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1.
São Paulo; s.n; 2015. 69 p. ilus, tab.
Tese em Português | Inca | ID: biblio-1150475

RESUMO

INTRODUÇÃO e OBJETIVOS: Os astrocitomas anaplásicos (AAs) são gliomas classificados como grau III pela OMS, constituindo um grupo intermediário de agressividade e uma zona cinzenta na atuação clínica e interpretação histológica. Além disso, o material obtido nas neurocirurgias muitas vezes é pouco representativo, seja por amostras exíguas, seja por amostragem da periferia da lesão. Metodologias como imuno-histoquímica, hibridização in situ e/ou sequenciamento tem sido amplamente utilizadas para analisar a expressão e a validação de marcadores biológicos de agressividade, reclassificar as entidades e avaliar as vias de tumorigênese, com o intuito também de direcionar a terapêutica. Nos gliomas, algumas alterações moleculares têm sido pesquisadas, como em IDH1, alfa-internexina (INA), EGFR, MGMT e nos cromossomos 1p/19q, sem caracterização precisa nos AAs. O presente estudo pretendeu avaliar tais alterações moleculares em material parafinado e correlacionar com dados clínicos e anátomo-patológicos. MATERIAL E MÉTODOS: Estudamos 22 casos de AA, com diagnóstico histopatológico confirmado por 2 patologistas. Os dados clínicos e demográficos (idade, gênero, localização, KPS ao diagnóstico, dimensão e tratamento utilizado) foram obtidos dos prontuários. A pesquisa de expressão de IDH1, INA e MGMT foi realizada por imuno-histoquímica (IHQ). A determinação do estatus 1p/19q foi realizada por FISH. A pesquisa do gene EGFR e sua expressão proteica foi realizada pelos 2 métodos (IHQ e FISH). RESULTADOS: Os pacientes incluídos neste estudo apresentaram média de idade de 41,7 anos, sendo 14 mulheres e 8 homens. A maioria dos casos era de localização intracerebral. 13 casos foram considerados "de novo" (primários) e 9 provenientes de recidivas de astrocitomas difusos. Terapia adjuvante foi realizada em 20 pacientes, sendo que em 14 pacientes a radio (RT) e a quimioterapia (QT) foram concomitantes, em 3 casos foram tratados exclusivamente com QT e 3 exclusivamente com RT. A positividade para IDH1 (R132H) foi identificado em metade dos casos. A positividade forte e de membrana para EGFR foi identificada em 4 casos. A positividade para MGMT foi identificada em praticamente todos os casos. Não foi observado nenhum caso de codeleção 1p/19q, mas 9 casos apresentaram ganhos de 1p e 7 casos ganhos de 19q. Não foi identificada positividade para INA. Foi observada associação entre ressecção cirúrgica parcial, amplificação e expressão imuno- histoquímica forte e padrão membrana de EGFR, imunonegatividade para IDH1-mutado, ganho de 19q e ausência de terapia adjuvante como fatores associados à redução da taxa de sobrevida global. Assim, status de EGFR, IDH1 e 19q, tipo de cirurgia e tratamento adjuvante parecem ser fatores prognósticos em AAs.


INTRODUCTION and AIMS: Anaplastic astrocytomas (AAs) are classified as grade III gliomas by WHO, constituing an intermediate group of malignancy and a gray zone for clinical management and histological interpretation. In addition, through technical difficulties, the material obtained from neurosurgery is often suboptimal, either by too small samples or by sampling the periphery of the lesion. Immunohistochemistry, in situ hybridization and / or sequencing has been widely used to analyze the biomarkers expression and validation, to predict aggressiveness, reclassify and evaluate tumorigenesis pathways and guide the therapeutics. In gliomas, some molecular alterations have been researched, such as IDH1, alphainternexin (INA), EGFR, MGMT and status 1p / 19q, without precise characterization in AAs. This study aimed to evaluate such molecular changes in paraffin embedded material and correlate with clinical and pathological data. MATERIALS AND METHODS: We studied 22 cases of AA, with histopathological diagnosis confirmed by two pathologists. Clinical and demographic data (age, gender, tumor location, KPS at diagnosis, size and treatment used) were obtained from medical records. IDH1 (R132H), INA and MGMT expression were evaluated by immunohistochemistry (IHC). The determination of the status 1p / 19q was evaluated by FISH. The number of EGFR gene copies and its protein expression were obtained by both methods (IHC and FISH). RESULTS: The patients included in this study had a mean age of 41.7 years, being 14 women and 8 men. Most cases were intracerebral. 13 cases were considered "de novo" (primary) and 9 relapses from diffuse astrocytomas. Adjuvant therapy was performed in 20 patients: 14 had radio (RT) and chemotherapy (CT) simultaneously, 3 were treated exclusively with CT and 3 exclusively with RT. Immunopositivity for IDH1 (R132H) was identified in half of the cases. The strong and membrane pattern positivity of EGFR was identified in 4 cases. The positivity for MGMT was identified in virtually all cases. There were no cases of 1p / 19q codeletion, but 9 cases showed gains of 1p and 7 had 19q gains. None case was positive for INA. Association was observed between partial surgical resection, amplification and strong membrane pattern EGFR imunoexpression, imunonegativity for IDH1-mutated, 19q gain and absence of adjuvant therapy as factors associated with reduced overall survival rate. Thus, status of EGFR, IDH1 and 19q, extension of surgery and adjuvant treatment appear to be prognostic factors in AA.


Assuntos
Astrocitoma , Imuno-Histoquímica , Glioma , Expressão Gênica
2.
Arq. bras. neurocir ; 31(2)jun. 2012.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-666952

RESUMO

Os gliomas representam 30%-40% de todas as neoplasias intracranianas e aproximadamente 50% são glioblastomas. São classificados em graus pela OMS, de acordo com sua patologia. Apresentam altas taxas de mortalidade. Existem marcadores tumorais que podem auxiliar na detecção precoce e avaliar prognóstico. Realizada revisão sobre o tema marcadores tumorais por meio do site PubMed. MGMT é uma proteína que restaura o DNA, impedindo a sua alquilação. A metilação do MGMT por meio de fenômeno epigenético impede sua transcrição inibindo sua ação, tornando o tumor suscetível a fármacos. IDH e codeleção cromossômica 1p19q são marcadores tumorais e estão associados a melhor prognóstico. As neoplasias intracranianas apresentam altas taxas de mortalidade e sua detecção precoce por meio de marcadores e o conhecimento de alterações que conferem bom prognóstico podem auxiliar no tratamento dessa doença. A análise molecular auxilia na detecção e no tratamento de tumores.


Gliomas represent 30%-40% of all intracranial tumors and approximately 50% are glioblastomas. They are classified by the WHO in degrees, according to their pathology. Have high mortality rates. There are tumor markers may help in early detection and assess prognosis. Was performed a review about the topic tumor markers through PubMed. MGMT is a protein that restores the DNA, preventing its alkylation. Methylation of MGMT through epigenetic phenomenon prevents their transcription and inhibits its action, making the tumor susceptible to drugs. IDH and chromosomal deletion 1p19q are tumor markers and are associated with better prognosis. The intracranial tumors have high rates of mortality and early detection through biomarkers and knowledge of changes that confer a good prognosis can help in treating this disease. Molecular analysis allows the detection and treatment of tumors.


Assuntos
Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Glioma/diagnóstico , Glioma/terapia , Biomarcadores Tumorais/química , Biomarcadores Tumorais/uso terapêutico , Isocitrato Desidrogenase
3.
Rev. Col. Bras. Cir ; 39(1): 48-53, 2012. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-625249

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a expressão tecidual do gene de reparo MGMT comparando a mucosa cólica normal e neoplásica em doentes com câncer colorretal. MÉTODOS: Foram estudados 44 portadores de adenocarcinoma colorretal confirmado por estudo histopatológico. Foram excluídos doentes suspeitos de pertencerem a famílias com câncer colorretal hereditário (HNPCC e PAF) e os portadores de câncer do reto médio e inferior submetidos a tratamento quimioradioterápico neoadjuvante. A expressão do gene MGMT foi avaliada pela técnica da reação de polimerase em cadeia em tempo real (RT-PCR). A comparação dos resultados encontrados para expressão do gene MGMT entre tecidos normais e neoplásicos foi feita pelo teste t de Student pareado, adotando-se nível de significância de 5% (p <0,05). RESULTADOS: A expressão tecidual do gene MGMT em todos os doentes foi menor no tecido neoplásico quando comparada a do tecido normal (p=0,002). CONCLUSÃO: O gene de reparo MGMT encontra-se menos expresso no tecido neoplásico quando comparados aos tecidos normais em portadores de CCR esporádico.


OBJECTIVE: To evaluate the expression of tissue repair gene MGMT by comparing normal and neoplastic colonic mucosa in patients with colorectal cancer (CRC). METHODS: We studied 44 patients with colorectal cancer confirmed by histopathology. We excluded patients suspected of belonging to families with hereditary colorectal cancer (HNPCC and FAP) and patients with cancer of the lower or medium rectum treated with neoadjuvant chemoradiotherapy. The MGMT gene expression was assessed by the technique of polymerase chain reaction in real time (RT-PCR). The comparison of results for MGMT gene expression between normal and neoplastic tissues was made by paired Student's t test, adopting a significance level of 5% (p <0.05). RESULTS: Tissue expression of the MGMT gene in all patients was lower in tumor tissue when compared to normal tissue (p = 0.002). CONCLUSION: The repair gene MGMT is less expressed in tumor tissue compared to normal tissues in patients with sporadic CRC.


Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adenocarcinoma/genética , Neoplasias Colorretais/genética , Metilases de Modificação do DNA/genética , Enzimas Reparadoras do DNA/genética , Regulação Neoplásica da Expressão Gênica , Proteínas Supressoras de Tumor/genética , Colo , Mucosa Intestinal
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