RESUMO
Sabe-se que para o combate de células cancerígenas, é imprescindível a submissão de pacientes oncológicos a tratamentos antineoplásicos, sessões de quimioterapia e radioterapia são as terapêuticas mais utilizadas em pacientes neoplásicos, sendo capazes de originar inúmeras reações adversas, como a mucosite oral, que é considerada um dos principais efeitos adversos do tratamento com quimioterapia e radioterapia. A laserterapia vem sendo considerada um grande aliado na prevenção e tratamento da mucosite, visto que de forma preventiva retarda o aparecimento desta condição, e de forma terapêutica proporciona alívio da dor, além de reduzir a gravidade da mucosite oral. Dessa forma, a presente revisão de literatura teve por objetivo denotar os benefícios da laserterapia de baixa intensidade na prevenção e tratamento da mucosite oral induzida por tratamentos antineoplásicos. Para a confecção deste trabalho, foram pesquisados artigos científicos publicados entre 2012 e 2022, nas bases de dados PubMed, Portal BVS, Scielo e google acadêmico, nos idiomas inglês e português. Como resultado foram encontrados 59 trabalhos, onde após leitura dos títulos e resumos, e do tipo de estudo, foram excluídos 32 artigos. Sendo 27 selecionados para leitura integral do texto, onde dentre eles somente 19 se encaixaram nos critérios de inclusão e foram utilizados neste trabalho. Portanto, conclui-se que a literatura mostra que embora haja bastante discussão, a maior parte dos estudos mostram evidências que a laserterapia de baixa intensidade possui muitos benefícios na prevenção e no tratamento da mucosite oral devido sua capacidade moduladora nos eventos metabólicos por meio de processos fotofísicos e bioquímicos(AU)
It is known that in order to fight cancer cells, it is essential to submit cancer patients to antineoplastic treatments, chemotherapy and radiotherapy sessions are the most used therapies in cancer patients, being capable of causing numerous adverse reactions, such as oral mucositis, which is considered one of the main adverse effects of chemotherapy and radiotherapy treatment. Laser therapy has been considered a great ally in the prevention and treatment of mucositis, since in a preventive way it delays the onset of this condition, and in a therapeutic way it provides pain relief, in addition to reducing the severity of oral mucositis. Thus, the present literature review aims to denote the benefits of low-level laser therapy in the prevention and treatment of oral mucositis induced by antineoplastic treatments. For the preparation of this work, scientific articles published between 2012 and 2022 were searched in PubMed, Portal BVS, Scielo and academic google databases, in English and Portuguese. As a result, 59 studies were found, where after reading the titles and abstracts, and the type of study, 32 articles were excluded. 27 were selected for full text reading, among which only 19 met the inclusion criteria and were used in this work. Therefore, it is concluded that the literature shows that, although there is a lot of discussion, most studies show evidence that low-level laser therapy has many benefits in the prevention and treatment of oral mucositis due to its modulating capacity in metabolic events through processes photophysical and biochemical(AU)
Assuntos
Estomatite/prevenção & controle , Estomatite/terapia , MucositeRESUMO
ntrodução: a própolis é um produto natural que apresenta inúmeras propriedades terapêuticas, dentre elas a ação cicatrizante e anti-inflamatória. Diversos estudos têm sugerido o seu emprego no manejo da mucosite oral (MO) e de lesões ulceradas em mucosa bucal. A MO é uma inflamação da mucosa oral, resultante do tratamento quimio e/ou radioterápico. Já as lesões ulceradas caracterizam-se como um distúrbio ulcerativo inflamatório doloroso. Objetivo: discutir a ação da própolis sobre a prevenção e cicatrização de lesões de origem não infecciosa que acometem a cavidade oral. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura em que foram utilizadas as bases de dados LILACS, PubMed, SciELO e Cochrane, por meio do cruzamento dos descritores em português: "própolis", "úlceras orais" e "mucosite oral"; e em inglês: "propolis", "oral ulcer" e "mucositis". Os seguintes critérios de inclusão foram estabelecidos: ensaios clínicos e revisões sistemáticas, na íntegra, escritos em inglês ou português, entre 2005 e 2018, que utilizaram a própolis de forma tópica ou sistêmica. Resultados: foram incluídos um total de 10 estudos, onde 2 abordaram o uso da própolis em úlceras orais e 8 tiveram como foco a aplicação deste agente no manejo da MO. Quanto ao desfecho, a aplicação da própolis na mucosite se mostrou eficaz em 7 dos 8 estudos. Já se tratando de úlceras orais, a administração deste agente foi efetiva nos 2 estudos. Conclusão: os estudos analisados demostraram que a própolis apresenta propriedades capazes de favorecer a prevenção e cicatrização de lesões de MO e úlceras orais.
Introduction: propolis is a natural product that has numerous therapeutic properties, including healing and anti-inflammatory action. Several studies have suggested its use in the management of oral mucositis (OM) and ulcerated lesions in the oral mucosa. OM is an inflammation of the oral mucosa resulting from chemotherapy and/or radiotherapy. Whereas ulcerated lesions are characterized as a painful inflammatory ulcerative disorder. Objective: to discuss the action of propolis on the prevention and healing of non-infectious lesions that affect the oral cavity. Methodology: this is an integrative literature review in which LILACS, PubMed, SciELO and Cochrane databases were used, by crossing descriptors in Portuguese: "própolis", "úlceras orais" and "mucosite oral"; and in English: "propolis", "oral ulcer" and "mucositis". The following inclusion criteria were established: clinical trials and systematic reviews, in full, written in English or Portuguese, between 2005 and 2018, which used propolis topically or systemically. Results: a total of 10 studies were included, where 2 addressed the use of propolis in oral ulcers and 8 focused on the application of this agent in the management of OM. As for the outcome, the application of propolis in mucositis proved to be effective in 7 of the 8 studies. As for oral ulcers, the administration of this agent was effective in both studies. Conclusion: the analysed studies demonstrated that propolis has properties capable of help the prevention and healing of OM lesions and oral ulcers.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Própole , Úlceras Orais , EstomatiteRESUMO
A via hippo é uma via de transdução de sinal altamente conservada que está implicada no desenvolvimento, homeostase e regeneração celular/tecidual. A YAP tem papel fundamental na via hippo uma vez que junto com a TAZ ativam fatores de transcrição que levam ao crescimento, diferenciação e migração celular. O mecanismo de fosforilação da YAP/TAZ pela LATS1/LATS2 cria um sítio de ligação para manter a YAP no citoplasma (fosforilada) impedindo suas funções a nível nuclear. Diante das importantes funções desta via no reparo e crescimento tecidual, esta pesquisa avaliou se a via hippo exerceu influência na resposta ao tratamento da MO através da expressão das proteínas YAP e LATS2 em mucosite oral (MO) quimicamente induzida pelo 5- fluoracil (5-FU), em modelo murino, tratada com própolis (P), geleia real (GR) ou laser (L) comparadas ao grupo controle (C), sem tratamento. Foram utilizadas amostras de ratos machos wistar divididos nos seguintes grupos: C, P, GR e L (intraoral 6 J/cm2 ) separados em três tempos experimentais: dias 08, 10 e 14. O perfil de imunomarcação foi feito por escores padronizados entre 0 a 3 levando em consideração a marcação nuclear e/ou citoplasmática. Na análise de imunomarcação da YAP, no dia 08, o grupo controle obteve os escore 0 e 1 na maioria das amostras, já nos dias 10 e 14 a maior parte das amostras obteve os escore 2 e 3. Nos grupos experimentais (L, GR e P), o escore 2 prevaleceu em todos os tempos experimentais. Para LATS2 houve prevalência do escore 2 tanto no grupo controle quanto nos grupos teste em todos os tempos experimentais. Em relação a análise estatística da imunoexpressão da proteína YAP, verificou-se diferença estatítica significativa (p= 0,020), apenas no dia 08 entre o grupo controle comparado aos grupos experimentais (L, GR e P). Já para LATS2 nenhuma diferença estatística foi encontrada. Na avaliação estatística dos diferentes tempos experimentais dentro um mesmo grupo, só foi encontrada diferença estatística significativa no grupo laser e apenas para LATS2 (p=0,025). Adicionalmente foi realizada a correlação de spearman, entre YAP e LATS2 para todos os grupos, porém não houve associação estatística significativa. A maior imunoexpressão de YAP e LATS2 (escores 2 e 3) observada nos grupos experimentais, indica que a via hippo é ativada e parece influenciar o processo de reparo nas mucosites orais quimioinduzidas e tratadas pelos diferentes métodos (AU).
The hippo pathway is a highly conserved signal transduction pathway that is implicated in cell/tissue development, homeostasis and regeneration. YAP plays a key role in the hippo pathway since, together with TAZ, they activate transcription factors that lead to cell growth, differentiation and migration. The YAP/TAZ phosphorylation mechanism by LATS1/LATS2 creates a binding site to keep YAP in the cytoplasm (phosphorylated) preventing its functions at the nuclear level. Given the important functions of this pathway in tissue repair and growth, this research evaluated whether the hippo pathway exerted influence on the response to OM treatment through the expression of YAP and LATS2 proteins in oral mucositis (OM) chemically induced by 5-fluororacil (5- FU), in a murine model, treated with propolis (P), royal jelly (GR) or laser (L) compared to the control group (C), without treatment. Samples of male Wistar rats divided into the following groups were used: C, P, GR and L (intraoral 6 J/cm2) separated into three experimental times: days 08, 10 and 14. The immunostaining profile was performed by standardized scores between 0 to 3 taking into account nuclear and/or cytoplasmic labeling. In the YAP immunostaining analysis, on day 08, the control group obtained scores 0 and 1 in most samples, while on days 10 and 14 most samples obtained scores 2 and 3. In the experimental groups (L, GR and P), score 2 prevailed at all experimental times. For LATS2 there was a prevalence of score 2 both in the control group and in the test groups at all experimental times, showing a very heterogeneous expression. Regarding the statistical analysis of YAP protein immunoexpression, there was a statistically significant difference (p= 0.020), only on day 08 between the control group compared to the experimental groups (L, GR and P). As for LATS2, no statistical difference was found. In the statistical evaluation of the different experimental times within the same group, a statistically significant difference was only found in the laser group and only for LATS2 (p=0.025). Additionally, the Spearman correlation was performed between YAP and LATS2 for all groups, but there was no statistically significant association. The greater immunoexpression of YAP and LATS2 (scores 2 and 3) observed in the experimental groups indicates that the hippo pathway is activated and seems to influence the repair process in chemoinduced oral mucositis treated by different methods (AU).
Assuntos
Animais , Ratos , Estomatite/metabolismo , Estomatite/terapia , Medicamento Fitoterápico , Via de Sinalização Hippo , Própole/uso terapêutico , Estatísticas não Paramétricas , Terapia com Luz de Baixa Intensidade/métodosRESUMO
A mucosite oral (MO) e a orofaríngea (MOO) apresentam-se como complicações agudas frequentes em pacientes submetidos às terapias antineoplásicas e comprometem a qualidade de vida do paciente e o seu estado nutricional, limitando o tratamento quimioterápico e radioterápico. Diversas medidas profiláticas e terapêuticas vêm sendo estudadas para reduzir a gravidade e possíveis complicações destas condições, incluindo o uso de enxaguantes bucais. O objetivo deste presente trabalho foi realizar uma revisão sistemática de estudos clínicos randomizados (RCTs) para avaliar a eficácia dos seguintes enxaguantes bucais: clorexidina, alopurinol, benzidamina e própolis, recomendados para a prevenção e tratamento da MO e MOO em pacientes submetidos ao tratamento oncológico. A pergunta PICOS respondida por meio deste estudo foi: "Existe diferença de eficácia entre os enxaguantes bucais clorexidina, alopurinol, benzidamina e própolis na prevenção e no tratamento da MO e MOO em pacientes em tratamento oncológico?". As buscas foram realizadas nas seguintes bases de dados: PubMed, Embase, Scopus e Web of Science, sem restrição de ano ou idioma. Os critérios de inclusão foram RCTs que comparem o uso de clorexidina, alopurinol, benzidamina e própolis com o grupo controle apresentando ausência de intervenção. Os artigos obtidos com a busca foram analisados e selecionados por dois revisores, e no caso de discordância uma terceira pessoa foi consultada. Após a extração de dados, a análise da qualidade metodológica foi feita por dois avaliadores de forma independente utilizando a ferramenta Cochrane. Concluiu-se que os enxaguantes bucais compostos por clorexidina, alopurinol, benzidamina e própolis apresentam resultados promissores na prevenção e tratamento da MO e MOO em pacientes em tratamento oncológico.
Oral mucositis (OM) and oropharyngeal mucositis (MOO) are frequent acute complications in patients undergoing antineoplastic therapies and compromise the patient's quality of life and nutritional status, limiting chemotherapy and radiotherapy treatment. Several prophylactic and therapeutic measures have been studied to reduce the severity and possible consequences of these conditions, including the use of mouthwashes. The objective of the study was to carry out a systematic review of randomized controlled trials (RCTs) to evaluate the effectiveness of the following mouthwashes: chlorhexidine, allopurinol, benzydamine and propolis, recommended for the prevention and treatment of oral mucositis in patients undergoing cancer treatment. The PICOS question answered in this study was: "Is there a difference in effectiveness between chlorhexidine, allopurinol, benzydamine and propolis mouthwashes in the prevention and treatment of OM and OOM in patients undergoing cancer treatment?". The searches were carried out in the following databases: PubMed, Embase, Scopus and Web of Science, without restriction of year or language. Inclusion criteria were RCTs that compared the use of chlorhexidine, allopurinol, benzydamine and propolis with the control group showing no intervention. The articles obtained from the search were analyzed and selected by two reviewers, and in case of disagreement a third person was consulted. After data extraction, a methodological quality analysis was performed by two independent evaluators using the Cochrane tool. It is concluded that mouthwashes composed of chlorhexidine, allopurinol, benzydamine and propolis show promising results in the prevention and treatment of oral mucositis in patients undergoing cancer treatment.
Assuntos
Estomatite , Mucosite , Revisão Sistemática , Antissépticos BucaisRESUMO
A terapia de fotobiomodulação (TFBM) é amplamente utilizada em contextos oncológicos, mas a falta de padronização das avaliações é a principal barreira para otimizar os protocolos clínicos. Este estudo tem o objetivo de investigar os efeitos clínicos frente a utilização da TFBM na prevenção da mucosite oral e orofaríngea (MO) induzida por quimioterápicos e e/ou transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) em pacientes adultos. Foi realizado um ensaio clínico randomizado, no qual os participantes foram designados para três grupos de TFBM. O Grupo 1 recebeu TFBM profilática intraoral, o Grupo 2 recebeu TFBM intraoral e orofaríngea, e o Grupo 3 recebeu TFBM intraoral, orofaríngea e extraoral, desde o primeiro dia da infusão de QT até o dia D+10. Foram avaliadas a ocorrência e gravidade da MO, odinofagia e presença de sinais de infecções na cavidade oral. Também foram avaliadas informações sobre o regime de QT, tipo de TCTH, doença de base, exames hematológicos e dados sociodemográficos. Foram incluídos no estudo 60 pacientes. A distribuição por gênero foi igual (50%) em toda a amostra e a faixa etária variou de 18 a 74 anos. 70% dos indivíduos foram submetidos apenas à QT, enquanto 30% foram submetidos a TCTH. O agente quimioterápico mais utilizado foi a Citarabina (43,3%). A MO foi observada em 43,3% dos pacientes, principalmente nos graus I e II. A odinofagia foi relatada em apenas 23,3% dos indivíduos. A mucosa jugal foi o local mais afetado pela MO (35%). Na análise multivariada, observou-se que o tipo de TCTH influenciou diretamente a ocorrência da MO. Os indivíduos submetidos a TCTH alogênico tiveram 1,93 vezes mais chances de desenvolver MO (p <0,001). O Grupo 3 apresentou uma frequência maior de MO, embora em graus menores. Além disso, esse grupo era composto por metade da população submetida a TCTH, tinha a maior porcentagem de uso de melfalano e a menor contagem média de leucócitos. Todos os três protocolos demonstraram eficácia na prevenção e redução da MO, apresentando boa tolerância e nenhuma toxicidade relatada. Defendemos a utilização da TFBM como uma abordagem segura e eficaz para a profilaxia da MO induzida pela QT em adultos submetidos a QT/TCTH.
Photobiomodulation Therapy (PBMT) is widely used in oncological contexts, but the lack of standardized evaluations is the main barrier to optimizing clinical protocols. This study aims to investigate the clinical effects of PBMT in the prevention of oral and oropharyngeal mucositis (OM) induced by chemotherapy and/or hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) in adult patients, as well as to explore and correlate potential risk factors associated with this toxicity. A randomized clinical trial was conducted, in which participants were assigned to three PBMT groups. Group 1 received intraoral prophylactic PBMT, Group 2 received intraoral and oropharyngeal PBMT, and Group 3 received intraoral, oropharyngeal, and extraoral PBMT from the first day of chemotherapy infusion until D+10. The occurrence and severity of OM, odynophagia, and the presence of signs of oral cavity infections were evaluated. Information regarding the chemotherapy regimen, type of HSCT, underlying disease, hematological examinations, and sociodemographic data were also assessed. The study included 60 patients. Gender distribution was equal (50%) across the entire sample, and the age range varied from 18 to 74 years. 70% of individuals underwent chemotherapy alone, while 30% underwent HSCT. The most commonly used chemotherapeutic agent was Cytarabine (43.3%). OM was observed in 43.3% of patients, mainly in grades I and II. Odynophagia was reported in only 23.3% of individuals. The buccal mucosa was the most affected site by OM (35%). In the multivariate analysis, it was observed that the type of HSCT directly influenced the occurrence of OM. Individuals undergoing allogeneic HSCT had 1.93 times more chances of developing OM (p <0.001). Group 3 presented a higher frequency of OM, although in milder grades. Additionally, this group consisted of half of the population who underwent HSCT, had the highest percentage of melphalan use, and the lowest mean leukocyte count. All three protocols exhibited efficacy in the prevention and reduction of OM, displaying good tolerance and no reported toxicity. We assert the utilization of PBMT as a safe and effective approach for CT-induced OM prophylaxis in adults undergoing CT/HSCT.
Assuntos
Estomatite , Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas , Terapia com Luz de Baixa Intensidade , Tratamento Farmacológico , MucositeRESUMO
Objective: In this study, patients undergoing neck and head radiotherapy (RT) with or with no chemotherapy were contrasted to the low-level laser therapy (LLLT) efficacy against benzydamine hydrochloride in treating and preventing oral mucositis (OM) (CHT). Material and Methods: This study included 90 individuals with neck and head cancer who were undergoing radiotherapy (RT) individually or in mixture with chemotherapy (CHT), varying in age from 18 to 80 years. Three equal groups were randomly formulated: Group, I patients were using oral care only, Group II patients were using benzydamine hydrochloride mouth rinse, and Group III patients were medicated by using low-level laser therapy. The National Institute of Cancer-Common Toxicity Criteria (NIC-CTC) and the World Health Organization (WHO) were used to rate the severity of OM, and the pain was validated utilizing a visual analog scale (VAS). The salivary level of tumor necrotic factor-α (TNF- α) was assayed. Results: As per WHO and NIC, the grade of oral mucositis at the end of cancer treatment was less in the LLLT group than in the other two groups. The alteration in TNF- α level was not significant. The laser group is more liable to have less salivary levels of the pro-inflammatory cytokines TNF- α . Conclusion: The incidence of oral mucositis severity has seemed to be reduced due to the prophylactic use of benzydamine hydrochloride and laser therapy protocols. However, laser therapy was more efficient in controlling the shape and progression of OM (AU)
Objetivo: Neste estudo, pacientes submetidos à radioterapia (RT) da cabeça e pescoço com ou sem quimioterapia foram avaliados quanto à eficácia da terapia com laser de baixa potência (LLLT) versus o cloridrato de benzidamina no tratamento e prevenção da mucosite oral (MO) (CHT). Material e Métodos: Este estudo incluiu 90 indivíduos com câncer de cabeça e pescoço submetidos à radioterapia (RT) individualmente ou em combinação com quimioterapia (QT), com idade variando de 18 a 80 anos. Três grupos iguais foram aleatoriamente formulados: os pacientes do Grupo I usaram apenas higiene bucal, os pacientes do Grupo II usaram bochechos com cloridrato de benzidamina e os pacientes do Grupo III foram medicados com terapia a laser de baixa intensidade. Foram utilizados os critérios do National Institute of Cancer-Common Toxicity Criteria (NIC-CTC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para classificar a gravidade da OM, e a dor foi validada utilizando uma escala visual analógica (VAS). O nível salivar de fator necrótico tumoral-α (TNF-α) foi ensaiado. Resultados: De acordo com a OMS e NIC, o grau de mucosite oral ao final do tratamento do câncer foi menor no grupo LLLT do que nos outros dois grupos. A alteração no nível de TNF-α não foi significativa. O grupo com tratamento a laser apresentou menores níveis de citocinas pró-inflamatórias TNF-α na saliva. Conclusão: A gravidade da mucosite oral parece ser reduzida devido ao uso profilático de cloridrato de benzidamina e protocolos de laserterapia. No entanto, a laserterapia foi mais eficiente em controlar a forma e a progressão da MO. (AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Radioterapia , Estomatite , Benzidamina , Tratamento Farmacológico , Terapia a LaserRESUMO
The use of ionizing radiation, affects not only malignant cells but also healthy tissues, and promotes several side acute or late effects in the oral cavity. Among the acute effects, oral mucositis, xerostomia, hyposalivation, dysgeusia and dysphagia present a prominent role. The present study aims to conduct a narrative literature review on radiotherapy in the head and neck region as a therapeutic modality for cancer in this region and the main acute oral manifestations and their respective treatments. This was an exploratory literature rev iew, through the database of Scielo, Pubmed, Medline and institutional websites using the crossing of the descriptors in English and Portuguese "head and neck neoplasms", "radiotherapy", "xerostomia", "dysgeusia" and "dysphagia". According to the established criteria, a total of 46 articles and 2 institutional websites were selected from the databases, and one book was added for presenting relevance on this theme. The results demonstrate that oral mucositis is the most prevalent acute effect and has a direct impact on patient's quality of life, but there is no gold standard treatment. Dysphagia, xerostomia, hyposalivation and dysgeusia are common manifestations in irradiated patients, and present several therapeutic modalities. Given the importance of side effects of radiotherapy in head and neck region, further studies are nee ded to widely disseminate acute oral manifestations in irradiated patients. (AU)
A utilização de radiação ionizante, no câncer de cabeça e pescoço, afeta não somente células malignas, mas também tecidos sadios, o que promove diversos efeitos colaterais em cavidade oral, classificados em agudos ou tardios. Dentre os efeitos agudos, a muc osite oral, xerostomia, hipossalivação, disgeusia e disfagia apresentam papel de destaque. O presente trabalho visou realizar uma revisão narrativa de literatura sobre a radioterapia em região de cabeça e pescoço como modalidade terapêutica para o câncer nesta região e as principais manifestações orais agudas decorrentes da radiação ionizante e seus respectivos tratamentos. Tratou-se de revisão de literatura do tipo exploratória, através das bases de dados da Scielo, Pubmed, Medline e sites institucionais utilizando o cruzamento dos descritores em inglês e português "neoplasias de cabeça e pescoço", "radioterapia", "mucosite oral", "xerostomia", "disgeusia" e "disfagia". De acordo com os critérios estabelecidos, um total de 46 artigos e 2 sites institucionais foram selecionados nas bases de dados, e 1 livro foi acrescentado por apresentar relevância sobre a temática em questão. Os resultados demonstram que a mucosite oral é o efeito agudo mais pre valente e apesar de ter impacto direto na qualidade de vida, não há tratamento considerado padrão ouro para esta condição. A disfag ia, xerostomia, hipossalivação e disgeusia são manifestações comuns em pacientes irradiados, e apresentam diversas modalidades terapêuticas que podem ser empregadas. Dada à importância dos efeitos colaterais da radioterapia de cabeça e pescoço, torna-se necessária a realização de mais estudos afim de divulgar amplamente as manifestações orais agudas em pacientes irradiados. (AU)
RESUMO
Resumen: La mucositis es un efecto adverso frecuente e invalidante en los pacientes oncológicos que reciben tratamiento de Radioterapia y Quimioterapia a altas dosis y muchas veces lleva a la suspensión del tratamiento. Si bien es una entidad que tiene gran relevancia en los pacientes e importante impacto económico en las instituciones de salud, no existen tratamientos claramente establecidos ni eficaces para mejorar esta condición. El objetivo de esta revisión es analizar la evidencia disponible en el tratamiento de la mucositis, y el respaldo científico e impacto que tienen conductas habitualmente tomadas en su tratamiento.
Abstract: Mucositis is a frequent and disabling adverse effect in cancer patients who received radiation therapy and chemotherapy at high doses and often discontinues treatment. Although it is an entity that has great relevance in patients and an important economic impact in health institutions, there are no clearly established or modified treatments to improve this condition. The objective of this review is to analyze the available evidence in the treatment of mucositis, and the scientific support and impact of behaviors commonly taken in its treatment.
Resumo: A mucosite é um efeito adverso frequente e incapacitante em pacientes com câncer que receberam radioterapia e quimioterapia em altas doses e muitas vezes interrompe o tratamento. Embora seja uma entidade que tenha grande relevância nos pacientes e um importante impacto econômico nas instituições de saúde, não existem tratamentos claramente estabelecidos ou modificados para melhorar essa condição. O objetivo desta revisão é analisar as evidências disponíveis no tratamento da mucosite, o suporte científico e o impacto das condutas comumente adotadas no seu tratamento.
RESUMO
Introdução: A mucosite oral (MO) é uma inflamação da mucosa oral, bastante prevalente em pacientes submetidos ao Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH), sendo uma das principais complicações associadas. A terapia de fotobiomodulação (FBM) tem sido proposta devido à sua ação preventiva e terapêutica para MO. Objetivo: Avaliar a qualidade da assistência em saúde bucal por meio do processo e resultado na prevenção e tratamento da MO em pacientes submetidos ao TCTH. Materiais e métodos: Estudo observacional descritivo, prospectivo e de avaliação de qualidade em saúde, adequado conforme o Squire 2.0. A amostra foi constituída por trinta e seis pacientes que receberam tratamento odontológico prévio e FBM como protocolo preventivo de mucosite oral. Quando diagnosticados com mucosite, os pacientes receberam FBM terapêutico. Os pacientes foram acompanhados e avaliados durante o regime de condicionamento (T0), um dia pós-TCTH (T1), com 5 dias pós-TCTH (T2) e com 10 dias pós-TCTH (T3). Para avaliar o processo foram utilizados os seguintes indicadores: Terapia baseada em evidências, Avaliação e registro dos sintomas em todas as visitas, Cuidado preventivo com FBM durante a internação e Plano terapêutico para irrupção de sintomas e agravamentos. Os indicadores de resultados foram expressos em percentuais, sendo eles, o Percentual de indivíduos que desenvolveram: MO; MO de acordo com a gravidade; Dor; Dor severa, leve e/ou moderada; Alterações bucais; MO segundo o sexo; MO em indivíduos leucopênicos. Acrescido de percentual de indivíduos que utilizaram analgésicos durante a terapia; Redução da dor; Presença de outro tratamento associado; Indivíduos com comorbidades que desenvolveram MO e Indivíduos com transplante autólogo e alogênico que desenvolveram MO. Realizou-se análise descritiva e estatística dos indicadores através do teste não-paramétrico de Wilcoxon e do Quiquadrado com nível de significância de 5%. Resultados: Para o processo, observou-se que em todos os indicadores, 100% da amostra obtiveram assistência dentro do padrão desejável. Os indicadores do resultado mostraram que 66,6% dos pacientes apresentaram Mucosite Oral em pelo menos um tempo de acompanhamento, com aumento estatisticamente significativo entre os tempos T1 e T2, como também entre os tempos T1 e T3 (p<0.05), com predominância do grau I (p = 0.014). Quatro pacientes (16,7%) referiram dor, tanto no T2 quanto no T3, com aumento estatisticamente significativo entre T1 e T2 (p<0.05), sendo a dor moderada a mais observada, sem relatos de dor severa. Na avaliação da contagem leucocitária, pode-se observar que no período em que os pacientes apresentaram maior número de mucosite oral (T2 e T3), exibiram quadros de leucopenia, porém sem diferenças estatisticamente significativas (p>0,05). A MO não teve associação estatisticamente significativa com a dor, tratamento associado, leucopenia, comorbidades e o tipo de transplante, apresentando para o sexo feminino (p=0.015). Para a redução da dor não houve associação estatisticamente significativa. Conclusão: Os resultados apresentados exibiram excelentes indicadores de processo utilizados para a avaliação da qualidade da prestação do serviço em saúde. Os resultados dos protocolos da fotobiomodulação demonstraram que, apesar de ainda haver o desenvolvimento de MO nesses pacientes, houve predomínio do grau I, com menor gravidade da MO bem como da dor associada (AU).
Introduction: Oral mucositis (OM) is an inflammation of the oral mucosa, quite prevalent in patients undergoing Hematopoietic Stem Cell Transplantation (HSCT), contributing to the interruption of antineoplastic treatment. Photobiomodulation therapy (PBM) has been proposed due to its preventive and therapeutic action for OM. Objective: To evaluate the quality of oral health care through the process and result in the prevention and treatment of OM in patients undergoing HSCT. Materials and methods: Observational, descriptive, prospective and health quality assessment study, appropriate according to Squire 2.0. The sample consisted of thirty-six patients who received previous dental treatment and PBM as a preventive protocol for oral mucositis. When diagnosed with mucositis, patients received therapeutic PBM. The patients were followed up and evaluated during the conditioning regime (T0), one day after HSCT (T1), with 5 days after HSCT (T2) and with 10 days after HSCT (T3). The following indicators were used to evaluate the process: Evidence-based therapy, Assessment and recording of symptoms at all visits, Preventive care with PBM during hospitalization and Therapeutic plan for the outbreak of symptoms and worsening. The result indicators were expressed in percentages, being the Percentage of individuals who developed: OM; OM according to gravity; Ache; Severe, mild and / or moderate pain; Oral changes; OM according to sex; OM in leukopenic individuals. Plus percentage of individuals who used painkillers during therapy; Pain reduction; Presence of another associated treatment; Individuals with comorbidities who developed OM and Individuals with autologous and allogeneic transplants who developed OM. Descriptive and statistical analysis of the indicators was performed using the non-parametric Wilcoxon test and the Chisquare test with a significance level of 5%. Results: For the process, it was observed that in all indicators, 100% of the sample obtained assistance within the desirable standard. Result indicators showed that 66.6% of patients had Oral Mucositis in at least one follow-up period, with a statistically significant increase between times T1 and T2, as well as between times T1 and T3 (p <0.05), with a predominance grade I (p = 0.014). Four patients (16.7%) reported pain, both at T2 and T3, with a statistically significant increase between T1 and T2 (p <0.05), with moderate pain being the most observed, with no reports of severe pain. In the evaluation of the leukocyte count, it can be observed that in the period in which the patients had a greater number of oral mucositis (T2 and T3), they exhibited leukopenia, but without statistically significant differences (p> 0.05). OM had no statistically significant association with pain, associated treatment, leukopenia, comorbidities and the type of transplant, presenting for females (p = 0.015). There was no statistically significant association for pain reduction. Conclusion: The results presented showed excellent process indicators used to assess the quality of health service provision. The results of the photobiomodulation protocols demonstrated that although there is still the development of OM in these patients, there was a predominance of grade I, with less severity of OM as well as associated pain (AU).
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Qualidade da Assistência à Saúde , Estomatite/patologia , Protocolos Clínicos , Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas , Terapia com Luz de Baixa Intensidade/instrumentação , Saúde Bucal , Estatísticas não ParamétricasRESUMO
O câncer de mama é uma doença tanto com impacto na morbimortalidade quanto na qualidade de vida de mulheres no Brasil e no mundo. A modalidade sistêmica mais utilizada para tratá-lo é a quimioterapia, que pretende ou eliminar o tumor ou reduzi-lo para intervenções cirúrgicas conservadoras como parte dos cuidados paliativos. A quimioterapia apresenta eventos adversos associados, entre eles, a mucosite oral. Sua incidência variada e dependente de fatores do próprio paciente ou do tratamento produz consequências importantes físicas, emocionais, sociais, econômicas e para a manutenção do tratamento. Todas essas repercussões afetam a qualidade de vida relacionada à saúde de maneira diversificada, visto que este é um fenômeno subjetivo ou multidimensional. Objetivo: avaliar a mucosite oral por quimioterapia e a qualidade de vida relacionada à saúde em mulheres com câncer de mama. Método: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, no qual três instrumentos (caracterização das participantes, QLQ-C30 e QLQ-BR23) foram aplicados no início, na metade e fim do tratamento. Concomitantemente, avaliou-se cavidade oral e dados do prontuário. Resultados: entre as 140 participantes prevaleceram mulheres pardas, média de 50, 40 anos (DP = 11,76), em união estável, com média de 2,37 filhos, com média de 8,66 anos de estudo (DP = 4,86), com renda menor de um salário mínimo (58,57%), proveniente de uma fonte de renda fixa, procediam, predominantemente, do Leste Sergipano (68,57%). Entre os comportamentos e hábitos de vida, declararam ser católicas (65,71%); inatividade física (55%), sobrepeso (35%) e obesidade (30%) predominaram, assim como, não-tabagismo (83,59%) e não-etilismo (83,57%). Quanto à clínica e terapêutica, observou-se que iniciaram o tratamento com a média de idade de 50 anos, apresentaram menarca tardia (62,13%), a minoria apresentou outra comorbidade, a maioria realizou tratamento em instituição pública, prevaleceram Carcinoma Ductal Invasivo (86%), estadios IIb e IIIa (25% ambos), Luminal B (38,5%), tratamento neoadjuvante (61%), esquema com adriamicina, ciclofosfamida e paclitaxel (44%). Sobre as condições orais, na amostra houve oscilação na integridade da gengiva, lábios, mucosa oral, aspecto da língua, xerostomia, hábitos de higiene. Na avaliação da mucosite oral, a incidência total durante o estudo foi de 85,71%, entre os momentos, predominou grau I (Momento 2 40% e Momento 3 42,1%) e a qualidade de vida relacionada à saúde geral entre o Momento 1 e 2 houve uma redução de 0,27% na média, e de 6,88% entre o Momento 2 e 3. Durante o estudo, os domínios e sintomas apresentaram oscilações apenas entre o, Momento 2 e 3. A associação entre mucosite oral e qualidade de vida relacionada à saúde foi inversa (ß = - 13,44) pelo modelo de regressão linear múltipla. Conclusão: Os desfechos observados sugerem que as mulheres apresentaram semelhanças quanto aos aspectos clínicos e terapêuticos e diferenças quanto aos aspectos sociodemográficos. A incidência da mucosite oral foi maior e divergente quanto ao grau de severidade do que relatado na literatura. A qualidade de vida relacionada à saúde piorou ao longo do acompanhamento terapêutico
Breast cancer is a disease that impacts morbidity mortality as well as the quality of life of women in Brazil and worldwide. The most widely used systemic modality to treat it is chemotherapy, which aims to either eliminate the tumor or shrink it for conservative surgery or as part of palliative care. Chemotherapy has adverse events associated, among them, oral mucositis. Its incidence is varied and dependent on the patient's or treatment factors and it produces important physical, emotional, social and economic consequences as well as for the maintenance of the treatment. All these repercussions affect health-related quality of life in a diversified manner, as this is a subjective or multidimensional phenomenon. Objective: To evaluate chemotherapy oral mucositis and HRQoL in women with breast cancer. Method: This was a prospective cohort study, in which three instruments (participant characterization, QLQ-C30 and QLQ-BR23) were applied at the beginning, middle and at the end of treatment. Concomitantly, the oral cavity and medical record data were evaluated. Results: with 140 participants. In the sample, brown-skinned women prevailed, an average of 50.40 years old (SD = 11.76), they were in a stable relationship, with an average of 2.37 children, with an average of 8.66 years of schooling (SD = 4.86), with an income lower than one minimum wage (58.57%), coming from a fixed income source, they came predominantly from Eastern Sergipe (68.57%). Among the behaviors and lifestyle habits, they declared to be Catholic (65.71%); the physical inactivity (55%), overweight (35%) and obesity (30%) predominated, as well as, non-smoking (83.59%) and non-alcoholism (83.57%). Regarding clinical and therapeutic, it was observed that they started treatment with a mean age of 50 years old, presented late menarche (62.13%), the minority had another comorbidity, most of them were treated in a public institution, prevailed Invasive Ductal Carcinoma (86%), stages IIb and IIIa (25% both), Luminal B (38.5%), neoadjuvant treatment (61%), whit Adriamycin, cyclophosphamide and paclitaxel (44%). Regarding oral conditions, in the sample, we had in the sample oscillation in the integrity of the gum, lips, oral mucosa, tongue aspect, xerostomia, and hygiene habits. In the evaluation of oral mucositis, the total incidence during the study was 85.71%, between the moments, grade I predominated (Moment 2 40% and Moment 3 42.1%) and the general health-related quality of life between Moment 1 and 2 there was a 0.27% reduction in average, and 6.88% between Moment 2 and 3. During the study, domains and symptoms fluctuated only between Moment 2 and 3. The association between oral mucositis and HRQoL was inverse (ß = - 13.44) by the multiple linear regression model. Conclusion: The observed outcomes suggest that the women had similarities in clinical and therapeutic aspects and differences in sociodemographic aspects. The incidence of oral mucositis was higher and divergent regarding the degree of severity than what was reported in the literature. Health-related quality of life worsened during follow-u
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Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Qualidade de Vida , Estomatite/tratamento farmacológico , Neoplasias da Mama/tratamento farmacológico , Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos , Antineoplásicos/efeitos adversosRESUMO
Objective: to evaluate the effect of oral cryotherapy compared to physiological serum on the development of oral mucositis in outpatient cancer patients using the 5-fluorouracil antineoplastic agent. Method: this is a controlled, randomized, double-blind, and multi-center clinical trial, conducted with 60 patients undergoing chemotherapy. The experimental group (n=30) used oral cryotherapy during the infusion of the 5-FU antineoplastic agent, while the control group (n=30) performed mouthwash with physiological serum at their homes. The oral cavity of the participants was assessed at three times: before randomization, and on the 7th and 14th days after using 5-FU. For data analysis, descriptive analyses and the ANOVA, paired t, and McNemar tests were used. Results: there was no statistically significant difference between the experimental and control groups in the assessments regarding the grade of mucositis. However, cryotherapy presented the chance to reduce the presence of intragroup mucositis, between the first and second assessments (p=0.000126). Conclusion: cryotherapy did not obtain statistical significance in relation to oral hygiene with serum, but it proved to be effective intragroup. Record number: RBR-4k7zh3
Objetivo: avaliar o efeito da crioterapia oral em comparação ao soro fisiológico no desenvolvimento de mucosite oral em pacientes oncológicos ambulatoriais em uso de antineoplásico 5-fluorouracil. Método: trata-se de um ensaio clínico controlado, randomizado, duplo-cego, multicêntrico, realizado com 60 pacientes em tratamento quimioterápico. O grupo experimental (n=30) fez uso de crioterapia oral durante a infusão do antineoplásico 5-FU, ao passo que o grupo controle (n=30) realizou bochechos com soro fisiológico em domicílio. A cavidade oral dos participantes foi avaliada em três momentos: antes da randomização, no 7° dia e no 14° dia após o uso do 5-FU. Para a análise dos dados, utilizaram-se análises descritivas e os testes ANOVA, t pareado e McNemar. Resultados: não houve diferença estatística significante entre os grupos experimental e controle nas avaliações quanto ao grau de mucosite. No entanto, a crioterapia teve a chance de reduzir a presença de mucosite intragrupo, entre a primeira e segunda avaliação (p=0,000126). Conclusão: a crioterapia não obteve significância estatística em relação à higiene oral com soro, porém se mostrou efetiva intragrupo. Número de registro: RBR-4k7zh3
Objetivo: evaluar el efecto de la crioterapia oral, comparándola con el suero fisiológico, sobre el desarrollo de mucositis oral en pacientes ambulatorios con cáncer en tratamiento con el antineoplásico 5-fluorouracilo. Método: se trata de un ensayo clínico controlado, aleatorizado, a doble ciego y multicéntrico, realizado con 60 pacientes en tratamiento de quimioterapia. El grupo experimental (n=30) utilizó crioterapia oral durante la administración del agente antineoplásico 5-FU, mientras que el grupo control (n=30) realizó enjuagues con suero fisiológico en su domicilio. La cavidad oral de los participantes se evaluó en tres momentos: antes de la aleatorización, y al 7º y 14º día después de la administración de 5-FU. Para el análisis de los datos, se utilizaron análisis descriptivos y las pruebas ANOVA, t pareada y McNemar. Resultados: en lo que respecta al grado de mucositis, no se registraron diferencias estadísticamente significativas entre el grupo experimental y el de control en las evaluaciones. Sin embargo, la crioterapia exhibió la posibilidad de reducir la presencia de mucositis intragrupo entre la primera y la segunda evaluación (p=0,000126). Conclusión: la crioterapia no alcanzó significancia estadística en comparación con la higiene oral con suero. Sin embargo, demostró ser efectiva intragrupo. Número de registro: RBR-4k7zh3
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Humanos , Higiene Bucal , Estomatite , Preparações Farmacêuticas , Higiene , Grupos Controle , Crioterapia , Tratamento Farmacológico , Prevenção de Doenças , Mucosite , Fluoruracila , AntineoplásicosRESUMO
Objetivo: Avaliar os efeitos da própolis(P) e da geleia real(GR) em comparação a terapia de fotobiomodulação (FBM) com laser de baixa intensidadeem um modelo animal de mucosite oral (MO) quimioinduzida por 5-fluorouracil (5-FU). Adicionalmente, verificar por meio de uma revisão sistemática da literatura o efeito da fitoterapia no tratamento da MO quimioinduzida 5-FU em modelo animal. Material e Métodos: Trata-se de um estudo in vivo, experimental, controlado e cego. Setenta e dois ratos Wistar foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos (n = 18): controle (C) (sem tratamento), terapia de fotobiomodulação (FBM) (laser intraoral 6 J/cm2 ), gel de própolis (P) e geleia real (GR). Nos dias 0 e 2, os animais receberam uma injeção intraperitoneal de 5-FU. Nos dias 3 e 4, a mucosa bucal foi escarificada. As terapias foram iniciadas no dia 5. Seis animais por grupo foram eutanasiados nos dias 8, 10 e 14. A análise fitoquímica da própolis e da geleia real foi realizada por Cromatografia em Camada Delgada (CCD). As análises clínica e histopatológica (baseada nos escores de reepitelização e inflamação) foram realizadas por fotografias e lâminas coradas em Hematoxilina e Eosina, respectivamente. Os estudos imuno-histoquímicos (pAKT, p-S6 e NFκB) e do estresse oxidativo (Superóxido Dismutase-SOD, Glutationa reduzida-GSH e Malonaldeído-MDA) foram realizados.Em seguida, uma busca sistemática da literatura foi realizada por meio da pesquisa nas bases de dados PubMed/Medline, CENTRAL (The Cochrane Library), EMBASE e Web of Science, a partir dos registros iniciais até janeiro de 2020. Resultados: A análise da CCD revelou à presença de compostos como terpenos, saponinas, óleos essenciais e flavonoides no P e de alta quantidade de sacarose (Rf 0,34) na RG. Nos dias 8 e 10, os animais dos grupos FBM, P e GR apresentaram melhora clínica da MO e cicatrização acelerada com menores escores morfológicos, aumento da imunoexpressão das proteínas pS6 (exceto no dia 10), pAKT (ANOVA e teste de Tukey; p <0,05) e fator de transcrição NF-kB (teste de Mann Whitney; p <0,05) quando comparados ao grupo controle. No dia 14, o grupo P aumentou os níveis do antioxidante GSH quando comparado ao grupo controle (ANOVA e teste de Tukey; p <0,05). Treze artigos foram incluídos na revisão sistemática da literatura (todos utilizando o 5-FU para indução de MO em animais), de um total de 503 artigos. A formulação dos tratamentos variou de aplicação tópica de pomada, gel e extrato, até a ingestão de fitoterápicos. Todas as pesquisas investigadas exibiram resultados promissores no uso de fitoterápicos no manejo da MO. Conclusões: Nossos resultados evidenciaram que a P e a GR, assim como a FBM, são terapias eficazes no tratamento da MO. A presença de açúcares na GR e de flavonoides, terpenos e óleos essenciais na P justifica a excelente ação cicatrizante de feridas e seus efeitos antiinflamatórios. Adicionalmente, o grupo P, exibiu redução do estresse oxidativo tecidual, em comparação aos grupos FBM, GR e controle.Nas 13 pesquisas avaliadas, pôde-se observar excelentes resultados na cicatrização tecidual, ação antiinflamatória, antimicrobiana e antioxidante, com o uso de fitoterápicos no tratamento da MO. Diante disso, pode-se sugerir que o uso de fitoterápicos é uma alternativa promissora no tratamento da MO quimioinduzida (AU).
Objective: To evaluate the effects of propolis (P) and royal jelly (RJ) compared to photobiomodulation therapy (PBMT) with low intensity laser in an animal model of oral mucositis (OM) chemically induced by 5-fluorouracil (5-FU). Additionally, to verify by means of a systematic review of the literature the effect of phytotherapy in the treatment of chemoinduced OM 5-FU in an animal model. Material and Methods: This is an in vivo, experimental, controlled and blind study. Seventy-two male and female Wistar rats were randomly assigned to four groups (n = 18): control (C) (without treatment), photobiomodulation therapy (PBMT) (6 J / cm2 intraoral laser), propolis gel (P) and royal jelly (RJ). On days 0 and 2, the animals received an intraperitoneal injection of 5-FU. On days 3 and 4, the oral mucosa was scarified. Therapies were started on day 5. Six animals per group were euthanized on days 8, 10 and 14. Phytochemical analysis of P and RJ were performed by Thin Layer Chromatography (TLC). The clinical analysis was performed using photographs and the histopathological evaluation (hematoxylin / eosin) was based on the reepithelization and inflammation scores. Immunohistochemical studies (pAKT, p-S6 and NFκB) and oxidative stress (Superoxide Dismutase-SOD, Glutathione reduced-GSH and Malonaldehyde-MDA) were performed. Then, a systematic search of the literature was performed, by searching the PubMed / Medline, CENTRAL (The Cochrane Library), EMBASE and Web of Science databases, from the initial records until January 2020). Results: The TLC analysis revealed the presence of compounds such as terpenes, saponins, essential oils and flavonoids in P and a high amount of sucrose (Rf 0.34) in RJ. On days 8 and 10, animals in the PBMT, P and RJ groups showed clinical improvement of OM and accelerated healing with lower morphological scores, increased immunoexpression of pS6 proteins (except on day 10), pAKT (p <0.05, ANOVA and Tukey test) and NF-kB transcription factor (Mann Whitney test; p <0.05) when compared to the control group. On day 14, the P group increased the levels of the antioxidant GSH when compared to the control group (p <0.05, ANOVA and Tukey's test). Thirteen articles were included in the systematic literature review (all using the 5-FU to induce OM in animals), out of a total of 503 articles. The formulation of treatments ranged from topical application of ointment, gel and extract, to the intake of herbal medicines. All investigations showed promising results in the use of herbal medicines in the management of OM. Conclusions: Our results showed that P and RJ, as well as PBMT, are effective therapies in the treatment of OM. The presence of sugars in RJ and flavonoids, terpenes and essential oils in P justifies the excellent wound healing action and its anti-inflammatory effects. In addition, the P group exhibited a reduction in tissue oxidative stress compared to the PBMT, RJ and control groups. In the 13 studies evaluated, it was possible to observe excellent results in tissue healing, antiinflammatory, antimicrobial and antioxidant action with the use of herbal medicines in the treatment of OM. Therefore, it can be suggested that the use of herbal medicines is a promising alternative in the treatment of chemically induced OM (AU).
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Animais , Ratos , Própole/uso terapêutico , Estomatite/patologia , Transdução de Sinais , Medicamento Fitoterápico , Análise de Variância , Ratos Wistar , Estresse OxidativoRESUMO
A Mucosite Oral (MO) caracteriza-se como uma condição inflamatória que se apresenta clinicamente como áreas eritematosas e ulceradas. É a complicação oral mais frequente nos pacientes sob quimioterapia e/ou radioterapia de cabeça e pescoço, e seu tratamento visa aliviar a sintomatologia dolorosa e induzir o processo de reparo da lesão. Spondias mombin é uma planta bastante utilizada no nordeste do Brasil e suas folhas são usadas na medicina popular para o tratamento de infecções orais e faríngeas. Objetivo: Avaliar os potenciais antioxidante e anti-inflamatório do extrato hidroetanólico da folha de Spondias mombin (HESM) em modelo experimental de mucosite oral. Metodologia: Foi realizado um ensaio pré-clínico, in vivo, cego, randomizado e controlado. A amostra foi composta por 42 hamsters machos, distribuídos em 6 grupos: Salina (S), Trauma mecânico (TM), 5-fluorouracil/Trauma mecânico (5-FU/TM) e experimentais do HESM nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg, administrados diariamente, por dez dias. Os animais foram submetidos a análises bioquímicas e as amostras de bolsas da mucosa jugal foram submetidas a análises macroscópicas, histopatológicas e imuno-histoquímicas, com os marcadores Cox-2, iNOS, NF-kB p50 NLS e MMP-2. Os níveis de IL-1ß e TNF-α foram analisados por imunorreação ELISA e os níveis de estimativa de superóxido dismutase (SOD), glutationa (GSH) e malondialdeído (MDA) foram submetidos à análise espectroscópica. Resultados: O grupo tratado com HESM na dose de 200 mg/kg apresentou o melhor efeito cicatrizante, não mostrando evidência de ulceração na análise macroscópica (p <0,05). A análise histopatológica desse grupo mostrou reepitelização, infiltrado inflamatório mononuclear discreto e ausência de escore de hemorragia e edema de 1 (1-1) (p <0,05), além de uma grande quantidade de fibras colágenas. Imunoexpressão reduzida de Cox-2, iNOS , NF-kB p50 NLS e MMP-2; diminuição nos níveis de SOD (p <0,05), MDA (p <0,001), IL-1ß (p <0,05) e TNF-α (p <0,001); e aumento nos níveis de GSH (p <0,01) também foram observados nesse mesmo grupo. Conclusão: O HESM (200 mg / kg) reduziu o estresse oxidativo e a inflamação na mucosite oral induzida por 5-fluorouracil em hamsters (AU).
Oral mucositis (MO) is characterized as an inflammatory condition for clinically presenting erythematous and ulcerated areas. It is the most common oral complication in patients undergoing chemotherapy and / or head and neck radiation therapy, and its treatment aims to relieve painful symptoms and induce the injury repair process. Spondias mombin is a plant widely used in northeastern Brazil and its leaves are used in folk medicine to for the treatment of oral and pharyngeal infections. Aim: To evaluate the antioxidant and antiinflammatory potentials of the hydroethanolic extract of the leaf of Spondias mombin (HESM) in an experimental model of oral mucositis. Methods: A pre-clinical, in vivo, blind, randomized and controlled trial was performed. The sample consisted of 42 male hamsters, divided into 6 groups: Saline (S), Mechanical trauma (TM), 5 fluorouracil / Mechanical trauma (5-FU / TM) and experimental HESM doses of 50, 100 and 200 mg / kg, administered daily, for ten days. The animals were submitted to biochemical analyzes and the samples of pouches of the cheek mucosa were subjected to macroscopic, histopathological and immunohistochemical analyzes, with Cox-2, iNOS, NF-kB p50 NLS and MMP-2 markers. The levels of IL-1ß and TNF-α were analyzed by ELISA immunoreaction and the levels of superoxide dismutase (SOD), glutathione (GSH) and malondialdehyde (MDA) were submitted to spectroscopic analysis. Results: The HESM-treated group at a dose of 200 mg / kg showed the best healing effect, showing no evidence of ulceration in macroscopic analysis (p <0.05). Histopathological analysis of this group showed reepithelialization, a mild mononuclear inflammatory infiltrate and absence of a bleeding and edema score of 1 (1-1) (p <0.05), in addition to a large amount of collagen fibers. Reduced immunoexpression of Cox-2, iNOS, NF-kB p50 NLS and MMP-2; decreased levels of SOD (p <0.05), MDA (p <0.001), IL-1ß (p <0.05) and TNF-α (p <0.001); and an increase in GSH levels (p <0.01) were also observed in this same group. Conclusion: HESM (200 mg / kg) reduced oxidative stress and inflammation in oral mucositis induced by 5-fluorouracil in hamsters (AU).
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Animais , Ratos , Preparações Farmacêuticas , Estresse Oxidativo , Anacardiaceae , Estomatite/patologia , Imuno-Histoquímica , FluoruracilaRESUMO
A mucosite oral (MO) é uma inflamação aguda da mucosa oral, sequela mais importante dos tratamentos de radioterapia ou/e quimioterapia. As lesões na cavidade oral são graves, dolorosas e podem levar a sepse e morte. Não existe um protocolo único de prevenção e cura para MO. Na perspectiva de encontrar terapias farmacológicas para prevenir MO, propomos a investigação do efeito pleiotrópico do medicamento comercial gliclazida, um anti-diabético de ação secundária anti-inflamatória e antioxidante nunca estudada na MO. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da gliclazida em um modelo MO experimental induzido por 5-fluorouracil. Hamsters machos foram pré-tratados com gliclazida oral (1, 5 ou 10mg/kg) por 10 dias. As amostras das mucosas dos animais foram submetidas à análise macroscópica, histopatológica e imuno-histoquímica (COX2, iNOS, MMP-2, NFκB P65, GPx) e imunofluorescência (P-selectina). Os níveis de IL-1ß e TNF-α, a atividade de mieloperoxidase (MPO) e os níveis de malondialdeído (MDA) foram investigados por análise espectroscópica ultravioleta-visível. A expressão protéica de NFκB NLS P50 foram analisados por western blotting. O grupo tratado com gliclazida na dose de 10 mg / kg apresentou melhores resultados como ; presença de eritema, ausência de erosão e de ulceração da mucosa com escore de 1 (1-2) (p <0,01) nos achados clínicos. Os dados histopatológicos do grupo tratado com gliclazida 10 mg / kg mostraram reepitelização, discreto infiltrado inflamatório mononuclear, úlceras com escore de 1 (1-1) (p <0,01). O tratamento com gliclazida 10 mg/kg reduziram os níveis de atividade de MPO (p <0,001), MDA (p <0,001) e NFκB NLS P50 (p <0,05), resultando em baixa imunocoloração para Cox-2, iNOS (p <0,05) , NFκB P65 (p <0,05) e imunorreacção negativa para MMP-2 (p <0,001).Para Gpx, a coloração foi menos intensa no grupo GLI 10-FUT em comparação com 5FUT/solução salina (p <0,05). A Imunofluorescência revelou diminuição dos níveis de P-selectina (p <0,001) após o tratamento com gliclazida 10 mg/kg (p <0,05). A gliclazida na dose de 10mg/kg atenuou a severidade da MO e reduziu o estresse oxidativo e a inflamação na MO induzida pelo 5-FU em hamsters (AU).
Oral mucositis (OM) is acute inflammation of the oral mucosa, the most important sequelae from radiotherapy and/or chemotherapy treatments. The lesions in the oral cavity are severe and painful, and can lead to sepsis and death. There is no single protocol for preventing or curing OM. From the perspective of finding pharmacological therapies to prevent OM, we propose an investigation of the pleiotropic effect of commercial drugs, among them gliclazide, an anti-diabetic with anti-inflammatory and anti-oxidant side action which has never studied regarding OM. This study aimed to evaluate the effect of gliclazide on an experimental OM model induced by 5-fluorouracil. Male hamsters were pretreated with oral gliclazide (1, 5 or 10 mg/kg) for 10 days. The mucosal samples of the animals were submitted to histopathological and immunohistochemical analysis (COX2, iNOS, MMP-2, NFκB P65, GPx) and immunofluorescence (P-selectin). Levels of IL-1ß and TNF-α, myeloperoxidase activity (MPO) and malondialdehyde levels (MDA) were investigated by ultraviolet-visible spectroscopic analysis. Protein expression of NFkB NLS P50 was analyzed by western blotting. The group treated with gliclazide at a dose of 10 mg/kg presented erythema, absence of erosion and mucosal ulceration with a score of 1 (1-2) (p <0.01) in the clinical findings. The histopathological data of the gliclazide 10 mg/kg group showed reepithelialization, a discrete mononuclear inflammatory infiltrate, and ulcers with a score of 1 (1-1) (p <0.01). Treatment with 10 mg/kg gliclazide reduced the activity levels of MPO (p <0.001), MDA (p <0.001) and NFκB NLS P50 (p <0.05), resulting in low immunostaining for Cox-2, iNOS (p <0.05), NFκB P65 (p <0.05) and negative immunoreaction for MMP-2. For Gpx, staining was restored in the GLI 10-FUT group compared to 5FUT/saline (p <0.05). Immunofluorescence showed a decrease in P-selectin levels (p <0.001) after treatment with 10 mg/kg gliclazide (p <0.05). Furthermore, 10 mg/kg gliclazide attenuated OM severity and reduced oxidative stress, and 5-FU induced OM in hamsters (AU).
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Animais , Ratos , Estomatite/patologia , Imuno-Histoquímica , Anti-Inflamatórios/farmacologia , Western Blotting , Análise de Variância , Imunofluorescência , Estatísticas não ParamétricasRESUMO
Objetivo: Avaliar a dor relacionada à mucosite oral em crianças e adolescentes no período pós-transplante imediato de células-tronco hematopoéticas. Metodologia: estudo de natureza quantitativa, do tipo descritivo e longitudinal. Aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Os locais do estudo foram três serviços de transplante de células-tronco hematopoéticas em Curitiba, Paraná. Participaram 25 crianças e adolescentes, que apresentaram mucosite oral no período póstransplante de células-tronco hematopoéticas. A coleta de dados ocorreu de novembro de 2016 a setembro de 2017 em duas etapas. Na primeira etapa, os participantes foram identificados quanto ao perfil sociodemográfico e clínico. A segunda etapa ocorreu diariamente (do Dia +1 do transplante até a remissão da mucosite) em três avaliações: 1) dados vitais; 2) grau de mucosite oral utilizando a escala de toxicidade oral da Organização Mundial da Saúde; 3) intensidade e qualidade da dor utilizando a escala de faces revisada e os cartões de qualidade da dor. A análise das variáveis quantitativas foi descrita por médias, medianas, valores mínimos, máximos e desvios padrões. As variáveis categóricas foram expressas por frequências e percentuais. A duração da mucosite oral foi estimada em tempo mediano e as análises comparativas ocorreram por meio do teste t de Student; teste exato de Fisher; coeficiente de correlação de Spearman e p-valor utilizando-se o IBM Statistical Data Analysis v.20.0. Resultados: Os participantes tinham idade média de 125,9 meses, 56% eram do sexo masculino e 76% procedentes de outros estados. Quanto ao perfil clínico, 32% foram diagnosticados com leucemias, 96% receberam transplante alogênico, tendo a medula óssea como principal fonte de células tronco hematopoéticas (88%) e predomínio do condicionamento mieloablativo (60%). Dos 25 participantes, 56% apresentaram mucosite oral ulcerativa (grau 3 e 4), com duração mediana de 13 dias. O sétimo dia da mucosite foi mais expressivo, tendo sido caracterizado por maior média do grau de mucosite oral (2,5/0-4) e maior intensidade média de dor (3,9/0-10). A dor em orofaringe e em cavidade oral foi mais frequente e caracterizada como formigamento, dolorida e/ou queimação. Foi evidenciado que a intensidade da dor está correlacionada ao grau de mucosite oral (<0,001). Também ficou claro que houve associação entre a mucosite oral e a dor em orofaringe (<0,001) e em cavidade oral (<0,001). E os componentes sensoriais foram mais significativos para expressar a dor por mucosite oral (<0,001). As estratégias de gerenciamento da dor evidenciadas foram: administração de fármacos opioides, fototerapia oral, uso de chá gelado e crioterapia. Conclusões: A partir dos resultados deste trabalho foi possível concluir que a mucosite oral é a principal causa de dor em crianças e adolescentes submetidas ao transplante de células-tronco hematopoéticas e, apesar dos esforços da equipe, as estratégias têm sido pouco efetivas, uma vez que a dor é persistente e compromete o estado afetivo e emocional da criança. Portanto, espera-se que estes resultados contribuam para que as práticas de gerenciamento da dor neste contexto sejam reavaliadas e reestruturadas visando o bem-estar das crianças e adolescentes que passem pelo transplante de células-tronco hematopoéticas.
Abstract: Aim: To assess pain related to oral mucositis in children and adolescents in the immediate post-transplant period of hematopoietic stem cells. Methodology: this is a study quantitative, descriptive and longitudinal study. Approved by the Human Research Ethics Committee of the Clinical Hospital Complex of the Federal University of Paraná. The study sites were three hematopoietic stem cell transplantation services in Curitiba. Twenty-five children and adolescents who had oral mucositis in the post-transplant period of hematopoietic stem cells participated. Data collection took place in two stages between November 2016 and September 2017. In the first stage, participants were identified in terms of their sociodemographic and clinical profiles. The second stage occurred daily (from day +1 of transplantation to mucositis remission) in three stages: 1) vital signs; 2) the degree of oral mucositis was evaluated according to the World Health Organization oral toxicity scale; 3) the intensity and characterization with the The Faces Pain Scale - Revised and Pain Quality Cards. The analysis of the quantitative variables was described by averages, medians, maximum and minimum values, and standard deviations. Categorical variables were expressed by frequencies and percentages. The duration of oral mucositis was estimated in median time and comparative analyzes were performed using the Student's t-test; Fisher's exact test; Spearman's rank correlation coefficient and p-value. Using IBM Statistical Data Analysis v.20.0. Results: Participants had an average age of 125.9 months, 56% were male and 76% were from other states. Regarding the clinical profile, 32% were diagnosed with leukemias, 96% received allogeneic transplantation, with bone marrow as main source of hematopoietic stem cells (88%) and predominance of myeloablative conditioning (60%). Of the 25 participants, 56% had ulcerative oral mucositis (grade 3 and 4), with a median duration of 13 days. The seventh day of mucositis was more expressive, being characterized by higher mean oral mucositis (2,5/0-4) and higher mean pain intensity (3,9/0-10). Pain in the oropharynx and oral cavity was more frequent and characterized as tingling, sore and / or burning. It was evidenced that pain intensity is correlated to the degree of oral mucositis (<0,001). It was also clear that there was an association between oral mucositis and oropharyngeal pain (<0,001) and oral cavity (<0,001). And the sensory components were more significant to express pain by oral mucositis (<0,001). The pain management strategies evidenced were administration of opioid drugs, oral phototherapy, use of iced tea and cryotherapy. Conclusion: Based on the results of this study, it was possible to conclude that oral mucositis is the main cause of pain in children and adolescents submitted to hematopoietic stem cell transplantation and, despite the team's efforts, strategies have been ineffective once pain is persistent and compromises the child's affective and emotional state. Therefore, it is hoped that these results will contribute in order for pain management practices in this context to be re-evaluated and restructured for the well-being of children and adolescents undergoing hematopoietic stem cell transplantation.
Assuntos
Humanos , Masculino , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Dor , Enfermagem Pediátrica , Estomatite , Criança , Adolescente , Transplante de Células-Tronco HematopoéticasRESUMO
Objetivo: este estudo observacional transversal objetivou avaliar o nível de conhecimento dos cirurgiões-dentistas, alunos de pósgraduação em Radiologia e Imaginologia da Faculdade São Leopoldo Mandic Campinas sobre diagnóstico, prevenção e tratamento de mucosite oral induzida pelo tratamento do câncer, por meio da aplicação um questionário. Metodologia: participaram da pesquisa 54 voluntários, cirurgiões dentistas, alunos de especialização e mestrado, que responderam um questionário desenvolvido para esta pesquisa, composto de questões para caracterização do entrevistado e questões para avaliar os conhecimentos sobre mucosite. Após a coleta, os dados obtidos foram tabulados no editor de planilhas Microsoft Office Excel e submetidos a uma análise estatística descritiva e analítica das variáveis coletadas. Resultados: revelaram que quanto à autoavaliação do conhecimento específico sobre mucosite oral foi "Regular" (44,6%) a resposta mais prevalente, seguida de "Bom" com 30,4%, "Insuficiente" com 17,9% e "Ótimo", com 7,1%. Questionados sobre o contato com a mucosite oral na prática clínica, 62,5% dos voluntários (n:35) responderam não ter tido contato e 35,7% responderam ter tido contato com a mucosite oral (n:20). O local de conhecimento da condição foi na graduação (75%); e quanto à conduta 12,5% realizaria o tratamento e 64,3% encaminharia para um estomatologista; e 50% dos investigados relataram não ter tido orientação de prevenção e tratamento da mucosite oral durante o curso de Graduação. Conclusão: pode se concluir que os entrevistados têm conhecimento teórico em nível médio (54,97%) sobre os conceitos mais gerais de mucosite oral; e a grande maioria (62,5%) não teve experiência clínica com esta patologia.
Objective: this cross-sectional observational study aimed to evaluate the level of knowledge of dentists, graduate students in Radiology and Imaging of Faculdade São Leopoldo Mandic Campinas on diagnosis, prevention and treatment of oral mucositis induced by cancer treatment, through the application of an questionnaire. Methodology: the participants were 54 volunteers, dentists, specialization and master's students, who answered a questionnaire developed for this study, consisting of questions to characterize the interviewee and questions to assess the knowledge of mucositis. The data were tabulated and submitted to a descriptive and analytical statistical analysis of the collected variables.Results: the results revealed that the self-assessment of specific knowledge about oral mucositis was "Regular" (44.6%) the most prevalent response, followed by "Good" with 30.4%, "Not Enough" with 17.9% and "Great", with 7.1%. When asked about contact with oral mucositis in clinical practice, 62.5% of the volunteers (n = 35) responded have had contact and 35.7% reported having had contact with oral mucositis (n: 20). The knowledge of the condition site was graduation (75%); and how to conduct 12.5% undergo the treatment and 64.3% thereafter forward for Stomatological; and 50% of surveyed reported not having guidance for prevention and treatment of oral mucositis during the course of graduation.Conclusion: It can be concluded that the respondents have theoretical knowledge average level (54.97%) of the more general concepts of oral mucositis; and the vast majority (62.5%) had no clinical experience with this disease.
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Humanos , Masculino , Feminino , Radiologia , Radioterapia , Estomatite , Tratamento Farmacológico , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Odontólogos , Estudo ObservacionalRESUMO
Introdução: O uso da laserterapia em pacientes oncológicos com mucosite oral tem efeitos biológicos por meio de processos fotofísicos e bioquímicos que aumentam o metabolismo celular, estimulando a atividade mitocondrial, atuando como analgésicos, anti-inflamatórios e reparadores da lesão da mucosa. Objetivo: Averiguar a qualidade de vida dos pacientes com mucosite oral induzida pelos tratamentos antineoplásicos previamente à aplicação de laserterapia e posterior à regressão das lesões orais. Metodologia: Trata-se de um ensaio quase-experimental com 18 pacientes oncológicos em atendimento hospitalar que desenvolveram mucosite oral. Utilizou-se um questionário sociodemográfico e o questionário de Qualidade de Vida (UW-QOL) aplicado antes das sessões com laser de baixa potência e após a regressão das lesões. Os testes estatísticos utilizados foram o teste t de Student e o teste Quiquadrado, admitindo ser significativo o p<0,05. Resultado: A faixa etária mais prevalente foi entre 65 e 74 anos, etnia branca, sexo masculino, casado, frequentou o ensino fundamental, usuários do SUS e moradores de cidades diversas. O diagnóstico oncológico mais frequente foi a Leucemia aguda, sendo a quimioterapia o tratamento em 100% dos casos e em 50%, a radioterapia. A média dos escores de qualidade de vida dos pacientes foi 456,2, anterior ao início do tratamento com laserterapia, e 678,3, posterior à intervenção. Conclusão: A qualidade de vida melhorou após as sessões de laserterapia, sendo que as mudanças mais significativas ocorreram nos domínios ligados à dor, aparência, deglutição, mastigação, fala, paladar e salivação, sendo o laser de baixa potência uma ferramenta adequada no manejo da mucosite oral.
Introduction: The use of laser therapy in cancer patients with oral mucositis have biological effects through biochemical and photophysical processes that increase the cell metabolism by stimulating mitochondrial activity, acting as analgesics, anti-inflammatory and reparative mucosal injury. Objective: The objective is to ascertain the quality of life of patients with oral mucositis induced by anticancer treatments prior to application of laser therapy and subsequent regression of oral lesions. Methodology: This is a Quasi-experimental Study with 18 cancer inpatient in hospital who developed oral mucositis. The instruments used were lifting sociodemographic data, the Survey of Quality of Life (UW-QOL) was applied before the sessions with low-power laser and after the regression of the lesions. Result: The data were analyzed was Student's t test and chi-square test, admitting be significant p<0.05. The results analyzed revealed the most prevalent age group 65-74 years old, Caucasian ethnicity, male, married, elementary school as the predominant school, US users and residents of other cities. The most common cancer diagnosis was acute leukemia; chemotherapy appeared as treatment at 100% and 50% radiation. The mean quality of life scores of patients found was 456.2 prior to initiation of treatment with laser therapy and 678.3 after the intervention. Conclusion: The quality of life improved after the sessions of laser therapy and it can be seen that the most significant changes occurred in areas related to pain, appearance, swallowing, chewing, speech, taste and salivation, and the low laser power an appropriate tool in the management of oral mucositis.
Assuntos
Humanos , Masculino , Idoso , Pacientes , Qualidade de Vida , Radioterapia , Estomatite , Tratamento Farmacológico , Terapia a Laser , Dor , Salivação , Fala , Paladar , Sistema Único de Saúde , Distribuição de Qui-Quadrado , Inquéritos e Questionários , Deglutição , Analgésicos , Mastigação , Anti-Inflamatórios , Mucosa/lesõesRESUMO
Apesar dos avanços na implantodontia, os pacientes submetidos à instalação de implantes osseointegrados não estão livres de doenças peri-implantares. Dentre estas patologias, a peri-implantite e a mucosite peri-implantar são as mais prevalentes. O objetivo do presente trabalho é realizar uma revisão de literatura sobre parâmetros clínicos periodontais e peri-implantares, evidenciando as diversas metodologias empregadas para a detecção destas doenças. Foi realizada uma busca nas bases de dados PUBMED, PUBMED CENTRAL e MEDLINE e encontrados 127 artigos que abordaram esta temática. Destes, 20 passaram a compor a presente revisão de literatura. Foi demonstrado que a maioria dos autores aqui apresentados investigam estas patologias por meio do uso de profundidade de sondagem, sangramento à sondagem e índice de placa, de maneira que os outros parâmetros apresentados nesta revisão são utilizados de forma não padronizada. Sendo assim é sugerida uma padronização destes parâmetros utilizados para avaliar as condições peri-implantares, bem como os critérios de diagnóstico levando em consideração o 7° Workshop Europeu de Periodontia. Concluiu-se que a diversidade de parâmetros utilizados afeta a reprodutibilidade e pode inferir em erro na prevalência das doenças estudadas (AU)
Despite advances in implantology, patients submitted to installation of dental implants are not free of peri-implant disease. Among these pathologies are periimplantitis and peri-implant mucositis, which are the most prevalent. Thus, the purpose of this article is to review the literature on periodontal and peri-implant clinical parameters, showing the different methods used for the detection of these diseases. A search was conducted in PUBMED, PUBMED CENTRAL and MEDLINE databases, and were found 127 articles that address this topic. Of these articles, 20 were included in this literature review. It was shown that most of the authors presented here investigates these conditions through the use of pocket depth, bleeding on probing and plaque index, so that the other parameters presented in this review are used in non-standard form. Therefore, it is suggested a standardization of these parameters used to evaluate the peri-implant conditions, as well as the diagnostic criteria, taking into account the Seventh European Workshop on Periodontology. It was concluded that diversity parameters used affect the reproducibility and can infer error in the prevalence of the diseases studied.(AU)
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Estomatite , Implantes Dentários , Peri-ImplantiteRESUMO
A mucosite oral é uma das complicações mais comuns e dolorosas induzidas por radioterapia e/ou quimioterapia e pode gerar sérias complicações no quadro clínico do paciente. A utilização da terapia com laser de baixa potência para o tratamento e prevenção da mucosite oral (MO) tem apresentado excelentes resultados clínicos, por ser bem tolerada, e não apresentar desconforto, toxicidade e efeitos colaterais. No entanto, são necessárias mais pesquisas para melhorar a utilização do laser e assim, obter a melhor biomodulação de reações teciduais. O objetivo geral dessa pesquisa foi avaliar a incidência de MO nos pacientes com LLA que receberam laser profilático. Trata-se de um estudo piloto tipo ensaio clínico controlado, aleatorizado, duplo cego e prospectivo. Foram avaliados 21 pacientes com diagnóstico de Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) submetidos à quimioterapia no período de março até novembro de 2015. Os pacientes foram aleatorizados previamente ao início do estudo entre receber tratamento com laser de baixa potência com comprimento de onda de 660nm ou 808nm ambos com 100 mW, 4J/cm2, 1J e um "spot size" de 0,24 cm2. Os pacientes foram avaliados durante o período de internação, diariamente, do D 0 ao D +5 e posteriormente no controle ambulatorial. As análises estatísticas foram realizadas por pacientes e por blocos de quimioterapia e foi possível notar que em ambos os grupos a incidência de MO foi baixa, nenhum paciente desenvolveu mucosite oral grau 4 na escala da OMS, nenhum paciente precisou usar opioide para controlar a dor de MO e não foram registrados casos de interrupção ou atraso do tratamento quimioterápico devido à mucosite grave. Além disso, o tempo máximo para a resolução da mucosite foi de quatro dias e não ocorreram casos de reinternação com motivo primário de MO. A aplicação do laser foi bem tolerada por todos os pacientes e não houve qualquer efeito colateral derivado de seu uso. O grupo 1, que recebeu a profilaxia com laser vermelho, apresentou maior incidência de Mucosite oral sem diferença significante e com maior tempo de duração das lesões na análise por pacientes em relação ao grupo 2, que recebeu a profilaxia com o laser infravermelho. Esses resultados sugerem que o cuidado na prevenção da MO com as duas fontes de laser, associados com a higiene oral foi eficaz. E que a profilaxia para a prevenção da mucosite associada ao cuidado imediato, ao primeiro sintoma dos pacientes, pode ser fundamental para a rápida resolução das lesões.
Oral mucositis (OM) is one of the most common and painful complication induced by radiotherapy and / or chemotherapy and may induce serious complications in the patient's condition. The use of low-power laser therapy for the treatment and prevention of OM has shown excellent clinical results, to be well tolerated and presents no discomfort toxicity and side effects. However, further studies are necessary to improve the use of the laser and to get the best biomodulation of tissue reactions. The aim of this study was to evaluate the incidence of OM grade 2, 3 and 4 in patients with acute lymphoblastic leukemia (ALL) who received prophylactic laser. This is a pilot prospective, randomized, double-blind, clinical trial. We evaluated 21 patients diagnosed with ALL undergoing chemotherapy from March to November 2015. Patients were randomized prior to the start of the study to receive either low level laser treatment with a wavelength of 660nm or 808nm both with 100 mW, 4 J / cm2, 1J and a "spot size" of 0.24 cm2. Patients were evaluated during hospitalization, daily from D 0 to D +5 and later in the outpatient control. Statistical analyzes were calculated using the patients and chemotherapy blocks as unit of analysis. The results showed that both groups presented low incidence of OM, no patient developed oral mucositis grade 4 on the WHO scale, no patient had to use opioids to control OM pain and there were no reported cases of interruption or delay chemotherapy treatment due to severe mucositis. In addition, the maximum time for the resolution of mucositis was four days and there were no cases of readmission with primary reason OM. The laser application was well tolerated by all patients and there was no side effect derived from its use. Group 1 showed higher incidence of oral mucositis not significantly different and with longer duration of lesions in the analysis by patients, as compared to group 2. These results suggest that care in the prevention of OM with two laser sources associated with the oral hygiene was effective. Moreover, the prophylaxis to prevent mucositis associated with immediate care, the first symptom of patients, can be critical to the rapid resolution of the lesions.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Terapia com Luz de Baixa Intensidade/métodos , Periodontia , Leucemia-Linfoma Linfoblástico de Células Precursoras/tratamento farmacológico , Estomatite/radioterapia , Estomatite/terapiaRESUMO
Introdução: a mucosite Oral é considerada uma das complicações mais comuns da terapia antineoplásica de cabeça e pescoço. Caracteriza-se pelo eritema e edema da mucosa seguidos, geralmente, pela ulceração e descamação. Objetivo: avaliar os fatores relacionados ao surgimento e gradação da mucosite em pacientes submetidos à radioterapia na região de cabeça e pescoço. Métodos: foi realizado um estudo transversal, com amostra composta por 22 pacientes com diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço, submetido a tratamento de radioterapia. Os pacientes foram avaliados durante 4 semanas para se observar o surgimento e gradação da mucosite durante o tratamento antineoplásico os fatores como idade, consumo de álcool e tabaco, comorbidades como diabetes, hipertensão, cardiopatias, assim como níveis de higiene oral. Resultados: de acordo com os resultados do Coeficiente ñ de Sperman, U Mann-Whitney e Kruskal-Wallis a mucosite oral se desenvolveu em 95,45 porcento dos pacientes submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço, com maior gradação entre os fumantes quando comparados com os não fumantes, com diferença estatisticamente significativa (p = 0.034). Conclusão: estes resultados sugerem que não há associação entre idade, consumo de álcool, comorbidades como diabetes, hipertensão, cardiopatias e nível de higiene oral com o surgimento e gradação da mucosite. Já os pacientes tabagistas apresentam graus mais elevados de mucosite oral radioinduzida no momento do surgimento(AU)
Introducción: la mucositis oral es una de las complicaciones agudas más comunes que resulta de la terapia antineoplásica de cabeza y cuello. Se caracteriza por eritema y edema de la mucosa, seguidos comúnmente por ulceración y descamación. Objetivo: evaluar los factores relacionados con la aparición y la clasificación de la mucositis oral en pacientes sometidos a radioterapia de cabeza y cuello. Métodos: se realizó un estudio longitudinal incluyendo 22 pacientes con diagnóstico de cáncer en la cabeza y cuello sometidos a radioterapia. Los pacientes fueron evaluados por 4 semanas y se controló la aparición y la clasificación de la mucositis oral durante el tratamiento antineoplásico. Resultados: de acuerdo con las pruebas del coeficiente ñ de Spearman, U de Mann-Whitney y Kruskal Wallis, la mucositis oral estuvo presente en el 95,45 por ciento de los pacientes que se sometieron a radioterapia de cabeza y cuello, pero el grado de mucositis oral fue mayor entre los fumadores, en comparación con aquellos que no eran fumadores, con diferencia estadísticamente significativa (p = 0,034). Conclusión: los resultados sugieren que no hubo asociación entre la edad, el consumo de alcohol, comorbilidades y nivel de higiene oral con la aparición y la clasificación de la mucositis. Los fumadores tuvieron niveles más altos de mucositis oral radio-inducida en el momento de su aparición(AU)
Introduction: oral mucositis is considered the most common acute complication resulting from head and neck antineoplastic therapy. It is characterized by erythema and mucosa edema, commonly followed by ulceration and peeling. Objective: this study aimed to assess the factors related to the onset and grading of oral mucositis in patients undergoing radiotherapy for head and neck cancer. Methods: a longitudinal study was conducted, comprising 22 patients with a diagnosis of head and neck malignancy undergoing radiotherapy. These patients were evaluated during 4 weeks and they were checked for the onset and grading of oral mucositis during antineoplastic treatment. Results: according to coefficient ñ tests by Spearman, U Mann-Whitney and Kruskal-Wallis, oral mucositis developed in 95.45 percent of patients who underwent head and neck radiotherapy, with higher grading among smokers compared with those of non-smokers, with statistically significant difference (p = 0.034). Conclusion: these results suggest that there was no association between age, alcohol consumption and patients' oral hygiene with the onset and grading of mucositis. Smokers were found to show higher grading of radiation-induced oral mucositis on its onset(AU)