Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 15 de 15
Filtrar
1.
Artigo em Espanhol, Português | LILACS | ID: biblio-1562496

RESUMO

INTRODUÇÃO: Neste artigo, buscamos articular questões referentes à Terapia de Família Sistêmica (TFS), estudos de sexualidade e gênero, perspectiva decolonial e interseccionalidade. Expomos como podemos pensar a partir destas problematizações as experiências familiares de pessoas que se situam no avesso ou nas margens da cisheteronormatividade e discutir sobre a diversidade que compõe a família, para além de uma visão restritiva deste termo. OBJETIVO: Fazer uma crítica construtiva à TFS, apontando o apagamento que esta disciplina possui em relação às vivências de pessoas LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, transexuais e travestis, queer, intersexo, assexuais, pansexuais e demais orientações sexuais e identidades de gênero). METODOLOGIA: O artigo possui caráter ensaístico e sustentado em um material empírico oriundo de entrevistas de caráter biográfico/trajetórias de vida. Propomos aqui a perspectiva queer e decolonial, aliada à interseccionalidade como estratégia de análise de histórias de vida a fim de compreender os arranjos familiares de mulheres lésbicas, bissexuais e pansexuais. RESULTADOS: As entrevistadas demonstraram múltiplas realidades, baseando-se tanto em vivências de violência quanto de aceitação em suas famílias de origem, focando suas jornadas na construção de laços de apoio com suas famílias escolhidas, criando relações de irmandade entre amigas. CONCLUSÕES: A TFS poderia ampliar seu olhar e escrita sobre a população LGBTQIAP+, utilizando-se da decolonialidade/perspectiva queer e interseccionalidade como potente guia de análise das relações familiares, visto que as histórias de vida dessas mulheres concentram-se em lidar com discriminações e desafios associados aos seus diversos marcadores sociais da diferença.


INTRODUCTION: In this essay, the following themes will be analyzed: Systemic Family Therapy (SFT), sexuality and gender studies, women, and intersectionality. We expose how these themes combine in the family experiences of people who are on the other side or the margins of cisheteronormativity and discuss the diversity that makes up the family, beyond a restrictive view of this term. OBJECTIVE: Make a constructive criticism of TFS, pointing out the erasure that this discipline has in relation to the experiences of LGBTQIAP+ people (lesbians, gays, transsexuals and transvestites, queer, intersex, asexual, pansexual, and other sexual orientations and gender identities). We propose intersectionality as a strategy for analyzing life stories to understand the family arrangements of lesbian, bisexual and pansexuals women. METHODOLOGY: This essay is based on empirical material from biographical interviews/life trajectories. We propose here intersectionality as a strategy for analyzing life stories to understand the family arrangements of lesbian, bisexual and pansexual women. RESULTS: The interviewees demonstrated multiple realities, based on both experiences of violence and acceptance in their families of origin. And focusing their journeys on building supportive bonds with their chosen families, creating sisterhood relationships between friends. CONCLUSIONS: TFS could broaden its view and writing about the LGBTQIAP+ population, using intersectionality as a powerful guide for analyzing family relationships. Since these women's life stories focus on dealing with discrimination and challenges associated with their various social markers of difference.


INTRODUCCIÓN: En este artículo se analizan los siguientes temas: Terapia Familiar Sistémica (TFS), estudios de sexualidad y género, mujer e interseccionalidad. Exponemos cómo estos temas se conjugan en las experiencias familiares de personas que están del otro lado o en los márgenes de la cisheteronormatividad y discutimos la diversidad que conforma la familia, más allá de una visión restrictiva de este término. OBJETIVO: Hacer una crítica constructiva a TFS, señalando la borradura que tiene esta disciplina en relación a las vivencias de las personas LGBTQIAP+ (lesbianas, gays, transexuales y travestidos, queer, intersex, asexual, pansexual y otras orientaciones sexuales e identidades de género). METODOLOGÍA: El artículo tiene carácter ensayístico y se basa en material empírico de entrevistas de carácter biográfico/trayectorias de vida. Proponemos aquí la interseccionalidad como estrategia de análisis de las historias de vida para comprender los arreglos familiares de mujeres lesbianas, bisexuales y pansexuales. RESULTADOS: Los entrevistados evidenciaron múltiples realidades, basadas tanto en experiencias de violencia como de aceptación en sus familias de origen. Y enfocando sus viajes en construir lazos de apoyo con sus familias elegidas, creando relaciones de hermandad entre amigos. CONCLUSIONES: TFS podría ampliar su visión y escritura sobre la población LGBTQIAP+, utilizando la interseccionalidad como una poderosa guía para analizar las relaciones familiares. Dado que las historias de vida de estas mujeres se centran en lidiar con la discriminación y los desafíos asociados con sus diversos marcadores sociales de diferencia.


Assuntos
Terapia Familiar , Mulheres , Minorias Sexuais e de Gênero
2.
Interface (Botucatu, Online) ; 28: e230492, 2024. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1564690

RESUMO

O artigo analisa como os marcadores raça, gênero, classe social e espacialidade se interseccionam e se refletem nas tomadas de decisão em saúde, mais especificamente na (não) vacinação infantil. Trata-se de pesquisa qualitativa conduzida nas cidades de Florianópolis (SC) e São Luís (MA), Brasil, com famílias com crianças de até seis anos de idade. Neste artigo, examinam-se, por meio de análise temática, as narrativas das/dos 19 responsáveis de Florianópolis que optaram por não vacinar total ou parcialmente a(s) criança(s) sob sua responsabilidade. Gênero revela-se um importante marcador na tomada de decisão no âmbito intrafamiliar, enquanto classe social, raça e espacialidade surgem como importantes marcadores na percepção de quem são os "nós" que não precisam das vacinas e os "outros" que precisam. Os achados são discutidos pelo referencial da interseccionalidade e de estudos teóricos sobre branquitude e parentalidade neoliberal.(AU)


El artículo analiza cómo los marcadores de raza, género, clase social y espacialidad se cruzan y se reflejan en las tomas de decisión en salud, más específicamente en la (no) vacunación infantil. Se trata de una investigación cualitativa realizada en las ciudades de Florianópolis (Estado de Santa Catarina) y São Luís (Maranhão), Brasil, con familias de niños de hasta seis años de edad. En este artículo se analiza, por medio de análisis temático, las narrativas de los 19 responsables de Florianópolis que optaron por no vacunar total o parcialmente a los niños bajo su responsabilidad. El género se revela como un importante marcador en la toma de decisión en el ámbito intrafamiliar, mientras que la clase social, raza y espacialidad surgen como importantes marcadores en la percepción de quiénes son los "nosotros" que no necesitan las vacunas y los "otros" que las necesitan. Los hallazgos se discuten a partir del referencial de la interseccionalidad y de estudios teóricos sobre la blanquitud y la parentalidad neoliberal.(AU)


This article analyzes how race, gender, social class and spatiality markers intersect and are reflected in health decision-making, more specifically in childhood (non)vaccination. This qualitative study was conducted in two Brazilian cities: Florianópolis (SC) and São Luís (MA), and included families with children up to six years old. This article analyzes the narratives of 19 caregivers in Florianópolis who chose not to vaccinate (fully or partially) the child(ren) under their responsibility. In-depth interviews and thematic content analysis were conducted. Gender was an important marker in intra-family decision-making, while social class, race and spatiality emerged as important markers in the perception of who are the "us" who don't need vaccines and the "others" who do. The findings are discussed using the theoretical framework of whiteness and neoliberal parenting studies.(AU)

3.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1570055

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the prevalence of general and public access to prescription drugs in the Brazilian population aged 15 or older in 2019, and to identify inequities in access, according to intersections of gender, color/race, socioeconomic level, and territory. METHODS We analyzed data from the 2019 National Health Survey with respondents aged 15 years or older who had been prescribed a medication in a healthcare service in the two weeks prior to the interview (n = 19,819). The outcome variable was access to medicines, subdivided into general access (public, private and mixed), public access (via the Unified Health System - SUS) for those treated by the SUS, and public access (via the SUS) for those not treated by the SUS. The study's independent variables were used to represent axes of marginalization: gender, color/race, socioeconomic level, and territory. The prevalence of general and public access in the different groups analyzed was calculated and the association of the outcomes with the aforementioned axes was estimated with odds ratios (OR) using logistic regression models. RESULTS There was a high prevalence of general access (84.9%), when all sources of access were considered, favoring more privileged segments of the population, such as men, white, and those of high socioeconomic status. When only the medicines prescribed in the SUS were considered, there was a low prevalence (30.4% access) that otherwise benefited marginalized population segments, such as women, black, and people from low socioeconomic backgrounds. CONCLUSIONS Access to medicines through the SUS proves to be an instrument for combating intersectional inequities, lending credence to the idea that the SUS is an efficient public policy for promoting social justice.


RESUMO OBJETIVO Estimar as prevalências de acesso geral e público a medicamentos prescritos na população brasileira com 15 anos ou mais de idade em 2019 e identificar iniquidades de acesso, conforme intersecções de gênero, cor/raça, nível socioeconômico e território. MÉTODOS Foram analisados dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 com respondentes de 15 anos ou mais que tiveram prescrição de algum medicamento em atendimento de saúde realizado nas duas semanas anteriores à entrevista (n = 19.819). A variável de desfecho foi o acesso a medicamentos, subdividido em acesso geral (público, privado e misto), acesso público (via Sistema Único de Saúde - SUS) dos atendidos no SUS e acesso público (via SUS) dos não atendidos no SUS. As variáveis independentes do estudo foram utilizadas para representar eixos de marginalização: gênero, cor/raça, nível socioeconômico e território. Foram calculadas as prevalências de acesso geral e acesso público nos diferentes grupos analisados e a associação dos desfechos com os eixos mencionados foi estimada com odds ratios (OR) por meio de modelos de regressão logística. RESULTADOS Foi observada alta prevalência de acesso geral (84,9%), quando consideradas todas as fontes de obtenção, favorecendo segmentos populacionais de maior privilégio, como homens, brancos e de alto nível socioeconômico. Quando considerada apenas a obtenção no SUS dos medicamentos prescritos no próprio sistema, verificou-se uma baixa prevalência (30,4% de acesso), invertendo o acesso em benefício dos segmentos populacionais multiplamente marginalizados, como mulheres negras de baixo nível socioeconômico. CONCLUSÕES O acesso a medicamentos por meio do SUS demonstra ser um instrumento de combate às iniquidades interseccionais, evidenciando que o SUS é uma política pública eficiente na promoção da justiça social.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Sistema Único de Saúde , Enquadramento Interseccional , Acessibilidade aos Serviços de Saúde
4.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(4): e19262023, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557468

RESUMO

Resumo O objetivo deste artigo é apreender os desafios nas vivências dos usuários e profissionais de Banco de Leite Humano no atendimento a homens transgêneros no contexto da amamentação sob à luz da Interseccionalidade. Estudo qualitativo descritivo-exploratório a partir de entrevistas realizadas com seis profissionais do Banco de Leite Humano, que atenderam previamente homens trans no contexto de amamentação, e dois homens trans bissexuais, que amamentaram ao peito. Os dados foram tratados pela Análise Temática com auxílio do software Atlas.ti versão 9.0. Observam-se lacunas nas esferas educacionais, institucionais e na gestão, associadas a questões pessoais e sociais, que reproduzem um modelo pré-concebido normativo, desconsiderando as singularidades requeridas no atendimento à população trans no contexto da amamentação. A cisheteronormatividade e a supremacia do profissional operam em âmbitos pessoais, sociais e institucionais para a segregação de homens transgêneros nos serviços de suporte à amamentação. A análise interseccional destes desafios permite uma visão global dos fatores de segregação e a implementação de políticas públicas promotoras da justiça social.


Abstract This article tried, from an intersectional standpoint, to grasp the challenges experienced by health professionals and service users of human milk banks in provision of care for transgender men chestfeeding. This exploratory, descriptive qualitative study drew on interviews of six human milk bank staff, who had previously assisted trans men in relation to chestfeeding and two bisexual trans men, who chestfed. The data was treated by thematic analysis, supported by Atlas.ti software, version 9.0. Lacunas in the educational, institutional and management spheres, associated with personal and social issues, reproduce a pre-conceived normative model and disregard the special demands of providing chestfeeding care for the trans population. Cisheteronormativity and "professional supremacy" operate in personal, social and institutional respects to segregate transgender men in lactation support services. Intersectional analysis of these challenges affords an overall view of segregative factors and enables public policies to be introduced to promote social justice.

5.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;27: e240038, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1565313

RESUMO

ABSTRACT Objective The Explicit Discrimination Scale (EDS) was developed to assess experiences with discrimination in Brazilian epidemiologic surveys. Though previous analyses have demonstrated that the EDS has good configural, metric, and scalar properties, its invariance has not yet been investigated. In this study, we examined the factorial invariance of two abridged versions of the EDS, according to skin color/ethnicity, sex, socioeconomic status, and their intersections. Methods: Data from the EpiFloripa Adult Study were used, which include a representative sample of adults residing in a state capital of southern Brazil (n=1,187). Over half of the respondents were women, and around 90% identified as white; the mean age of the participants was 39 years. Two abridged versions of the EDS were analyzed, with seven and eight items, using Multigroup Confirmatory Analysis and the Alignment method. Results: The two versions of the scale may be used to provide estimates of discrimination that are comparable across skin color/ethnicity, sex, socioeconomic status, and their intersections. In the seven-item version of the scale, only one parameter lacked invariance (i.e., threshold of item i13 - called by names you do not like), specifically among black respondents with less than 12 years of formal education. Conclusion: The EDS may provide researchers with valid, reliable, and comparable estimates of discrimination between different segments of the population, including those at the intersections of skin color/ethnicity, sex, and socioeconomic status. However, future research is needed to determine whether the patterns we identified here are consistent in other population domains.


RESUMO Objective A Escala de Discriminação Explícita (EDE) foi desenvolvida para avaliar experiências com discriminação em inquéritos epidemiológicos no Brasil. Embora análises prévias tenham revelado boas propriedades configurais, métricas e escalares do instrumento, nenhum estudo examinou sua invariância. Este trabalho objetivou examinar a invariância fatorial de duas versões abreviadas da EDE, considerando cor/raça, sexo, posição socioeconômica e suas intersecções. Métodos: Utilizaram-se dados do Estudo EpiFloripa Adulto, que encerra uma amostra representativa de residentes de uma capital do sul do Brasil (n=1.187). Cerca de 57% da amostra foi constituída por mulheres e 90% dos entrevistados se declararam brancos; a média de idade dos participantes foi de 39 anos. Duas versões abreviadas da EDE, com sete e oito itens, foram examinadas por meio de Análises Fatoriais Confirmatórias Multigrupo e o método Alignment. Resultados: As duas versões da escala produziram estimativas comparáveis de discriminação entre grupos definidos por cor/raça, sexo, posição socioeconômica e suas intersecções. Na versão reduzida de sete itens, apenas um parâmetro apresentou violação de invariância (limiar do item i13; i.e., chamado por nomes que não gosta), especificamente no grupo de respondentes negros com menos de 12 anos de escolaridade. Conclusão: Os resultados mostraram que a EDE é capaz de produzir estimativas de discriminação válidas, confiáveis e comparáveis entre diversos segmentos da população, incluindo aqueles situados na intersecção de cor/raça, sexo e posição socioeconômica. Contudo, pesquisas futuras são necessárias para verificar se os padrões identificados aqui podem ser confirmados em outros domínios populacionais.

6.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(9): e09952023, 2024.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1569078

RESUMO

Resumo O objetivo deste artigo é conhecer a percepção de mulheres sobre a violência obstétrica em uma perspectiva racial. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada em uma maternidade pública, com 25 mulheres, no município de Salvador, Bahia, Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e observação participante, no período de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Utilizou-se, para organização dos dados obtidos através das entrevistas, a análise de conteúdo. Os resultados foram analisados através das contribuições teóricas da interseccionalidade, tendo como foco a interação entre violência obstétrica e racismo obstétrico. As narrativas discorrem sobre questões da violência obstétrica, racismo institucional, e como essas vivências são permeadas pelas questões de raça, gênero e classe. Foram apontadas também questões relacionadas aos sentimentos dessas mulheres frente a vivência da violência no momento da assistência ao parto. O racismo obstétrico nega os direitos reprodutivos e dificulta o acesso a uma assistência respeitosa e equânime as mulheres negras.


Abstract This article aims to know the perception of women on obstetric violence from a racial perspective. This was a qualitative study carried out in a public maternity hospital with 25 women in the city of Salvador, Bahia, Brazil. Data were collected through semi-structured interviews and participant observation from November 2021 to February 2022. Content analysis was used to organize the data obtained through the interviews. The results were analyzed through the theoretical contributions of intersectionality, focusing on the interaction between obstetric violence and obstetric racism. The narratives discuss issues of obstetric violence, institutional racism, and how these experiences are permeated by issues of race, gender, and class. Questions related to the feelings of these women regarding the experience of violence at the time of childbirth care were also highlighted. Obstetric racism denies reproductive rights and hinders access to respectful and equitable care for black women.

7.
Rev. bioét. (Impr.) ; 32: e3516PT, 2024.
Artigo em Inglês, Espanhol, Português | LILACS | ID: biblio-1565230

RESUMO

Resumo A bioética, desenvolvida no período pós-Segunda Guerra Mundial na América do Norte, é definida como um campo epistemológico multidisciplinar centrado na conciliação do saber biológico com os valores humanos. Neste artigo, pretende-se discutir a dimensão político-social da bioética, utilizando uma abordagem interseccional, de perspectivas antiopressão, anticapitalistas, feministas e antirracistas. Por isso, propõem-se outras concepções para esse campo de saberes, reivindicando seu posicionamento. O intuito é repensar a bioética de forma expansiva, motivo pelo qual este escrito é propositivo ao pensamento e incentivador de novas possibilidades. Para exemplificar como a intersecção entre as pautas antiopressão estão relacionadas à bioética, serão abordados temas relativos aos direitos sexuais e reprodutivos.


Abstract Bioethics, developed during the post Second World War in North America, is defined as a multidisciplinary epistemological field centered on conciliating biological knowledge and human values. This paper discusses the political-social dimension of bioethics from an intersectional approach with anti-oppression perspectives, that is, anti-capitalist, feminist, and anti-racist perspectives. We propose other conceptions for this field of knowledge, claiming its positioning. By rethinking bioethics in an expansive manner, this paper is propositional to thought and encourages new possibilities. To exemplify the intersection between anti-oppression agendas and bioethics, we approach themes related to sexual and reproductive rights.


Resumen La bioética, desarrollada en el período posterior a la Segunda Guerra Mundial en Norteamérica, se define como un campo epistemológico multidisciplinar centrado en la conciliación del conocimiento biológico con los valores humanos. En este artículo se pretende discutir la dimensión político-social de la bioética, utilizando un enfoque interseccional, desde perspectivas antiopresivas, anticapitalistas, feministas y antirracistas. Por lo tanto, se propone otras concepciones para este campo de conocimiento, reivindicando su posición. La intención es repensar la bioética de manera expansiva, por lo que este trabajo invita a la reflexión y fomenta nuevas posibilidades. Para ejemplificar cómo la intersección entre las agendas antiopresión se relacionan con la bioética, se abordarán temas relacionados con los derechos sexuales y reproductivos.


Assuntos
Bioética , Direitos Sexuais e Reprodutivos , Enquadramento Interseccional
8.
Community Dent Oral Epidemiol ; 51(4): 644-652, 2023 08.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36786413

RESUMO

OBJECTIVE: The objective of the study was to evaluate how gender, socioeconomic position (SEP), race/ethnicity and nationality intersect to structure social inequalities in adult oral health among American adults. METHODS: Data from adults aged 20 years or over who participated in the National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) 2009-2018 were analysed. The outcomes were poor self-rated oral health and edentulism among all adults (n = 24 541 and 21 446 participants, respectively) and untreated caries and periodontitis among dentate adults (n = 16 483 and 9829 participants, respectively). A multilevel analysis of individual heterogeneity and discriminatory accuracy (MAIHDA) was conducted for each outcome, by nesting individuals within 48 intersectional strata defined as combinations of gender, SEP, race/ethnicity and nationality. Intersectional measures included the variance partition coefficient (VPC), the proportional change in variance (PCV) and predicted excess probability due to interaction. RESULTS: Substantial social inequalities in the prevalence of oral conditions among adults were found, which were characterized by high between-stratum heterogeneity and outcome specificity. The VPCs of the simple intersectional model showed that 9.4%-12.7% of the total variance in the presentation of oral conditions was attributed to between-stratum differences. In addition, the PCVs from the simple intersectional model to the intersectional interaction model showed that 84.1%-97.1% of the stratum-level variance in the presentation of oral conditions was attributed to the additive effects of gender, SEP, race/ethnicity and nationality. The point estimates of the predictions for some intersectional strata were suggestive of an intersectional interaction effect. However, the 95% credible intervals were very wide and the estimations inconclusive. CONCLUSIONS: This analysis highlights the value of the intersectionality framework to understand heterogeneity in social inequalities in oral health. These inequalities were mainly due to the additive effect of the social identities defining the intersectional strata, with no evidence of interaction effects.


Assuntos
Etnicidade , Saúde Bucal , Adulto , Humanos , Estados Unidos/epidemiologia , Inquéritos Nutricionais , Fatores Socioeconômicos , Análise Multinível
9.
Acta Paul. Enferm. (Online) ; 36: eAPE00202, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | BDENF - Enfermagem, LILACS | ID: biblio-1439022

RESUMO

Resumo Objetivo Identificar os conceitos e perspectivas teóricas que fundamentam os estudos sobre Cidade Amiga da Pessoa Idosa. Métodos Revisão de escopo utilizando seis bancos de dados para identificar estudos publicados em revistas indexadas entre 2007 e 2021 usando as palavras-chave 'age-friendly' OR 'age friendly' OR 'cidade amiga'. Resultados Foram encontrados 2.975 estudos que após aplicação de critérios de exclusão resultaram em 227. Observou-se ampla variação no conceito do termo, porém muitos autores o fizeram replicando a OMS, sendo que em 59,5% dos estudos não houve menção de nenhuma perspectiva teórica. A teoria ecológica foi o referencial mais frequente (26%), sendo o termo usado como um equivalente a envelhecimento ativo. Autores de quatro países respondem pela maioria dos artigos (61%). Conclusão É necessário articular o conceito de Cidade Amiga da Pessoa Idosa com uma abordagem teórica e cultural para compreender mais profundamente as perspectivas do urbano e do social sob a lógica do envelhecimento populacional principalmente para a América Latina. A análise teórica nestes estudos e na gerontologia favorecerão discussões mais críticas sobre o envelhecimento, o idadismo e a crescente desigualdade social em curso.


Resumen Objetivo Identificar los conceptos y perspectivas teóricas que fundamentan los estudios sobre Cuidades Amigables con las Personas Mayores. Métodos Revisión de alcance utilizando seis bancos de datos para identificar estudios publicados en revistas indexadas entre 2007 y 2021, con las palabras clave 'age-friendly' OR 'age friendly' OR 'ciudad amigable'. Resultados Se encontraron 2975 estudios que, luego de aplicar los criterios de exclusión, quedaron 227. Se observó una amplia variación del concepto del término, aunque muchos autores replicaron a la OMS. En el 59,5 % de los estudios no se mencionó ninguna perspectiva teórica. La teoría ecológica fue la referencia más frecuente (26 %), y el término se usó como un equivalente al envejecimiento activo. La mayoría de los artículos (61 %) son de autores de cuatro países. Conclusión Es necesario unir el concepto de Cuidades Amigables con las Personas Mayores con un enfoque teórico y cultural para comprender más profundamente las perspectivas de lo urbano y lo social de acuerdo con la lógica del envejecimiento poblacional, principalmente en América Latina. El análisis teórico en estos estudios y en la gerontología permitirán discusiones más críticas sobre el envejecimiento, el edadismo y la creciente desigualdad social en curso.


Abstract Objective To identify the concepts and theoretical perspectives that underlie studies on age-friendly city. Methods This is a scoping review using six databases to identify studies published in indexed journals between 2007 and 2021 using the keywords 'age-friendly' OR 'age friendly' OR 'cidade amiga'. Results A total of 2,975 studies were found, which, after applying the exclusion criteria, resulted in 227. There was wide variation in the concept of the term, but many authors did so by replicating the WHO, and in 59.5% of studies there was no mention of any theoretical perspective. The ecological theory was the most frequent reference (26%), the term being used as an equivalent to active aging. Authors from four countries account for most articles (61%). Conclusion It is necessary to articulate the concept of age-friendly city with a theoretical and cultural approach to understand more deeply the urban and social perspectives under the logic of population aging, mainly for Latin America. Theoretical analysis in these studies and in gerontology will favor more critical discussions about aging, ageism and the growing social inequality in progress.

10.
Artigo em Inglês | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1529088

RESUMO

Abstract The Theory of Intersectionality is an important contribution from feminist epistemologies to the scientific field. This narrative literature review aims to discuss methodological possibilities and challenges in producing and analyzing empirical evidence based on the Theory of Intersectionality, as well as its contributions to Psychology. While this theory is increasingly being cited as the basis for empirical research, articulating its assumptions in knowledge production processes is still a difficulty. Qualitative approaches prevail in the field, but advancements in statistical analysis methods allow for an intersectional interpretation in quantitative studies. Intersectionality contributes to understanding psychological processes and challenging dominant and exclusionary assumptions in the field of Psychology. Embracing this theory requires a commitment to the imperative of social transformation and entails placing claims, values, practices, and power relations at the core of scientific knowledge production, regardless of the field under study.


Resumo A Teoria da Interseccionalidade é uma importante contribuição das epistemologias feministas para o campo científico. Este estudo de revisão narrativa da literatura teve como objetivo discutir possibilidades e desafios metodológicos na produção e análise de evidências empíricas embasadas na Teoria da Interseccionalidade e suas contribuições para a Psicologia. Embora essa teoria esteja crescentemente sendo citada como base de pesquisas empíricas, ainda se identifica a dificuldade de articular seus pressupostos nos processos de produção de conhecimento. As abordagens qualitativas são predominantes no campo e observa-se avanços em métodos de análises estatísticas que permitem uma leitura interseccional em estudos quantitativos. A interseccionalidade contribui para compreender processos psicológicos e desafiar suposições dominantes e excludentes no campo da Psicologia. Adotar essa teoria requer uma implicação com o imperativo de transformação social e implica tornar reivindicações, valores, práticas e relações de poder como cerne da produção de conhecimento científico, independentemente do campo estudado.


Resumen La Interseccionalidad es una importante contribución de las epistemologías feministas al campo científico. Este artículo de revisión narrativa tiene como objetivo discutir las posibilidades y desafíos metodológicos en la producción y análisis de evidencia empírica basada en la Interseccionalidad y sus contribuciones a la Psicología. Aunque esta teoría se cita cada vez más como base de investigaciones empíricas, aún se identifica la dificultad de articular sus supuestos en los procesos de producción de conocimiento. Los enfoques cualitativos predominan en el campo y se observan avances en métodos de análisis estadístico que permiten una lectura interseccional en estudios cuantitativos. La interseccionalidad contribuye a comprender los procesos psicológicos y desafiar suposiciones dominantes y excluyentes en el campo de la Psicología. Adoptar esta teoría requiere una implicación con el imperativo de transformación social e implica poner las demandas, valores, prácticas y relaciones de poder en el centro de la producción de conocimiento científico, independientemente del campo estudiado.


Assuntos
Psicologia , Pesquisa Empírica , Enquadramento Interseccional
11.
Saúde debate ; 47(spe1): e8970, abr.-jun. 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1560505

RESUMO

RESUMO Objetivou-se analisar a assistência à saúde bucal da população LGBTQIA+ sob a perspectiva do usuário, considerando a ausência de informação sobre a saúde bucal nessa população e as recentes mudanças na Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), que fragilizaram avanços nessa área e possibilitaram retrocessos. Realizou-se estudo transversal descritivo, utilizando questionário semiestruturado autoaplicado on-line. Responderam ao questionário 359 pessoas, sendo elegíveis 329 (91,9%). Dessas, 38% eram gays, 23,4%, lésbicas, e 13,4%, transgêneros(as). A maioria tinha entre 18 e 39 anos (73,3%) e era negro(a) (51,4%). A prevalência de assistência foi alta nos cinco anos anteriores à pesquisa (92,9%), bem como nos últimos seis meses (44,7%); sendo mais baixa na população transgênera (88,7% e 18,2% respectivamente). Apenas 18,8% dessa população foi atendida na rede pública, sendo maior entre transgêneros(as) (45,5%) e negros(as) (25,4%). A autopercepção da saúde bucal para a maioria foi boa ou muito boa (53,2%); mas ruim ou muito ruim (45,5%) para os(as) transgêneros(as). A maioria informou preferir ser atendida por profissional LGBTQIA+ (69%). A população transgênera e negra foi a mais vulnerável à assistência, sinalizando que raça, gênero e sexualidade influenciam diretamente no acesso ao cuidado em saúde, portanto, o enfoque interseccional é imprescindível para organização do serviço.


ABSTRACT This study analyzes oral health care for the LGBTQIA+ population in view of the lack of information on oral health in this population and the recent changes in the National Oral Health Policy (PNSB), that have weakened progress and enabled setbacks in this area. A descriptive cross-sectional study was carried out, using a semi-structured questionnaire that was self-applied online. A total of 359 people answered, 329 (91.9%) were eligible. Of these, 38% gays, 23.4% lesbians, and 13.4% transgenders. Most were between 18 and 39 years old (73.3%) and Black (51.4%). The percentage of people receiving care was high in the five years prior to the survey (92.9%), as well as in the last six months (44.7%); it was lower in the transgender population (88.7% and 18.2% respectively). Only 18.8% of this population had been treated in the public health system, and this was higher among transgender people (45.5%) and Black people (25.4%). The self-perception of oral health for the majority was good or very good (53.2%); but bad or very bad (45.5%) for transgender. Most reported preferring to be assisted by an LGBT professional (69.0%). The transgender and Black population were the most vulnerable to assistance, indicating that race, gender, and sexuality directly influence access to health care, so an intersectional approach is essential for the organization of the service.

12.
Saúde debate ; 47(spe1): e9198, abr.-jun. 2023.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1560512

RESUMO

RESUMO A categoria raça não faz parte da tradição de produção científica em Saúde do Trabalhador (ST) no Brasil. Em geral, pesquisas enfocando relações étnico-raciais e trabalho referem-se às barreiras de acesso ao mercado de trabalho/emprego e de ascensão na carreira, e a ações discriminatórias e preconceituosas nos ambientes de trabalho, a maioria oriunda do campo das ciências sociais. O fato de que os sistemas de informação em saúde só mais recentemente têm tido a preocupação de coletar e qualificar o dado racial contribui para esse cenário. Do mesmo modo, a raça ainda permanece invisibilizada na formação em ST e nos cursos de pós-graduação stricto sensu. Este relato de experiência visa apresentar reflexão sobre a inclusão recente de disciplina sobre marcadores sociais e trabalho em programa de saúde pública, analisando aspectos significativos da prática docente e os desafios da incorporação da raça e outros eixos de poder e opressão no debate da área de ST. Diante das desigualdades sociais e injustiças em uma sociedade estruturalmente racista como a brasileira, não há como a ST desconsiderar o racismo na produção de conhecimento sobre o trabalho e sua incorporação no debate, visando à superação do capitalismo que explora, adoece e mata trabalhadoras(es) negras(os).


ABSTRACT The race category is not part of the tradition of scientific production in Occupational Health (OH) in Brazil. In general, studies of ethnic-racial relations and work refer to barriers to accessing the labor/employment market and career advancement, and discriminatory and prejudiced relationships and actions in work environments, most of which come from the field of social sciences. Contributing to this scenario is the fact that health information systems have only recently been concerned with collecting and qualifying racial data. Likewise, race still remains invisible in OH training and stricto sensu postgraduate courses. This experience report aims to present a reflection on the recent inclusion of a class on social markers and work in a public health postgraduate program, analyzing significant aspects of teaching practice and the challenges of incorporating race and other axes of power and oppression into the debate in the field of OH. Faced with social inequalities and injustices in a structurally racist society like Brazil, there is no way for OH to disregard racism in the production of knowledge about work and its incorporation in the debate aimed at overcoming capitalism that exploits, sickens, and kills black workers.

13.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(7): e00240322, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447779

RESUMO

Resumo: Objetivou-se realizar uma análise crítica da narrativa das políticas públicas de saúde brasileiras no cuidado da obesidade a partir de uma perspectiva interseccional. Trata-se de estudo qualitativo exploratório, documental e analítico, baseado na abordagem "What's the problem represented to be?" ["Qual é o problema representado para ser?"], conhecida como WPR. Tal abordagem se configura como uma ferramenta metodológica de análise crítica de políticas públicas a partir de seis perguntas norteadoras. Foram selecionados dez documentos, publicados entre 2004 a 2021 pelo governo brasileiro. A análise crítica resultou em três categorias: (i) causas da obesidade e narrativa dominante: quais são os problemas representados?; (ii) narrativa dominante e cuidado em saúde: quais são os efeitos para as pessoas com obesidade?; e (iii) obesidade e interseccionalidade: onde estão os silêncios? O consumo de alimentos e o sedentarismo foram a narrativa dominante como causas da obesidade. A interseccionalidade, mediada pelas categorias de gênero/sexo, raça/cor e classe social, foi identificada como um silêncio na narrativa das políticas públicas de saúde. Tais categorias não foram consideradas como causas atreladas à obesidade, tampouco foram incluídas de forma efetiva nas ações propostas pelas políticas públicas de saúde. Os silêncios encontrados no estudo destacam a necessidade de inclusão da interseccionalidade na elaboração e execução de políticas públicas de saúde e no cuidado das pessoas com obesidade. Tendo em vista as intersecções de gênero/sexo, raça/cor e classe social e suas formas de opressão com o surgimento e agravo da obesidade, são de extrema relevância análises críticas sobre as narrativas simplistas nas políticas públicas de saúde para problematização das lacunas que repercutem no cuidado dos usuários com obesidade.


Abstract: This study aimed to critically analyze the narrative of Brazilian public health policies in obesity care based on an intersectional approach. This is a qualitative exploratory, documentary, and analytical study based on the "What's the problem represented to be?" approach (WPR). This approach constitutes a methodological instrument for critical analysis of public policies based on six guiding questions. A total of ten documents were selected, published from 2004 to 2021 by the Brazilian government. The critical analysis resulted in three categories: (i) obesity causes and the dominant narrative: what problems are represented?; (ii) dominant narrative and health care: what are the effects for people with obesity?; (iii) obesity and intersectionality: where are silences? The consumption of food and sedentary lifestyle were the dominant narrative as causes of obesity. Intersectionality, mediated by the categories of gender/sex, race/skin-color, and social class, was identified as silenced in the narrative of public health policies, not being associated as linked causes of obesity, nor effectively included in the proposed actions of the policies. The silences found in the study highlight the need to include intersectionality in the elaboration and execution of public health policies and in the care of people with obesity. Considering the intersections of gender/sex, race/skin-color, and social class and their forms of oppression in the emergence and aggravation of obesity, critical analyses of simplistic narratives in public health policies are extremely relevant to problematize gaps affect the care of users with obesity.


Resumen: Este estudio tuvo como objetivo realizar un análisis crítico de la narrativa de las políticas públicas de salud brasileñas en el cuidado de la obesidad con base en un enfoque interseccional. Estudio cualitativo exploratorio, documental y analítico. Basado en el enfoque "Whats the problem represent to be?" [¿Cuál es el problema representado?], conocido como WPR. Tal enfoque se configura como una herramienta metodológica para el análisis crítico de las políticas públicas con base en seis preguntas rectoras. Se seleccionaron 10 documentos, publicados entre el 2004 y el 2021 por el gobierno brasileño. El análisis crítico resultó en tres categorías: (i) causas de la obesidad y la narrativa dominante: ¿Qué problemas se representan?; (ii) narrativa dominante y el cuidado en salud ¿Cuáles son los efectos para las personas con obesidad?; (iii) obesidad e interseccionalidad ¿Dónde están los silencios?. El consumo de alimentos y el sedentarismo fueron la narrativa dominante como causas de la obesidad. La interseccionalidad, mediada por las categorías de género/sexo, raza/color y clase social fue identificada como un silencio en la narrativa de las PPS, sin asociarlas como causas vinculadas a la obesidad ni incluirlas de forma efectiva en las acciones propuestas por las políticas públicas de salud. Los silencios encontrados en el estudio resaltan la necesidad de incluir la interseccionalidad en la elaboración y ejecución de las políticas públicas de salud y en el cuidado de las personas con obesidad. Considerando las intersecciones de género/sexo, raza/color y clase social y sus formas de opresión con el surgimiento y agravamiento de la obesidad, es sumamente relevante realizar análisis críticos sobre las narrativas simplistas en las políticas públicas de salud, para problematizar las brechas que repercuten en el cuidado de los usuarios con obesidad.

14.
Rev. panam. salud pública ; 47: e133, 2023. tab
Artigo em Espanhol | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1515484

RESUMO

RESUMEN Objetivo. Analizar las desigualdades en la salud autopercibida entre grupos de población situados en las intersecciones de identidad de género, grupo étnico y nivel de educación en países de las Américas, clasificados según su nivel de ingreso. Métodos. Se utilizaron datos en panel de la Encuesta Mundial de Valores en el período comprendido entre los años 1990 y 2022. La muestra de este estudio incluyó 58 790 personas entre 16 y 65 años, provenientes de 14 países del continente americano. La variable dependiente fue la mala salud autopercibida, las variables independientes fueron el género, el nivel de educación y el grupo étnico. Para el análisis interseccional intercategórico se creó una variable multicategórica de 12 estratos. Se realizó un análisis de heterogeneidad individual y precisión diagnóstica mediante cinco modelos de regresión logística ajustados por edad y ola de encuesta. Resultados. Se observó un claro y persistente gradiente interseccional para la mala salud autopercibida en todas las desagregaciones de países por su ingreso. Comparados con la categoría más aventajada (hombres de etnia mayoritaria y educación superior), los demás grupos incrementaron el riesgo de mala salud, con el mayor riesgo en las mujeres de etnia minoritaria o pueblos indígenas con nivel de educación inferior a secundaria (tres a cuatro veces mayor). Además, las mujeres tuvieron mayor riesgo de mala salud respecto a los hombres en cada uno de los pares de estratos interseccionales. Conclusiones. El análisis interseccional demostró la persistencia de un gradiente social de la mala salud autopercibida en el continente americano.


ABSTRACT Objective. Analyze inequalities in self-perceived health among population groups located at the intersections of gender identity, ethnicity, and education level in countries of the Americas, classified by income level. Methods. Panel data from the World Values Survey were used for the period 1990-2022. The study sample included 58 790 people between 16 and 65 years of age from 14 countries in the Americas. The dependent variable was poor self-perceived health, and the independent variables were gender, education level, and ethnicity. A multi-categorical variable with 12 strata was created for the intercategorical intersectionality analysis. An analysis of individual heterogeneity and diagnostic accuracy was performed using five logistic regression models, adjusted by age and by survey wave. Results. A clear and persistent intersectional gradient for poor self-perceived health was observed in all country disaggregations by income. Compared to the category with the most advantage (men of majority ethnicity and higher education), the other groups had increased risk of poor health, with the highest risk among women of minority ethnicity and in Indigenous peoples with less than secondary education (three to four times higher). In addition, women had a higher risk of poor health than men in each pair of intersectional strata. Conclusions. The intersectional analysis demonstrated a persistent social gradient of self-perceived ill health in the Americas.


RESUMO Objetivo. Analisar desigualdades na autopercepção de saúde entre grupos populacionais localizados nas interseções de identidade de gênero, etnia e nível de escolaridade em países das Américas, classificados pelo nível de renda. Métodos. Foram usados dados em painel da Pesquisa Mundial de Valores referentes ao período de 1990 a 2022. A amostra deste estudo incluiu 58 790 pessoas com idades entre 16 e 65 anos de 14 países das Américas. A variável dependente foi a autopercepção de problemas de saúde, e as variáveis independentes foram gênero, nível de escolaridade e etnia. Para a análise interseccional intercategórica, foi criada uma variável multicategórica de 12 estratos. Foi realizada uma análise da heterogeneidade individual e da precisão do diagnóstico usando cinco modelos de regressão logística ajustados por idade e onda de pesquisa. Resultados. Observou-se um gradiente interseccional claro e persistente para a autopercepção de problemas de saúde em todas as desagregações de países por renda. Em comparação com a categoria mais favorecida (homens de etnia majoritária e com ensino superior), todos os outros grupos apresentaram maior risco de problemas de saúde, com o maior risco para mulheres de etnias minoritárias ou povos indígenas com nível de escolaridade inferior ao ensino médio (três a quatro vezes maior). Além disso, as mulheres tinham um risco maior de problemas de saúde do que os homens em cada um dos pares de estratos interseccionais. Conclusões. A análise interseccional demonstrou a persistência de um gradiente social na autopercepção de problemas de saúde nas Américas.

15.
Rev. Enferm. UERJ (Online) ; 30: e66665, jan. -dez. 2022.
Artigo em Inglês, Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1417107

RESUMO

Objetivo: identificar na literatura acadêmica as principais discriminações interseccionais vividas por mulheres trans e discutir o seu processo de estabelecimento nesse grupo populacional. Método: estudo de revisão integrativa de literatura conduzida em duas bases e três bibliotecas virtuais durante o ano de 2021 e revisada em 2022. Foi realizada análise lexicográfica por meio do software IRAMUTEC. Resultados: foram identificados 486 manuscritos, selecionando-se 15 para análise. Emergiram três categorias analíticas: (1) Interseccionalidade como multiplicador de opressões, (2) Dificuldade de acesso ao cuidado e a precarização da saúde e (3) Necessidade de Políticas Públicas Específicas e o enfrentamento da InJustiça. Conclusão: as condições estruturais do racismo, sexismo, etnofobia e violências correlatas se sobrepõem, e na base da pirâmide discriminatória se encontram as mulheres transexuais negras. Pesquisas adicionais são necessárias para levar a melhores intervenções a esta população em risco de violência.


Objective: to identify, in the academic literature, the main intersecting discriminations experienced by trans women and to discuss process by which it is established related to this population group. Method: this integrative literature review study was conducted in two databases and three virtual libraries during 2021 and then revised in 2022. Lexicographic analysis was performed using the IRAMUTEC software. Results: 486 manuscripts were identified and 15 were selected for analysis. Three analytical categories emerged: (1) Intersectionality as a multiplier of oppression; (2) Difficulty in accessing care and increasingly precarious health; and (3) Need for specific public policies and addressing injustice. Conclusion: the structural conditions of racism, sexism, ethnophobia, and related violence overlap, and black transsexual women are at the base of the pyramid of discrimination. Additional research is needed to lead to better interventions for this population at risk of violence.


Objetivo: identificar en la literatura académica las principales discriminaciones interseccionales experimentadas por mujeres trans, así como discutir su proceso de implantación en este grupo poblacional. Método: estudio de revisión integradora de literatura realizado en dos bases de datos y tres bibliotecas virtuales durante el año 2021 y revisado en 2022. El análisis lexicográfico se realizó mediante el software IRAMUTEC. Resultados: se identificaron 486 manuscritos y se seleccionaron 15 para su análisis. Surgieron tres categorías de análisis: (1) Interseccionalidad como multiplicador de la opresión, (2) Dificultad de acceso a la atención y precarización de la salud, y (3) Necesidad de Políticas Públicas Específicas y el enfrentamiento a la InJusticia. Conclusión: las condiciones estructurales del racismo, el sexismo, la etnofobia y las violencias relacionadas se superponen, y en la base de la pirámide de discriminación se encuentran las mujeres negras transgénero. Se necesita investigaciones adicionales para conducir a mejores intervenciones para esta población en riesgo de violencia.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA