RESUMO
BACKGROUND: Sleep organization in neonates is an established predictor of neurological outcome and can be evaluated through the concordance between EEG and behavioral parameters. AIMS: To evaluate the correlation between sleep stages and behavioral states in neonates. STUDY DESIGN: Longitudinal study performed in a birth-cohort of preterm low birth weight neonates. SUBJECTS: Twenty five neonates, 15 preterm (gestational age between 27 and 33 weeks) and low birth weight (800-1500g) and 10 full-term neonates that served as controls. MEASURES: All neonates were submitted to video-electroencephalography of, at least, 60 minute duration. The preterm during the first 15 days of life and, subsequently, at 38-42 weeks of conceptional age. The full-term between the 1st and 2nd days of life. The characterization of sleep stages by EEG parameters and behavioral states (based on Prechtl scale) was performed independently by previously trained researchers. RESULTS: Active sleep (AS) was the predominant sleep stage in the three groups. Preterm neonates had an increase in concordance between state 1 and quiet sleep (QS) from the 1st to the 2nd EEG (p<0.001), however in both observations it remained inferior when compared to state 2 and AS (p<0.001). Concordance between AS and state 2 was similar (p=0.567). CONCLUSIONS: Concordance between EEG and behavior is lower in QS in preterm and full-term neonates when compared to AS. Extra-uterine development of preterm neonates seems to accelerate concordance in QS. Prechtl behavior scale proved to be useful in preterm as percentage of concordance was similar in AS in the groups studied.
Assuntos
Comportamento do Lactente , Recém-Nascido de muito Baixo Peso , Sono , Eletroencefalografia , Humanos , Recém-NascidoRESUMO
OBJECTIVE: To describe the neurological outcome of newborns with seizures. METHOD: Cohort study with newborns prospectively followed. Perinatal characteristics and etiological screening were related to outcome in a regression model. RESULTS: During the study 3659 newborns were admitted and 2.7 percent were diagnosed as having seizures. Hypoxic ischemic encephalopathy (51 percent) was the etiology more frequently associated to seizures and also to postneonatal epilepsy (53 percent). In the follow up 25 died during the acute neonatal illness and 9 during the first years of life, 19 were diagnosed as having post neonatal epilepsy, 35 had developmental delay and 11 an association among this two comorbidities. A significant association between abnormal postnatal EEG and neuroimaging to developmental delay (p=0.014, p=0.026) was observed. The group of newborns that had seizures presented an increased risk of developing epilepsy compared to newborns from the same cohort without seizures (19.3/100 vs. 1.8/100, p<0.001). CONCLUSION: In this study neonatal seizures predominated in term newborns with perinatal asphyxia an elevated perinatal mortality and post neonatal morbidity was observed.The follow up showed an increased risk for developing postnatal epilepsy and developmental delay.
OBJETIVO: Avaliar o prognóstico neurológico de neonatos com crises convulsivas. MÉTODO: Estudo prospectivo, realizado em coorte de neonatos provenientes de hospital terciário. As características clínicas perinatais e os resultados de exames complementares foram correlacionados com prognóstico através de modelo de regressão logística. RESULTADOS: Durante o estudo 3659 neonatos foram internados, sendo que 101 apresentaram crises convulsivas (2,7 por cento). A encefalopatia hipóxico-isquêmica foi a etiologia mais frequentemente associada às crises (51 por cento). O seguimento evidenciou 25 óbitos no período neonatal e 9 durante os primeiros anos de vida, 19 lactentes desenvolveram epilepsia, 35 atraso no desenvolvimento e 11 associação entre os dois desfechos. O modelo de regressão logística aplicado mostrou associação significativa entre EEG pós neonatal anormal e neuroimagem anormal com atraso no desenvolvimento (p=0,014, p=0,026). Os neonatos em estudo, quando comparados aos demais da mesma coorte, que não apresentaram crises convulsivas tiveram maior probabilidade de desenvolver epilepsia (19,3/100 vs. 1,8/100, p<0,001). CONCLUSÃO: Neste estudo em que ocorreu predomínio de crises neonatais em neonatos a termo com asfixia perinatal, foi observada alta mortalidade perinatal e morbidade. O seguimento neurológico evidenciou elevado risco de desenvolvimento de epilepsia e/ou atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.
Assuntos
Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Masculino , Isquemia Encefálica/complicações , Deficiências do Desenvolvimento/etiologia , Epilepsia/etiologia , Transtornos Psicomotores/etiologia , Convulsões/complicações , Isquemia Encefálica/congênito , Eletroencefalografia , Métodos Epidemiológicos , Prognóstico , Convulsões/diagnósticoRESUMO
INTRODUÇÃO: A detecção precoce de disfunção ou insulto cerebral em recém-nascidos de risco internados dentro das unidades de terapia intensiva neonatal aumenta a possibilidade de melhor sobrevida e de menor risco de seqüela neurológica destas crianças. O EEG é uma ferramenta que possibilita ao neonatologista uma informação da repercussão da lesão neurológica no cérebro imaturo e, junto aos achados de neuroimagem, consegue identificar aqueles com prognóstico reservado. OBJETIVO: analisar estudos envolvendo a relação entre o EEG neonatal e prognóstico neurológico, identificando características preditivas clínicas e eletroencefalográficas. MÉTODOS: Neste artigo, foi feita uma ampla revisão da literatura envolvendo estudos a partir da década de 70 onde foi realizado EEG, no período neonatal, em neonatos de risco e/ou com crises convulsivas. Utilizou-se os bancos de dados medline, scielo e web of science. Esta revisão foi produzida no período compreendido entre janeiro e abril do ano de 2007. RESULTADOS: O EEG pode contribuir fortemente para o estabelecimento do prognóstico e risco de óbito, principalmente quando apresenta alterações do tipo surto-supressão, isoeletricidade, baixa voltagem e dismaturidade. Em contrapartida, o exame neurológico normal e o EEG normal correlacionam-se a prognóstico mais favorável. EEGs seqüenciais fortalecem a relação com a predição do prognóstico. CONCLUSÕES: O EEG é um método que possibilita a avaliação de neonatos com patologias graves podendo ser correlacionado com desfecho neurológico durante os primeiros anos de vida principalmente quando apresenta alterações do ritmo de base.
INTRODUCTION: The precocious detection of cerebral dysfunction or insult in newborns of risk in the Neonatal Intensive Therapy Units increases the possibility of survival and less risk of neurological sequela in these children. The EEG is an instrument that allows to the neonatologist information about the repercussion of the neurological injury on the immature brain and, with the neuroimage findings, to identify those with reserved prognosis. OBJECTIVES: To analyse studies involving the relation between the neonatal EEG and the neurological prognosis identifying clinical and electroencephalographics predictable characteristics. METHODS: we have performed a wide bibliographic revision including studies published since 1970 till now the EEG was accomplished, on the neonatal period, in neonates of risk and/or seizures. RESULTS: EEG may help to establish outcome and mortality mainly when it presents burst suppression, inactivity and or low voltage the patterns. On the other side a normal neurological exam together with normal EEG related to a favorable outcome. Sequential EEGs also improves the sensibility to predict outcome. CONCLUSION: The EEG is a non-invasive low cost method that enables the evaluation of neonates with serious illness. The changes observed in the background activity, the presence of determined graph elements and the organization level of the sleeping stages can be correlated with the neurological outcome during the first years of life.