RESUMO
A marcha e a corrida compreendem uma importante forma de locomoção humana e estão inseridas no âmbito de exercícios aquáticos, e a sua compreensão depende de uma complexa interação de diversos mecanismos musculares. A literatura atual reconhece as vantagens propiciadas pela prática de exercícios no meio líquido por conta da redução do impacto e a ação das propriedades físicas da água. Este estudo objetivou descrever a postura do tronco de indivíduos não adaptados à esteira subaquática durante a realização da marcha e da corrida. Participaram da pesquisa sete voluntários (média de idade de 32,43 ± 1,46 anos), não adaptados à esteira subaquática. A Análise do tronco ocorreu por meio da Videogrametria. Os voluntários realizaram a marcha e a corrida sobre a superfície da esteira subaquática em um período de adaptação de 4 min, com velocidade inicial de 3,5 km/h e se locomoveram em mais 10 velocidades; com incremento gradual de 0,4 km/h até a velocidade de 7,5 km/h. Foi calculado o ângulo absoluto médio do tronco no plano sagital em função de 16 ciclos de passadas. Para análise dos dados, utilizou-se os testes de Friedman e Wilcoxon (p<0,05). Os resultados evidenciaram que os picos angulares de oscilação do tronco foram maiores na velocidade de transição da marcha para a corrida na velocidade 5,5 km/h. Quando comparadas as oscilações das amplitudes angulares do tronco em função das diferentes velocidades de locomoção do grupo avaliado, foram identificadas diferenças angulares do tronco em diversas velocidades no plano sagital. Concluiu-se que as oscilações do tronco se comportaram diferente em função da velocidade no plano sagital, indicando a complexidade da tarefa no meio líquido....(AU)
Both gait and running feature an important mean of human locomotion inserted in the sports scope, and their comprehension relies on a complex interaction of several muscle mechanisms. The objective of this study was to describe the trunk position of subjects not adapted to underwater treadmill during gait and running. Seven volunteers not adapted to underwater treadmill took part in the study (32 - 43 ± 1 - 46 years old). The trunk analysis was carried out through Videogrametry. The volunteers conducted both gait and running for a 4-minute adaptation period with initial speed of 3,5 km/h and movements in 10 speeds; gradual increase from 0.4 km/h to 7,5 km/h. The average absolute angle of the trunk for the sagittal plane was calculated according to 16 cycles of paces. For data analysis, it was used Friedman and Wilcoxon tests (p<0,05). Results revealed that the angle peak for trunk oscillation were higher at gait speed during transition to running at 5,5 km/h. When comparing the oscillations of the trunk angle ranges according to the different locomotion speeds, trunk angular differences were identified at several speeds in the sagittal plane. It has been concluded that the trunk oscillations behaved differently according to the speed in the sagittal plane pointing to the complexity of underwater tasks....(AU)