RESUMO
A proposta deste trabalho foi analisar as alterações ósseas da ATM de 75 pacientes com desordens temporomandibulares, por meio de imagens de planigrafia convencional, planigrafia digital e ressonância magnética. O índice temporomandibular foi usado para selecionar os pacientes com alterações intra-articulares, excluindo-se aqueles com somente alterações musculares. Os pacientes foram divididos em três grupos de 25 sujeitos; o grupo 1 foi submetido à planigrafia convencional, o grupo 2 à planigrafia digital e o grupo 3 à ressonância magnética. O teste do qui-quadrado (χ2 ) foi usado para se comparar o número de alterações ósseas da ATM visto nos três grupos, divididas tais alterações em cinco aspectos: espaço articular anterior, cabeça da mandíbula, eminência articular, movimento e posição da cabeça da mandíbula. A planigrafia convencional e a digital tiveram a qualidade de suas imagens analisada pelo programa Aeroimagem 1.0 (Instituto de Estudos Avançados, IEAv, FAB , São José dos Campos, SP, Brasil). O grupo 2 mostrou mais alterações ósseas da ATM do que os grupos 1 (p=0,012) e 3 (p=0,00). Os grupos 1 e 3 não diferiram significativamente entre si (p=0,018). As imagens de planigrafia digital mostraram maior número e melhor distribuição dos níveis de cinza que as de planigrafia convencional pelo programa Aeroimagem 1.0. A planigrafia digital mostrou maior número de alterações ósseas da ATM do que a planigrafia convencional e a ressonância magnética. A planigrafia convencional e a ressonância não diferiram entre si neste aspecto. A planigrafia digital ofereceu maior quantidade de informações e qualidade de imagem que a convencional
The purpose of this study was to analyze TMJ bone alterations in 75 temporomandibular joint disorders patients through conventional planigraphy, digital planigraphy and magnetic resonance imaging. Temporomandibular Index (Pehling et al., 2002) was used to select those patients with intra-articular alterations, excluding those with only muscle alterations. Patients were divided in three groups of 25 each: group 1 was submitted to conventional planigraphy, group 2 to digital planigraphy and group 3 to magnetic resonance imaging. Bone alterations were divided into five aspects: anterior joint space, condyle, articular eminence, condyle position and movement. Statistical χ2 test compared the number of TMJbone alterations among imaging techniques. Digital and conventional planigraphy had their imaging quality analysed by Aeroimagem 1.0 software program. Digital planigraphy showed more TMJ bone alterations than conventional planigraphy (p=0,012) and magnetic resonance imaging (p=0,00). Conventional planigraphy and MRI showed similar number of TMJ bone alterations (p=0,018). Digital planigraphy had a greater number and a better gray level distribution than conventional one, according to Aeroimagem 1.0 program. MRI presented significant more normal cases than the two other techniques, but only in the condyle position aspect. Digital planigraphy showed greater TMJ bone alterations than conventional planigraphy and MRI. Digital planigraphy also offered greater amount of information and better imaging quality than conventional planigraphy