RESUMO
Introducción: la resistencia antibiótica en bacterias patógenas como Escherichia coli y Klebsiella spp. productoras de betalactamasas, han surgido como un problema global de salud pública. Su presencia, se asocia con infecciones intrahospitalarias y comunitarias, aumentando la morbilidad y la mortalidad de los pacientes. Objetivo: determinar la frecuencia de E.coli y Klebsiella spp productoras de betalactamasas en cultivos procesados en un laboratorio clínico. Métodos: se realizó un estudio descriptivo de diseño documental. La muestra estuvo constituida por un total de 1465 resultados de cultivos positivos para Escherichia coli o Klebsiella spp. en el periodo 2022. Para la recolección de la información, se tuvo acceso a la base de datos anonimizada del laboratorio en una hoja de Excel para su posterior análisis. Los datos fueron tabulados en SPSS versión 25. Resultados: el análisis de bacterias productoras de BLEE mostró una positividad del 22,3% en E. coli y 46,1% en Klebsiella spp. E. coli presentó mayor frecuencia de negativos (77,7%) en comparación con Klebsiella spp. La presencia de E. coli fue más común en muestras de orina (90,6%) y en otras muestras como esputo y heridas cutáneas (21,3%). Se evaluaron 8 antibióticos, y se destacó la alta sensibilidad para amikacina (AK) (99,6% y 98,0%) y elevada resistencia ampicilina (AM) (91,5% y 100%) en ambas especies. Ciprofloxacino (CIP) y Trimetropin/Sulfametoxazol (STX) mostraron relativa frecuencia mayor de resistencia. Conclusión: los resultados muestran una alta frecuencia de bacterias productoras de BLEE en E. coli y Klebsiella spp., con una mayor prevalencia en Klebsiella spp. Además, la resistencia a AM, CIP y STX destaca la importancia de una gestión adecuada de la resistencia antimicrobiana.
Introduction: antibiotic resistance in pathogenic bacteria such as Escherichia coli and Klebsiella spp. producing beta-lactamases has emerged as a global public health problem. Their presence has been associated with both hospital-acquired and community-acquired infections, leading to increased morbidity and mortality in patients. Objective: to determine the frequency of betalactamase-producing E. coli and Klebsiella spp. in cultures processed in a clinical laboratory. Methods: a descriptive documentary design study was conducted. The sample consisted of a total of 1465 positive culture results for Escherichia coli or Klebsiella spp. in the year 2022. Data collection involved accessing the laboratory's anonymized database in an Excel sheet for subsequent analysis. The data were tabulated in SPSS version 25. Results: the analysis of ESBL-producing bacteria showed a positivity of 22.3% in E. coli and 46.1% in Klebsiella spp. E. coli showed a higher frequency of negatives (77.7%) compared to Klebsiella spp. The presence of E. coli was more common in urine samples (90.6%) and in other samples such as sputum and skin wounds (21.3%). Eight antibiotics were evaluated, with high sensitivity noted for amikacin (AK) (99.6% and 98.0%) and high resistance for ampicillin (AM) (91.5% and 100%) in both species. Ciprofloxacin (CIP) and Trimethoprim/Sulfamethoxazole (STX) showed a relatively higher frequency of resistance. Conclusion: the results show a high frequency of ESBL-producing bacteria in E. coli and Klebsiella spp., with a higher prevalence in Klebsiella spp. Furthermore, the resistance to AM, CIP, and STX highlights the importance of proper management of antimicrobial resistance.
Introdução: a resistência antibiótica em bactérias patogênicas como Escherichia coli e Klebsiella spp., produtoras de beta-lactamases, emergiu como um problema de saúde pública global. Sua presença tem sido associada a infecções hospitalares e comunitárias, aumentando a morbidade e a mortalidade dos pacientes. Objetivo: determinar a frequência de E. coli e Klebsiella spp. produtoras de betalactamase em culturas processadas em laboratório clínico. Métodos: foi realizado um estudo descritivo de design documental. A amostra consistiu em um total de 1465 resultados de cultura positiva para Escherichia coli ou Klebsiella spp. no ano de 2022. A coleta de dados envolveu o acesso ao banco de dados anonimizado do laboratório em uma planilha do Excel para análise subsequente. Os dados foram tabulados na versão 25 do SPSS. Resultados: a análise de bactérias produtoras de BLEE mostrou uma positividade de 22,3% em E. coli e 46,1% em Klebsiella spp. E. coli apresentou uma frequência maior de resultados negativos (77,7%) em comparação com Klebsiella spp. A presença de E. coli foi mais comum em amostras de urina (90,6%) e em outras amostras, como escarro e feridas na pele (21,3%). Foram avaliados oito antibióticos, com alta sensibilidade observada para amicacina (AK) (99,6% e 98,0%) e alta resistência para ampicilina (AM) (91,5% e 100%) em ambas as espécies. Ciprofloxacina (CIP) e Trimetoprima/Sulfametoxazol (STX) mostraram uma frequência relativamente maior de resistência. Conclusão: os resultados mostram uma alta frequência de bactérias produtoras de BLEE em E. coli e Klebsiella spp., com uma maior prevalência em Klebsiella spp. Além disso, a resistência a AM, CIP e STX destaca a importância da adequada gestão da resistência antimicrobiana.
RESUMO
Objective: To identify how antimicrobials are prescribed in long-term care facilities from the perspective of nurses. Methods: This descriptive study was conducted using an online survey. Participants were selected through conventional sampling methods and online recruitment. Data were collected through a 2-section self-administered questionnaire: the first section characterized the respondent and the institution, while the second investigated the antimicrobial prescription and usage in the institution. Results: Thirty-five responses were received, representing institutions from every state in Brazil. Sixty percent of the institutions had a part-time physician. More than 90% of the respondents said they contacted a prescriber to report signs and symptoms suggestive of infection, which led to subsequent antimicrobial use. Conclusions: The opinion of nurses has a significant impact on the prescriber's decision to begin antibiotic therapy in long-term care facilities, which indicates that nurses need training about the rational use of antimicrobials. (AU)
Objetivo: Identificar como ocorre a indicação de antimicrobianos nas instituições de longa permanência na perspectiva do profissional enfermeiro. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo por meio de um Survey online. Os participantes foram selecionados por meio de amostra convencional e o recrutamento foi realizado por meio de convite online. A coleta de dados foi feita a partir de um questionário autoaplicável constituído de dois blocos: o primeiro contemplando itens para a caracterização do respondente e da instituição; e o segundo, questões relacionadas ao uso e à indicação de antimicrobianos na instituição. Resultados: Foram recebidas 35 respostas, representando instituições de todos os estados brasileiros. A presença de médico em tempo parcial foi apontada em 60% das instituições. Mais de 90% dos participantes apontaram que acontecia o contato com prescritor para o relato de sinais e sintomas sugestivos de infecção apresentados pelo residente, implicando em uso subsequente de antimicrobianos. Conclusões: A opinião do profissional da Enfermagem tem grande impacto na decisão do prescritor em iniciar a antibioticoterapia nas instituições de longa permanência, demonstrando a necessidade de qualificação desse profissional direcionada ao uso racional de antimicrobianos. (AU)
Assuntos
Humanos , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Resistência Microbiana a Medicamentos , Instituição de Longa Permanência para Idosos , Enfermagem , Gestão de AntimicrobianosRESUMO
Background and Objectives: bacterial resistance is an important public health problem worldwide and is related to the indiscriminate use of antimicrobials, limiting the available therapeutic options. The COVID-19 pandemic aggravated this scenario, since the lack of a standardized therapy led to a considerable increase in the prescription of these drugs. Therefore, we proposed to investigate the prevalence of bacterial infections and the profile of antimicrobial resistance in patients diagnosed with COVID-19 as well as to point out possible risk factors. Methods: a retrospective study based on the analysis of medical records of patients hospitalized with COVID-19 over the age of 18. Information such as age, gender, length of stay, hospitalization unit, bacterial species and resistance profile and previous use of antimicrobials by patients diagnosed with COVID-19 were collected and analyzed using Excel® 2016. Results: of the 268 patients with COVID-19, 162 had suspected bacterial infections, and 26 patients (9.7%) were confirmed from positive cultures. Furthermore, around 80% of these patients underwent empirical treatment with antimicrobials, the majority of whom were male and admitted to the Intensive Care Unit. A total of 32 bacterial isolates were recovered, of which 59.4% were resistant to at least one class of antimicrobials, with 21.8% being multidrug resistant. Conclusion: despite the low percentage found of patients with COVID-19 who had bacterial infections and of these 21.8% were by multidrug-resistant bacteria, the reinforcement in infection prevention policies and the adequate management in the release of antimicrobials is necessary to reduce the hospital dissemination rates of such bacteria.(AU)
Justificativa e Objetivos: a resistência bacteriana é um importante problema de saúde pública mundial relacionado ao uso indiscriminado de antimicrobianos, limitando as opções terapêuticas disponíveis. A pandemia de COVID-19 agravou esse cenário, uma vez que a falta de uma terapia padronizada resultou no aumento considerável na prescrição desses fármacos. Diante disso, propôs-se investigar a prevalência de infecções bacterianas e o perfil de resistência aos antimicrobianos em pacientes diagnosticados com COVID-19, bem como apontar possíveis fatores de risco. Métodos: estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários de pacientes internados com COVID-19 com idade superior a 18 anos. Informações como idade, gênero, tempo de internação, unidade de internação, espécie bacteriana e perfil de resistência e uso prévio de antimicrobianos pelos pacientes diagnosticados com COVID-19 foram coletadas e analisadas pelo software Excel® 2016. Resultados: dos 268 pacientes com COVID-19, 162 apresentaram suspeitas de infecções bacterianas, sendo 26 pacientes (9,7%) confirmados a partir de culturas positivas. Ainda, cerca de 80% desses pacientes realizaram tratamento empírico com antimicrobianos, sendo a maioria do sexo masculino e internados em Unidade de Terapia Intensiva. Foram recuperados um total de 32 isolados bacterianos, dos quais 59,4% apresentaram resistência a pelo menos uma classe de antimicrobianos, sendo 21,8% multidroga resistente. Conclusão: apesar do baixo percentual encontrado de pacientes com COVID-19 que apresentaram infecções bacterianas e, desses, 21,8% serem causados por bactérias multirresistentes, o reforço nas políticas de prevenção de infecções e o adequado gerenciamento na liberação de antimicrobianos se fazem necessários para a redução das taxas de disseminação hospitalar de tais bactérias.(AU)
Justificación y Objetivos: la resistencia bacteriana es un importante problema de salud pública en todo el mundo y está relacionada con el uso indiscriminado de antimicrobianos, lo que limita las opciones terapéuticas disponibles. La pandemia por COVID-19 agravó este escenario, ya que la falta de una terapia estandarizada llevó a un aumento considerable en la prescripción de estos fármacos. Por ello, nos propusimos investigar la prevalencia de infecciones bacterianas y el perfil de resistencia antimicrobiana en pacientes diagnosticados de COVID-19, así como señalar posibles factores de riesgo. Métodos: estudio retrospectivo basado en el análisis de historias clínicas de pacientes hospitalizados con COVID-19 mayores de 18 años. Información como edad, sexo, duración de la estadía, unidad de hospitalización, especies bacterianas y perfil de resistencia y uso previo de antimicrobianos por parte de pacientes diagnosticados con COVID-19 fueron recopiladas y analizadas mediante el software Excel® 2016. Resultados: de los 268 pacientes con COVID-19, 162 tenían sospecha de infección bacteriana, con 26 pacientes (9,7%) confirmada a partir de cultivos positivos. Además, alrededor del 80% de estos pacientes recibieron tratamiento empírico con antimicrobianos, la mayoría de los cuales eran hombres e ingresaron en la Unidad de Cuidados Intensivos. Se recuperaron un total de 32 aislados bacterianos, de los cuales el 59,4% eran resistentes a al menos una clase de antimicrobianos y el 21,8% eran resistentes a múltiples fármacos. Conclusión: a pesar del bajo porcentaje encontrado de pacientes con COVID-19 que presentaron infecciones bacterianas, y de éstas cerca del 21,8% fueron por bacterias multirresistentes, es necesario reforzar las políticas de prevención de infecciones y una gestión adecuada en la liberación de antimicrobianos para reducir las tasas de diseminación hospitalaria de dichas bacterias.(AU)
Assuntos
Humanos , Infecções Bacterianas , Resistência Microbiana a Medicamentos , Infecção Hospitalar , COVID-19/complicações , Pacientes InternadosRESUMO
Background and Objectives: antimicrobial resistance is one of the main public health concerns worldwide. Intensive Care Units have a high prevalence of resistant microorganisms and infections, and the rational use of antibiotics is one of the main strategies for tackling this problem. This work aimed to describe patterns associated with antimicrobial drugs as well as the resistance profile of microorganisms. Methods: an observational study was carried out using data from patients hospitalized in the Intensive Care Unit who used antimicrobial agents. Results: respiratory and cardiological causes were the most frequent reasons for admission, with cephalosporins (29.02%), with penicillin (25.84%) and macrolides (16.10%) being the most used classes of antibiotics. The predominant microorganisms were Klebsiella pneumoniae (13.98%), Staphylococcus aureus (13.44%) and Acinetobacter baumannii (11.83%). Urine cultures and tracheal aspirate were the culture tests with the highest growth of gram-negative microorganisms. Patients with bacteria isolated in tracheal aspirate had longer hospital stays; 20 patients had positive surveillance cultures; and the mortality rate found was 55.45%. Conclusion: the study combined the institution's epidemiological profile with patient characteristics, isolated microorganisms and outcomes.(AU)
Justificativa e Objetivos: a resistência antimicrobiana é uma das principais preocupações de saúde pública em todo o mundo. As Unidades de Terapia Intensiva têm uma alta prevalência de microorganismos resistentes e infecções, e o uso racional de antibióticos é uma das principais estratégias para lidar com esse problema. Este trabalho teve como objetivo descrever padrões associados a medicamentos antimicrobianos, bem como o perfil de resistência dos microorganismos. Métodos: foi realizado um estudo observacional utilizando dados de pacientes hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva que utilizaram agentes antimicrobianos. Resultados: causas respiratórias e cardiológicas foram os motivos mais frequentes de admissão, com cefalosporinas (29,02%), penicilina (25,84%) e macrolídeos (16,10%) sendo as classes de antibióticos mais utilizadas. Os microorganismos predominantes foram Klebsiella pneumoniae (13,98%), Staphylococcus aureus (13,44%) e Acinetobacter baumannii (11,83%). Culturas de urina e aspirado traqueal foram os testes de cultura com maior crescimento de microorganismos gram-negativos. Pacientes com bactérias isoladas no aspirado traqueal tiveram internações mais longas; 20 pacientes tiveram culturas de vigilância positivas; e a taxa de mortalidade encontrada foi de 55,45%. Conclusão: o estudo combinou o perfil epidemiológico da instituição com características dos pacientes, microorganismos isolados e resultados.(AU)
Antecedentes y Objetivos: la resistencia antimicrobiana es una de las principales preocupaciones de salud pública en todo el mundo. Las Unidades de Cuidados Intensivos tienen una alta prevalencia de microorganismos resistentes e infecciones, y el uso racional de antibióticos es una de las principales estrategias para abordar este problema. Este trabajo tuvo como objetivo describir patrones asociados con medicamentos antimicrobianos, así como el perfil de resistencia de los microorganismos. Métodos: se llevó a cabo un estudio observacional utilizando datos de pacientes hospitalizados en la Unidad de Cuidados Intensivos que utilizaron agentes antimicrobianos. Resultados: las causas respiratorias y cardiológicas fueron las razones más frecuentes de admisión, con cefalosporinas (29,02%), penicilina (25,84%) y macrólidos (16,10%) siendo las clases de antibióticos más utilizadas. Los microorganismos predominantes fueron Klebsiella pneumoniae (13,98%), Staphylococcus aureus (13,44%) y Acinetobacter baumannii (11,83%). Los cultivos de orina y el aspirado traqueal fueron las pruebas de cultivo con mayor crecimiento de microorganismos gramnegativos. Los pacientes con bacterias aisladas en el aspirado traqueal tuvieron estancias hospitalarias más largas; 20 pacientes tuvieron cultivos de vigilancia positivos; y la tasa de mortalidad encontrada fue del 55,45%. Conclusión: el estudio combinó el perfil epidemiológico de la institución con las características de los pacientes, los microorganismos aislados y los resultados.(AU)
Assuntos
Humanos , Prescrições de Medicamentos , Brasil , Resistência Microbiana a Medicamentos , Farmacorresistência Bacteriana , Testes Laboratoriais , Unidades de Terapia Intensiva , Antibacterianos , Uso de MedicamentosRESUMO
Introducción: la resistencia a los antimicrobianos ha sido una problemática creciente a nivel global, la problemática afecta no solo la salud de personas, animales y el ambiente en general, sino que ha generado impactos de índole productivo y comercial. Una de las estrategias para abordar esta problemática es el enfoque de una salud. Este enfoque destaca la participación multidisciplinaria para combatir la resistencia antimicrobiana; y es así que cada profesión o actividad laboral genera unas responsabilidades innatas para la profesión veterinaria. Los veterinarios tienen un rol fundamental para este propósito, ya que son ellos quienes integran la aplicabilidad de estrategias de promoción y prevención a nivel agropecuario, y de consolidación e interlocución entre los diferentes componentes del enfoque (animal, humano, ambiente) desde el ámbito de la salud pública veterinaria. Materiales y Método: se realizó una búsqueda de la literatura en diferentes bases de datos, con el objetivo de realizar una revisión actualizada sobre la resistencia antimicrobiana. Resultados: dentro de las principales estrategias se debería fomentar un uso adecuado y bajo prescripción de antimicrobianos en la producción animal. Promover buenas prácticas de higiene, bioseguridad y vacunación, facilitando un correcto diagnóstico de enfermedades infecciosas en animales. Discusión: la adopción de normas internacionales para el uso responsable de los antibióticos y las directrices establecidas por la Organización Mundial de la Salud y Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura, a través del Codex Alimentarius y la Organización Mundial de Sanidad Animal, son fundamentales para hacer frente al desafío que representa el problema de la resistencia a los antimicrobianos.
Introduction: Antimicrobial resistance has been a growing problem at a global level, affecting not only the health of people, animals and the environment in general, but it has also generated impacts of a productive and commercial nature. One of the strategies to address this problem is the one-health approach. This approach emphasizes multidisciplinary participation to combat antimicrobial resistance; and thus, each profession or work activity generates innate responsibilities for the veterinary profession. Veterinarians have a fundamental role for this purpose, since they are the ones who integrate the applicability of promotion and prevention strategies at the agricultural level, and of consolidation and interlocution between the different components of the approach (animal, human, environment) from the field of veterinary public health. Materials and Method: a literature search was carried out in different databases, with the aim of carrying out an updated review on antimicrobial resistance. Results: one of the main strategies should be to promote an adequate use and under prescription of antimicrobials in animal production. Promote good hygiene, biosecurity and vaccination practices, facilitating a correct diagnosis of infectious diseases in animals. Discussion: the adoption of international standards for the responsible use of antibiotics and the guidelines established by the World Health Organization and the Food and Agriculture Organization of the United Nations, through Codex Alimentarius and the World Organization for Animal Health, are fundamental to face the challenge posed by the problem of antimicrobial resistance.
Introdução: A resistência antimicrobiana tem sido um problema crescente em todo o mundo, afetando não apenas a saúde dos seres humanos, dos animais e do meio ambiente em geral, mas também causando impactos na produção e no comércio. Uma das estratégias para lidar com esse problema é a abordagem One Health. Essa abordagem enfatiza o envolvimento multidisciplinar no combate à resistência antimicrobiana, com cada profissão ou atividade de trabalho gerando responsabilidades inatas à profissão veterinária. Os veterinários têm um papel fundamental nesse sentido, pois são eles que integram a aplicabilidade das estratégias de promoção e prevenção em nível agropecuário e de consolidação e interlocução entre os diferentes componentes da abordagem (animal, humano, ambiental) do campo da saúde pública veterinária. Materiais e Métodos: foi realizada uma pesquisa bibliográfica em diferentes bases de dados, com o objetivo de realizar uma revisão atualizada sobre a resistência antimicrobiana. Resultados: uma das principais estratégias deve ser a promoção do uso adequado e com baixa prescrição de antimicrobianos na produção animal. Promover boas práticas de higiene, biossegurança e vacinação, facilitando o diagnóstico correto de doenças infecciosas em animais. Discussão: A adoção de padrões internacionais para o uso responsável de antibióticos e as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde e pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, por meio do Codex Alimentarius e da Organização Mundial de Saúde Animal, são essenciais para enfrentar o desafio representado pelo problema da resistência antimicrobiana.
Assuntos
Humanos , Animais , Resistência Microbiana a Medicamentos/efeitos dos fármacos , Resistência a Múltiplos Medicamentos/efeitos dos fármacosRESUMO
Resumen El abuso y mal uso de los antimicrobianos aceleró la propagación de bacterias resistentes. La asociación entre las infecciones que presentan resistencia a antimicrobianos (RAM) en humanos y el uso de antimicrobianos en la producción agropecuaria es compleja, pero está bien documentada. Proporcionamos una revisión sistemática y metaanálisis sobre la diseminación de la resistencia a antimicrobianos designados como críticamente importantes por la Organización Mundial de la Salud (OMS) en cerdos, aves y bovinos de producción intensiva y extensiva en Argentina. Se buscó información en bases de datos electrónicas (Medline-PubMed, Web of Science, SciELO, Sistema Nacional de Repositorios Digitales de Argentina) y en la literatura gris. Se incluyeron estudios epidemiológicos sobre la RAM en las principales bacterias transmitidas por los alimentos - Salmonella spp., Campylobacter spp., Escherichia coli y Enterococcus spp. - y bacterias causantes de mastitis aisladas de cerdos, pollos y bovinos. Los resultados de este estudio apoyan la hipótesis de que la RAM de las bacterias transmitidas por los alimentos alcanza niveles alarmantes. Los metaanálisis seguidos de análisis por subgrupos mostraron asociación entre la RAM y (a) el animal (p<0,01) para estreptomicina, ampicilina y tetraciclina o (b) el sistema productivo (p<0,05) para estreptomicina, cefotaxima, ampicilina, ácido nalidíxico y tetraciclina. La mayor prevalencia conjunta de multirresistencia se detectó en cerdos (0,47 [0,29; 0,66]) y producción intensiva (0,62 [0,34; 0,83]), mientras que la menor correspondió a bovinos de leche (0,056 [0,003; 0,524]) y producción extensiva (0,107 [0,043; 0,240]). Se observó un vacío de información respecto de los bovinos de feedlot. Es urgente adoptar medidas políticas para coordinar y armonizar la vigilancia de la RAM y regular el uso de antimicrobianos en animales.
Abstract Abuse and misuse of antimicrobial agents has accelerated the spread of antimicrobial-resistant bacteria. The association between antimicrobial-resistant infections in humans and antimicrobial use in agriculture is complex, but well-documented. This study provides a systematic review and meta-analysis of the dissemination of antimicrobial resistance (AMR) to antimicrobials defined as critically important by the WHO, in swine, chicken, and cattle from intensive and extensive production systems in Argentina. We conducted searches in electronic databases (MEDLINE-PubMed, Web of Science, SciELO, the National System of Digital Repositories from Argentina) as well as in the gray literature. Inclusion criteria were epidemiological studies on AMR in the main food-transmitted bacteria, Salmonella spp., Campylobacter spp., Escherichia coli and Enterococcus spp., and mastitis-causing bacteria, isolated from swine, chicken, dairy and beef cattle from Argentina. This study gives evidence for supporting the hypothesis that AMR of common food-transmitted bacteria in Argentina is reaching alarming levels. Meta-analyses followed by subgroup analyses confirmed the association between the prevalence of AMR and (a) animal species (p<0.01) for streptomycin, ampicillin and tetracycline or (b) the animal production system (p<0.05) for streptomycin, cefotaxime, nalidixic acid, ampicillin and tetracycline. Moreover, swine (0.47 [0.29; 0.66]) and intensive production (0.62 [0.34; 0.83]) showed the highest pooled prevalence of multidrug resistance while dairy (0.056 [0.003; 0.524]) and extensive production (0.107 [0.043; 0.240]) showed the lowest. A research gap regarding beef-cattle from feedlot was identified. Finally, there is an urgent need for political measures meant to coordinate and harmonize AMR surveillance and regulate antimicrobial use in animal production.
RESUMO
Abuse and misuse of antimicrobial agents has accelerated the spread of antimicrobial-resistant bacteria. The association between antimicrobial-resistant infections in humans and antimicrobial use in agriculture is complex, but well-documented. This study provides a systematic review and meta-analysis of the dissemination of antimicrobial resistance (AMR) to antimicrobials defined as critically important by the WHO, in swine, chicken, and cattle from intensive and extensive production systems in Argentina. We conducted searches in electronic databases (MEDLINE-PubMed, Web of Science, SciELO, the National System of Digital Repositories from Argentina) as well as in the gray literature. Inclusion criteria were epidemiological studies on AMR in the main food-transmitted bacteria, Salmonella spp., Campylobacter spp., Escherichia coli and Enterococcus spp., and mastitis-causing bacteria, isolated from swine, chicken, dairy and beef cattle from Argentina. This study gives evidence for supporting the hypothesis that AMR of common food-transmitted bacteria in Argentina is reaching alarming levels. Meta-analyses followed by subgroup analyses confirmed the association between the prevalence of AMR and (a) animal species (p<0.01) for streptomycin, ampicillin and tetracycline or (b) the animal production system (p<0.05) for streptomycin, cefotaxime, nalidixic acid, ampicillin and tetracycline. Moreover, swine (0.47 [0.29; 0.66]) and intensive production (0.62 [0.34; 0.83]) showed the highest pooled prevalence of multidrug resistance while dairy (0.056 [0.003; 0.524]) and extensive production (0.107 [0.043; 0.240]) showed the lowest. A research gap regarding beef-cattle from feedlot was identified. Finally, there is an urgent need for political measures meant to coordinate and harmonize AMR surveillance and regulate antimicrobial use in animal production.
Assuntos
Antibacterianos , Anti-Infecciosos , Feminino , Animais , Suínos , Humanos , Bovinos , Antibacterianos/farmacologia , Antibacterianos/uso terapêutico , Farmacorresistência Bacteriana , Argentina , Anti-Infecciosos/farmacologia , Escherichia coli , Ampicilina , Estreptomicina , Tetraciclinas , Testes de Sensibilidade MicrobianaRESUMO
ABSTRACT Objective. To determine the prevalence and antimicrobial resistance of Escherichia coli and Salmonella spp. in animal feed samples collected between 2018 and 2021 in Colombia. Methods. This was a laboratory-based cross-sectional study using routine data from the program for inspection, surveillance, and control of animal feed at the Colombian Agriculture Institute. Samples of animal feed for swine, poultry, canine, feline, leporine, piscine, and equine species were processed for detection of E. coli and Salmonella spp. using enrichment and selective culture methods. Isolates were tested for antimicrobial susceptibility using an automated microdilution method. Results. Of 1 748 animal feed samples analyzed, 83 (4.7%) were positive for E. coli and 66 (3.8%) for Salmonella spp. The presence of E. coli and Salmonella spp. was highest in feed for poultry (6.4% and 5.5%) and swine (6.1% and 4.3%). Antimicrobial resistance testing was performed in 27 (33%) E. coli isolates and 26 (39%) Salmonella isolates. Among E. coli, resistance was most frequently observed to ampicillin (44.5%) followed by cefazolin (33.3%), ciprofloxacin (29.6%), ampicillin/sulbactam (26%), and ceftriaxone (11.1%). The highest resistance levels in Salmonella spp. isolates were against cefazolin (7.7%) and piperacillin/tazobactam (7.7%). Conclusions. This is the first study from Colombia reporting on the prevalence and antimicrobial resistance of E. coli and Salmonella spp. in animal feed samples. Its results establish a baseline over a wide geographical distribution in Colombia. It highlights the need to integrate antimicrobial resistance surveillance in animal feed due to the emergence of resistant bacteria in this important stage of the supply chain.
RESUMEN Objetivo. Determinar la prevalencia y resistencia a los antimicrobianos de Escherichia coli y Salmonella spp. en muestras de piensos para animales tomadas entre el 2018 y el 2021 en Colombia. Métodos. Se trata de un estudio transversal realizado en el laboratorio a partir de los datos regulares del programa de inspección, vigilancia y control de alimentos para animales del Instituto Colombiano Agropecuario. Se procesaron muestras de alimentos utilizados en la cría de cerdos, aves de corral, cánidos, félidos, lepóridos, peces y equinos con el fin de detectar E. coli y Salmonella spp. por medio de métodos de enriquecimiento y cultivo selectivo. Se analizó la sensibilidad a los antimicrobianos de las cepas aisladas mediante microdilución automatizada. Resultados. De 1748 muestras de alimentos analizadas, 83 (4,7%) resultaron positivas para E. coli y 66 (3,8%) para Salmonella spp. La presencia de E. coli y Salmonella spp. fue mayor en los alimentos para aves de corral (6,4% y 5,5%) y cerdos (6,1% y 4,3%). Se realizaron pruebas de resistencia a los antimicrobianos en 27 (33%) cepas de E. coli y 26 (39%) de Salmonella. En las cepas de E. coli, se observó una mayor resistencia a la ampicilina (44,5%), seguida de la resistencia a la cefazolina (33,3%), la ciprofloxacina (29,6%), la ampicilina/sulbactam (26%) y la ceftriaxona (11,1%). En el caso de las cepas de Salmonella spp., los niveles de resistencia más elevados fueron para la cefazolina (7,7%) y piperacilina/tazobactam (7,7%). Conclusiones. Este es el primer estudio realizado en Colombia en el que se informa sobre la prevalencia y la resistencia a los antimicrobianos de E. coli y Salmonella spp. en muestras de alimentos para animales. Sus resultados establecen una línea de base para una zona geográfica mucho mayor dentro de Colombia. Se subraya la necesidad de integrar la vigilancia de la resistencia a los antimicrobianos en los alimentos para animales debido a la aparición de bacterias resistentes en esta importante etapa de la cadena de suministro.
RESUMO Objetivo. Determinar a prevalência e a resistência a antimicrobianos de Escherichia coli e Salmonela spp. em amostras de ração animal coletadas entre 2018 e 2021 na Colômbia. Métodos. Estudo transversal de base laboratorial, usando dados de rotina do programa de inspeção, vigilância e controle de ração animal do Instituto Colombiano de Agricultura. Amostras de ração animal para as espécies suína, avícola, canina, felina, leporina, piscina e equina foram processadas para detecção de E. coli e Salmonella spp., usando métodos de enriquecimento e cultura seletiva. Os isolados foram testados quanto à suscetibilidade a antimicrobianos usando um método automatizado de microdiluição. Resultados. Das 1.748 amostras de ração animal analisadas, 83 (4,7%) foram positivas para E. coli e 66 (3,8%) para Salmonella spp. A presença de E. coli e Salmonella spp. foi maior em rações para aves (6,4% e 5,5%) e suínos (6,1% e 4,3%). O teste de resistência a antimicrobianos foi realizado em 27 (33%) isolados de E. coli e 26 (39%) isolados de Salmonella. Em E. coli, a resistência observada com maior frequência foi à ampicilina (44,5%), seguida da cefazolina (33,3%), ciprofloxacino (29,6%), ampicilina/sulbactam (26%) e ceftriaxona (11,1%). Os maiores níveis de resistência em isolados de Salmonella spp. foram contra cefazolina (7,7%) e piperacilina/tazobactam (7,7%). Conclusões. Este é o primeiro estudo da Colômbia a notificar a prevalência e resistência a antimicrobianos de E. coli e Salmonella spp. em amostras de ração animal. Os resultados estabelecem uma linha de base com ampla distribuição geográfica na Colômbia. Destaca-se a necessidade de integrar a vigilância da resistência a antimicrobianos na ração animal, devido ao surgimento de bactérias resistentes nesta importante etapa da cadeia de abastecimento.
RESUMO
ABSTRACT Objective. To assess changes in antibiotic resistance of eight of the World Health Organization priority bug-drug combinations and consumption of six antibiotics (ceftriaxone, cefepime, piperacillin/tazobactam, meropenem, ciprofloxacin, vancomycin) before (March 2018 to July 2019) and during (March 2020 to July 2021) the COVID-19 pandemic in 31 hospitals in Valle del Cauca, Colombia. Methods. This was a before/after study using routinely collected data. For antibiotic consumption, daily defined doses (DDD) per 100 bed-days were compared. Results. There were 23 405 priority bacterial isolates with data on antibiotic resistance. The total number of isolates increased from 9 774 to 13 631 in the periods before and during the pandemic, respectively. While resistance significantly decreased for four selected bug-drug combinations (Klebsiella pneumoniae, extended spectrum beta lactamase [ESBL]-producing, 32% to 24%; K. pneumoniae, carbapenem-resistant, 4% to 2%; Pseudomonas aeruginosa, carbapenem-resistant, 12% to 8%; Acinetobacter baumannii, carbapenem-resistant, 23% to 9%), the level of resistance for Enterococcus faecium to vancomycin significantly increased (42% to 57%). There was no change in resistance for the remaining three combinations (Staphylococcus aureus, methicillin-resistant; Escherichia coli, ESBL-producing; E. coli, carbapenem-resistant). Consumption of all antibiotics increased. However, meropenem consumption decreased in intensive care unit settings (8.2 to 7.1 DDD per 100 bed-days). Conclusions. While the consumption of antibiotics increased, a decrease in antibiotic resistance of four bug-drug combinations was observed during the pandemic. This was possibly due to an increase in community-acquired infections. Increasing resistance of E. faecium to vancomycin must be monitored. The findings of this study are essential to inform stewardship programs in hospital settings of Colombia and similar contexts elsewhere.
RESUMEN Objetivo. Evaluar los cambios en la resistencia a los antibióticos de ocho de las combinaciones de fármacos y agentes patógenos incluidos en la lista prioritaria de la Organización Mundial de la Salud y el consumo de seis antibióticos (ceftriaxona, cefepima, piperacilina/tazobactam, meropenem, ciprofloxacina, vancomicina) antes de la pandemia de COVID-19 (de marzo del 2018 a julio del 2019) y durante la pandemia (de marzo del 2020 a julio del 2021) en 31 hospitales del Valle del Cauca (Colombia). Métodos. En este estudio se analiza el antes y el después empleando datos recopilados de forma rutinaria. Para el consumo de antibióticos, se compararon las dosis diarias definidas (DDD) por 100 días-cama. Resultados. Hubo 23 405 cepas bacterianas aisladas prioritarias con datos sobre la resistencia a los antibióticos. El número total de cepas aisladas aumentó de 9 774 antes de la pandemia a 13 631 durante la pandemia. Si bien la resistencia disminuyó significativamente en las cuatro combinaciones seleccionadas de agentes patógenos y fármacos (Klebsiella pneumoniae, productora de betalactamasa de espectro extendido [BLEE], de 32% a 24%; K. pneumoniae, resistente a los carbapenémicos, de 4% a 2%; Pseudomonas aeruginosa, resistente a los carbapenémicos, de 12% a 8%; Acinetobacter baumannii, resistente a los carbapenémicos, de 23% a 9%), el nivel de resistencia de Enterococcus faecium a la vancomicina aumentó significativamente (de 42% a 57%). No hubo cambios en la resistencia en las tres combinaciones restantes (Staphylococcus aureus, resistente a la meticilina; Escherichia coli, productora de BLEE; E. coli, resistente a los carbapenémicos). El consumo de todos los antibióticos aumentó. Sin embargo, el consumo de meropenem disminuyó en los entornos de las unidades de cuidados intensivos (de 8,2 a 7,1 DDD por 100 días-cama). Conclusiones. Aunque el consumo de antibióticos aumentó, se observó una disminución en la resistencia a los antibióticos de cuatro combinaciones de agentes patógenos y medicamentos durante la pandemia, que posiblemente se debió a un aumento en las infecciones adquiridas en la comunidad. Es necesario vigilar el aumento de la resistencia de E. faecium a la vancomicina. Los resultados de este estudio son esenciales para que sirvan de orientación en los programas de optimización del uso de los antibióticos en los entornos hospitalarios de Colombia y en contextos similares en otros lugares.
RESUMO Objetivo. Avaliar as mudanças na resistência a antibióticos em oito das combinações microrganismo/antimicrobiano prioritárias da Organização Mundial da Saúde e o consumo de seis antibióticos (ceftriaxona, cefepima, piperacilina/tazobactam, meropeném, ciprofloxacino, vancomicina) antes (março de 2018 a julho de 2019) e durante (março de 2020 a julho de 2021) a pandemia de COVID-19 em 31 hospitais em Valle del Cauca, Colômbia. Métodos. Este foi um estudo antes/depois utilizando dados coletados rotineiramente. Para avaliar o consumo de antibióticos, foram comparadas doses diárias definidas (DDD) por 100 leitos-dias. Resultados. Havia dados sobre resistência a antibióticos para 23.405 isolados bacterianos prioritários. O número total de isolados aumentou de 9.774 para 13.631 antes e durante a pandemia, respectivamente. Embora a resistência tenha diminuído significativamente para quatro das combinações microrganismo/antimicrobiano selecionadas (Klebsiella pneumoniae, produtora de betalactamase de espectro estendido [ESBL], 32% a 24%; K. pneumoniae, resistente a carbapenêmicos, 4% a 2%; Pseudomonas aeruginosa, resistente a carbapenêmicos, 12% a 8%; Acinetobacter baumannii, resistente a carbapenêmicos, 23% a 9%), o nível de resistência de Enterococcus faecium a vancomicina aumentou significativamente (42% a 57%). Não houve mudança na resistência para as três combinações restantes (Staphylococcus aureus, resistente a meticilina; Escherichia coli, produtora de ESBL; E. coli, resistente a carbapenêmicos). O consumo de todos os antibióticos aumentou. Entretanto, o consumo de meropeném nas unidades de terapia intensiva diminuiu (de 8,2 para 7,1 DDD por 100 leitos-dias). Conclusões. Embora o consumo de antibióticos tenha aumentado, observou-se uma diminuição na resistência a antibióticos de quatro combinações microrganismo/antimicrobiano durante a pandemia. Isso ocorreu possivelmente devido a um aumento nas infecções adquiridas na comunidade. O aumento da resistência de E. faecium à vancomicina deve ser monitorado. Os achados deste estudo são essenciais para guiar os programas de gerenciamento de antimicrobianos em ambientes hospitalares da Colômbia e em outros contextos similares.
RESUMO
ABSTRACT Whole-genome sequencing is becoming the gold standard for pathogen characterization and offers considerable advantages for understanding the evolution and dissemination of new determinants of antimicrobial resistance. Despite the benefits of whole-genome sequencing for pathogen characterization, implementation costs and lack of expertise may limit its use by public health laboratories. This article reviews the advantages of whole-genome sequencing for pathogen characterization and the current status of the use of whole-genome sequencing for antimicrobial resistance surveillance in Ecuador. A roadmap is suggested for including whole-genome sequencing for pathogen characterization based on the needs of the health reference institutions through alliances with Ecuadorian universities. Establishing a partnership between public health institutions and academia would be valuable for clinicians, policy-makers, and epidemiologists who could then take reasonable measures in those areas and establish a basis for adapting One Health strategies to tackle antimicrobial resistance in Ecuador.
RESUMEN La secuenciación del genoma completo, que está pasando a ser el estándar de referencia para la caracterización de agentes patógenos, ofrece ventajas considerables para comprender la evolución y la diseminación de los nuevos determinantes de la resistencia a los antimicrobianos. Sin embargo, a pesar de los beneficios que genera, los costos de ejecución y la falta de experiencia pueden limitar su uso por parte de los laboratorios de salud pública. En este artículo se evalúan las ventajas de la secuenciación del genoma completo para la caracterización de agentes patógenos y el estado actual del uso de la secuenciación del genoma completo en la vigilancia de la resistencia a los antimicrobianos en Ecuador. Se propone una hoja de ruta para incluir la secuenciación del genoma completo para la caracterización de agentes patógenos según las necesidades de las instituciones de salud de referencia, lo que se haría por medio de alianzas con universidades ecuatorianas. Establecer una asociación entre las instituciones de salud pública y los círculos académicos sería sumamente valioso para los médicos, los responsables de las políticas y los epidemiólogos, que podrían adoptar medidas razonables en sus ámbitos y sentar una base para adaptar las estrategias de "Una salud" a fin de abordar la resistencia a los antimicrobianos en Ecuador.
RESUMO O sequenciamento do genoma completo está se tornando o padrão ouro para a caracterização de patógenos e oferece vantagens consideráveis para a compreensão da evolução e disseminação de novos determinantes de resistência aos antimicrobianos. Apesar dos benefícios do sequenciamento do genoma completo para a caracterização de patógenos, os custos de implementação e a falta de especialização podem limitar seu uso pelos laboratórios de saúde pública. Este artigo analisa as vantagens do sequenciamento do genoma completo para a caracterização de patógenos e a situação atual do uso desta técnica para a vigilância da resistência aos antimicrobianos no Equador. Sugere-se um roteiro para incluir o sequenciamento de genomas completos para caracterização de patógenos com base nas necessidades das instituições de saúde de referência, por meio de alianças com universidades equatorianas. A criação de uma parceria entre instituições de saúde pública e entidades acadêmicas seria valiosa para clínicos, formuladores de políticas e epidemiologistas, que poderiam, assim, tomar medidas razoáveis nessas áreas e estabelecer uma base para adaptar estratégias de Saúde Única para combater a resistência aos antimicrobianos no Equador.
RESUMO
ABSTRACT Objectives. To assess antibiotic susceptibility of World Health Organization (WHO) priority bacteria (Acinetobacter baumannii, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Salmonella spp., Staphylococcus aureus, and Streptococcus pneumoniae) in blood cultures at the Orinoquía regional hospital in Colombia. Methods. This was cross-sectional study using routine laboratory data for the period 2019-2021. Data on blood samples from patients suspected of a bloodstream infection were examined. We determined: the total number of blood cultures done and the proportion with culture yield; the characteristics of patients with priority bacteria; and the type of bacteria isolated and antibiotic resistance patterns. Results. Of 25 469 blood cultures done, 1628 (6%) yielded bacteria; 774 (48%) of these bacteria were WHO priority pathogens. Most of the priority bacteria isolated (558; 72%) were gram-negative and 216 (28%) were gram-positive organisms. Most patients with priority bacteria (666; 86%) were hospitalized in wards other than the intensive care unit, 427 (55%) were male, and 321 (42%) were ≥ 60 years of age. Of the 216 gram-positive bacteria isolated, 205 (95%) were Staphylococcus aureus. Of the 558 gram-negative priority bacteria isolated, the three most common were Escherichia coli (34%), Klebsiella pneumoniae (28%), and Acinetobacter baumannii (20%). The highest resistance of Staphylococcus aureus was to oxacillin (41%). For gram-negative bacteria, resistance to antibiotics ranged from 4% (amikacin) to 72% (ampicillin). Conclusions. Bacterial yield from blood cultures was low and could be improved. WHO priority bacteria were found in all hospital wards. This calls for rigorous infection prevention and control standards and continued surveillance of antibiotic resistance.
RESUMEN Objetivos. Evaluar la sensibilidad a los antibióticos de las bacterias incluidas en la lista prioritaria de la Organización Mundial de la Salud (OMS) (Acinetobacter baumannii, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Salmonella spp., Staphylococcus aureus y Streptococcus pneumoniae) en hemocultivos en el Hospital Regional de la Orinoquía en Colombia. Métodos. Se trata de un estudio transversal que empleó datos rutinarios de laboratorio del período comprendido entre los años 2019 y 2021. Se examinaron datos de muestras de sangre de pacientes con presunción clínica de infección del torrente sanguíneo. Se determinó el número total de hemocultivos realizados y la proporción cultivos con resultados, las características de los pacientes con bacterias prioritarias, así como el tipo de bacterias aisladas y los patrones de resistencia a los antibióticos. Resultados. De 25 469 hemocultivos realizados, se aislaron bacterias en 1628 (6%); 774 (48%) con agentes patógenos prioritarios de la OMS. La mayoría de las cepas bacterianas prioritarias aisladas (558; 72%) eran gramnegativas y 216 (28%), organismos grampositivos. La mayoría de los pacientes con bacterias prioritarias (666; 86%) fueron hospitalizados en salas distintas de la unidad de cuidados intensivos, 427 (55%) eran varones y 321 (42%) tenían 60 años o más. De las 216 bacterias grampositivas aisladas, 205 (95%) eran Staphylococcus aureus. De las 558 bacterias prioritarias gramnegativas aisladas, las tres más comunes fueron Escherichia coli (34%), Klebsiella pneumoniae (28%) y Acinetobacter baumannii (20%). La mayor resistencia de Staphylococcus aureus fue a la oxacilina (41%). Entre las bacterias gramnegativas, la resistencia a los antibióticos varió del 4% (amikacina) al 72% (ampicilina). Conclusiones. El aislamiento de bacterias en los hemocultivos fue bajo y podría mejorarse. Se encontraron bacterias de la lista prioritaria de la OMS en todas las salas del hospital, por lo que es necesario aplicar rigurosas normas de prevención y control de infecciones y realizar una vigilancia continua de la resistencia a los antibióticos.
RESUMO Objetivos. Avaliar a suscetibilidade a antibióticos das bactérias consideradas prioritárias pela Organização Mundial da Saúde (OMS) (Acinetobacter baumannii, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Salmonella spp., Staphylococcus aureus e Streptococcus pneumoniae) em hemoculturas coletadas no hospital regional de Orinoquía na Colômbia. Métodos. Estudo transversal utilizando dados laboratoriais de rotina do período 2019-2021. Foram examinados os dados de amostras de sangue de pacientes com suspeita de infecção de corrente sanguínea. Determinamos o número total de hemoculturas realizadas e a proporção de culturas com rendimento, as características dos pacientes com bactérias prioritárias, e o tipo de bactéria isolada e padrões de resistência a antibióticos. Resultados. Das 25.469 hemoculturas realizadas, 1.628 (6%) foram positivas para bactérias, sendo que 774 (48%) dessas bactérias eram da lista de agentes patogênicos prioritários da OMS. A maioria das bactérias prioritárias isoladas (558; 72%) eram gram-negativas e 216 (28%) eram gram-positivas. A maioria dos pacientes com bactérias prioritárias (666; 86%) estava internada em enfermaria, e não em unidade de terapia intensiva. 427 (55%) eram homens e 321 (42%) tinham ≥ 60 anos de idade. Das 216 bactérias gram-positivas isoladas, 205 (95%) eram Staphylococcus aureus. Das 558 bactérias gram-negativas prioritárias isoladas, as três mais frequentes foram Escherichia coli (34%), Klebsiella pneumoniae (28%) e Acinetobacter baumannii (20%). O Staphylococcus aureus apresentou maior resistência à oxacilina (41%). Entre as bactérias gram-negativas, a resistência aos antibióticos variou entre 4% (amicacina) e 72% (ampicilina). Conclusões. O rendimento bacteriano das hemoculturas foi baixo e pode ser melhorado. As bactérias consideradas prioritárias pela OMS foram encontradas em todas as enfermarias do hospital. Os achados exigem normas rigorosas de prevenção e controle de infecção, e vigilância contínua da resistência bacteriana a antibióticos.
RESUMO
ABSTRACT Objective. To describe antimicrobial resistance profiles of Escherichia coli and Salmonella spp. isolated from chicken carcasses and the antimicrobials commonly used in animals in Ecuador and provide information on antimicrobial resistance patterns for implementing evidence-based corrective measures. Methods. Meat samples were collected from chicken carcasses in 199 slaughterhouses across Ecuador as part of a national pilot study for monitoring antimicrobial resistance in agricultural sources in 2019. Samples were tested for E. coli and Salmonella spp. Sensitivity to 10 critically important and three highly important antimicrobials (from a human health perspective) was assessed. The country report submitted to the World Organization for Animal Health was accessed to extract the quantity of antimicrobials produced or imported for use in animals. Results. Of 383 samples, E. coli was isolated from 148 (39%) and Salmonella spp. from 20 (5%) samples. Ninety percent of the isolates were resistant to at least one critically important antimicrobial. Resistance was highest to erythromycin (E. coli 76%; Salmonella spp. 85%) and tetracycline (E. coli 71%; Salmonella spp. 90%). Critically or highly important antimicrobials (colistin, tetracycline, trimethoprim/sulfamethoxazole) formed the bulk (87%) of antimicrobials used in animals as per the World Organization for Animal Health report. Conclusions. High prevalence of antimicrobial resistance in poultry in Ecuador calls for the development of guidelines and regulations on the use of antimicrobials and for engagement with livestock producers. The existing surveillance system needs to be strengthened to improve the monitoring of antimicrobial use and evolving resistance patterns.
RESUMEN Objetivo. Describir los perfiles de resistencia antimicrobiana de las bacterias Escherichia coli y Salmonella spp. aisladas en carne de pollo y los antimicrobianos comúnmente empleados en animales en Ecuador, así como proporcionar información sobre los patrones de resistencia a los antimicrobianos para poner en marcha medidas correctivas basadas en la evidencia. Métodos. Se recogieron muestras de carne de pollo en 199 mataderos de todo Ecuador en el marco de un estudio piloto nacional para monitorear la resistencia a los antimicrobianos en fuentes agrícolas en el 2019. Se analizaron las muestras en busca de E. coli y Salmonella spp. Se evaluó la sensibilidad a diez antimicrobianos de importancia crítica y tres muy importantes (para la salud humana). Se accedió al informe de país presentado ante la Organización Mundial de Sanidad Animal para obtener la cantidad de antimicrobianos producidos o importados para su uso en animales. Resultados. De 383 muestras, se aisló E. coli en 148 (39%) y Salmonella spp. en 20 (5%). En total, 90% de las cepas aisladas fueron resistentes a al menos un antimicrobiano de importancia crítica. Hubo una mayor resistencia a la eritromicina (E. coli: 76%; Salmonella spp.: 85%) y a la tetraciclina (E. coli: 71%; Salmonella spp.: 90%). Los antimicrobianos de importancia crítica o muy importantes (colistina, tetraciclina, trimetoprima/sulfametoxazol) constituyeron la mayor parte (87%) de los antimicrobianos empleados en animales según el informe de la Organización Mundial de Sanidad Animal. Conclusiones. Debido a la alta prevalencia de la resistencia a los antimicrobianos en las aves de corral en Ecuador, son imprescindibles la elaboración de directrices y regulaciones sobre el uso de antimicrobianos y el compromiso con los productores pecuarios. Es necesario fortalecer el sistema de vigilancia existente para mejorar el seguimiento del uso de antimicrobianos y de la evolución de los patrones de resistencia.
RESUMO Objetivo. Descrever perfis de resistência aos antimicrobianos em Escherichia coli e Salmonella spp. isoladas de carcaças de frango e os antimicrobianos comumente usados em animais no Equador e fornecer informações sobre padrões de resistência aos antimicrobianos para implementar medidas corretivas baseadas em evidências. Métodos. Foram coletadas amostras de carne de carcaças de frango em 199 abatedouros em todo o Equador como parte de um estudo piloto nacional para monitorar a resistência aos antimicrobianos de origem agrícola em 2019. Foram testadas amostras de E. coli e Salmonella spp. Foi avaliada a sensibilidade a 10 agentes antimicrobianos de importância crítica e três agentes antimicrobianos muito importantes (do ponto de vista da saúde humana). O relatório do país apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal foi acessado para extrair a quantidade de antimicrobianos produzidos ou importados para uso em animais. Resultados. De 383 amostras, E. coli foi isolada em 148 (39%) e Salmonella spp. em 20 (5%). Noventa por cento dos isolados foram resistentes a pelo menos um antimicrobiano de importância crítica. A resistência foi maior à eritromicina (E. coli, 76%; Salmonella spp., 85%) e à tetraciclina (E. coli, 71%; Salmonella spp., 90%). Antimicrobianos de importância crítica ou muito importantes (colistina, tetraciclina, trimetoprim/sulfametoxazol) responderam pela maior parte (87%) dos antimicrobianos utilizados em animais, conforme o relatório da Organização Mundial de Saúde Animal. Conclusões. A alta prevalência de resistência aos antimicrobianos na avicultura no Equador exige o desenvolvimento de diretrizes e regulamentos sobre o uso de antimicrobianos e o envolvimento com os produtores de gado e avícolas. O sistema de vigilância existente precisa ser reforçado para melhorar o monitoramento do uso de antimicrobianos e a evolução dos padrões de resistência.
RESUMO
Extratos de plantas têm demonstrado diversos efeitos positivos para a saúde, incluindo ação antimicrobiana, no entanto, o uso clínico da fitoterapia ainda é discreto, de modo que mais estudos sobre os efeitos benéficos do sinergismo farmacológico de extratos poderiam contribuir para sua aplicação terapêutica. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos dos extratos glicólicos de gengibre (EG) e quilaia (EQ) isolados e em associação sobre 7 cepas clínicas de Pseudomonas aeruginosa e uma cepa padrão em forma planctônica e biofilmes monotípicos. Para a análise antimicrobiana sobre cultura planctônica foram feitos testes para determinação de Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Microbicida Mínima (CMM) (CLSI, M07-A9) dos extratos isolados, além do Índice de Concentração Inibitória Fracionada (ICIF) e do Índice de Concentração Microbicida Fracionada (ICMF) para os extratos combinados. A análise estatística foi feita com método ANOVA e teste de Tukey para dados com distribuição normal e Kruskall-Wallis com Teste de Comparação Múltipla de Dunn para dados sem distribuição normal (significância de 5%). Para cepa padrão foram determinadas CIM igual a 3,12 mg/mL e CMM igual a 6,25 mg/mL para ambos os extratos. Para cepas clínicas as CIM do EG foram 3,12 ou 6,25 mg/mL e de EQ 1,56 ou 3,12 mg/mL, enquanto os valores de CMM foram de 6,25 mg/mL para EG e de 1,56, 3,12 ou 6,25 mg/mL para EQ. Os resultados de ICIF indicaram 15 associações sinérgicas e 4 associações aditivas dos extratos contra a cepa padrão e, dentre cepas clínicas, foram obtidos 15 resultados aditivos. A partir dos resultados de ICMF foram identificadas 6 associações sinérgicas e 1 associação aditiva contra a cepa padrão, além de 8 associações com efeito aditivo contra cepas clínicas. A partir dos resultados de testes em culturas planctônicas foi avaliada a ação antibiofilme sobre as cepas em que foram observadas reduções de viabilidade de 36,7 e 34% para o EG (50 e 25 mg/mL) e 51,3 e 51,4% para EQ (25 e 12,5 mg/mL) contra cepa padrão. As reduções em cepas clínicas variaram de 43 a 73% com EG e de 36 a 79% para EQ. As associações dos extratos promoveram reduções de viabilidade de 8 a 35% contra 5 das 7 cepas clínicas. Conclui-se que os extratos glicólicos de gengibre e quilaia apresentam ação antimicrobiana de forma isolada e combinados com efeito aditivo sobre a forma planctônica de cepas clínicas resistentes de P. aeruginosa. De forma isolada, os extratos apresentaram importante ação preventiva na formação dos biofilmes dessas cepas, podendo ser considerados potenciais fitoterápicos com aplicações terapêuticas para o combate das infecções por P. aeruginosa. (AU)
Plant extracts have demonstrated several positive health effects, including antimicrobial action, however, the clinical use of phytotherapy is still discreet, so that more studies on the beneficial effects of pharmacological synergism of extracts could contribute to its therapeutic application. The aim of this study was to evaluate the effects of glycolic extracts of ginger (EG) and quilaia (EQ) alone and in combination on 7 clinical strains of Pseudomonas aeruginosa and a standard strain in planktonic form and monotypic biofilms. For the antimicrobial analysis on planktonic culture, tests were performed to determine the Minimum Inhibitory Concentration (MIC) and Minimum Microbicidal Concentration (MMC) (CLSI, M07-A9) of the isolated extracts, in addition to the Fractional Inhibitory Concentration Index (FICI) and the Fractionated Microbicidal Concentration Index (FICM) for the combined extracts. Statistical analysis was performed using the ANOVA method and Tukey's test for data with normal distribution and Kruskall-Wallis with Dunn's Multiple Comparison Test for data without normal distribution (5% significance). For the standard strain, MIC were determined equal to 3.12 mg/mL and MMC equal to 6.25 mg/mL for both extracts. For clinical strains the MIC of EG were 3.12 or 6.25 mg/mL and 1.56 or 3.12 mg/mL of EQ, while the MMC values were 6.25 mg/mL for EG and 1.56, 3.12 or 6.25 mg/ml for EQ. The FICI results indicated 15 synergistic and 4 additive associations of the extracts against the standard strain and, among clinical strains, 15 additive results were obtained. From the FICM results, 6 synergistic and 1 additive association against the standard strain were identified, in addition to 8 associations with additive effect against clinical strains. Based on the results of tests on planktonic cultures, the antibiofilm action were evaluated on the strains in which viability reductions of 36 and 34% were observed for EG (50 and 25 mg/mL) and 51% were observed for EQ (25 and 12, 5 mg/mL) against the standard strain. Reductions in clinical strains ranged from 43 to 73% with EG and from 36 to 79% for EQ. Associations of extracts promoted viability reductions of 8 to 35% against 5 out of 7 clinical strains. It is concluded that the glycolic extracts of ginger and quilaia have antimicrobial action in isolation and combined with additive effect on the planktonic form of resistant clinical strains of P. aeruginosa. Isolated, the extracts showed an important preventive action in the formation of biofilms of these strains and may be considered potential herbal medicines with therapeutic applications to combat P. aeruginosa infections. (AU)
Assuntos
Pseudomonas aeruginosa , Resistência Microbiana a Medicamentos , Biofilmes , Fitoterapia , AntibacterianosRESUMO
ABSTRACT Objective: To assess the impact of COVID-19 on the morbidity and mortality associated with drug-resistant tuberculosis (DR-TB). Methods: A comprehensive review of articles published in international databases since December 2019 was conducted. The findings are presented in a narrative format, supplemented with tables, diagrams, and a map created using ArcGIS software. Results: Thirty-five studies were selected, highlighting the significant consequences of COVID-19 on TB and DR-TB treatment progress. Four main thematic areas were identified: Clinical and epidemiological aspects of the interaction between COVID-19 and DR-TB; Management of physical resources and the team; Challenges and circumstances; Perspectives and possibilities. Conclusions: This study revealed that the COVID-19 pandemic significantly negatively impacted the control of long-standing diseases like TB, particularly in the context of morbidity and mortality related to DR-TB.
RESUMEN Objetivo: Evaluar el impacto de COVID-19 en la morbilidad y mortalidad asociada con la tuberculosis resistente a medicamentos (DR-TB). Métodos: Se realizó una revisión integral de artículos publicados en bases de datos internacionales desde diciembre de 2019. Los hallazgos se presentaron de forma narrativa, complementados con tablas, diagramas y un mapa creado con el software ArcGIS. Resultados: Se seleccionaron 35 estudios que destacaron las consecuencias significativas de COVID-19 en el progreso del tratamiento de la TB y la DR-TB. Se identificaron cuatro áreas temáticas principales: "Aspectos clínicos y epidemiológicos de la interacción entre COVID-19 y DR-TB", "Gestión de recursos físicos y del equipo", "Desafíos y circunstancias" y "Perspectivas y posibilidades". Conclusiones: Este estudio reveló que la pandemia de COVID-19 tuvo un impacto negativo significativo en el progreso del control de enfermedades antiguas como la TB, especialmente en el contexto de la morbilidad y mortalidad relacionada con la DR-TB.
RESUMO Objetivo: Avaliar o impacto da COVID-19 na morbimortalidade associada à tuberculose resistente a medicamentos (DR-TB). Métodos: Realizou-se uma revisão abrangente de artigos publicados em bases de dados internacionais a partir de dezembro de 2019. As evidências foram apresentadas de maneira narrativa, com o suporte de tabelas, diagramas e um mapa elaborado no software ArcGIS. Resultados: Foram selecionados 35 estudos que destacaram as consequências significativas da COVID-19 nos avanços no tratamento da TB e da DR-TB. Quatro áreas temáticas foram identificadas: "Aspectos clínicos e epidemiológicos da interação entre COVID-19 e DR-TB", "Gestão de recursos físicos e da equipe", "Desafios e circunstâncias" e "Perspectivas e potencialidades". Conclusões: Este estudo evidenciou que a pandemia de COVID-19 teve um impacto negativo significativo na progressão do controle de uma doença ancestral como a TB, especialmente no contexto da morbimortalidade por DR-TB.
RESUMO
Com o advento da pandemia de COVID-19, ocorrências de infecções hospitalares e de resistência microbiana foram alertadas pela Organização Mundial de Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, agravando este problema global de saúde pública. A partir de 2022, algumas publicações surgiram questionando a gravidade e o impacto dos microrganismos multirresistentes e das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) durante a pandemia. Políticas nacionais e internacionais de enfrentamento à COVID-19 foram amplamente divulgadas com intuito de apoiar as ações de profissionais e gestores da saúde, além de padronizar minimamente os conceitos de uma doença emergente, de acordo com os avanços tecnológicos e literacia relacionados à COVID-19. Porém, durante a pandemia, ações voltadas para a prevenção da disseminação de microrganismos multirresistentes se depararam com dificuldades encontradas em diversas situações estruturais ou relacionadas aos processos de trabalho no âmbito hospitalar, tendo em vista a gravidade desses pacientes e a necessidade de utilização de dispositivos invasivos, como ventiladores mecânicos. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi analisar a ocorrência de colonização e infecção nos hospitais do estado do Rio de Janeiro durante o primeiro ano antes e após o início da pandemia de COVID-19. Foi realizado um estudo observacional, com base em dados secundários públicos de acesso restrito e irrestrito, com abordagem quantitativa, focando na avaliação no primeiro ano antes-após o início da pandemia de COVID-19 no estado do Rio de Janeiro. A análise indica uma maior notificação de microrganismos multirresistentes no primeiro ano após o início da pandemia, com aumento da pneumonia associada à ventilação mecânica e da densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica. Entretanto, limitações podem ser apontadas em função de alguns aspectos de uma doença nova em constante atualização, com utilização de base de dados passíveis de subnotificação. Neste aspecto, o estudo contribui para o fortalecimento dos sistemas de informação em saúde, considerando os resultados encontrados e a análise detalhada realizada, fundamentais para mostrar as fragilidades de alguns fatores associados às IRAS pelos gestores, profissionais de saúde, pesquisadores e órgãos fiscalizadores, visando a qualificação dos dados de saúde para criação de políticas públicas de controle de infecção ainda mais confiáveis e eficientes. (AU)
The possibility of hospital infection and microbial resistance a global world heath problem was alerted by the World Health Organization and the Brazilian National Health Surveillance Agency during the COVID-19 pandemic due to misuse of antibiotics. After the year 2022 many publications raised questions about the severity and impact of multidrugresistant microorganisms and Healthcare-Associated Infections (HAIs) during the pandemic. National and international policies to combat COVID-19 were widely disseminated to support actions of health professionals and managers, in addition to minimally standardizing the concepts of an emerging disease, according to technological advances and literacy related to COVID-19. With the advent of the pandemic actions aimed at preventing the spread of multidrug-resistant bacteria were faced with difficulties in various structural situations or related to work processes in the hospital environment because of the severity of these patients and the need of invasive devices, such as mechanical ventilators, and longer hospital stay observed in these patients. In this context, the objective of this research was to analyze the occurrence of infection and colonization by multidrug-resistant microorganisms in intensive care units, during the first year after the COVID-19 pandemic. An observational study was carried out, based on public secondary data with restricted and unrestricted access, with a quantitative approach, focusing on the evaluation before and after the onset of the COVID-19 pandemic in the state of Rio de Janeiro. The analysis indicates a greater notification of multidrug-resistant microorganisms in the post-pandemic period, with an increase in ventilator-associated pneumonia and in the incidence density of ventilator-associated pneumonia in the first year of the COVID-19 pandemic. However, limitations can be pointed out due to some aspects of a new disease that is constantly being updated, using a database with possible underreporting. In this regard, the study contributes to the strengthening of health information systems, considering the results found and the detailed analysis carried out, fundamental for the understanding the factors associated with HAI by managers, health professionals, researchers, and inspection institutions, aiming the qualification of health data for the creation of even more reliable and efficient public infection control policies. (AU)
Assuntos
Organização Mundial da Saúde , Vigilância Sanitária , Saúde Pública , Prevenção de Doenças , Sistemas de Informação em SaúdeRESUMO
RESUMEN Objetivo. Mostrar la evolución de los lineamientos sobre políticas públicas en salud enfocadas en farmacorresistencia microbiana o resistencia a los antimicrobianos (RAM) que la Organización Mundial de la Salud (OMS) ha emitido desde 1948 hasta 2022. Además, se mencionan otras acciones gubernamentales relacionadas. Métodos. Se llevó a cabo una revisión detallada de los archivos de la Asamblea Mundial de la Salud y el Consejo Ejecutivo de la OMS. Se realizó un análisis textual de resoluciones sobre la RAM, que dan pauta al diseño de políticas y acciones gubernamentales para los Estados Miembros de la OMS. También se realizó una búsqueda sistemática en SCOPUS, Pubmed y literatura gris con categoría de análisis: políticas públicas en salud sobre la RAM. Resultados. La RAM se ha convertido en la mayor amenaza para la salud pública, y compromete el cumplimiento de los objetivos de desarrollo sostenible. Presentamos resoluciones de la OMS como evidencia de lineamientos para combatir la RAM. En consonancia, se menciona el enfoque "Una salud", estrategias, iniciativas, planes y programas relacionados. Se identificó una brecha en la investigación y el desarrollo de antimicrobianos nuevos, que requiere un análisis más profundo. Conclusiones. La OMS ha realizado esfuerzos para combatir la RAM. Esto ha generado un desarrollo integral de políticas públicas en salud, para que los Estados Miembros las apliquen según la soberanía de sus gobiernos.
ABSTRACT Objective. Show the evolution of guidelines on public health policies focused on antimicrobial resistance (AMR) issued by the World Health Organization (WHO) between 1948 and 2022. Other related government actions are also mentioned. Methods. A detailed review was conducted of World Health Assembly and WHO Executive Board archives. A textual analysis was conducted of AMR-related resolutions that guide the design of government policies and actions for WHO Member States. A systematic search was carried out in SCOPUS, PubMed, and grey literature under the category of public health policies on AMR. Results. AMR has become the greatest threat to public health, putting at risk the achievement of the Sustainable Development Goals. WHO resolutions are presented as evidence of guidelines to combat AMR. The One Health approach and related strategies, initiatives, plans, and programs are mentioned. A gap was identified in the research and development of new antimicrobials, requiring further analysis. Conclusions. WHO has made efforts to combat AMR. This has generated comprehensive development of public health policies to be implemented by the governments of Member States as they see fit.
RESUMO Objetivo. Apresentar a evolução das diretrizes sobre políticas públicas de saúde voltadas para a resistência microbiana a medicamentos ou resistência aos antimicrobianos (RAM) publicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de 1948 a 2022. Além disso, mencionam-se outras ações governamentais relacionadas. Métodos. Procedeu-se a uma revisão detalhada dos arquivos da Assembleia Mundial da Saúde e do Conselho Executivo da OMS. Realizou-se uma análise textual das resoluções sobre RAM, que orientam a formulação de políticas e ações governamentais para os Estados Membros da OMS. Fez-se também uma busca sistemática nas plataformas SCOPUS e Pubmed e na literatura cinzenta, com a categoria de análise "políticas públicas de saúde sobre RAM". Resultados. A RAM tornou-se a maior ameaça à saúde pública e prejudica o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Apresentamos as resoluções da OMS como evidência de diretrizes para combater a RAM. Nesses termos, mencionam-se a abordagem "Saúde Única" e estratégias, iniciativas, planos e programas relacionados. Identificou-se uma lacuna na pesquisa e no desenvolvimento de novos antimicrobianos, o que requer uma análise mais aprofundada. Conclusões. A OMS envidou esforços para combater a RAM, o que levou ao desenvolvimento integral de políticas públicas de saúde a serem aplicadas pelos Estados Membros, em conformidade com a soberania de seus governos.
Assuntos
Humanos , Organização Mundial da Saúde , Farmacorresistência Bacteriana , Gestão de Antimicrobianos/organização & administração , Política de SaúdeRESUMO
ABSTRACT Objective. To explore the antimicrobial stewardship policy landscape in three English-speaking Caribbean countries (Barbados, Guyana, and Saint Lucia) and examine the key enablers and challenges to the design and implementation of formal antimicrobial stewardship programs. Methods. A document analysis that searched for existing policy, communications, and contributions on antimicrobial stewardship from these three countries, adapting the READ (Ready materials; Extract data; Analyze data; Distill findings) approach, a systematic procedure for health policy document review. Results. The search strategy identified 726 initial records. Of those, 15 (2%) met the inclusion criteria. The analysis included official policy documents (n = 3), scholarly works/reviews (n = 3), advocacy documents (n = 2), news articles (n = 4), and confidential reports (n = 3) from the three countries. Conclusions. Critical matters such as cross-programmatic coordination, the significance of individual action, and the need for bidirectional knowledge discourse are prominent in optimizing antimicrobial stewardship adaptation in these countries. CARICOM regional coordination has positively impacted the integration of infection prevention and control with antimicrobial stewardship across this knowledge network.
RESUMEN Objetivo. Explorar el panorama de las políticas de optimización del uso de antimicrobianos en tres países caribeños de habla inglesa (Barbados, Guyana y Santa Lucía) y examinar los principales facilitadores y desafíos para elaborar y aplicar programas formales de optimización del uso de antimicrobianos. Métodos. Se adaptó el método READ (acrónimo en inglés de "materiales listos; extraer los datos; analizar los datos; destilar los resultados"), un procedimiento sistemático para la revisión de documentos sobre políticas de salud, a fin de realizar un análisis de documentos que buscó las políticas, comunicaciones y contribuciones existentes sobre la optimización del uso de antimicrobianos en esos tres países. Resultados. La estrategia de búsqueda permitió localizar 726 documentos iniciales. De ellos, 15 (el 2%) cumplían los criterios de inclusión. El análisis abarcó documentos oficiales de políticas (n = 3), trabajos académicos o revisiones (n = 3), documentos de promoción de la causa (n = 2), artículos de noticias (n = 4) e informes confidenciales (n = 3) de los tres países. Conclusiones. Varios aspectos críticos, como la coordinación interprogramática, la importancia de la acción individual y la necesidad de una comunicación bidireccional del conocimiento, son preponderantes para adaptar de la mejor manera la optimización del uso de antimicrobianos en estos países. La coordinación regional de la CARICOM ha influido positivamente para integrar la prevención y el control de infecciones con la optimización del uso de antimicrobianos en toda esta red de conocimientos.
RESUMO Objetivo. Explorar o cenário da política para uso racional de antibióticos em três países anglófonos do Caribe (Barbados, Guiana e Santa Lúcia) e examinar os principais fatores facilitadores e desafios para a elaboração e implementação de programas formais de uso racional de antibióticos. Métodos. Análise de documentos em busca de políticas, comunicações e contribuições existentes sobre o uso racional de antibióticos nesses três países, adaptando a abordagem READ (sigla em inglês para preparar materiais, extrair e analisar dados e destacar os principais achados), um procedimento sistemático para a revisão de documentos de políticas de saúde. Resultados. A estratégia de busca identificou 726 registros iniciais. Desses, 15 (2%) atenderam aos critérios de inclusão. A análise incluiu documentos oficiais de políticas (n = 3), trabalhos acadêmicos/revisões (n = 3), documentos em defesa da causa (n = 2), reportagens (n = 4) e relatórios confidenciais (n = 3) dos três países. Conclusões. Questões críticas, como a coordenação interprogramática, a importância da ação individual e a necessidade de um discurso bidirecional de conhecimento, se destacam na adaptação otimizada das diretrizes de uso racional de antibióticos nesses países. A coordenação regional da Comunidade do Caribe (CARICOM) contribuiu para integrar a prevenção e o controle de infecções ao uso racional de antibióticos em toda essa rede de conhecimento.
RESUMO
RESUMO Objetivo. Mapear políticas relacionadas à prevenção e ao controle da resistência aos antimicrobianos na perspectiva da saúde humana no Brasil e sistematizar a evolução histórica dessas políticas. Método. Desenvolveu-se uma revisão de escopo conforme as diretrizes do Instituto Joana Briggs e PRISMA. A busca na literatura foi realizada em dezembro de 2020 nas bases de dados LILACS, PubMed e EMBASE. Utilizaram-se os termos "antimicrobial resistance" AND "Brazil" e sinônimos. Uma pesquisa documental com os mesmos termos foi conduzida nos sites eletrônicos do governo brasileiro até dezembro de 2021. Foram incluídos estudos de todos os desenhos, sem restrição de idioma ou data. Excluíram-se documentos clínicos, revisões e estudos epidemiológicos que não referenciavam políticas de gestão da resistência aos antimicrobianos no Brasil. Para coleta e análise de dados, estabeleceram-se categorias baseadas em documentos da Organização Mundial da Saúde. Resultados. Desde antes da criação do Sistema Único de Saúde, o Brasil possuía políticas relacionadas à resistência aos antimicrobianos, como o Programa Nacional de Imunização e programas de controle de infecção hospitalar. No final das décadas de 1990 e 2000, estabeleceram-se as primeiras políticas específicas sobre resistência aos antimicrobianos (redes e programas de vigilância) e estratégias de educação. Destaca-se o Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no Âmbito da Saúde Única (PAN-BR), de 2018. Conclusões. Apesar do longo histórico de políticas relacionadas à resistência aos antimicrobianos no Brasil, foram identificadas lacunas, sobretudo no monitoramento da utilização de antimicrobianos e na vigilância da resistência aos antimicrobianos. O PAN-BR, primeiro documento de governo elaborado na perspectiva One Health, é um marco nas políticas brasileiras.
ABSTRACT Objective. To map the policies related to the prevention and control of antimicrobial resistance from a human health perspective in Brazil and systematize the historical course of these policies. Method. A scoping review was performed following Joana Briggs Institute and PRISMA guidelines. A literature search was performed in December 2020 in the LILACS, PubMed and EMBASE databases. The terms "antimicrobial resistance" AND "Brazil" as well as their synonyms were used. Using the same keywords, Brazilian government websites were searched for documents published until December 2021. Studies of all designs were included, with no language or date restrictions. Clinical documents, reviews and epidemiological studies that did not focus on antimicrobial resistance management policies in Brazil were excluded. Categories based on World Health Organization documents were used for data systematization and analysis. Results. In Brazil, policies related to antimicrobial resistance such as the National Immunization Program and hospital infection control programs can be traced back to before the creation of the Unified Health System. In the late 1990s and 2000s, the first specific policies on antimicrobial resistance (surveillance networks and programs) and education strategies were established; especially noteworthy is The National Action Plan for the Prevention and Control of Antimicrobial Resistance in the Single Health Scope (PAN-BR) of 2018. Conclusions. Despite the long history of policies related to antimicrobial resistance in Brazil, gaps were identified, particularly in monitoring the use of antimicrobials and surveillance of antimicrobial resistance. The PAN-BR, the first government document prepared from a One Health perspective, represents an important milestone.
RESUMEN Objetivo. Determinar qué políticas de prevención y control de la resistencia a los antimicrobianos desde la perspectiva de la salud humana se han adoptado en Brasil y sistematizar su evolución histórica. Método. Se hizo una revisión exploratoria según las directrices del Instituto Joana Briggs y de PRISMA. La búsqueda bibliográfica se realizó en diciembre del 2020 en las bases de datos LILACS, PubMed y EMBASE. Se utilizaron los términos "antimicrobial resistance" AND "Brazil" y sinónimos. Se efectuó una investigación documental con los mismos términos en los sitios web del gobierno brasileño hasta diciembre del 2021. Se incluyeron estudios de todos los diseños, sin restricciones de idioma ni de fecha. Se excluyeron los documentos clínicos, revisiones y estudios epidemiológicos que no hicieran referencia a las políticas de gestión de la resistencia a los antimicrobianos en Brasil. Para la recolección y el análisis de datos se establecieron categorías basadas en documentos de la Organización Mundial de la Salud. Resultados. Desde antes de la creación del Sistema Único de Salud, Brasil tenía políticas de resistencia a los antimicrobianos, como el Programa Nacional de Inmunización y los programas de control de infecciones hospitalarias. A finales de las décadas de 1990 y 2000 se establecieron las primeras políticas específicas de resistencia a los antimicrobianos (redes y programas de vigilancia) y estrategias de educación. Entre ellas se destaca el Plan de Acción Nacional de Prevención y Control de la Resistencia a los Antimicrobianos en el marco del enfoque de "Una salud" (PAN-BR) del 2018. Conclusiones. A pesar de la larga historia de las políticas de resistencia a los antimicrobianos en Brasil, se encontraron lagunas, particularmente en el seguimiento del uso de antimicrobianos y la vigilancia de la resistencia a los mismos. El PAN-BR, primer documento gubernamental elaborado desde la perspectiva de "Una salud", marca un hito en las políticas formuladas en Brasil.
RESUMO
INTRODUCTION: Contamination of cell phones can contribute to the dissemination of pathogens in the community and/or hospital environment. OBJECTIVE: To characterize Staphylococcus aureus strains isolated from cell phones of university students. METHODS: Samples were collected from 100 cell phones. Detection of genes associated with virulence factors such as biofilm formation (icaA and icaD), enterotoxins production (SEA, SEB, SEC, and SED), and resistance to methicillin (mecA and mecC) was performed in S. aureus isolates by PCR. Typing mecA gene performed by multiplex PCR. Susceptibility to antimicrobials and biofilm formation rate also evaluated by using disk diffusion test and crystal violet staining. RESULTS: S. aureus was present in 40% of the total samples and about 70% of them belonged to Nursing students. Of the isolates, 85% presented resistance to penicillin and 50% were classified as moderate biofilm producers. In addition, 92.5% of isolates contained the gene icaA and 60% of the gene icaD. Approximately 25% of the isolates presented the mecA gene. Typing of the mecA gene showed the presence of staphylococcal chromosome cassette SCCmec I and c III respectively in 20% and 10% of the isolates. 70% of the samples could not be typed by the technique. Regarding the enterotoxins, the most prevalent gene was SEA (30%) followed by the SEC gene (2.5%). The presence of SED and SEB genes not observed in any of the isolates. CONCLUSION: The cleaning and periodic disinfection of cell phones can contribute to the reduction of the risk of nosocomial infection.
INTRODUÇÃO: A contaminação de celulares pode contribuir para a disseminação de patógenos na comunidade e/ou ambiente hospitalar. OBJETIVO: Caracterizar cepas de Staphylococcus aureus de telefones celulares de estudantes universitários. MÉTODOS: Foram coletadas amostras de 100 telefones celulares. Detecção de genes associados a fatores de virulência quanto a: formação de biofilme (icaA e icaD), produção de enterotoxinas (SEA, SEB, SEC e SED) e resistência à meticilina (mecA e mecC) foi realizada em isolados de S. aureus por PCR. A Tipagem do gene mecA foi realizada por PCR multiplex. A susceptibilidade a antimicrobianos e a taxa de formação de biofilme pelo teste de difusão em disco e coloração com cristal violeta. RESULTADOS: S. aureus esteve presente em 40% do total de amostras, destas, 70% pertenciam a estudantes do curso de enfermagem. Dos isolados, 85% apresentaram resistência à penicilina e 50% foram classificados com moderada formação de biofilme. Além disso, 92,5% dos isolados continham o gene icaA e 60% o gene icaD. Aproximadamente 25% dos isolados apresentaram o gene mecA. A tipagem do gene mecA mostrou a presença do cassete cromossômico estafilocócico SSCmec I e III em respectivamente 20% e 10% dos isolados. 70% das amostras não puderam ser identificadas pela técnica. Das enterotoxinas, o gene mais prevalente foi o SEA (30%), seguido pelo gene SEC (2.5%). A presença dos genes SED e SEB não foi observada nos isolados. CONCLUSÃO: A limpeza e desinfecção periódica dos telefones celulares podem contribuir para a redução do risco de infecção nosocomiais.