RESUMO
RESUMO Objetivo Verificar os efeitos de um programa fonoaudiológico de aprimoramento das habilidades de comunicação oral, por meio da mensuração dos índices autorreferidos de ansiedade e estresse. Métodos Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado. Os participantes da pesquisa foram divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo intervenção (GI) e grupo controle (GC). O GI participou de seis oficinas de aprimoramento das habilidades de comunicação oral. O GC participou de uma única oficina sobre saúde vocal. Foram aplicados, antes da primeira e após a última oficina, os protocolos: Questionário de caracterização da amostra, Self Statements During Public-Speaking Scale (SSPS), Perceived Stress Scale (PSS) e o Cuestinário de Ansiedad Social para Adultos (CASO). Após seis meses, foi realizado um follow-up. Resultados O GI apresentou, após o aprimoramento, redução significativa dos escores de ansiedade no CASO, de forma geral, e em todos os parâmetros do protocolo. Os valores da PSS referentes ao estresse demonstraram aumento da autoavaliação positiva e diminuição da autoavaliação negativa. Já na autoavaliação ao falar em público, foi verificado, na SSPS, aumento da pontuação geral, em relação ao GC. Conclusão O programa de aprimoramento fonoaudiológico das habilidades de comunicação oral promoveu a diminuição nos índices de ansiedade e estresse autorreferidos, aumentando a autopercepção positiva ao falar em público. O presente estudo foi registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC), sob o identificador primário RBR-37r3S2.
RESUMO Objetivo Verificar os efeitos de um programa fonoaudiológico de aprimoramento das habilidades de comunicação oral, por meio da mensuração dos índices autorreferidos de ansiedade e estresse. Métodos Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado. Os participantes da pesquisa foram divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo intervenção (GI) e grupo controle (GC). O GI participou de seis oficinas de aprimoramento das habilidades de comunicação oral. O GC participou de uma única oficina sobre saúde vocal. Foram aplicados, antes da primeira e após a última oficina, os protocolos: Questionário de caracterização da amostra, Self Statements During Public-Speaking Scale (SSPS), Perceived Stress Scale (PSS) e o Cuestinário de Ansiedad Social para Adultos (CASO). Após seis meses, foi realizado um follow-up. Resultados O GI apresentou, após o aprimoramento, redução significativa dos escores de ansiedade no CASO, de forma geral, e em todos os parâmetros do protocolo. Os valores da PSS referentes ao estresse demonstraram aumento da autoavaliação positiva e diminuição da autoavaliação negativa. Já na autoavaliação ao falar em público, foi verificado, na SSPS, aumento da pontuação geral, em relação ao GC. Conclusão O programa de aprimoramento fonoaudiológico das habilidades de comunicação oral promoveu a diminuição nos índices de ansiedade e estresse autorreferidos, aumentando a autopercepção positiva ao falar em público. O presente estudo foi registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC), sob o identificador primário RBR-37r3S2.
Assuntos
Humanos , Ansiedade , Autoimagem , Estresse Psicológico , Comportamento Verbal , Fonoaudiologia , Autoavaliação (Psicologia) , Fala , Inquéritos e QuestionáriosRESUMO
Abstract Introduction: Vocal fold polyp is a benign proliferative disease in the superficial lamina propria of the vocal fold, and vocal microsurgery can improve the voice quality of patients with vocal fold polyp. In preliminary studies, we found that vocal training could improve the vocal quality of patients with early vocal fold polyp. Objective: This study aimed to compare the efficacies of vocal training and vocal microsurgery in patients with early vocal fold polyp. Methods: A total of 38 patients with early vocal fold polyp underwent 3 months of vocal training (VT group); another 31 patients with early vocal fold polyp underwent vocal microsurgery (VM group). All subjects were assessed using laryngostroboscopy, voice handicap index, and dysphonia severity index, and the efficacies of vocal training and vocal microsurgery were compared. Results: The cure rates of vocal training and vocal microsurgery were 31.6% (12/38) and 100% (31/31), respectively. The intragroup paired-sample t-test showed that the post treatment vocal handicap index, maximum phonation time, highest frequency (F0-high), lowest intensity (I-low), and dysphonia severity index in both the VT and VM groups were better than those before treatment, except for the jitter value. The intergroup independent-sample t-test revealed that the emotional values of vocal handicap index (t = − 2.22, p = 0.03), maximum phonation time (t = 2.54, p = 0.013), jitter (t = − 2.11, p = 0.03), and dysphonia severity index (t = 3.24, p = 0.002) in the VT group were better than those in the VM group. Conclusions: Both, vocal training and vocal microsurgery could improve the voice quality of patients with early vocal fold polyp, and these methods present different advantages.
Resumo Introdução: O pólipo de prega vocal é uma doença proliferativa benigna da camada superficial da lâmina própria da prega vocal e a microfonocirurgia pode melhorar a qualidade vocal desses pacientes. Em estudos preliminares, observamos que o treinamento vocal era capaz de melhorar a qualidade vocal de pacientes com pólipo incipiente de prega vocal. Objetivo: Este estudo teve como objetivo comparar a eficiência entre treinamento vocal e microfonocirurgia em pacientes com pólipo incipiente de prega vocal. Método: Um total de 38 pacientes com pólipo incipiente de prega vocal foram submetidos a três meses de treinamento vocal (grupo TV); outros 31 pacientes foram submetidos à microfonocirurgia (grupo MC). Todos os indivíduos foram avaliados por meio de laringoestroboscopia, índice de desvantagem vocal e índice de severidade da disfonia e a eficácia entre treinamento vocal e microfonocirurgia foi comparada. Resultados: As taxas de cura do treinamento vocal e da microfonocirurgia foram de 31,6% (12/38) e 100% (31/31), respectivamente. O teste t para amostras pareadas intragrupo mostrou que o índice de desvantagem vocal pós-tratamento, tempo máximo de fonação, frequência máxima, intensidade mínima e índice de severidade da disfonia nos grupos TV e MC foram melhores do que aqueles antes do tratamento, exceto pelo valor do jitter. O teste t para amostras independentes intergrupos revelou que o valor emocional do índice de desvantagem vocal (t = -2,22, p = 0,03), tempo máximo de fonação (t = 2,54, p = 0,013), jitter (t = -2,11, p = 0,03) e índice de severidade da disfonia (t = 3,24, p = 0,002) no grupo TV foram melhores do que os do grupo MC. Conclusões: Tanto o treinamento vocal quanto a microfonocirurgia podem melhorar a qualidade da voz de pacientes com pólipo incipiente de prega vocal e esses métodos apresentam diferentes vantagens.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Prega Vocal/cirurgia , Treinamento da Voz , Doenças da Laringe/cirurgia , Disfonia/etiologiaRESUMO
INTRODUCTION: Vocal fold polyp is a benign proliferative disease in the superficial lamina propria of the vocal fold, and vocal microsurgery can improve the voice quality of patients with vocal fold polyp. In preliminary studies, we found that vocal training could improve the vocal quality of patients with early vocal fold polyp. OBJECTIVE: This study aimed to compare the efficacies of vocal training and vocal microsurgery in patients with early vocal fold polyp. METHODS: A total of 38 patients with early vocal fold polyp underwent 3 months of vocal training (VT group); another 31 patients with early vocal fold polyp underwent vocal microsurgery (VM group). All subjects were assessed using laryngostroboscopy, voice handicap index, and dysphonia severity index, and the efficacies of vocal training and vocal microsurgery were compared. RESULTS: The cure rates of vocal training and vocal microsurgery were 31.6% (12/38) and 100% (31/31), respectively. The intragroup paired-sample t-test showed that the post treatment vocal handicap index, maximum phonation time, highest frequency (F0-high), lowest intensity (I-low), and dysphonia severity index in both the VT and VM groups were better than those before treatment, except for the jitter value. The intergroup independent-sample t-test revealed that the emotional values of vocal handicap index (t=-2.22, p=0.03), maximum phonation time (t=2.54, p=0.013), jitter (t=-2.11, p=0.03), and dysphonia severity index (t=3.24, p=0.002) in the VT group were better than those in the VM group. CONCLUSIONS: Both, vocal training and vocal microsurgery could improve the voice quality of patients with early vocal fold polyp, and these methods present different advantages.
Assuntos
Doenças da Laringe/cirurgia , Pólipos/cirurgia , Prega Vocal/cirurgia , Treinamento da Voz , Adulto , Disfonia/etiologia , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto JovemRESUMO
RESUMO Objetivo: comparar os sintomas auditivos, proprioceptivos e os totais pré e pós-terapia de grupo de pacientes com disfonia, além de associar o número de sintomas vocais às variáveis sexo, faixa etária, uso profissional da voz e diagnóstico laríngeo. Métodos: participaram 27 pacientes inseridos em grupos terapêuticos. Todos responderam aos sintomas vocais auditivos, proprioceptivos e totais do Protocolo de Triagem Vocal (PTV) pré e pós-terapia de grupo, que constou de oito encontros, sendo o primeiro e último para aplicação do PTV; do segundo ao sétimo foram realizadas sessões terapêuticas fonoaudiológicas de abordagem eclética. Resultados: os participantes eram adultos, maioria do sexo feminino e diagnóstico laríngeo predominante de lesão na porção membranosa das pregas vocais. Pôde-se perceber que houve redução significante dos sintomas vocais proprioceptivos e totais quando se comparou pré e pós-terapia. Minimizaram significantemente pós-terapia os sintomas vocais: fadiga vocal, garganta seca, bolo na garganta, esforço e desconforto ao falar. Houve associação entre sintomas vocais (proprioceptivos, auditivos e totais) pós-terapia de grupo com as variáveis sexo feminino e diagnóstico laríngeo lesão de massa na porção membranosa das pregas vocais. Não houve associação dos sintomas vocais pós-terapia com faixa etária e nem uso profissional da voz. Conclusão: houve redução dos sintomas vocais totais e proprioceptivos relatados pelos pacientes ao comparar o pré e o pós-terapia. Houve associação entre sexo feminino e diagnóstico de lesão de massa na porção membranosa das pregas vocais com sintomas totais, proprioceptivos e auditivos pós-terapia de voz. A faixa etária e o uso profissional da voz não foram associados à redução dos sintomas vocais.
ABSTRACT Purpose: to compare auditory, proprioceptive and total symptoms in dysphonia patients pre- and post- group therapy, and associate the number of vocal symptoms with gender, age, professional use of voice, and laryngeal diagnosis variables. Methods: the sample included 27 patients enrolled in therapeutic groups. All had auditory, proprioceptive, and total vocal symptoms from the Vocal Screening Protocol (VSP), pre- and post- group therapy, which consisted of eight meetings, with the first and last being for the implementation of the VSP; in the second to seventh, speech therapy sessions were performed using an eclectic approach. Results: the participants were adults, mostly female, and predominantly with laryngeal diagnoses involving lesions in the membranous portion of the vocal folds. There was a significant reduction in proprioceptive and total vocal symptoms when pre- and post- therapy was compared. The following vocal symptoms were significantly minimized post-therapy: vocal fatigue, dry throat, lumps in the throat, effort and discomfort when speaking. There was a connection between post group therapy (proprioceptive, auditory, and total) vocal symptoms and the female and laryngeal diagnosis involving mass lesions in the membranous portion of the vocal folds variables. There was no connection between post-therapy vocal symptoms and age or professional use of voice. Conclusion: there was a reduction in total and proprioceptive vocal symptoms reported by patients, comparing pre- and post- therapy. There was a connection between females and diagnoses of mass lesions in the membranous portion of the vocal folds and total, proprioceptive, and auditory symptoms post- voice therapy. Age and professional use of voice were not associated with reduced vocal symptoms.
RESUMO
OBJETIVO: Identificar e caracterizar dores corporais em coristas eruditos. MÉTODOS: Foi aplicado um questionário autoexplicativo a 50 coristas eruditos e 150 sujeitos da população geral, com questões de caracterização pessoal e sobre a presença e frequência de 13 tipos de dores corporais: cabeça, pescoço, nuca, ombros, costas, peito, mão, ouvido, língua, articulação temporomandibular, garganta e dor ao falar. RESULTADOS: Coristas eruditos relataram menos dores do que a população geral. Os tipos de dores mais relatados por coristas foram garganta, costas e ombros, respectivamente. CONCLUSÃO: A baixa ocorrência de dores corporais em coristas eruditos sugere que o uso vocal saudável, aliado ao treino da musculatura respiratória e de produção vocal, pode oferecer uma maior resistência musculoesquelética, prevenindo o aparecimento de doenças associadas a ela.
PURPOSE: To identify and characterize the presence of body pain related to voice usage in choral singers. METHODS: A questionnaire investigating the occurrence of voice problems, vocal self-evaluation, and a report of body aches was given to 50 classical choral singers and 150 participants who were non-singers. Thirteen types of aches were investigated that were distributed into two groups: larynx proximal ache (temporomandibular joint, tongue, sore throat, neck, back of the neck, shoulder, and pain while speaking) and distal ache (headache, backache, chest, arms, hands, and ear ache). RESULTS: Classical choral singers had less presence of pain than the general population. The most related pain types reported in singers were sore throat, chest, and shoulder, respectively. CONCLUSION: Reduced vocal signs of pain in singers may suggest that singers can benefit from vocal training once they have better voice usage due to voice practice, offering a protective effect to the development of voice disorders since voice training builds up a better musculoskeletal endurance.