada y libre de complicaciones.
ABSTRACT Objective: To assess whether there is a relationship between self-care, health literacy with glycemic control and identify its main predictors in people diagnosed with Type 2 Diabetes Mellitus at a Family Health Center in Concepción, Chile. Material and Method: Quantitative, cross-sectional, descriptive and correlational study. 175 people participated responding instruments that consisted of bio-sociodemographic questions, Summary of Self-Care Diabetes Activities and Health Literacy Brief Assessment for Spanish-speaking adults, as well as pre-prandial glycemia and HbA1c to verify glycemic control. Results: Participants were mostly women (70.3%); average age 65.1 years; average years of schooling 9.3 years; with a partner (61.7%); pensioners (45.7%); per capita income, approximately $ 147,300; time since diagnose, approximately 11 years; using oral antiglycemic agents (63.4%); non-smokers (88.6%). Three areas of self-care were classified as inadequate: nutrition, physical activity and self-monitoring of glycemia; 20% of participants showed inadequate health literacy, with differences in educational level, income and pharmacological therapy; 65.8% with inadequate glycemic control. Conclusions: There was no relationship between self-care and health literacy with glycemic control. The type of pharmacological therapy was identified as the main predictor of glycemic control. There is evidence of inadequate self-care and a low compensation level, which leads to reflect on improving work in primary health care and increasing efforts to have a comprehensive model to maintain a compensated population and free of complications.
RESUMO Objetivo: Avaliar se existe relação entre autocuidado, alfabetização em saúde com controle glicêmico e identificar seus principais preditores em pessoas diagnosticadas com Diabetes Mellitus Tipo 2 em um Centro de Saúde da Família em Concepción, Chile. Material e Método: Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. Participaram 175 pessoas que responderam a um instrumento composto por: Perguntas biosociodemográficas, Resumo das atividades de autocuidado em diabetes e Breve avaliação da alfabetização em saúde para adultos de língua espanhola, além de glicemia pre-prandial e HbA1c para verificar o controle glicêmico. Resultados: Os participantes foram majoritariamente mulheres (70,3%); idade média 65,1 anos; média de anos de escolaridade 9,3 anos; com parceiro o (61,7%); pensionistas o (45,7%); renda econômica per capita $ 147.300 aproximadamente; tempo decorrido desde o diagnóstico, aproximadamente 11 anos; uso de agentes antiglicêmicos orais o (63,4%); não fumantes o (88,6%). Três áreas de autocuidado classificadas como inadequadas: alimentação, atividade física e automonitoramento da glicemia; 20% com alfabetização em saúde inadequada, havendo diferença no nível educacional, renda econômica e tipo de terapia medicamentosa; 65,8% com controle glicêmico inadequado. Conclusões: Não houve relação entre autocuidado e alfabetização em saúde com controle glicêmico. O tipo de terapia farmacológica foi identificado como o principal preditor do controle glicêmico. Foi evidenciado autocuidado inadequado e baixo percentual de compensação, o que leva a refletir sobre a tarefa como equipe de saúde na atenção básica, e deve mobilizar esforços em favor do modelo integral para manter uma população compensada livre de complicações.
Assuntos
Humanos , Autocuidado , Diabetes Mellitus Tipo 2/terapia , Letramento em Saúde , Controle Glicêmico , Atenção Primária à Saúde , Distribuição de Qui-Quadrado , Chile , Epidemiologia Descritiva , Estudos Transversais , Inquéritos e QuestionáriosRESUMO
RESUMEN Objetivo: Evaluar si existe relación entre autocuidado y alfabetización en salud con control glicémico e identificar sus principales predictores en personas con diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 2, en un Centro de Salud Familiar de Concepción, Chile. Material y Método: Estudio cuantitativo, transversal, descriptivo y correlacional. Participaron 175 personas, quienes dieron respuesta a un instrumento compuesto por: Datos biosociodemográficos, Resumen de Actividades de Autocuidado en Diabetes y Evaluación breve de la alfabetización de salud para adultos hispanohablantes, además glicemia preprandial y HbA1c para verificar control glicémico. Resultados: Los participantes fueron en su mayoría mujeres (70,3%); edad promedio 65,1 años; años de escolaridad promedio 9,3 años; con pareja el 61,7%; pensionados el 45,7%; ingreso económico per cápita $147.300 aproximadamente; tiempo transcurrido desde el diagnóstico, 11 años, aproximadamente; utilizando antiglicémicos orales el 63,4% y no fumadores un 88,6%. Tres áreas de autocuidado clasificaron como inadecuadas: alimentación, actividad física y automonitorización de glicemia; 20% con inadecuada alfabetización en salud, existiendo diferencia en el nivel educacional, ingreso económico y tipo de terapia farmacológica; 65,8% con control glicémico inadecuado. Conclusiones: No se obtuvo relación entre autocuidado y alfabetización en salud con control glicémico. Se identificó como principal predictor del control glicémico el tipo de terapia farmacológica. Se evidenció un autocuidado inadecuado y un bajo porcentaje de compensación, lo que lleva a reflexionar sobre el quehacer como equipo de salud en la atención primaria, debiendo movilizar los esfuerzos a favor del modelo integral para mantener una población compensada y libre de complicaciones.
ABSTRACT Objective: To assess whether there is a relationship between self-care, health literacy with glycemic control and identify its main predictors in people diagnosed with Type 2 Diabetes Mellitus at a Family Health Center in Concepción, Chile. Material and Method: Quantitative, cross-sectional, descriptive and correlational study. 175 people participated responding instruments that consisted of bio-sociodemographic questions, Summary of Self-Care Diabetes Activities and Health Literacy Brief Assessment for Spanish-speaking adults, as well as pre-prandial glycemia and HbA1c to verify glycemic control. Results: Participants were mostly women (70.3%); average age 65.1 years; average years of schooling 9.3 years; with a partner (61.7%); pensioners (45.7%); per capita income, approximately $ 147,300; time since diagnose, approximately 11 years; using oral antiglycemic agents (63.4%); non-smokers (88.6%). Three areas of self-care were classified as inadequate: nutrition, physical activity and self-monitoring of glycemia; 20% of participants showed inadequate health literacy, with differences in educational level, income and pharmacological therapy; 65.8% with inadequate glycemic control. Conclusions: There was no relationship between self-care and health literacy with glycemic control. The type of pharmacological therapy was identified as the main predictor of glycemic control. There is evidence of inadequate self-care and a low compensation level, which leads to reflect on improving work in primary health care and increasing efforts to have a comprehensive model to maintain a compensated population and free of complications.
RESUMO Objetivo: Avaliar se existe relação entre autocuidado, alfabetização em saúde com controle glicêmico e identificar seus principais preditores em pessoas diagnosticadas com Diabetes Mellitus Tipo 2 em um Centro de Saúde da Família em Concepción, Chile. Material e Método: Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. Participaram 175 pessoas que responderam a um instrumento composto por: Perguntas biosociodemográficas, Resumo das atividades de autocuidado em diabetes e Breve avaliação da alfabetização em saúde para adultos de língua espanhola, além de glicemia pre-prandial e HbA1c para verificar o controle glicêmico. Resultados: Os participantes foram majoritariamente mulheres (70,3%); idade média 65,1 anos; média de anos de escolaridade 9,3 anos; com parceiro o (61,7%); pensionistas o (45,7%); renda econômica per capita $ 147.300 aproximadamente; tempo decorrido desde o diagnóstico, aproximadamente 11 anos; uso de agentes antiglicêmicos orais o (63,4%); não fumantes o (88,6%). Três áreas de autocuidado classificadas como inadequadas: alimentação, atividade física e automonitoramento da glicemia; 20% com alfabetização em saúde inadequada, havendo diferença no nível educacional, renda econômica e tipo de terapia medicamentosa; 65,8% com controle glicêmico inadequado. Conclusões: Não houve relação entre autocuidado e alfabetização em saúde com controle glicêmico. O tipo de terapia farmacológica foi identificado como o principal preditor do controle glicêmico. Foi evidenciado autocuidado inadequado e baixo percentual de compensação, o que leva a refletir sobre a tarefa como equipe de saúde na atenção básica, e deve mobilizar esforços em favor do modelo integral para manter uma população compensada livre de complicações.