RESUMO
RESUMO Objetivo: Avaliar uma possível desordem de sensibilidade ocular (similar a glare), com sintomas de fadiga visual, através da observação de tela de televisão ULTRA HD- 3D- 4K de tela curva de 55 polegadas, em voluntários com exame oftalmológico normal. Métodos: Um estudo prospectivo, longitudinal, caso-controle, com formação de grupos por faixa etária e com critérios de inclusão e exclusão. Uma comparação de um vídeo documentário gravado com resolução HD 4K e o mesmo documentário gravado em FULL HD antes e após a tele-audiência anterior consistindo numa avaliação de três fases do estudo com os mesmos critérios. A fadiga visual foi analisada por meio de um questionário padronizado de queixas de síndrome de fadiga visual comuns e comparado a teste de sensibilidade ao contraste, teste de amplitude de acomodação e convergência, teste de frequência de piscar e teste de movimentos sacádicos conjugados oculares de grande amplitude. Equipamentos acessórios como tablets com câmara digitais serão utilizados para gravação de vídeos da frequência de piscar, e de movimentos oculares sacádicos durante toda a audiência televisiva. Analise estatística com Teste de Qui quadrado, teste t de Student, teste de Tukey e teste F com analise de Variância foram feitos para dados em tabelas de contingência e gráficos caixa em Box Plot. Nível de significância estimado em 5%. Resultados: Oitenta voluntários normais foram avaliados e avaliados como inferência de expressividade estatística alpha (α) de 10%, sem obter significância de 5% para as queixas de um questionário de Síndrome de Fadiga Visual. Outros testes estatísticos revelam dados de significância de 5% numa inferência global da pesquisa quanto à frequência de piscar e de movimentos sacádicos conjugados oculares de grande amplitude. Conclusão: Telas de televisão de alta resolução ULTRA HD 4K, podem provocar queixas de fadiga visual numa população de características pouco comuns (com baixa frequência de piscar palpebral e movimentos sacádicos conjugados), mas existentes. O baixo índice de estatística significativa poderá revelar-se de maior expressão no uso de uma amostragem de pesquisa mais numerosa. Os autores chamam a atenção para a possibilidade de incremento desse efeito de fadiga visual no futuro advento de Sistema de Televisão ULTRA HD 8K.
ABSTRACT Purpose: To evaluate eye sensitivity disorder (similar to glare), with symptoms of visual fatigue, through watching television ULTRA HD3D-55-inch 4K curved screen among volunteers with normal eye examination. Methods: A prospective, longitudinal, case-control study, with inclusion and exclusion criteria and groups formation enrolled by age range. A comparison of a video documentary presented with the ULTRA HD TV 4K and with the FULL HD TV before and after the previous tele-audience, consisting of an evaluation of three phases of the study regarding the case-control criteria. The main variable analyzed was a questionnaire of visual fatigue syndrome complaints which was compared with secondary variables as the contrast sensitivity test, amplitude of accommodation test, blink frequency test, and test of conjugated saccadic eye movements of big amplitude. Tablets with digital camera equipment were used for video recording of the blink frequency, and saccadic eye movements throughout the television audience. Statistical analysis with Chi Square test. Results: Eighty healthy volunteers were evaluated and assessed as expressiveness of statistical inference alpha (α) of 10%, without obtaining significance of 5% for complaints of a questionnaire Visual Fatigue Syndrome. Other statistical tests showed 5% of significance of data in a global inference research on the frequency of blinking and combined saccadic movements of great amplitude. Conclusion: High resolution television screens ULTRA HD 4K may cause complaints of eyestrain in a population with some uncommon characteristics (low eyelid blink frequency and conjugated saccades movements). The low statistical significant index could be increased in a research with a higher number of participants. The authors call attention to the possibility of increasing this visual fatigue effect in the future advent of Television System ULTRA HD 8K.
RESUMO
PURPOSE: To determine if the distribution of inter-blink time intervals is constant with repeated measurements with and without topical ocular anesthesia. METHODS: Inter-blink time was measured in 15 normal subjects ranging from 19 to 32 years (mean ± SD= 23.9 ± 3.20) with the magnetic search coil technique on 3 different occasions, the last one with topical ocular anesthesia. RESULTS: One-way analysis of variance for repeated measurements showed that topical anesthesia significantly reduced the blink rate (blinks per minute), which was constant in the first two measurements (F=8.27, p=0.0015. First measurement: mean ± SD= 13.7 ± 7.8; second measurement: 13.1 ± 8.5 SD; with topical anesthesia: = 7.2 ± 4.6). However, distributions shape was not affected when the blink rate was reduced. The three distributions followed a Log Normal pattern, which means that the time interval between blinks was symmetrical when the time logarithm was considered. CONCLUSIONS: Topical ocular anesthesia reduces the rate of spontaneous blinking, but does not change the distribution of inter-blink time interval.
OBJETIVOS: Determinar se a distribuição dos intervalos do piscar espontâneo se mantém em medidas repetidas com e sem anesthesia tópica ocular. MÉTODOS: Os intervalos entre movimentos de piscar da pálpebra superior foram medidos com rastreamento magnético (Magnetic Search Coil) em 15 sujeitos (11 do sexo masculino) normais com idades entre 19 a 32 anos (média 23,86 ± 3,20 dp anos). RESULTADOS: Análise de variância unifatorial para medidas repetidas mostrou que a anesthesia tópica ocular diminuiu significativamente a frequência média (número de blinks/minuto) do piscar espontâneo, a qual se manteve constante nas duas primeiras medidas (F=8,27, p=0,0015. Primeira medida 13,7 ± 7,8 DP; segunda medida 13,1 ± 8,5; com anestesia tópica 7,2 ± 4,6). No entanto, a forma da distribuição nas 3 medidas obedeceu uma distribuição do tipo Log Normal, de modo que os intervalos de piscar foram normalmente distribuídos quando o logaritmo do intervalo foi considerado. CONCLUSÕES: A anesthesia tópica ocular diminui significativamente a frequência de piscar, mas não altera a distribuição dos intervalos do piscar espontâneo.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Adulto Jovem , Anestesia , Anestésicos Locais/farmacologia , Piscadela/efeitos dos fármacos , Soluções Oftálmicas/farmacologia , Administração Tópica , Análise de Variância , Piscadela/fisiologia , Estatísticas não Paramétricas , Fatores de TempoRESUMO
OBJECTIVE: Investigate the average blinking time in conversation and in Video Display Terminal use of young adults and adults in the presbyopic age group. METHODS: A transversal analytical study in a readily accessible sample consisting of Volkswagen do Brasil - Curitiba, Paraná employees was performed. The cohort group consisted of 108 subjects divided into two age groups: Group 1, the young adult group (age range 20-39): 77 employees, mean age of 30.09 ± 5.09; Group 2, the presbyopic adult group, (age range 40-53): 31 employees, mean age of 44.17 ± 3. Subjects under 18 years of age, with a history of ocular disorders, contact lens wearers and computer non-users were excluded. The subjects had their faces filmed for 10 minutes in conversation and VDT reading. Student's t-test was used and the statistical significance level was 95 percent. RESULTS: The average time between blinks in Group 1 for conversation and VDT reading was 5.16 ± 1.83 and 10.42 ± 7.78 seconds, respectively; in Group 2. 4,9 ± 1.49 and 10.46 ± 5.54 seconds. In both age groups, the time between blinks in VDT reading situations was higher (p<0.0001). There was no statistically meaningful difference for conversation and VDT reading situations when the two studied age groups were compared (p>0.05). CONCLUSION: There was an increase in the blinking time between young adults and the presbyopic group in VDT use situations when compared with reading situations. The difference in the blinking frequency between young adults and the presbyopic group in VDT use and reading situations was not statistically significant.
OBJETIVOS: Investigar o intervalo entre as piscadas em adultos jovens e em présbitas, durante conversação e leitura no monitor do computador. MÉTODOS: Realizou-se estudo transversal, analítico, em amostra prontamente acessível, composta por funcionários da Volkswagen do Brasil, em Curitiba (Paraná-Brasil). A amostra foi dividida em dois grupos de acordo com a idade: grupo 1 (20-39 anos); grupo 2 (40-53 anos). Foram excluídos menores de 18 anos, portadores de doenças oculares, usuários de lentes de contato e não usuários de computador. Os participantes tiveram suas faces filmadas por 10 minutos durante atividades de conversação e leitura no monitor do computador. Utilizou-se teste t de Student,com nível de significância de 95 por cento. RESULTADOS: A amostra compôs-se de 108 indivíduos, sendo o grupo 1 com 77 indivíduos, com idade média 30,09 ± 5,09 anos e grupo 2 com 31 indivíduos, com idade média 44,17 ± 3 anos. O tempo médio entre as piscadas, no grupo 1, em conversação foi de 5,16 ± 1,83 e leitura no monitor de 10,42 ± 7,78 segundos; no grupo 2, em conversação foi de 4,9 ± 1,49 e leitura no monitor de 10,46 ± 5,54 segundos. Encontrou-se distância maior entre as piscadas, durante a leitura no monitor (p<0,0001) nos dois grupos etários. Conferindo os resultados encontrados nos dois grupos, nas situações de conversação e leitura no monitor, não houve diferença estatisticamente significativa (p>0,05). CONCLUSÃO: Houve um aumento no intervalo entre as piscadas, em adultos jovens e em présbitas, durante a leitura em monitor quando comparada com situação de conversação. Não se evidenciou diferença estatisticamente significativa entre os participantes dos dois grupos, nas situações de conversação e leitura no monitor.
Assuntos
Adulto , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Piscadela/fisiologia , Terminais de Computador , Presbiopia/fisiopatologia , Leitura , Comportamento Verbal , Métodos Epidemiológicos , Fatores de Tempo , Adulto JovemRESUMO
OBJETIVO: Avaliar o ritmo de piscar de portadores de pterígio antes e depois da exérese. MÉTODOS: Foram avaliados os movimentos palpebrais de 41 pacientes antes e 60 dias depois da remoção cirúrgica da lesão. Os movimentos palpebrais foram capturados durante 1 minuto, usando filmadora Sony Digital 8 DCR - TRV110, sob iluminação artificial, com o indivíduo em posição primária do olhar, tendo como ponto de fixação a própria filmadora. As imagens obtidas foram processadas por computador, quantificando-se o total de movimentos de piscar, o número de piscar completo e incompleto, e as respectivas durações. Os dados foram submetidos à análise estatística. RESULTADOS: Antes da cirurgia 36,36 por cento dos pacientes queixavam-se de sensação de corpo estranho e após a cirurgia, 61,02 por cento estavam assintomáticos. A avaliação do ritmo de piscar revelou que a freqüência do piscar incompleto aumentou no pós-operatório. A duração do piscar não se alterou antes e após a cirurgia. CONCLUSÃO: A exérese do pterígio leva à diminuição dos sintomas irritativos. Após a remoção da lesão, houve discreto aumento da freqüência de piscar incompleto. Há a possibilidade da presença do pterígio não estar relacionada com alterações do filme lacrimal, considerando que a alteração do ritmo de piscar foi discreta. No entanto, outros estudos deverão ser realizados para afirmar ou contestar esta hipótese.
PURPOSE: To evaluate the eyeblink rate in patients with pterygium before and after the lesion exeresis. METHODS: Forty-one patients with pterygium were evaluated before and 60 days after the lesion exeresis. They were digitally videotaped during one minute in a standard setting using a Sony Digital 8 DCR - TRV110 and the images were transferred to a personal computer (McIntosh 400) and processed with the iMovie software. The patients stayed in primary gaze position, under artificial ilumination. Total blink, complete and incomplete blink and the opening and closure time were measured using frames scale. The data were submitted to statistical analysis. RESULTS: Before surgery, 36.36 percent of the patients with pterygium complained of foreign body and after that, 61.02 percent had no symptoms. The incomplete blink increased after surgery. The opening and closure time was similar before and after surgery. CONCLUSION: With pterygium exeresis the symptoms decreased and the incomplete blink increased a little. Nevertheless the blink rate barely changed. Further research needs to be provided to confirm this hypothesis.
Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Piscadela/fisiologia , Pterígio/cirurgia , Período Pós-Operatório , Estudos Prospectivos , Pterígio/fisiopatologia , Estatísticas não Paramétricas , Fatores de Tempo , Gravação de Videoteipe , Adulto JovemRESUMO
OBJETIVO: Estabelecer o padrão de normalidade do ritmo de piscar em crianças normais em idade pré-escolar. MÉTODOS: Avaliaram-se 200 crianças de 4 a 6 anos, saudáveis, usando tomada de imagens digitais, nos planos frontal e lateral, em estado de vigília, em posição primária do olhar, estando o objeto de observação localizado na altura da pupila. Para a tomada das imagens foi utilizada uma filmadora Sony Lithium, sendo as mesmas gravadas em fitas 8 mm, transferidas para um computador MacIntosh G4 e processadas pelo programa iMovie, estudando-se: o tempo de abertura e o tempo de fechamento palpebral, o tempo de piscar completo e o ritmo de movimentos palpebrais por minuto, durante 3 minutos. Os resultados foram avaliados por estatística descritiva e gráfico de linhas. RESULTADOS: O piscar completo foi mais freqüente que o incompleto. O ritmo do piscar completo aumenta com o aumento da idade. Para o piscar incompleto, os valores foram semelhantes em todas as idades avaliadas. O tempo de fechamento e de abertura palpebral e o tempo de piscar completo foram semelhantes em meninos e meninas. O tempo de fechamento foi mais lento que o tempo de abertura palpebral. CONCLUSÕES: O ritmo de piscar completo aumenta com a idade. Os tempos de fechamento e de abertura palpebral e o tempo de piscar completo foram semelhantes em ambos os sexos, em todas as idades estudadas, sendo o fechamento mais lento que a abertura palpebral.
PURPOSE: To evaluate spontaneous blink activity in the primary eye position in normal preschool children. METHODS: Two hundred normal children aged 4 to 6 years were prospectively evaluated. They were digitally videotaped in a standard setting, taking the images on frontal and lateral plans, during the vigil state, in the primary eye position. The object of observation was located at the same level of the pupil. A Sony Lithium camera was used. The images were recorded on 8 mm tapes and transferred to a personal computer (MacIntosh G4) and processed with the iMovie software. Opening, closure and total blink times were measured using frame scale. The eyelid movement rhythm per minute was also evaluated, during three minutes. The data were submitted to statistical analysis. RESULTS: The complete eye blink was more frequently observed than the incomplete eye blink. The blink rate increased with age. The incomplete blink rate was the same for all the evaluated ages. The eyelid opening and closing times and the complete blink time were similar for both sexes, during all evaluation moments. There were no differences between genders regarding eye blink. The closing eyelid time was slower than the opening eyelid time. CONCLUSIONS: The complete blink rate increases with age. The closing and the opening eyelid times and the complete blink were similar for both sexes in all evaluated ages and the opening time is faster than the closing time.