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1.
Psicol. soc. (Online) ; 32: e020007, 2020.
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos, LILACS | ID: biblio-1135957

RESUMO

Resumo Este trabalho visa propor uma reflexão sobre a importância da vivência coletiva dos processos de luto, interditados pela emergência da pandemia da Covid-19. Com base em ideias trazidas por intercessores que falam da carência de rituais na cultura contemporânea a partir de paradigmas tradicionais, como Ailton Krenak e Davi Kopenawa, somadas aos princípios apresentados pela perspectiva da não-violência agressiva de Judith Butler, as autoras desenvolvem a hipótese de que o luto, quando elaborado coletivamente, através da oferta de espaços seguros de escuta empática e sensível nos quais as narrativas das dores das perdas sejam acolhidas, pode resultar num processo de resolução de traumas, despertando, assim, a potência necessária para uma composição que leve a ações criativas e solidárias de cuidado comunitário. Metodologicamente, se faz uso da cartografia como processo de registro das linhas de força e afetabilidade reveladas por escutas realizadas em grupos junto aos quais as autoras atuam.


Resumen Este trabajo tiene como objetivo proponer una reflexión sobre la importancia de la experiencia colectiva de los procesos de luto, prohibida por el surgimiento de la pandemia de COVID-19. Basado en ideas aportadas por intercesores que hablan de la falta de rituales en la cultura contemporánea de paradigmas tradicionales, como Ailton Krenak y Davi Kopenawa, sumados a los principios presentados por la perspectiva de la no violencia agresiva de Judith Butler, las autoras desarrollan la hipótesis de que el luto, cuando se desarrolla colectivamente, a través de la provisión de espacios seguros para escuchar con empatía y sensibilidad en los cuales las narraciones de los dolores de pérdida son bienvenidos, puede resultar en un proceso de resolución de trauma, despertando así el poder necesario para una composición que conduzca a acciones creativas y de apoyo de atención comunitaria. Metodológicamente, se utiliza la cartografía como proceso para registrar las líneas de fuerza y afectividad reveladas al escuchar grupos con los que trabajan las autoras.


Abstract This paper proposes a reflection about the importance of the collective experience of grieving processes, that were interrupted by the emergency of the COVID 19 Pandemic. It is based on ideas brought by intercessors who tell us about the scarcity of rituals in contemporary culture from the perspective of traditional paradigms, such as Ailton Krenak and David Kopenawa, in alliance with the principles presented by Judith Butler's perspective of aggressive nonviolence. The authors develop the hypothesis that grieving, when collectively elaborated with the offer of a safe environment of empathic and sensitive listening, where the narratives of pain and loss are welcomed, can result in a process of trauma resolution. This way, it awakens the necessary potency for composing creative and solidary actions of common care. Methodologically, the cartography is used as a process to register the lines of force and affectability that are revealed by listening processes in groups which the authors work.


Assuntos
Violência , Luto , Saúde Mental , Infecções por Coronavirus/psicologia , Psicologia Social , Pandemias , Acontecimentos que Mudam a Vida
2.
Psicol. USP ; 26(2): 199-207, maio-ago. 2015.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-755112

RESUMO

Este ensaio procura mostrar de que maneira a modernidade tecnológica produz em permanência comportamentos arcaicos, preservados no interior da civilização que se pretende lógica e científica. Da pseudoformação escolar aos particularismos políticos, do fim do espaço público às legislações submetidas a lobbies, passa-se da ideia de polis - a cidade como destino comum de uma coletividade que partilha os mesmos valores - à thyase - organização de grupos na forma de seitas - religiosas ou políticas. Mostra-se, assim, o modo de produção do mal-estar e da violência no mundo contemporâneo, só podendo ser superados rompendo-se com os particularismos ressentidos e com a política que opõe amigo e inimigo. Neste sentido, assim como o futuro é contingente, o passado também o é, podendo ser reaberto em suas esperanças de paz e felicidade não cumpridas e que podem fazer advir o presente...


This essay shows how the technological modernity continues to produce archaic behavior, preserved inside a civilization that intends to be logical and scientific. From school pseudoformation to political particularism, from the end of the public space to the legislation subjected to lobbying, we passed from the idea of polis - the city as common fate of a community that shares the same values - to the idea of thyase - groups organized as religious or political sects.The mode of production of the malaise and the violence in today's world is thus shown. It is argued that they can only be overcome by breaking up with the resentful particularism and with the policy that opposes friends and enemies. In this sense, the future and the past are equally contingent. The latter can be reopened in its unfulfilled hopes of peace and happiness and may lead us to reopen the present...


Cet essai vise à montrer comment la modernité technologique produit en permanence des comportements archaïques, préservés dans l'intérieur de la civilisation qui se prétend logique et scientifique. De la pseudoformation scolaire aux particularismes politiques, de la fin de l'espace public aux législations soumises aux lobbies, on passe de l'idée de polis - la ville comme destin commun d'une collectivité qui partage les mêmes valeurs - à l'idée de thyase - organisation de groupes sous la forme de sectes religieuses ou politiques. On montre, ainsi, le mode de production du malaise et de la violence dans le monde contemporain, ceux-ci ne pouvant être surmontés qu´en rompant avec les particularismes du ressentiment ainsi qu'avec la politique qui oppose ami et ennemi. En ce sens, tout comme le futur est contingent, le passé l'est aussi, pouvant être réouvert dans ses espoirs de paix et de bonheur non accomplis et qui peuvent faire advenir le présent...


Este ensayo busca mostrar de qué manera la modernidad tecnológica produce en permanencia comportamientos arcaicos, preservados en el interior de la civilización que se pretende lógica y científica. De la pseudoformación escolar a los particularismos políticos, del fin del espacio público a las legislaciones sometidas a lobbies, se pasa de la idea de polis - la ciudad como destino común de una colectividad que divide los mismos valores - a la thyase - organización de grupos en la forma de sectas - religiosas o políticas. Se muestra, así, el modo de producción del malestar y de la violencia en el mundo contemporáneo, sólo pudiendo ser superados, rompiéndose con los particularismos resentidos y con la política que opone amigo y enemigo. En este sentido, así como el futuro es contingente, el pasado también lo es, pudiendo ser reabierto en sus esperanzas de paz y felicidad no cumplidas y que pueden reabrir el presente...


Assuntos
Humanos , Desenvolvimento Tecnológico/análise , Violência/psicologia
3.
Psicol. USP ; 26(2): 199-207, maio-ago. 2015.
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-63939

RESUMO

Este ensaio procura mostrar de que maneira a modernidade tecnológica produz em permanência comportamentos arcaicos, preservados no interior da civilização que se pretende lógica e científica. Da pseudoformação escolar aos particularismos políticos, do fim do espaço público às legislações submetidas a lobbies, passa-se da ideia de polis - a cidade como destino comum de uma coletividade que partilha os mesmos valores - à thyase - organização de grupos na forma de seitas - religiosas ou políticas. Mostra-se, assim, o modo de produção do mal-estar e da violência no mundo contemporâneo, só podendo ser superados rompendo-se com os particularismos ressentidos e com a política que opõe amigo e inimigo. Neste sentido, assim como o futuro é contingente, o passado também o é, podendo ser reaberto em suas esperanças de paz e felicidade não cumpridas e que podem fazer advir o presente.(AU)


This essay shows how the technological modernity continues to produce archaic behavior, preserved inside a civilization that intends to be logical and scientific. From school pseudoformation to political particularism, from the end of the public space to the legislation subjected to lobbying, we passed from the idea of polis - the city as common fate of a community that shares the same values - to the idea of thyase - groups organized as religious or political sects.The mode of production of the malaise and the violence in today's world is thus shown. It is argued that they can only be overcome by breaking up with the resentful particularism and with the policy that opposes friends and enemies. In this sense, the future and the past are equally contingent. The latter can be reopened in its unfulfilled hopes of peace and happiness and may lead us to reopen the present.(AU)


Cet essai vise à montrer comment la modernité technologique produit en permanence des comportements archaïques, préservés dans l'intérieur de la civilisation qui se prétend logique et scientifique. De la pseudoformation scolaire aux particularismes politiques, de la fin de l'espace public aux législations soumises aux lobbies, on passe de l'idée de polis - la ville comme destin commun d'une collectivité qui partage les mêmes valeurs - à l'idée de thyase - organisation de groupes sous la forme de sectes religieuses ou politiques. On montre, ainsi, le mode de production du malaise et de la violence dans le monde contemporain, ceux-ci ne pouvant être surmontés qu´en rompant avec les particularismes du ressentiment ainsi qu'avec la politique qui oppose ami et ennemi. En ce sens, tout comme le futur est contingent, le passé l'est aussi, pouvant être réouvert dans ses espoirs de paix et de bonheur non accomplis et qui peuvent faire advenir le présent.(AU)


Este ensayo busca mostrar de qué manera la modernidad tecnológica produce en permanencia comportamientos arcaicos, preservados en el interior de la civilización que se pretende lógica y científica. De la pseudoformación escolar a los particularismos políticos, del fin del espacio público a las legislaciones sometidas a lobbies, se pasa de la idea de polis - la ciudad como destino común de una colectividad que divide los mismos valores - a la thyase - organización de grupos en la forma de sectas - religiosas o políticas. Se muestra, así, el modo de producción del malestar y de la violencia en el mundo contemporáneo, sólo pudiendo ser superados, rompiéndose con los particularismos resentidos y con la política que opone amigo y enemigo. En este sentido, así como el futuro es contingente, el pasado también lo es, pudiendo ser reabierto en sus esperanzas de paz y felicidad no cumplidas y que pueden reabrir el presente.(AU)


Assuntos
Violência/psicologia , Desenvolvimento Tecnológico/análise
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