RESUMO
Patients with inflammatory bowel disease (IBD) have shown to be at increased risk of developing extraintestinal malignancies. Immunomodulators (immunosuppressant and anti-tumor necrosis factor) diminish the mucosal inflammatory response changing the evolution of the disease, especially when these strategies are introduced earlier. However, therapies that alter the immune system may also promote carcinogenesis. Treatment of IBD in patients with prior malignancy is challenging and the final decision regarding therapeutic strategy should be made on a case-by-case basis. The purpose of this review is to show the characteristics of extra-colonic cancer in patients with IBD, including risks, pathogenesis and management of IBD after cancer diagnosis, the effect of neoplasm treatment on IBD, and the effect of IBD and its treatments on cancer outcomes.
Los pacientes con enfermedad inflamatoria intestinal (EII) presentan un mayor riesgo de desarrollar neoplasias extraintestinales. Los inmunomoduladores (inmunosupresores y terapia biológica anti-TNF) disminuyen la respuesta inflamatoria a nivel de la mucosa, modificando la evolución de la enfermedad, especialmente cuando son introducidos precozmente. Sin embargo, estas terapias pueden alterar el sistema inmune y promover la carcinogénesis. El tratamiento de la EII en pacientes con antecedentes de cáncer es un desafío y la decisión final sobre la estrategia terapéutica debe ser determinada caso a caso. Esta revisión tiene como objetivo mostrar las características de las neoplasias extra-intestinales en pacientes con EII, incluyendo los riesgos, patogénesis y manejo de la EII posterior al diagnóstico del cáncer, el efecto de la neoplasia sobre el tratamiento de la EII y el efecto de la EII y su tratamiento sobre el cáncer.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Doenças Inflamatórias Intestinais/complicações , Imunossupressores/efeitos adversos , Neoplasias/diagnóstico , Doenças Inflamatórias Intestinais/patologia , Doenças Inflamatórias Intestinais/tratamento farmacológico , Fatores de Risco , Terapia de Imunossupressão/efeitos adversos , Imunossupressores/uso terapêutico , Neoplasias/etiologiaRESUMO
OBJETIVOS: Avaliar a resposta clínica após a estratégia de troca entre agentes antifator de necrose tumoral alfa (anti-TNF-alfa) em pacientes com artrite reumatoide (AR). PACIENTES E MÉTODOS: Foram incluídos 99 pacientes com diagnóstico de AR (American College of Rheumatology, 1987), em uso de terapia anti-TNF-alfa, para avaliação da resposta terapêutica após 24 semanas. A estratégia de troca foi feita se, após 12 a 24 semanas, houvesse relato de evento adverso sério (T: toxicidade) ou se não ocorresse redução maior que 0,6 do índice de atividade da doença (DAS28) inicial (RI: resposta inadequada). Nesse último caso, o paciente foi considerado como falência primária (FP). Falência secundária (FS) foi definida se houvesse perda de resposta após melhora inicial. Remissão (DAS28 < 2,6), baixa atividade de doença (2,61 < 3,2) e melhora funcional [aumento > 0,2 do questionário de avaliação da saúde (HAQ) inicial] foram avaliadas por análise de regressão linear. P < 0,05 foi considerado significante. RESULTADOS: A estratégia de troca foi realizada em 39 (39,4 por cento) pacientes, especialmente por FP (24,3 por cento), FS (35,1 por cento) e T (40,5 por cento). A taxa de retenção ao primeiro agente foi de 60,1 por cento, e o tempo médio para a troca foi de 14,2 ± 10,9 meses. Após a troca, houve tendência à queda do DAS28 (4,7 ± 1,4; P = 0,08), mas não do HAQ (1,2 ± 0,77; P = 0,11). Cerca de 43 por cento deles alcançaram boa/moderada resposta EULAR. O principal determinante da troca foi o DAS28 inicial mais elevado, independente de idade, tempo de doença e capacidade funcional. CONCLUSÃO: A estratégia de troca entre agentes anti-TNF-alfa é válida para o controle da atividade de doença, embora com baixa probabilidade de remissão e sem melhora significativa da capacidade funcional.
OBJECTIVES: To assess clinical response after switching between anti-tumor necrosis factor-alpha (anti-TNF-alpha) agents in patients with rheumatoid arthritis (RA). PATIENTS AND METHODS: This study included 99 patients diagnosed with RA American College of Rheumatology, 1987), on anti-TNF-alpha therapy, to assess the therapeutic response after 24 weeks. Switching was performed if, after 12 to 24 weeks, a severe adverse event was reported (toxicity: T) or if no reduction greater than 0.6 in the initial Disease Activity Score 28 (DAS28) occurred (inadequate response: IR). In case of IR, the patient was considered as primary failure (PF). Secondary failure (SF) was defined as loss of response after initial improvement. Remission (DAS28 < 2.6), low disease activity (between 2.61 and 3.2), and functional improvement [increase in the initial Health Assessment Questionnaire (HAQ) > 0.2] were assessed by use of linear regression analysis. The significance level adopted was P < 0.05. RESULTS: Switching was performed in 39 (39.4 percent) patients, especially due to PF (24.3 percent), SF (35.1 percent) and T (40.5 percent). The retention rate of the first agent was 60.1 percent, and the mean time for switching was 14.2 ± 10.9 months. After switching, a tendency towards a decrease in DAS28 was observed (4.7 ± 1.4; P = 0.08), but not in the HAQ (1.2 ± 0.77; P = 0.11). Around 43 percent of the patients achieved good/moderate EULAR response. The major determinant of switching was a higher initial DAS28, independent of age, duration of disease, and functional capacity. CONCLUSION: Switching between anti-TNF-alpha agents is a valid strategy to control disease activity, despite the low likelihood of remission and no significant improvement in functional capacity.
Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Antirreumáticos/uso terapêutico , Artrite Reumatoide/tratamento farmacológico , Artrite Reumatoide/fisiopatologia , Substituição de Medicamentos , Fator de Necrose Tumoral alfa/antagonistas & inibidores , Estudos Retrospectivos , Resultado do TratamentoRESUMO
A Artrite Reumatóide é uma doença crônica, sistêmica, autoimune, de etiologia desconhecida, que envolve predominantemente as articulações sinoviais, o que pode acarretar deformidade e destruição das mesmas. Com a progressão da doença, os pacientes com Artrite Reumatóide desenvolvem incapacidade para realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional, gerando um impacto econômico significativo para o paciente e para a sociedade. Embora a causa exata da Artrite Reumatóide permaneça desconhecida, estudos realizados ao longo das duas últimas décadas possibilitaram maior compreensão da patogenia desta doença. Este conhecimento vem permitindo o desenvolvimento de novas terapias usadas para tratar as formas mais graves da doença. O principal objetivo do tratamento é atingir a remissão, no entanto, quando este não for possível, espera-se a prevenção do dano articular e da perda da função e ainda redução da dor. As mais recentes estratégias para o tratamento da Artrite Reumatóide envolvem o diagnóstico precoce e o controle agressivo do processo inflamatório. O reconhecimento de citocinas pró-inflamatórias mais expressas como o fator de necrose tumoral α (TNF-α) e interleucina (IL) 1 e IL6 possibilitou o surgimento de novas terapias dirigidas contra essas citocinas alvos. O TNF-α é uma citocina pró-inflamatória que desempenha papel chave na resposta imune, na defesa contra microrganismos e no processo inflamatório. Agentes biológicos que inibem o TNF-α são considerados eficazes na redução da atividade e no retardamento do dano estrutural articular na Artrite Reumatóide, em especial nas formas refratárias aos tratamentos convencionais. Atualmente, estão disponíveis no mercado brasileiro, três agentes anti-TNF-α: infliximabe, etanercepte e adalimumabe. Estes agentes são relativamente seguros para Artrite Reumatóide, mas podem, no entanto, apresentar complicações infecciosas graves, como a reativação da tuberculose latente. O alto custo dessas ... .
Rheumatoid arthritis is a chronic, systemic autoimmune disease of unknown etiology that involves predominantly synovial articulations, which can lead to deformity and destruction. With the progression of the disease, patients with Rheumatoid Arthritis develop inability to perform activities of daily living both as a professional, generating a significant economic impact for the patient and to society. Although the exact cause of rheumatoid arthritis remains unknown, studies conducted over the past two decades has enabled greater understanding of the pathogenesis of this disease. This knowledge has allowed the development of new therapies used to treat severe forms of the disease. The main goal of treatment is to achieve remission, however, when this can not be expected to prevent joint damage and loss of function and even reduce pain. The latest strategies for the treatment of Rheumatoid Arthritis involve the early diagnosis and aggressive control of inflammation. The recognition of pro-inflammatory cytokines expressed more as tumor necrosis factor α (TNF-α) and interleukin (IL) 1 and IL6 enabled developing new therapies directed against these cytokines targets. TNF-α is a proinflammatory cytokine that plays a key role in immune response, defense against microorganisms and the inflammatory process. Biological agents that inhibit TNF-α are considered effective in reducing activity and in the retardation of structural joint damage in rheumatoid arthritis, especially in forms refractory to conventional treatments. Currently, they are available in Brazil, three anti-TNF-α: infliximab, etanercept and adalimumab. These drugs are relatively safe for Rheumatoid Arthritis, but may, however, present serious infectious complications such as reactivation of latent tuberculosis.The high cost of these drugs, their use in hospital and the risk to opportunistic infections remain the limiting factors for its widespread use in the treatment of Rheumatoid Arthritis ....
Assuntos
Humanos , Artrite Reumatoide , Fator de Necrose Tumoral alfa , SaúdeRESUMO
INTRODUÇÃO: A terapia imunobiológica anti-TNFα tem-se mostrado efetiva no tratamento de pacientes com artrite psoriásica (APs) refratária. No entanto, não está bem definido o risco de desenvolvimento de autoanticorpos comumente encontrados nas doenças reumatológicas em pacientes com APs na vigência desse tratamento. OBJETIVO: avaliar a indução de autoanticorpos específicos durante a terapia anti-TNFα em pacientes com APs. PACIENTES E MÉTODOS: Foram analisadas amostras de soro de 23 pacientes com APs (mulheres: 61 por cento, idade: 45,04 ± 12,68 anos, quadro poliarticular: 69,6 por cento, duração da doença: 13,3 ± 7,7 anos, infliximabe: 82,60 por cento) obtidas imediatamente antes (basal) e cerca de um ano após a introdução da terapia anti-TNF (última amostra) (385 ± 131,45 dias). A pesquisa incluiu a detecção de anticorpos antinucleares (ANA) e anticorpos para dsDNA (imunofluorescência indireta em células Hep-2 e em Crithidia luciliae, respectivamente); RNP e Sm (hemaglutinação passiva); Ro/SS-A e/ou La/SS-B, cromatina, histona, peptídeo citrulinado (CCP) e cardiolipina (ELISA). RESULTADOS: A pesquisa basal de ANA revelou positividade em 47,8 por cento dos pacientes, com predomínio do padrão nuclear homogêneo (81,8 por cento). Todas as amostras de soro testadas foram negativas para fator reumatoide e anticorpos anticardiolipina, RNP, Sm, Ro/SS-A, La/SS-B, histona e dsDNA, enquanto dois pacientes apresentaram positividade para anticromatina e um para anti-CCP. Todas as amostras de ANA positivas no tempo basal, exceto uma, mantiveram essa reatividade após a introdução da terapia anti-TNF. Reatividade "de novo" ANA foi observada em quatro dos pacientes originalmente negativos (33,3 por cento). Anticorpos anti-Ro/SS-A, La/SS-B, cardiolipina, histona, dsDNA e fator reumatoide foram sistematicamente negativos em todas as amostras finais de soro testadas e positividade anticromatina foi detectada em outros três...
INTRODUCTION: Anti-TNFα therapy has been effective in the treatment of patients with refractory psoriatic arthritis (PSA). However, the risk of developing autoantibodies commonly found in rheumatic diseases in PSA patients undergoing this therapy is not clear. OBJECTIVE: To evaluate the induction of specific autoantibodies after anti-TNFα therapy in PSA patients. PATIENTS AND METHODS: Serum samples from 23 PSA patients (women: 61 percent, age: 45.04 ± 12.68 years, polyarticular: 69.6 percent, disease duration: 13.3 ± 7.7 years, infliximab: 82.60 percent) obtained immediately before (baseline) and approximately one year after the introduction of anti-TNF therapy (last sample) (385 ± 131.45 days), were analyzed. The analysis included detection of antinuclear antibodies (ANA) and anti-dsDNA antibodies (indirect immunofluorescence on Hep-2 cells and Crithidia luciliae, respectively); anti-RNP and anti-Sm (passive hemagglutination); and anti-Ro/ SS-A and/or anti-La/SS-B, anti-chromatin, anti-histones, anti-citrullinated peptide (CCP), and anti-cardiolipin (ELISA) antibodies. RESULTS: At baseline, ANA was positive in 47.8 percent of patients, with predominance of homogeneous nuclear pattern (81.8 percent). All baseline serum samples were negative for rheumatoid factor and antibodies to cardiolipin, RNP, Sm, Ro/SS-A, anti-La/SS-B, anti-histone, and anti-dsDNA antibodies, while two patients were positive for anti-chromatin and one for anti-CCP. All ANA-positive samples at baseline, except for one, remained positive after the introduction of anti-TNF therapy; however, de novo ANA reactivity was observed in four originally negative patients (33.3 percent). Anti-Ro/SS-A, La/SS-B, cardiolipin, histones, dsDNA, and rheumatoid factor antibodies remained negative in all final serum samples tested, and anti-chromatin positivity was detected in three other patients. CONCLUSION: Our findings have shown that anti-TNF therapy induced ANA positivity...