RESUMO
Abstract A unique association joins Guillaume Apollinaire, Blaise Cendrars and Louis Ferdinand Céline. Besides being great exponents of French literature, they were all neurologically wounded during the First World War. Apollinaire had a traumatic brain injury, Cendrars developed phantom limb neuropathic pain and Céline presented radial nerve paralysis. There is quite an evidence that supports that their artistic output was also influenced by acquired neurological conditions during the war. The examples of these three French authors reveal the surprising intimacy Neurology can share with art and history.
Resumo Uma associação única une Guillaume Apollinaire, Blaise Cendrars e Louis Ferdinand Céline. Além de serem grandes expoentes da literatura francesa, todos eles foram feridos neurologicamente durante a Primeira Guerra Mundial. Apollinaire sofreu traumatismo cranioencefálico, Cendrars desenvolveu dor neuropática do membro fantasma e Céline apresentou paralisia do nervo radial. Há bastantes evidências que sustentam que a sua produção artística também foi influenciada pelas condições neurológicas adquiridas durante a guerra. Os exemplos desses três autores franceses revelam a surpreendente intimidade que a neurologia pode compartilhar com a arte e a história.
Assuntos
História do Século XIX , História do Século XX , Arte , Doenças do Sistema Nervoso , Neurologia , I Guerra MundialRESUMO
ABSTRACT The First World War was a global war, beginning on 28 July 1914, until 11 November 1918. Soon after the beginning of the war, there was an “epidemic” of neurological conversion symptoms. Soldiers on both sides started to present in large numbers with neurological symptoms, such as dizziness, tremor, paraplegia, tinnitus, amnesia, weakness, headache and mutism of psychosomatic origin. This condition was known as shell shock, or “war neurosis”. Because medically unexplained symptoms remain a major challenge, and considering the close relationship of symptoms described in shell shock with clinical neurology, we should study their history in order to improve future care.
RESUMO A Primeira Guerra Mundial foi uma guerra global, iniciada em 28 de julho de 1914, até 11 de novembro de 1918. Logo após o início da guerra, exatamente há 100 anos, houve uma “epidemia” de sintomas neurológicos conversivos. Soldados de ambos os lados começaram a apresentar com frequência sintomas neurológicos, tais como: tontura, tremor, paraplegia, zumbido, amnésia, fraqueza, cefaleia e mutismo de origem psicossomática. Esta condição ficou conhecida como shell shock, ou “neurose de guerra”. Como muitos sintomas e doenças inexplicadas continuam sendo um grande desafio, e considerando a estreita relação dos sintomas descritos no shell shock com a neurologia clínica, torna-se importante estudar essa parte da história com o objetivo de entendermos e melhorarmos os cuidados aos pacientes.
Assuntos
Humanos , História do Século XX , Transtornos de Estresse Pós-Traumáticos/história , Distúrbios de Guerra/história , I Guerra Mundial , Militares/história , Transtornos de Estresse Pós-Traumáticos/psicologiaRESUMO
Objetivo: analisar os desenhos inspirados em enfermeiras veiculados na imprensa, com destaque dos seus atributos pessoais nas circunstâncias da Primeira Guerra Mundial. Método: optou-se por analisar os documentos à luz da semiótica para decodifica-los, articulando-os simultaneamente com a história. De acordo com os critérios de seleção dos documentos, foram analisados três desenhos veiculados pela Revista da Semana, com base nos conceitos de "plano de expressão" e "plano de conteúdo". Resultados: nos desenhos em análise evidenciam-se o véu, o braçal e a cruz como os atributos pessoais mais marcantes das mulheres em destaque, associados a outros atributos como asas e cenas de cuidados aos feridos. Conclusão: os signos revelaram possível estratégia de manipulação simbólica para representar a imagem da enfermeira, que pautava na sua prática bondade e caridade. Ressalta-se que o braçal com cruz, por ser portador do significado de neutralidade, caracterizou o cuidar sem distinção, uma das referências da Cruz Vermelha.(AU)
Objective: to analyze the drawings inspired by nurses and published by the press, especially their personal attributes in the circumstances of World War I. Method: we chose to analyze the documents in the light of semiotics to decode them, relating them simultaneously to history. According to the criteria for the selection of the documents, we analyzed three drawings published by Revista da Semana magazine, based on the concepts of "expression plane" and "content plane". Results: the drawings analyzed showed a veil, an armband and the cross as the most remarkable personal attributes of these women, associated with other attributes such as wings and scenes of care provided to war-wounded patients. Conclusion: the signs revealed a possible strategy of symbolic manipulation to represent the image of nurses who based their practice on kindness and charity. It is worth mentioning that the armband with a cross, which means neutrality, characterized care provided without any distinction, one of the references of the Red Cross.(AU)
Objetivo: analizar los dibujos inspirados en enfermeras publicados por la prensa, con destaque de sus atributos personales en las circunstancias de la Primera Guerra Mundial. Método: fueron analizados los documentos a la luz de la semiótica para decodificarlos, articulándolos simultáneamente con la historia. Según los criterios de selección de los documentos, fueron analizados tres dibujos publicados por la Revista da Semana, con base en los conceptos de "plano de expresión" y "plano de contenido". Resultados: en los dibujos analizados se destacan el velo, el brazalete y la cruz como los atributos personales más notables de esas mujeres, asociados con otros atributos como alas y escenas de la atención de heridos. Conclusión: los signos revelaron una posible estrategia de manipulación simbólica para representar la imagen de la enfermera, que basaba su práctica en la bondad y caridad. Cabe señalar que el brazalete con cruz, por tener el significado de neutralidad, caracterizó la atención sin distinción alguna, una de las referencias de la Cruz Roja.(AU)