RESUMO
ABSTRACT This paper aims at exposing the foundations or reasons why, in cases of external tooth resorption, including those of orthodontic origin, one should not perform a root canal to treat it. That should be done only to teeth with contamination or pulp necrosis, to remove the periapical inflammation induced by microbial products. When facing cases of external tooth resorption, one's conduct must always respect the following sequence of steps: first of all, identifying the cause accurately; then, planning the therapeutic approach and, finally, adopting the conducts in a very well-founded way. The situations in which endodontic treatment is recommended for tooth resorptions are those when there are: a) pulp necrosis with microbial contamination, b) aseptic pulp necrosis, c) developing calcific metamorphosis of the pulp and d) diagnosis of internal resorption. It is not possible, through the pulp, to control the resorption process that is taking place in the external part, after all, the causes are acting in the periodontal ligament. There is no evidence that justifies applying endodontic treatment, by means of root canal, to control external resorption processes, when the pulp shows vitality.
RESUMO Este artigo tem por objetivo principal expor os fundamentos ou razões pelas quais, em casos de dentes com reabsorção dentária externa, incluindo as de origem ortodôntica, não se deve fazer o canal para tratá-la. Isso se faz apenas nos dentes com contaminação ou necrose pulpar, para remover a inflamação periapical induzida pelos produtos microbianos. Frente a casos de reabsorção dentária externa, as condutas devem premiar sempre a seguinte sequência: primeiro, identificar a causa com precisão; depois, planejar a forma de abordagem terapêutica e, por fim, adotar as condutas de forma muito bem fundamentada. As situações em que o tratamento endodôntico está indicado na terapêutica das reabsorções dentárias são quando houver: a) necrose pulpar por contaminação microbiana, b) necrose pulpar asséptica, c) metamorfose cálcica da polpa inicial e d) diagnóstico de reabsorção interna. Não se consegue, por via pulpar, controlar o processo reabsortivo que está ocorrendo na parte externa; afinal, as causas estão atuando no ligamento periodontal. Não há qualquer evidência que justifique fazer o tratamento endodôntico, via canal, para controlar processos reabsortivos externos, quando a polpa está com vitalidade.