RESUMO
INTRODUÇÃO: A coréia de Sydenham é a principal causa de coréia adquirida na infância no Brasil. Assim, torna-se relevante saber como os médicos tratam os pacientes coréicos no nosso meio. OBJETIVO: Descrever a prática médica informada em coréia de Sydenham entre pediatras. MÉTODO: Estudo observacional descritivo seccional realizado por entrevistas feitas entre pediatras de emergência e especialistas dos hospitais públicos do Município do Rio de Janeiro. RESULTADOS: 74 por cento dos entrevistados referiu não usar escalas de gravidade; somente 81 por cento dos médicos fazem uso regular de penicilina benzatina; 64 por cento referem iniciar tratamento farmacológico; 28,3 por cento usam apenas o haloperidol para o tratamento. CONCLUSÃO: As escalas de gravidade não são usadas rotineiramente no atendimento de pacientes coréicos; há tendência à prescrição irregular de penicilina entre médicos mais jovens; o haloperidol é a droga mais prescrita entre os entrevistados.
BACKGROUND: Sydenham's chorea is the most common cause of acquired childhood chorea in Brazil. Thus it is relevant to know how physicians treat those patients. OBJECTIVE: To describe the practice patterns of Sydenham's chorea among pediatricians. METHOD: A descriptive study was undertaken using a questionnaire among specialists and emergency pediatricians who work in public hospitals of Rio de Janeiro district. RESULTS:74 percent of the physicians informed not to use any severity scale; 81 percent informed to always prescribe benzatine penicillin; 64 percent informed to begin pharmacological treatment for all patients; and Haloperidol was the most remembered drug among all physicians. CONCLUSION: Physicians do not use routinely severity scales in follow-up of choreic patients; there is a tendency of irregular prescription of benzatine penicillin by younger doctors; and 28.3 percent prescribe only haloperidol.
Assuntos
Adolescente , Criança , Pré-Escolar , Humanos , Antibacterianos/uso terapêutico , Coreia/tratamento farmacológico , Competência Clínica/normas , Penicilina G Benzatina , Pediatria/normas , Padrões de Prática Médica/normas , Antidiscinéticos/uso terapêutico , Brasil , Haloperidol/uso terapêutico , Febre Reumática/complicações , Índice de Gravidade de DoençaRESUMO
Objetivo: Avaliar a frequência de alterações doppler-ecocardiográficas em pacientes em fase aguda de febre reumática sem evidência clínica de envolvimento cardiovascular (valvite subclínica), tendo a coréia de Sydenham ou a artrite como manifestações maiores. Método: Realizou-se estudo retrospectivo, entre agosto de 2001 e agosto de 2002, por meio da análise dos prontuários de 44 pacientes em primeiro surto de febre reumática, que apresentaram coréia e/ou artrite como manifestação clínica maior, com exame cardiovascular normal. Para análise estatística foram excluídos desse total os seis pacientes que apresentaram artrite e coréia associadas. Constituíram-se dois grupos de estudo - grupo l: pacientes que apresentaram como manifestação maior apenas artrite (ou poliartrite); grupo ll: pacientes que apresentaram apenas coréia de Sydenham. Resultados: Dos 44 pacientes, 25 (56,8%) apresentaram artrite, 13(29,6%) coréia, e seis (13,6%) artrite e coréia. O estudo doppler-ecocardicoráfico demonstrou alterações valvares (espessamento valvar mitral e/ou aórtico, associado à regurgitação das referidas valvas) em 21 (47,7%) dos 44 pacientes (valvite sub-clínica). Alterações valvares compatíveis com valvite foram evidenciadas em seis (24%) dos 25 pacientes do grupo I, em 11)84,6%) dos 13 pacientes do grupo II, e em quatro (66,7%) dos seis pacientes que apresentaram artrite e coréia simultaneamente. Conclusão: O Dopplerecocardiograma proporcionou melhor avaliação dos pacientes em fase aguda da febre reumática quanto ao envolvimento cardíaco. Maior frequência de valvite foi encontrada entre os pacientes com coréia.
Aim: To evaluate the frequency of dopplerechocardiographic changes in patients with acute rheumatic fever without clinical evidence of cardiac involvement (subclinical valvitis). All patients presented, as major manifestation of acute rheumatic fever, Sydenham's chorea or arthritis. Methods: From August 2001 to August 2002, a retrospective analysis was made in 44 patients who had chorea or arthritis as major clinical manifestation in their first episode of rheumatic fever. All patients had normal cardiovascular examination. For statistical analysis six patients who presented both arthritis and chorea were excluded. Therefore, there were two groups: (1) patients who presented only arthritis as major manifestation; (2) patients who presented only Sydenham's chorea. Results: Among 44 patients, 25(56.8%) presented arthritis, 13 (29.6%) presented chorea and six (13.6%) presented both. Dopplerechocardiographic study demonsirated subclinical valvitis in 21 (47.7%) of 44 patients: six (24.0%) of patients in group I, 11(84.6%) of 13 patients in groupll, and four (66.7%) of six patients who presented arthritis and chorea. Conclusion: Dopplerechocardiogram provided best evaluation of cardiac involvement in patients with acure rheumatic fever. Valvitis was seem more frequently in patients with chorea.