RESUMO
Objetivos: melhorar a percepção do dentista sobre a atratividade do sorriso através de avaliações objetivas. Material e métodos: fotografias frontais de sorrisos (envolvendo a área dos caninos) foram aleatoriamente escolhidas e dispostas em dois sentidos verticais variados (nivelado, abaixo) numa guia personalizada contendo quatro molduras labiais do sorriso (fino, médio, grosso, invertido). Os aspectos que influenciam a atratividade do sorriso (PD = proporção dentária, PV = posicionamento vertical dentário, EL = espessura labial, FG = festonamento gengival) também foram incluídos e uma nota final geral atribuída ao sorriso geral (SG). Adicionalmente, o formulário do exercício continha a opção "existe um implante?" e "qual sua localização?". Todos os itens foram avaliados através de escalas de Likert. A prevalência de respostas foi calculada para cada item. O teste de Wilcoxon (alfa = 5%) foi usado para verificar a possibilidade de diferença de opinião entre os nivelamentos horizontais e para uma mesma moldura de sorriso. Os níveis de confiabilidade (concordância absoluta = ICC e responsividade = Cronbach alfa) também foram avaliados. Resultados: um teste-piloto foi conduzido com 16 estudantes. Trinta e duas combinações foto/moldura labial foram geradas e apresentadas de forma randomizada. A avaliação geral do sorriso ficou em: pobre (11/32), mediano (6/32), bom (15/32) e muito bom (1/32). O número de acertos da possível posição do implante foi 13 em 32 tentativas. Diferenças estatisticamente significativas entre os nivelamentos foram observadas nas situações 1/17 (p=0,0001), 13/29 (p=0,02), 2/18 (p=0,0002), 6/22 (p=0,0001), 14/30 (p=0,0001), 7/23 (p=0,01) e 15/31 (p=0,039). Os maiores coeficientes de ICC e Cronbach alfa foram vistos para o sorriso geral e FG. Conclusão: a percepção visual do dentista pode ser treinada mudando-se a moldura labial e o nivelamento vertical dos dentes e é influenciada pelo festonamento gengival. O teste se mostrou útil na verificação da atratividade do sorriso.
Objectives: to improve the perception of the dentist on the smile attractiveness through objective evaluations. Material and methods: frontal photographs of smiles (involving the canine area) were randomly chosen and arranged in two different vertical directions (leveled, below) in a personalized guide containing four lip architectures (thin, medium, thick, inverted). The aspects that infl uence the smile attractiveness (PD = dental proportion, PV = vertical tooth position, EL = lip thickness, GS = gingival scalloping) were also included and a general final score attributed to the general smile (SA). Additionally, the exercise form contained questions such as "is there an implant?" and "what is your location?". All items were assessed using Likert scales. The prevalence of responses was calculated for each item. The Wilcoxon test was used to verify the possibility of differences between the horizontal leveling for the same smile architecture. The reliability levels (absolute agreement = ICC and responsiveness = Cronbach alpha) were also evaluated. Results: a pilot test was conducted with 16 students. Thirty-two photos/lip architecture combinations were generated and presented at random. The overall smile rating was: poor (11/32), average (6/32), good (15/32), and very good (1/32). The number of positive responses for implant position was 13 in 32 trials. Statistically significant differences were observed in the combinations 1/17 (p=0.0001), 13/29 (p=0.02), 2/18 (p=0.0002), 6/22 (p=0.0001), 14/30 (p=0.0001), 7/23 (p=0.01) and 15/31 (p=0.039). The highest ICC and Cronbach alpha values were seen for the general smile attractiveness (SA) and GS. Conclusion: the visual perception can be trained by changing the lip architecture and vertical leveling of the teeth and is influenced by gingival scalloping. This test proved to be useful in verifying the smile attractiveness.