RESUMO
The grape juice was included in meals of public schools in the states of Rio Grande do Sul and Santa Catarina, Brazil. The juices intended for schools have been produced by small wineries through the steam distillation method. This method presents a particularity in relation to other juice production methods, since the grapes are not macerated to extract the juice. In literature is well established that maceration of grapes is the main critical point associated with the ochratoxin A (OTA) contamination in juices. OTA is a mycotoxin with nephrotoxic and immunosuppressives effects. The aim of this study was to verify the OTA occurrence in juices produced by steam distillation method, as grape juice may be a source of OTA exposure for children. No sample showed OTA levels higher than the detection limit (0.05g L-1) of method used to determine this toxin. This study demonstrated the adequate quality of juice produced by this extraction method. Furthermore, data about OTA occurrence are important to support risk assessment studies related to the exposure to toxic compounds through diet.(AU)
O suco de uva foi incluído nas refeições de escolas públicas do estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Brasil. O suco destinado para as escolas é produzido por pequenas vinícolas através do método de arraste a vapor. Este método apresenta uma particularidade em relação aos demais métodos de produção do suco, pois as uvas não são maceradas para a extração do mosto. Cabe salientar que a maceração das uvas é o principal ponto crítico relacionado à contaminação dos sucos com ocratoxina A (OTA), que é uma micotoxina que apresenta efeitos nefrotóxicos e imunossupressores. O objetivo deste estudo foi verificar a ocorrência de OTA em sucos produzidos pelo método de arraste de vapor, pois o suco de uva pode ser uma fonte de exposição à OTA para crianças. Nenhuma amostra apresentou OTA em níveis maiores que o limite de detecção (0,05g L-1) do método usado para determinar esta toxina. Este resultado evidenciou a qualidade adequada do suco produzido por este método de extração. Além disso, dados sobre a ocorrência de OTA são importantes para subsidiar estudos relacionados à exposição a compostos tóxicos através da dieta.(AU)
Assuntos
Ocratoxinas , Doenças Transmitidas por Alimentos , Sucos de Frutas e Vegetais/toxicidade , Destilação , Alimentação EscolarRESUMO
The grape juice was included in meals of public schools in the states of Rio Grande do Sul and Santa Catarina, Brazil. The juices intended for schools have been produced by small wineries through the steam distillation method. This method presents a particularity in relation to other juice production methods, since the grapes are not macerated to extract the juice. In literature is well established that maceration of grapes is the main critical point associated with the ochratoxin A (OTA) contamination in juices. OTA is a mycotoxin with nephrotoxic and immunosuppressives effects. The aim of this study was to verify the OTA occurrence in juices produced by steam distillation method, as grape juice may be a source of OTA exposure for children. No sample showed OTA levels higher than the detection limit (0.05g L-1) of method used to determine this toxin. This study demonstrated the adequate quality of juice produced by this extraction method. Furthermore, data about OTA occurrence are important to support risk assessment studies related to the exposure to toxic compounds through diet.
O suco de uva foi incluído nas refeições de escolas públicas do estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Brasil. O suco destinado para as escolas é produzido por pequenas vinícolas através do método de arraste a vapor. Este método apresenta uma particularidade em relação aos demais métodos de produção do suco, pois as uvas não são maceradas para a extração do mosto. Cabe salientar que a maceração das uvas é o principal ponto crítico relacionado à contaminação dos sucos com ocratoxina A (OTA), que é uma micotoxina que apresenta efeitos nefrotóxicos e imunossupressores. O objetivo deste estudo foi verificar a ocorrência de OTA em sucos produzidos pelo método de arraste de vapor, pois o suco de uva pode ser uma fonte de exposição à OTA para crianças. Nenhuma amostra apresentou OTA em níveis maiores que o limite de detecção (0,05g L-1) do método usado para determinar esta toxina. Este resultado evidenciou a qualidade adequada do suco produzido por este método de extração. Além disso, dados sobre a ocorrência de OTA são importantes para subsidiar estudos relacionados à exposição a compostos tóxicos através da dieta.
Assuntos
Alimentação Escolar , Destilação , Doenças Transmitidas por Alimentos , Ocratoxinas , Sucos de Frutas e Vegetais/toxicidadeRESUMO
Ochratoxin A (OTA) is a mycotoxin with nephrotoxic, genotoxic, teratogenic and carcinogenic properties. The presence of this toxin in wines and juices occurs due to the development of toxigenic fungi in grapes. Studies have shown the presence of this toxic secondary metabolite in these beverages may results in economic losses to the winery as well as health problems for consumers. In Europe, several studies have been done in order to map the areas where the development of ochratoxigenic fungi is more favorable. However, in Brazil these studies are still incipient. The Joint Expert Committee on Food Additives of the World Health Organization (JECFA) established the safe tolerable intake of 112ng OTA per kg of body weight per week. To verify whether the population is exposed to OTA levels that pose a risk to health is necessary to compare the parameter of safe ingestion defined by JECFA with the levels of exposure to this toxin. Periodic monitoring of the OTA levels in food and beverage has been justified by some reasons including: (i) the toxic effects of this toxin, (ii) the recent publication of the Brazilian legislation establishing maximum limit for OTA, (iii) the introduction of grape juice in school meals and (iv) the recommendation of regular wine intake because of their functional properties.
A ocratoxina A (OTA) é uma micotoxina que possui propriedades nefrotóxicas, genotóxicas, teratogênicas e carcinogênicas. A presença dessa toxina em vinhos e sucos ocorre devido à contaminação das uvas por fungos toxigênicos. Estudos têm mostrado a presença desse metabólito secundário tóxico nestas bebidas, o que pode significar perdas econômicas ao setor vitícola, bem como problemas à saúde dos consumidores. Na Europa, vários estudos têm sido realizados com o objetivo de mapear as áreas em que o desenvolvimento de fungos ocratoxigênicos é mais favorável. Entretanto, no Brasil estes estudos ainda são incipientes. O Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares da Organização Mundial da Saúde (JECFA) estabeleceu a ingestão tolerável segura de 112ng de OTA por quilo de peso corpóreo por semana. Para verificar se população está exposta a OTA em níveis que representam risco para à saúde, é necessário comparar o parâmetro de ingestão segura, definido pelo JECFA, com os níveis de exposição a esta toxina. O monitoramento periódico dos níveis de OTA em alimentos e bebidas é justificado por alguns motivos que incluem: (i) os efeitos tóxicos dessa toxina, (ii) a publicação recente da legislação brasileira que estabelece limite máximo para OTA, (iii) a introdução do suco de uva na merenda escolar; e (iv) a recomendação da ingestão regular de vinho/suco de uva devido as suas propriedades funcionais.
RESUMO
Ochratoxin A (OTA) is a mycotoxin with nephrotoxic, genotoxic, teratogenic and carcinogenic properties. The presence of this toxin in wines and juices occurs due to the development of toxigenic fungi in grapes. Studies have shown the presence of this toxic secondary metabolite in these beverages may results in economic losses to the winery as well as health problems for consumers. In Europe, several studies have been done in order to map the areas where the development of ochratoxigenic fungi is more favorable. However, in Brazil these studies are still incipient. The Joint Expert Committee on Food Additives of the World Health Organization (JECFA) established the safe tolerable intake of 112ng OTA per kg of body weight per week. To verify whether the population is exposed to OTA levels that pose a risk to health is necessary to compare the parameter of safe ingestion defined by JECFA with the levels of exposure to this toxin. Periodic monitoring of the OTA levels in food and beverage has been justified by some reasons including: (i) the toxic effects of this toxin, (ii) the recent publication of the Brazilian legislation establishing maximum limit for OTA, (iii) the introduction of grape juice in school meals and (iv) the recommendation of regular wine intake because of their functional properties.(AU)
A ocratoxina A (OTA) é uma micotoxina que possui propriedades nefrotóxicas, genotóxicas, teratogênicas e carcinogênicas. A presença dessa toxina em vinhos e sucos ocorre devido à contaminação das uvas por fungos toxigênicos. Estudos têm mostrado a presença desse metabólito secundário tóxico nestas bebidas, o que pode significar perdas econômicas ao setor vitícola, bem como problemas à saúde dos consumidores. Na Europa, vários estudos têm sido realizados com o objetivo de mapear as áreas em que o desenvolvimento de fungos ocratoxigênicos é mais favorável. Entretanto, no Brasil estes estudos ainda são incipientes. O Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares da Organização Mundial da Saúde (JECFA) estabeleceu a ingestão tolerável segura de 112ng de OTA por quilo de peso corpóreo por semana. Para verificar se população está exposta a OTA em níveis que representam risco para à saúde, é necessário comparar o parâmetro de ingestão segura, definido pelo JECFA, com os níveis de exposição a esta toxina. O monitoramento periódico dos níveis de OTA em alimentos e bebidas é justificado por alguns motivos que incluem: (i) os efeitos tóxicos dessa toxina, (ii) a publicação recente da legislação brasileira que estabelece limite máximo para OTA, (iii) a introdução do suco de uva na merenda escolar; e (iv) a recomendação da ingestão regular de vinho/suco de uva devido as suas propriedades.(AU)
Assuntos
Ocratoxinas , Micotoxicose , VitisRESUMO
Ochratoxin A (OTA) is a mycotoxin with nephrotoxic, genotoxic, teratogenic and carcinogenic properties. The presence of this toxin in wines and juices occurs due to the development of toxigenic fungi in grapes. Studies have shown the presence of this toxic secondary metabolite in these beverages may results in economic losses to the winery as well as health problems for consumers. In Europe, several studies have been done in order to map the areas where the development of ochratoxigenic fungi is more favorable. However, in Brazil these studies are still incipient. The Joint Expert Committee on Food Additives of the World Health Organization (JECFA) established the safe tolerable intake of 112ng OTA per kg of body weight per week. To verify whether the population is exposed to OTA levels that pose a risk to health is necessary to compare the parameter of safe ingestion defined by JECFA with the levels of exposure to this toxin. Periodic monitoring of the OTA levels in food and beverage has been justified by some reasons including: (i) the toxic effects of this toxin, (ii) the recent publication of the Brazilian legislation establishing maximum limit for OTA, (iii) the introduction of grape juice in school meals and (iv) the recommendation of regular wine intake because of their functional properties.
A ocratoxina A (OTA) é uma micotoxina que possui propriedades nefrotóxicas, genotóxicas, teratogênicas e carcinogênicas. A presença dessa toxina em vinhos e sucos ocorre devido à contaminação das uvas por fungos toxigênicos. Estudos têm mostrado a presença desse metabólito secundário tóxico nestas bebidas, o que pode significar perdas econômicas ao setor vitícola, bem como problemas à saúde dos consumidores. Na Europa, vários estudos têm sido realizados com o objetivo de mapear as áreas em que o desenvolvimento de fungos ocratoxigênicos é mais favorável. Entretanto, no Brasil estes estudos ainda são incipientes. O Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares da Organização Mundial da Saúde (JECFA) estabeleceu a ingestão tolerável segura de 112ng de OTA por quilo de peso corpóreo por semana. Para verificar se população está exposta a OTA em níveis que representam risco para à saúde, é necessário comparar o parâmetro de ingestão segura, definido pelo JECFA, com os níveis de exposição a esta toxina. O monitoramento periódico dos níveis de OTA em alimentos e bebidas é justificado por alguns motivos que incluem: (i) os efeitos tóxicos dessa toxina, (ii) a publicação recente da legislação brasileira que estabelece limite máximo para OTA, (iii) a introdução do suco de uva na merenda escolar; e (iv) a recomendação da ingestão regular de vinho/suco de uva devido as suas propriedades funcionais.
RESUMO
Ochratoxin A (OTA) is a mycotoxin with nephrotoxic, genotoxic, teratogenic and carcinogenic properties. The presence of this toxin in wines and juices occurs due to the development of toxigenic fungi in grapes. Studies have shown the presence of this toxic secondary metabolite in these beverages may results in economic losses to the winery as well as health problems for consumers. In Europe, several studies have been done in order to map the areas where the development of ochratoxigenic fungi is more favorable. However, in Brazil these studies are still incipient. The Joint Expert Committee on Food Additives of the World Health Organization (JECFA) established the safe tolerable intake of 112ng OTA per kg of body weight per week. To verify whether the population is exposed to OTA levels that pose a risk to health is necessary to compare the parameter of safe ingestion defined by JECFA with the levels of exposure to this toxin. Periodic monitoring of the OTA levels in food and beverage has been justified by some reasons including: (i) the toxic effects of this toxin, (ii) the recent publication of the Brazilian legislation establishing maximum limit for OTA, (iii) the introduction of grape juice in school meals and (iv) the recommendation of regular wine intake because of their functional properties.
A ocratoxina A (OTA) é uma micotoxina que possui propriedades nefrotóxicas, genotóxicas, teratogênicas e carcinogênicas. A presença dessa toxina em vinhos e sucos ocorre devido à contaminação das uvas por fungos toxigênicos. Estudos têm mostrado a presença desse metabólito secundário tóxico nestas bebidas, o que pode significar perdas econômicas ao setor vitícola, bem como problemas à saúde dos consumidores. Na Europa, vários estudos têm sido realizados com o objetivo de mapear as áreas em que o desenvolvimento de fungos ocratoxigênicos é mais favorável. Entretanto, no Brasil estes estudos ainda são incipientes. O Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares da Organização Mundial da Saúde (JECFA) estabeleceu a ingestão tolerável segura de 112ng de OTA por quilo de peso corpóreo por semana. Para verificar se população está exposta a OTA em níveis que representam risco para à saúde, é necessário comparar o parâmetro de ingestão segura, definido pelo JECFA, com os níveis de exposição a esta toxina. O monitoramento periódico dos níveis de OTA em alimentos e bebidas é justificado por alguns motivos que incluem: (i) os efeitos tóxicos dessa toxina, (ii) a publicação recente da legislação brasileira que estabelece limite máximo para OTA, (iii) a introdução do suco de uva na merenda escolar; e (iv) a recomendação da ingestão regular de vinho/suco de uva devido as suas propriedades funcionais.