RESUMO
Los Síndromes Mielodisplásicos (SMD) son un grupo heterogéneo de enfermedades mieloides. Esta heterogeneidad en la presentación clínica complejiza el diagnóstico requiriendo diversos estudios complementarios. El tratamiento debe ser individualizado y adaptado al riesgo, desde terapias de soporte hasta intervenciones de alto costo. Para conocer la accesibilidad a las herramientas diagnóstico y terapéuticas se realizó una encuesta online dirigida a los hematólogos que asisten pacientes con SMD en Uruguay en 2016 y 2019. Las encuestas fueron respondidas por 32.5% y 26.6% de los miembros de la Sociedad de Hematología del Uruguay. Más del 90% tienen acceso a estudios histológicos, citogenéticos, FISH y citometría de flujo. La posibilidad de realizar paneles de secuenciación masiva se encuentra restringida a menos de 10% derivando la muestra al exterior, siendo mayor en 2019 en comparación a 2016. Los sistemas de estratificación de riesgo más utilizados son el sistema internacional de puntuación de riesgo (IPSS) y su versión revisada (IPSS-R). La disponibilidad de tratamientos de soporte (transfusiones, eritropoyetina y G-CSF), de azacitidina y del trasplante alogénico de precursores hematopoyéticos es amplia. Existió un aumento en indicación de azacitidina en 2019 con respecto a 2016. Sin embargo, el acceso a decitabina, lenalidomida y fármacos quelantes de hierro es escaso y no se cuenta con ensayos clínicos donde incluir pacientes que fallan o no responden a los tratamientos convencionales. La presente encuesta, realizada en dos períodos, describe la realidad y su evolución en nuestro país en cuanto a accesibilidad a herramientas diagnósticas y terapéuticas extrapolables a otras patologías oncohematológicas. Los datos recabados permitirán plantear estrategias tendientes a mejorar el abordaje diagnóstico-terapéutico de los pacientes con SMD en Uruguay.
Myelodysplastic Syndromes (MDS) constitutes an heterogenous group of hematological malignancies. Reaching an accurate diagnosis, represents in an important number of cases, a major challenge that requires different diagnostic tools. In order to acknowledge the scope of access to those tools in our country, we performed a survey addressed to Uruguayan hematologists who care for MDS patients in their clinical practice. The survey was carried out in 2016 and 2019 among Uruguayan Hematology Society members. Response rate was 32.5% and 26.6% respectively. Access to bone marrow biopsy, cytogenetics, FISH and flow cytometry was accessible to more than 90% of physicians. Less than 10% of respondents were able to request next generation sequencing (NGS) studies and in that case, they have to send them abroad. IPSS and R-IPSS were the most frequently used risk scores. Support treatment such as growth factors and transfusions are widely accessible. Azacytidine and allogenic transplant are available as well. However, access to decitabine, lenalidomide and iron chelating drugs is scarce and there are no clinical trials to include patients who fail or do not respond to conventional treatments. This survey, carried out in two periods, describes the reality and its evolution in our country in terms of accessibility to diagnostic and therapeutic tools that can be extrapolated to other oncohematological pathologies. We were able to get to know our country reality regarding diagnostic and therapeutic tools for MDS patients. This, would represent an important input in order to design health strategies aiming to improve clinical care for our patients.
As Síndromes Mielodisplásicas (SMD) são um grupo heterogêneo de doenças mielóides. Essa heterogeneidade na apresentação clínica torna o diagnóstico mais complexo, exigindo vários estudos complementares. O tratamento deve ser individualizado e adaptado ao risco, desde terapias de suporte até intervenções de alto custo. Para conhecer a acessibilidade de ferramentas diagnósticas e terapêuticas, foi realizada uma pesquisa online dirigida aos hematologistas que atendem pacientes com SMD no Uruguai em 2016 e 2019. As pesquisas foram respondidas por 32,5% e 26,6% dos membros da Sociedad de Hematologia do Uruguai. Mais de 90% têm acesso a estudos histológicos, citogenéticos, FISH e citometria de fluxo. A possibilidade de realização de painéis de sequenciamento massivo está restrita a menos de 10% provenientes da amostra no exterior, sendo maior em 2019 em relação a 2016. Os sistemas de estratificação de risco mais utilizados são o sistema internacional de pontuação de risco (IPSS) e sua versão revisada (IPSS -R). Tratamentos de suporte (transfusões, eritropoietina e G-CSF), azacitidina e transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas estão amplamente disponíveis. Houve aumento da indicação de azacitidina em 2019 em relação a 2016. No entanto, o acesso a decitabina, lenalidomida e quelantes de ferro é escasso e não há ensaios clínicos para incluir pacientes que falham ou não respondem aos tratamentos convencionais. Este inquérito, realizado em dois períodos, descreve a realidade e a sua evolução no nosso país em termos de acessibilidade a instrumentos diagnósticos e terapêuticos que podem ser extrapolados para outras patologias onco-hematológicas. Os dados coletados permitirão propor estratégias destinadas a melhorar a abordagem diagnóstico-terapêutica de pacientes com SMD no Uruguai.
Assuntos
Humanos , Síndromes Mielodisplásicas/diagnóstico , Síndromes Mielodisplásicas/terapia , Acessibilidade aos Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos , Terapêutica/estatística & dados numéricos , Uruguai , Pesquisas sobre Atenção à Saúde , Técnicas e Procedimentos Diagnósticos/estatística & dados numéricosRESUMO
ABSTRACT Objective To validate multilineage score system correlating results of flow cytometry, cytogenetics, cytomorphology and histology from samples of patients with suspected myelodysplastic syndrome or cytopenia of unknown origin. Methods A retrospective study analyzing laboratory data of 49 patients with suspected myelodysplastic syndrome or cytopenia of unknown origin, carried out between May and September 2017. The inclusion criteria were availability of flow cytometry results, and at least one more method, such as morphology, histology or cytogenetics. Thirty-eight patients were classified as diagnosis of myelodysplastic syndromes, whereas 11 were classified as normal. Patients were evaluated based on score systems, Ogata score and flow cytometry multilineage score. Results Comparing the scores obtained in the Ogata score and the multilineage score, it was observed that in four cases the Ogata score was zero or 1 point, while the multilineage score was higher than 3 points. In addition, in 12 cases with Ogata score of 2, the multilineage score was greater than 3. Conclusion The flow cytometry multilineage score system demonstrated to be more effective in dysplasia analysis, by assessing the erythroid, monocytic, granulocytic and precursor cell lineages, apart from the parameters evaluated by the Ogata score.
RESUMO Objetivo Validar ficha de escore multilinhagem correlacionando resultados obtidos de citometria de fluxo, citogenética, citomorfologia e histologia de amostras de pacientes com suspeita de síndrome mielodisplásica ou citopenias a esclarecer. Métodos Estudo retrospectivo de análise de dados laboratoriais de 49 pacientes com suspeita clínica de síndrome mielodisplásica ou citopenias a esclarecer realizado entre maio e setembro de 2017. Os critérios de inclusão foram a disponibilidade de resultados de citometria de fluxo e de, pelo menos, outra metodologia, entre morfologia, histologia, ou citogenética. Trinta e oito pacientes foram classificados como diagnosticados com síndromes mielodisplásicas enquanto 11 foram classificados como normais. Os pacientes foram avaliados utilizando sistemas de escore, escore de Ogata e ficha multilinhagem. Resultados Comparando as pontuações obtidas no escore de Ogata e na ficha multilinhagem, observou-se que, em quatro casos, o score de Ogata foi zero ou 1 ponto, enquanto, pela ficha multilinhagem, a pontuação foi superior a 3 pontos. Além disso, em 12 casos com escore de Ogata 2, a pontuação pela ficha multilinhagem foi superior a 3. Conclusão A ficha multilinhagem demonstrou ser mais eficaz na análise de displasia por avaliar as linhagens eritroide, monocítica, granulocítica e células precursoras, além dos parâmetros avaliados no escore de Ogata.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Síndromes Mielodisplásicas/patologia , Citometria de Fluxo/normas , Padrões de Referência , Biópsia , Células da Medula Óssea/patologia , Monócitos/patologia , Reprodutibilidade dos Testes , Estudos Retrospectivos , Análise Citogenética/métodos , Análise Citogenética/normas , Células Eritroides/patologia , Citometria de Fluxo/métodos , Granulócitos/patologia , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
A síndrome mielodisplásica (SMD) é uma doença de diagnóstico complexo e, com bases nas contribuições encontradas na literatura, reunimos as principais ferramentas diagnósticas disponíveis na atualidade e sua aplicação, bem como o avanço nos métodos de diagnóstico, contribuindo para melhor compreensão da doença e futuras pesquisas. Este trabalho teve como objetivo apresentar as características da SMD, e apontar os exames realizados para o diagnóstico e seu avanço laboratorial, expondo as novas tecnologias para diagnóstico. Para realizar uma revisão bibliográfica, foi realizado um levantamento de artigos científicos publicados a partir de banco de dados confiáveis como PubMed, Bireme e SciELO, de 2000 a 2016. Foram utilizados os seguintes termos para a pesquisa: síndrome mielodisplásica, displasia e diagnóstico. Incluindo-se publicações no idioma Inglês e Português. A SMD, por se tratar de uma doença clonal ou não clonal, deve ser avaliada desde uma análise de sangue periférico, no qual observa-se uma alteração, e com o isso realizar uma investigação baseando-se em dados clínicos, histopatológicos, citogenéticos e na evolução do paciente. Sendo assim, requer profissionais altamente capacitados e que acompanhem a evolução dos critérios para o diagnóstico.
Assuntos
Doenças da Medula Óssea , Síndromes Mielodisplásicas , Evolução MolecularRESUMO
A Split-hand/foot Malformation, muitas vezes aceita como sinônimo de ectrodactilia, é uma malformação com diferentes padrões de hereditariedade que pode se apresentar isoladamente ou como parte de síndromes de maior expressão clínica. Discutimos as peculiaridades do seu diagnóstico e das manifestações associadas ao quadro. Descrevemos o caso esporádico de um paciente com ectrodactilia que desenvolveu uma Síndrome Mielodisplásica associada a manifestações reumatológicas e a Trombose Venosa Profunda. Consideramos o paciente como portador da forma isolada da Split-hand/foot Malformation e as suas outras manifestações como consequências atípicas da Síndrome Mielodisplásica.
The Split-hand/foot Malformation often accepted as a synonym for ectrodactyly is a malformation with different patterns of heredity that can present it individually or as part of syndromes with most clinical significance. We discussed the peculiarities of their diagnosis and clinical manifestations associated with the condition presented. We describe a sporadic case of a patient with ectrodactyly who developed a myelodysplastic syndrome associated with rheumatic manifestations and Deep VeinThrombosis. We considered the patient as suffering from an isolated form of Split-hand/foot Malformation and its other manifestations as atypical consequences of myelodysplastic syndrome.
Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Anormalidades Musculoesqueléticas/genética , Deformidades Congênitas do Pé , Deformidades Congênitas da Mão , Síndromes Mielodisplásicas/diagnóstico , Trombose VenosaRESUMO
As infecções de tecidos moles causadas por espécies de Clostridium têm sido descritos na literatura por centenas de anos. A gangrena gasosa por Clostridium continua sendo uma importante causa de morbidade e mortalidade no mundo. O objetivo deste estudo foi relatar um caso de paciente com diagnóstico de síndrome mielodisplásica, submetida à curetagem uterina e evoluindo com gangrena gasosa espontânea, 10 horas após a cirurgia.Paciente do sexo feminino, 26 anos, com história de dor em terço distal de membros inferiores, irradiando para região de fossa poplítea, com piora à palpação e movimentação dos membros, acompanhada de aumento da temperatura e volume local. Negava febre, hiperemia ou trauma local, evoluindo para choque séptico. Angiotomografia das extremidades e pelve revelou a presença de gás permeando os feixes musculares da coxa e da perna, bilateralmente. A combinação da história e exame clínico,ao estudo radiológico confirmou o diagnóstico sindrômico de gangrena gasosa espontânea. Apesar de elevado índice de suspeição melhorar os resultados clínicos, tais infecções progridem tão rapidamente que o óbito pode preceder o diagnóstico,não obstante, o reconhecimento precoce e tratamento agressivo,incluindo drenagem aberta ou percutânea. Antibióticos parenterais contra Clostrídios devem ser prontamente iniciados, bem como medidas de suporte clínico.
The soft tissue infections caused by Clostridium species have been described in the literature for hundreds of years. The gas gangrene due to Clostridium remains an important cause of morbidity and mortality worldwide. The aim of this study was to report a patient diagnosed with myelodysplastic syndrome who underwent curettage, evolving with spontaneous gas gangrene, 10 hours after surgery. Female patient, 26 years, with pain in the distal third of the lower limbs, radiating to the popliteal fossa region, which worsened on palpation and movement of limbs, and accompanied by an increase in temperature and local volume. She denied fever, redness or local trauma, and progressed to septic shock. Angiotomography of the extremities and pelvis revealed the presence of gas permeating the muscle bundles of the thigh and leg bilaterally. The combination of history and clinical examination and radiological examination confirmed the syndromic diagnosis of Spontaneous Gas Gangrene. Although a high index of suspicion may improve clinical outcomes, such infections progress so rapidly that death usually precedes the diagnosis. However, early recognition and aggressive treatment, including open or percutaneous drainage and parenteral antibiotics against Clostridia should be promptly initiated, along with clinical support.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Gangrena Gasosa/complicações , Gangrena Gasosa/diagnóstico , Infecções por Clostridium/complicações , Infecções por Clostridium/diagnóstico , Sepse/complicações , Síndromes Mielodisplásicas/complicaçõesRESUMO
A Classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para os tumores do tecido hematopoético e linfoide (4ª edição, 2008)¹ representa uma atualização da 3ª edição, 2001². Apresentamos a seguir um resumo dessas alterações nos grupos das doenças mieloproliferativas, mileodisplásicas, leucemias mieloides agudas, neoplasias de células precursoras B e T, e neoplasias de células B, T e NK maduras. O entendimento das alterações genético-moleculares e os resultados alcançados com propostas terapêuticas inovadoras nesses grupos de doenças demandam constante reavaliação de sua classificação, justificando as alterações importantes aqui discutidas1,3-5.
The World Health Organization (WHO) Classification of tumors of hematopoietic and lymphoid tissues (4th edition, 2008)¹ presents an updated version of the 3rd edition published in 2001². A summary of these changes relates to the groups of chronic myeloproliferative disorders, myelodisplasia, acute myeloid leukemias, neoplasms of precursor B and T cells and neoplasms derived of mature B, T and NK cells. A better understanding of molecular genetic changes and results achieved with innovative therapeutic approaches in these groups of diseases requires constant reassessment of the classifications, supporting the major changes discussed here, including interesting comments from literature1, 3-5.
RESUMO
As síndromes mielodisplásicas (SMD) constituem um grupo de doenças hematológicas caracterizadas por citopenias crônicas, associadas a uma maturação celular anormal. A melhor forma de classificação atual destas patologias é o International Prognostic Scoring System (IPSS), que se baseia no grau de citopenia, número de mieloblastos na medula óssea e alterações citogenéticas. Há quatro estágios: baixo risco, riscos intermediário-1 e 2 e alto risco. Um grupo destes pacientes pode ser curado com o transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH). Esta forma de tratamento pode ser considerada para pacientes com idade inferior a 60 anos, que possuam um doador familiar HLA-idêntico. A opção por esta modalidade terapêutica depende de alguns critérios, que incluem o IPSS, o risco de progressão de doença, o risco de infecção e o estado geral do paciente. O TCTH autólogo pode ser considerado em pacientes que alcancem uma remissão completa citogenética e que não disponham de doador HLAidêntico. Em pacientes não candidatos ao TCTH mieloablativo, uma possibilidade é o transplante com regimes de intensidade reduzida. Estudos recentes têm demonstrado resultados favoráveis com esta opção terapêutica, pois, apesar do alto rico de recaída, as taxas de mortalidade associada ao procedimento são menores. Os pacientes com SMD devem ser dispostos em ensaios clínicos que considerem as comorbidades, DECH e riscos de recaída.
The myelodysplastic syndrome (MDS) encompasses a series of hematological conditions characterized by chronic cytopenias with abnormal cellular maturation. Based on the cytopenias, number of blast cells in bone marrow and cytogenetic abnormalities, MDS may be best classified by the International Prognostic Scoring System (IPSS) in four groups: low risk, intermediate 1, intermediate 2 risks and high risk. A subset of patients can be cured following allogeneic hematopoietic stem cell transplantation (SCT). This therapy should be considered for under 60-year-old patients with an HLA-matched sibling donor. The decision in favor of this aggressive therapy depends upon a number of criteria including the IPSS score, risk of disease progression, risk of infection, and the overall health of the patient. Autologous HCT can be considered for those rare patients who are successfully induced into complete remission and do not have an HLA-matched donor. Non-myeloablative allogeneic HCT appears promising for patients with MDS who are not candidates for myeloablative allogeneic HCT. Early results are encouraging. Despite an increased relapsed rate, the treatment-related mortality is lower. Patients should be enrolled in well-designed clinical trials attempting to address the important issues of patient comorbidities, GVHD, and relapse risk.
Assuntos
Humanos , Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas , Síndromes MielodisplásicasRESUMO
As síndromes mielodisplásicas (SMD) representam um grupo heterogêneo de doenças hematológicas caracterizadas por hematopoese ineficaz e risco aumentado de evolução para leucemia mieloide aguda. Neste artigo educativo são apresentados aspectos gerais da sua fisiopatologia, diagnóstico, apresentação histopatológica e seu papel no diagnóstico diferencial, classificação e estratificação prognóstica. Ressalta-se a importância da avaliação clínica e laboratorial, que inclui avaliação do sangue periférico e medula óssea: morfologia - aspirado medular e biópsia óssea -, citogenética, imunofenotipagem, além de dados evolutivos. O diagnóstico definitivo, em especial nos casos de baixo risco, deve considerar a exclusão de causas não clonais que podem, através de alterações dismielopoéticas reativas, simular a mielodisplasia, tais como infecções virais, principalmente pelo HIV. A nova classificação revisada da Organização Mundial da Saúde (OMS-2008) é apresentada e discutida.
Myelodysplastic syndromes (MDS) represent a heterogeneous group of hematologic disorders characterized by ineffective hematopoiesis and an increased risk of developing acute myeloid leukemia. In this educational article the general aspects of the physiopathology, diagnosis, and histopathological features of MDS and their role in differential diagnosis, classification and prognostic categorization are presented. The importance of clinical and laboratory evaluations, including peripheral blood and bone marrow analyses, including morphology - aspirate and core biopsy, cytogenetics, immunophenotype and careful serial follow-up is emphasized. Definite diagnosis of MDS, especially in low-risk subtypes, should consider the exclusion of disorders with reactive bone marrow alterations, such as viral infections for example HIV. The new revised World Health Organization (WHO-2008) classification is presented and discussed.
Assuntos
Humanos , Síndromes Mielodisplásicas , Síndromes Mielodisplásicas/diagnóstico , Síndromes Mielodisplásicas/fisiopatologiaRESUMO
Objetivo: discutir as recentes contribuições encontradas na literatura para o campo do diagnósticodas SMD. Método: pesquisa da literatura sobre o tema, destacando as principais ferramentasdiagnósticas disponíveis na atualidade e sua aplicação no diagnóstico complementar e de exclusãodas SMD. Considerações finais: nos últimos anos, tem havido um melhor conhecimento daetiopatogenia e características clínicas das SMD. Em virtude disso, o diagnóstico se tornou maispreciso, o que pode ter ocasionado um aumento no registro dessas desordens e não um real aumentoda incidência.
Objectives: to discuss the recent contributions found in the literature for the area on diagnosis ofthe MDS. Method: literature screening on the subject, detaching the main available diagnostictools in the present time and its application in the complementary diagnosis and of the MDSexclusion. Final considerations: currently, the knowledge on the ethiopatogeny and clinicalcharacteristics of the MDS has improved. In virtue of this, the diagnosis has become more accurate,what may have a caused an increase in the register of these disorders and not real increase of theincidence.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Síndromes Mielodisplásicas/diagnóstico , Técnicas e Procedimentos Diagnósticos , Diagnóstico Diferencial , Hibridização in Situ Fluorescente , ImunofenotipagemRESUMO
As síndromes mielodisplásicas (SMD) e a anemia aplástica (AA) apresentam citopenias periféricas necessitando, com freqüência, de reposições transfusionais contínuas de concentrados de hemácias e/ou de concentrados de plaquetas. O objetivo do presente estudo foi verificar a ocorrência de anticorpos anti-HLA de classe I em pacientes portadores das SMD e AA atendidos no ambulatório de Hematologia do Hemoce/UFC. Foram analisados 110 pacientes, sendo 70 com SMD e 40 com AA. A pesquisa de anticorpos anti-HLA de classe I foi realizada frente a um painel (PRA), utilizando-se a técnica de microlinfocitotoxicidade dependente do complemento. Vinte (28,6 por cento) dos 70 pacientes com as SMD e 18 (45 por cento) dos 40 pacientes com AA desenvolveram anticorpos anti-HLA contra o PRA. Esses pacientes que receberam uma carga de antígenos estranhos advindos de múltiplas transfusões de vários doadores de CH e/ou CP, geralmente desenvolvem aloanticorpos contra os antígenos HLA presentes na superfície das plaquetas e dos leucócitos que contaminam esses concentrados. A produção desses anticorpos pode trazer sérias complicações para o tratamento dos pacientes com SMD e AA. As avaliações sistemáticas para detecção de anticorpos anti-HLA após a reposição transfusional podem ser valiosas para adoção de estratégias transfusionais mais adequadas para esta população de pacientes.
Patients with myelodysplastic syndromes (MDS) or aplastic anemia (AA) present peripheral cytopenias and require continuous transfusions of red cell and/or platelet concentrates. The objective of this study is to verify the existence of anti-HLA class 1 antibodies in patients with MDS and AA treated at the hematology Out patient Clinic of Hemoce/UFC. A total of 110 patients were analyzed, 70 with MDS and 40 with AA. Anti-HLA class 1 antibody detection was achieved with an antibody reactivity panel using the complement-dependent microlymphocytotoxicity technique. A total of 20 (28.6 percent) of the 70 patients with MDS and 18 (45 percent) of the 40 patients with AA developed anti-HLA antibodies against the antibody panel. In general, patients who received a load of foreign antigens originating from multi-donor red cell and platelet concentrate transfusions, developed alloantibodies against the HLA antigens that exist on the surface of platelets and on white blood cells that contaminate these concentrates. The production of these antibodies may cause serious complications in the treatment of MDS and AA patientss.