Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 3 de 3
Filtrar
Mais filtros











Intervalo de ano de publicação
1.
Psicol. ciênc. prof ; 44: e260811, 2024. tab
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1564979

RESUMO

Hegemonicamente exercida nos centros urbanos, o processo de interiorização das políticas sociais reconfigurou as práticas da psicologia no século XXI. Atualmente, 70% dos locais em que os psicólogos atuam no Brasil são marcados por características rurais e têm a presença de povos e comunidades tradicionais. Assim, é indispensável considerar as peculiaridades da vida no campo, de modo a visualizar as diversas dimensões que exercem influência sobre a saúde desse povo. No presente trabalho, destaca-se o conceito de território como capaz de permitir uma análise sobre as necessidades de saúde e as práticas de cuidado a serem desenvolvidas junto às populações do campo. Nesse sentido, tem-se como objetivo relatar a experiência de atuação de um psicólogo residente na Residência Multiprofissional em Saúde da Família com Ênfase nas Populações do Campo em três comunidades quilombolas do município de Garanhuns-PE. Para isso, foram sistematizados os registros do diagnóstico de saúde, realizado pela equipe de residentes, e o diário de campo do autor do relato, referente ao primeiro ano da residência. O material foi analisado de acordo com o método de Análise de Conteúdo e organizado em três categorias: territorialização e diagnóstico; estratégias de cuidado individual e coletivas; acesso e limitações da rede de saúde e atuação multiprofissional e interprofissional. Confirmou-se que a experiência na residência contribui significativamente para a formação do psicólogo no âmbito do SUS e da Atenção Primária, favorecendo a construção de práticas não-hegemônicas e contribuindo para atuação interdisciplinar e intersetorial, particularmente no que se refere à saúde da população do campo.(AU)


Hegemonically exercised in urban centers, the process of internalizing social policies reconfigured the psychology practices in the 21st century. Currently, 70% of the places where psychologists work in Brazil are marked by rural characteristics and have the presence of traditional peoples and communities. Thus, considering the peculiarities of life in the countryside is essential, to visualize the different dimensions that influence the health of these people. In this work, the concept of territory is highlighted as capable of allowing an analysis of health needs and care practices to be developed with the populations of the countryside. In this sense, the objective is to report the work experience of a psychologist residing in the Multiprofessional Residency in Family Health with Emphasis on Rural Populations in three quilombola communities in the municipality of Garanhuns-PE. To this end, the records of the health diagnosis, carried out by the team of residents, and the field diary of the author of the report, referring to the first year of residency, were systematized. The material was analyzed according to the Content Analysis method and organized into three categories: territorialization and diagnosis; individual and collective care strategies; access and limitations of the health network; and multiprofessional and interprofessional activities. It corroborated that the experience in the residence contributed significantly to the training of the psychologist within the scope of SUS and Primary Care, favoring the construction of non-hegemonic practices and contributing to interdisciplinary and intersectoral action, particularly regarding the health of the rural population.(AU)


Ejercido hegemónicamente en los centros urbanos, el proceso de internalización de las políticas sociales reconfiguró las prácticas de la psicología en el siglo XXI. Actualmente, el 70% de los lugares donde trabajan los psicólogos en Brasil están marcados por características rurales y cuentan con la presencia de pueblos y comunidades tradicionales. Por tanto, es fundamental considerar las peculiaridades de la vida en el campo para proyectar diferentes dimensiones que influyen en la salud de estas personas. En este trabajo se destaca el concepto de territorio como capaz de permitir desarrollar un análisis de las necesidades de salud y prácticas de atención a las poblaciones del campo. En este contexto, este texto tiene por objetivo reportar la experiencia de un psicólogo residente en la Residencia Multiprofesional en Salud de la Familia con Énfasis en Poblaciones Rurales en tres comunidades quilombolas del municipio de Garanhuns (Pernambuco, Brasil). Para ello, se sistematizaron los registros del diagnóstico de salud realizados por el equipo residente y el diario de campo del autor del informe, referido al primer año de residencia. El material pasó por un análisis de contenido y fue organizado en tres categorías: territorialización y diagnóstico; estrategias de atención individual y colectiva; acceso y limitaciones de la red de salud y actividades multiprofesionales e interprofesionales. Se constató que la experiencia en la residencia contribuye significativamente a la formación del psicólogo en el ámbito del Sistema Único de Salud (SUS) y de la atención primaria, favorece la construcción de prácticas no hegemónicas y aporta a la acción interdisciplinar e intersectorial, particularmente en lo que respecta a la salud de la población rural.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Atenção Primária à Saúde , Psicologia , Território Sociocultural , Quilombolas , Propriedade , Política Pública , População Rural , Identificação Social , Sistema Único de Saúde , Negro ou Afro-Americano , Brasil , Zona Rural , Características de Residência , Diagnóstico da Situação de Saúde , Saúde da População Rural , Colonialismo , Conservação dos Recursos Naturais , Conhecimento , Vida , Cultura , Estado , Agricultura , Educação , Resiliência Psicológica , Racismo , Discriminação Social , Escravização , Ativismo Político , Opressão Social , Respeito , Ambientalismo , Diversidade, Equidade, Inclusão , Direitos Humanos , Comportamento de Massa , Pessoas
2.
Saúde debate ; 43(spe5): 218-231, Dez. 2019. graf
Artigo em Português | LILACS, CONASS, Coleciona SUS | ID: biblio-1101969

RESUMO

RESUMO O objetivo deste artigo foi apresentar um método qualitativo de abordagem da educação ambiental no processo de territorialização em saúde. O percurso metodológico que dá origem a este texto é uma pesquisa-ação cujo estudo é do tipo exploratório e descritivo de abordagem qualitativa por meio do desenvolvimento de oficinas. Foram realizados seis encontros para atender aos objetivos propostos. As atividades foram desenvolvidas por um moderador e contaram com a participação de 60 Agentes Comunitários de Saúde atuantes em um município de pequeno porte do interior e do litoral da Bahia. Os resultados apontam que, no processo de territorialização em saúde, é elementar a incorporação de novas práticas que demonstrem o território além de demarcações geográficas, valorizando a concepção ampliada de ambiente e suas relações com a saúde. Nesse ponto, surge como proposta a reorganização dos processos de trabalho, no sentido de buscar multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e participação efetiva no processo de territorialização em saúde à luz da educação ambiental.


ABSTRACT This paper aims to present a method of qualitative approach to environmental education in the process of territorialization in health. The methodological path that gives rise to this text is an action-research whose study is exploratory and descriptive of qualitative approach through the development of workshops. Six meetings were held to meet the proposed objectives. The activities were developed by a moderator and were attended by 60 Community Health Workers working in a small municipality in both the countryside and the coast of Bahia. The results indicate that, in the process of territorialization in health, it is elementary to incorporate new practices that demonstrate the territory beyond geographical demarcations, valuing the broader conception of the environment and its relations with health. In that regard, the proposal that arises is the reorganization of work processes, in the sense of seeking multidisciplinarity, interdisciplinarity and effective participation in the process of territorialization in health, in light of environmental education.


Assuntos
Sistemas Locais de Saúde , Agentes Comunitários de Saúde/educação , Educação em Saúde Ambiental/métodos
3.
Cad. saúde colet., (Rio J.) ; 27(3): 272-277, jul.-set. 2019.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1039448

RESUMO

Resumo Introdução As discussões sobre Saúde e Território têm chamado a atenção para o necessário envolvimento da sociedade em uma agenda de mudanças e de apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive para as diferentes relações estabelecidas entre equipes de saúde e população. A realidade vivenciada pelas equipes de saúde e população demonstra que possíveis problemas inerentes a certos desafios acabam por comprometer não apenas a relação entre uma e outra, mas igualmente a proposta de universalização da saúde. Objetivo Contemplar a discussão sobre Saúde e Território a partir da contribuição de Norbert Elias e John L. Scotson, autores que, a partir da perspectiva das configurações territoriais, trazem importantes aportes para os debates da Saúde Coletiva. Pretende-se discutir as questões de natureza sociológica na composição de relações de poder e de sociabilidade no interior do território, destacando-se a problemática das relações entre indivíduos em uma comunidade e visando, assim, identificar as relações de poder, dependência e exclusão existentes em um território específico. Método Foi realizada uma revisão não sistemática da literatura especializada, definida de acordo com aproximações conceituais que fossem capazes de informar o debate em torno do binômio território e saúde. Assim, pretende-se apreender e compreender a existência de grupos e subgrupos muitas vezes ignorados no conjunto das relações efetivas. Resultados Os resultados apontam para a necessidade de uma reavaliação das relações díspares na organização de uma sociedade, bem como seus efeitos na vida dos habitantes. As respostas apresentadas revelam concepções rígidas de pensamento e comportamento que diferenciam e isolam o indivíduo da sociedade. Há urgência de ferramentas para uma melhor percepção dos desafios e possibilidades de atuação dos profissionais nos territórios de saúde, principalmente no que se refere à noção de território. Conclusão São muitos os obstáculos enfrentados tanto pela gestão da Atenção Primária à Saúde, quanto pela assistência do cuidado. Não basta considerar de forma singular os aspectos do comportamento ou das ações dos indivíduos, pois é preciso reavaliar as configurações envolvidas na interdependência estabelecida entre as pessoas dentro de um território.


Abstract Background The discussions about Health and Territory have drawn attention to the necessary involvement of society regarding the structural changes of the Unified Health System (SUS), including the different relationships between health teams and the population. The reality experienced by the health teams and the population shows that possible problems inherent to the challenges end up compromising not only the relationship between them, but also the proposal of universalization of health. Objective Contemplate the discussion about Health and Territory, from the contributions of Norbert Elias and John L. Scotson, authors that, from the perspective of social configurations, bring important contributions for Public Health debates. It is intended to discuss sociological issues in the composition of power relations and sociability within the territory, highlighting the problematic of relationships between individuals in a Community, thus, aiming to identify power relations, dependency and exclusion in a specific territory. Method A non-systematic review of the specialized literature was performed, defined according to conceptual approaches that were able to inform the debate around the territory and health binomial. Thus, it is intended to apprehend and understand the existence of groups and subgroups often ignored in the set of effective relationships. Purpose consider the discussion on Health and Territory from the contribution of Norbert Elias and John L. Scotson, authors whose, from the perspective of territorial configurations, bring important contributions to the Collective Health debates. It is intended to discuss sociological issues in the composition of relations of power and sociability within the territory, highlighting the problematic of the relations between individuals in a community; thus, aiming to identify the relations of power, dependence and exclusion that exist in a specific territory. Results The outcomes point to the need for a reassessment of disparate relationships in the organization of a Society, as well as their effects on the lives of the inhabitants. The answers presented to reveal rigid conceptions of thought and behavior that differentiate and isolate the individual from society. There is an urgent need for tools to better understand the challenges and possibilities for professionals to act in Health Territories, especially regarding the notion of the territory. Conclusion There are many obstacles faced both by the management of Primary Health Care, as by care assistance. It is not enough to consider singularly the aspects of behavior or actions of individuals, because it is necessary to reassess the configurations involved in the interdependence established between people within a territory.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA