RESUMO
Abstract Objective The purpose of the present study is to compare the radiological results of angular correction and its maintenance in the medium term between two minimally invasive techniques for the treatment of hallux valgus (minimally invasive chevron surgery vs. Bosch technique). Methods A comparative prospective analysis of patients undergoing surgery for symptomatic hallux valgus deformity was performed. We compared two minimally invasive techniques in homogeneous groups of population. Two groups of 62 and 63 feet respectively, were constituted. We compared first ray angular corrections and consolidation as well as the correction power of both osteotomies and their maintenance over time. The postoperative complications and surgical time in both study groups were also evaluated. The minimum follow-up was 2 years. Results There were differences between both groups in the intermetatarsal angle at 24 months postsurgery. There were no differences between both groups regarding metatarsophalangeal angle, and distal metatarsal articular angle. There were no intraoperative complications in either group. The surgical time between both groups had statistically significant differences. Conclusions Both screw-stabilized, Bosch surgery and minimally invasive chevron (hybrid when associated with percutaneous Akin osteotomy) present adequate correction of moderate hallux valgus. However, patients treated with Bosch percutaneous surgery had a greater correction power of the intermetatarsal angle in the medium term, as well as a shorter surgical time, when compared with those who were treated with chevron osteotomy. Both techniques had a similar evolution over time regarding loss of correction and postoperative complications.
Resumo Objetivo O objetivo deste estudo é comparar os resultados radiológicos da correção angular e sua manutenção no médio prazo entre duas técnicas minimamente invasivas para o tratamento de hálux valgo (cirurgia minimamente invasiva em chevron vs. técnica de Bosch). Métodos Foi realizada uma análise prospectiva comparativa de pacientes submetidos à cirurgia para deformidade sintomática de hálux valgo. Comparamos duas técnicas minimamente invasivas em grupos homogêneos de população. Dois grupos de 62 e 63 pés, respectivamente, foram constituídos. Comparamos correções angulares de primeiro raio e consolidação, bem como o poder de correção tanto das osteotomias quanto de sua manutenção ao longo do tempo. As complicações pós-operatórias e o tempo cirúrgico em ambos os grupos de estudo também foram avaliados. O seguimento mínimo foi de 2 anos. Resultados Houve diferenças entre ambos os grupos no ângulo intermetatarsal aos 24 meses após a cirurgia. Não houve diferenças entre ambos os grupos em relação ao ângulo metatarsofalângico e ao ângulo articular metatarso-distal. Não houve complicações intraoperatórias em nenhum dos grupos. O tempo cirúrgico entre ambos os grupos apresentou diferenças estatisticamente significativas. Conclusões Sendo as duas técnicas estabilizadas por parafusos, tanto a osteotomia de Bosch quanto a cirurgia minimamente invasiva em chevron (híbrida quando associada à osteotomia percutânea de Akin) apresentam correção adequada de hálux valgo moderado. No entanto, os pacientes tratados com a osteotomia percutânea Bosch apresentaram maior poder de correção do ângulo intermetatarsal no médio prazo, bem como e menor tempo cirúrgico, em relação aos que foram tratados com osteotomia em chevron. Ambas as técnicas apresentaram evolução semelhante ao longo do tempo no que se refere à perda de correção e complicações pós-operatórias.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Placas Ósseas , Clavícula/cirurgia , Clavícula/diagnóstico por imagem , Procedimentos Cirúrgicos Minimamente Invasivos , Fraturas Ósseas/cirurgia , Fixação Interna de FraturasRESUMO
Abstract Objective To present the clinical and radiographic results of hallux valgus surgical correction using four percutaneous techniques, chosen according to a predefined radiographic classification. Methods We prospectively evaluated 112 feet in 72 patients with hallux valgus operated over the course of 1 year. Percutaneous distal soft tissue release (DSTR) and the Akin procedure (DSTR-Akin) were performed in mild cases. In mild to moderate hallux valgus with distal metatarsal joint angle > 10°, we added the Reverdin-Isham (RI) osteotomy. In moderate cases with joint incongruity, we performed the percutaneous chevron (PCH). Finally, a Ludloff-like percutaneous proximal osteotomy fixed (PPOF) with a screw was proposed in severe cases with an intermetatarsal angle (IMA) > 17°. According to these criteria, 26 DSTRs-Akin, 36 PCHs, 35 RIs, and 15 PPOFs were performed. The mean follow-up was of 17.2 months (range: 12 to 36 months). The mean age at operation was 58.8 years (range: 17 to 83 years), and 89% of the patients were female. Results The mean preoperative hallux valgus angle (HVA) and the IMA decreased from 21° to 10.2° and from 11.2° to 10.3° respectively in the DSTR-Akin. In the RI, the mean HVA decreased from 26.6° to 13.7°, and the IMA, from 11.2° to 10.3°; in the PCH, the mean HVA decreased from 31° to 14.5°, and the IMA decreased 14.9° to 10.7°; as for the PPOF, the mean HVA decreased from 39.2° to 17.7°, and the IMA, from 11.8° to 6.8°. The average ankle and hindfoot score of the American Orthopaedic Foot and Ankle Society (AOFAS) increased from 49.2 to 88.6. The rate of complications was of 11%. Conclusion Our treatment protocol does not differ much from the classic ones, with similar results as well. We have as advantages less aggression to soft tissues and better cosmetic results. Level of Evidence: level IV, prospective case series.
Resumo Objetivo Apresentar os resultados clínicos e radiográficos da correção cirúrgica de hálux valgo utilizando quatro técnicas percutâneas escolhidas de acordo com uma classificação radiográfica predefinida. Métodos Avaliamos prospectivamente 112 pés em 72 pacientes com hálux valgo operado em um período de um ano. A liberação de tecido mole distal (LTMD) percutâneo e o procedimento de Akin (LTMD-Akin) foram realizados em casos leves. Em hálux valgo de leve a moderado com ângulo distal da articulação do metatarso acima de 10°, adicionamos a osteotomia de Reverdin-Isham (RI). Em casos moderados com incongruência articular, realizamos o chevron percutâneo (CHP). Finalmente, uma osteotomia proximal percutânea fixada (OPPF) com um parafuso, semelhante à de Ludloff, foi proposta em casos graves com ângulo intermetatarsal (AIM) acima de 17°. De acordo com esses critérios, foram realizados 26 LTMDs-Akin, 36 CHPs, 35 RIs e 15 OPPFs. O seguimento médio foi de 17,2 meses (12 a 36 meses). A média de idade em operação foi de 58,8 anos (17 a 83 anos), e 89% dos pacientes eram do sexo feminino. Resultados A média do ângulo de hálux valgo (AHV) pré-operatório e o AIM diminuíram de 21° para 10,2°, e de 11,2° para 10,3°, respectivamente, em casos de LTMD-Akin. Em casos de RI, a média do AHV diminuiu de 26,6° para 13,7°, e o AIM, de 11,2° para 10,3°; em casos de CHP, o AHV médio diminuiu de 31° para 14,5°, o AIM diminuiu de 14,9° para 10,7°, e a OPPF, de 39,2° para 17,7°, e o AIM 11,8° para 6,8°. A média do escore de tornozelo e retropé da American Orthopaedic Foot and Ankle Society (AOFAS) aumentou de 49,2 para 88,6. A taxa de complicação foi de 11%. Conclusão Nosso protocolo de tratamento não difere muito dos clássicos, com resultados semelhantes. Temos como vantagem menos agressividade aos tecidos moles e melhores resultados cosméticos. Nível de evidência: nível IV, série de casos prospectivos.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Ossos do Metatarso/cirurgia , Hallux Valgus/cirurgia , Avaliação de Resultado de Intervenções Terapêuticas , Procedimentos Cirúrgicos Minimamente InvasivosRESUMO
Abstract Objective: To assess the accuracy of magnetic resonance imaging (MRI) for the diagnosis of hallux valgus using radiography during weight bearing as the gold standard. Materials and Methods: This was a retrospective analysis of all patients undergoing MRI of the foot and radiography of the foot during weight bearing at our institution between January and June of 2015. The hallux valgus angle (HVA) was measured on MRI and radiography. The Wilcoxon signed-rank test and simple linear regression were used in order to compare measurements. Patients were divided into two groups according to the HVA determined on radiography: > 15° (hallux valgus) and ≤ 15° (control). Qualitative and quantitative assessments of MRI scans were performed. For quantitative assessment, receiver operating characteristic curves were used in order to determine the HVA cutoff with the highest accuracy. Results: A total of 66 MRI scans were included, 22 in the hallux valgus group and 44 in the control group. Wilcoxon signed-rank tests indicated a significant difference between the radiography and MRI measurements. Simple linear regression showed a nonlinear relationship between the measurements and values did not present a strong correlation. In comparison with the radiography measurements, MRI with an HVA cutoff of 16.4° exhibited the highest accuracy (86%). The accuracy of the subjective (qualitative) assessment was inferior to the objective assessment (measurement of the HVA). Conclusion: Hallux valgus can be diagnosed by measuring the HVA on MRI, satisfactory accuracy being achieved with an HVA cutoff of 16.4°.
Resumo Objetivo: Avaliar a acurácia da ressonância magnética (RM) para o diagnóstico de hálux valgo usando radiografias com carga como padrão ouro. Materiais e Métodos: Análise retrospectiva de pacientes que realizaram RM do antepé e radiografias com carga, de janeiro a junho de 2015. O ângulo metatarsofalangiano (AMF) foi medido nas RMs e nas radiografias. O teste de Wilcoxon e regressão linear foram utilizados para comparar as mensurações. Pacientes foram divididos de acordo com os valores do AMF nas radiografias: > 15° (hálux valgo) e ≤ 15° (grupo controle). Avaliações qualitativa e quantitativa foram realizadas por RM. Para análise quantitativa, uma curva ROC foi utilizada para definir o ponto de corte com maior acurácia. Resultados: Foram incluídas 66 RMs, 22 no grupo com hálux valgo e 44 no grupo controle. O teste de Wilcoxon indicou diferença significativa entre os métodos. Avaliação de regressão demonstrou relação não linear entre as medidas e e os valores não apresentaram boa correlação. Considerando os grupos hálux valgo e controle, um valor de corte 16,4° na RM demonstrou maior acurácia (86%). A avaliação subjetiva foi inferior à avaliação objetiva. Conclusão: A medida do AMF na RM pode ser utilizada para diagnóstico de hálux valgo, com um valor de corte de 16,4°.
RESUMO
ABSTRACT Objective: To describe the anatomical and pathological osteoarticular, muscular and tendinous variations in feet of cadavers with hallux valgus and to correlate them with the degree of radiographic deformity. Methods: Dissections and radiographs were conducted in the feet of 22 cadavers with halux valgus, aged between 20 and 70 years. The feet affected were compared with 5 normal feet in order to document the anatomical and pathological, myotendinous and articular variations found. Results: The extensor hallucis longus and brevis tendons were arched in all degrees of deformity, causing a lateral deviation that forms the arc chord of the metatarsophalangeal angle of the hallux. We also observed a deviation to the plantar face of the abductor muscle tendon and lateral deviation of the flexor hallucis muscle tendon. In the moderate deformities, the medial deviation of the first metatarsal head was observed, sliding out of the sesamoid apparatus, pronation of this head, and formation of medial exostoses. In severe deformities, in addition to all other deformities, we found the extensor hallucis longus tendon with two distal insertions, rather than just one. Conclusion: The anatomical alterations found in the hallux valgus may be related to the degree of radiographic deformity . Level of Evidence IV, Case series.
RESUMO Objetivo: Descrever as variações anatômicas e patológicas osteoarticulares, musculares e tendíneas em pés de cadáveres portadores de hálux valgo e correlacionar com o grau de deformidade radiográfica. Métodos: Foram feitas dissecações e radiografias de 22 peças de pés de cadáveres portadores de hálux valgo, com idade entre 20 e 70 anos, que foram comparadas com 5 pés normais, no intuito de documentar as variações anatômicas e patológicas ósseas, miotendíneas e articulares encontradas. Resultados: Em todos os graus de deformidade encontramos um arqueamento dos tendões extensores longo e curto do hálux, causando um desvio lateral que forma a corda de arco do ângulo metatarsofalângico do hálux. Observamos, também, um desvio para a face plantar do tendão do músculo abdutor do hálux e desvio lateral do tendão do músculo flexor do hálux. Nas deformidades moderadas foi verificado o desvio medial da cabeça do primeiro metatarseano, deslizando para fora do aparelho sesamoide, pronação dessa cabeça e formação de exostoses mediais. Nas deformidades severas, além de todas as outras deformidades, encontramos o tendão extensor longo do hálux com duas inserções distais, ao invés de apenas uma. Conclusão: As alterações anatômicas encontradas no hálux valgo podem estar relacionadas com o grau de deformidade radiográfica. Nível de Evidência IV, Série de Casos.
RESUMO
Os autores avaliaram e correlacionaram escores objetivos (escala AOFAS e correção angular) e subjetivos (questionário de qualidade de vida SF-36 e escala de satisfação subjetiva de Johnson) após tratamento cirúrgico de 20 pacientes (34 pés) portadores de hálux valgo dolorosos tratados com osteotomia distal do primeiro metatarsiano pela técnica em Chevron. A avaliação objetiva foi realizada através do escore AOFAS e pelo grau de correção angular pós-operatório do ângulo de valgismo do hálux (AVH), ângulo intermetatarsal I-II (AIM I-II), ângulo articular metatarsal distal (AAMD) e deslocamento dos sesamoides (DS). A avaliação subjetiva foi feita por meio de entrevista durante o seguimento pós-operatório através da aplicação do questionário de qualidade de vida SF-36 e escala de satisfação subjetiva de Johnson. A associação entre as avaliações objetivas e subjetivas foram medidas pelo coeficiente de correlação r que mede a força de associação entre duas variáveis. Houve melhora significativa (p < 0,05) em todos os parâmetros angulares. A pontuação alcançada no escore AOFAS mostrou ter relação direta com os resultados do SF-36 e com o grau de correção angular (principalmente AVH e AIM I-II), mas não com a escala de satisfação subjetiva de Johnson. Concluímos que: a pontuação obtida no AOFAS para hálux é influenciada pelo grau de correção do AVH e AIM I-II a despeito da pontuação obtida no escore AOFAS o grau de satisfação subjetiva não apresentou relação com esse escore a qualidade de vida (SF-36) era melhor nos pacientes com pontuação AOFAS elevada.
RESUMO
Objetivo: Analisar os resultados clínico-funcionais do tratamento da deformidade leve ou moderada do hálux valgo, utilizando a osteotomia de Akin e a osteotomia em chevron combinadas. Casuística e métodos: Foram estudados 29 pacientes, totalizando 47 pés, com um tempo médio de segmento de 60 meses. Foram utilizados parâmetros clínicos e radiográficos para avaliação. Excluímos pacientes com tempo de seguimento pós-operatório inferior a um ano, com hálux valgo grave, com alterações degenerativas da articulação metatarsofalangeana do hálux na radiografia pré-operatória e aqueles com diagnóstico de artrite reumatoide. Resultados: Observamos que 74,5% dos pacientes ficaram completamente satisfeitos em relação ao alívio da dor, em relação à aparência estética obtivemos 91,5% de satisfação e 96,6% dos pacientes retornaram as atividades funcionais que desempenhavam antes do procedimento cirúrgico até o terceiro mês de pós-operatório. Não notamos rigidez articular pós-operatória. Houve uma melhora da média do ângulo intermetatarsal de 3,6º (12,4º no pré-operatório para 8,8º no pós-operatório) e uma média de correção do ângulo de hálux valgo de 12º (25º no pré-operatório para 13º no pós-operatório). Não obtivemos nenhum caso de necrose avascular. Conclusão: A combinação das osteotomias de Akin e em chevron para a correção das deformidades leves e moderadas do hálux valgo se mostrou satisfatória tanto na avaliação clínica como na radiográfica.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Cirurgia Geral/métodos , Hallux Valgus/cirurgia , Hallux Valgus , Hallux Valgus/terapia , Osteotomia/reabilitação , OsteotomiaRESUMO
OBJETIVOS: Verificar a relação entre o ângulo da articulação metatarsofalangeana I (Ang-I) e a idade, as medidas antropométricas e a postura dos pés de mulheres e homens idosos. MÉTODOS: A amostra foi composta por 227 mulheres idosas, com média de idade de 69,6 anos (±6,8) e 172 homens idosos, com média de idade de 69,4 anos (±6,7). As variáveis estudadas foram: a largura e o perímetro da cabeça dos metatarsos, a altura da cabeça do metatarso I e do dorso do pé, o comprimento do pé, os ângulos articulares Ang-I e metatarsofalangeana V, o índice do arco e o índice postural do pé. As medidas foram tomadas com instrumentos analógicos. Os dados foram analisados por meio de Correlação de Pearson. RESULTADOS: O Ang-I não apresentou relação com a idade e com o índice do arco, porém apresentou associação positiva com a largura e o perímetro da cabeça dos metatarsos, com o índice postural do pé e com o ângulo da articulação metatarsofalangeana V e associação negativa com a altura do dorso do pé. CONCLUSÕES: Foram encontradas relações entre maior Ang-I e maiores largura e perímetro de antepé, maior ângulo da articulação metatarsofalangeana V, pés mais pronados e com menor altura do dorso do pé.
OBJECTIVES: To investigate the relationship between the first metatarsophalangeal joint angle (Ang-I), the age, anthropometric measures and foot posture of older adults. METHODS: The sample was composed of 227 older women with a mean age of 69.6 (±6.8) years and 172 older men with a mean age of 69.4 (±6.7) years. The studied variables were: the width and circumference of the metatarsal heads, the height of the first metatarsal head and the dorsum of the foot, the length of the foot, the Ang-I and fifth metatarsophalangeal joint angles, the arch index and the foot posture index. The measurements were taken with analog instruments. The data were analyzed using Pearson's correlation. RESULTS: There was no association between Ang-I and age or arch index, but there were positive associations between Ang-I and the width and circumference of the metatarsal heads, the foot posture index and the fifth metatarsophalangeal angle. There was a negative association between Ang-I and the height of the dorsum of the foot. CONCLUSIONS: Relationships were found between greater Ang-I values and greater widths and circumferences of the forefeet, greater fifth metatarsophalangeal angles and greater pronation of the feet and smaller values for the height of the dorsum of the foot.
RESUMO
OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivo estimar as forças plantares nos dedos dos pés de mulheres com hálux valgo e/ou pés planos. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal envolvendo mulheres com hálux valgo e/ou pés planos confirmado através de análise radiográfica. Mediram-se as forças plantares, utilizando plataformas de forças. Coletaram-se estas forças com as mulheres descalças e em posição ereta, por três medidas sendo obtida uma média. Os dados foram adquiridos através da ponte amplificadora Spider 8 da HBM e analisados através do programa Catman®. Obtiveram-se as medidas de forças dos dedos de ambos os pés e as médias foram comparadas pelo teste t de Student segundo a presença de hálux valgo e pés planos; a associação entre essas deformidades foi estimada pelo teste exato de Fischer bicaudal, a significância estatística adotada foi alfa = 5 por cento. RESULTADOS: Foram incluídas no estudo, vinte mulheres com presença ou não de hálux valgo. As forças médias encontradas mostraram-se maiores no 5º dedo em relação ao 1º dedo de ambos os pés (p< 0,05) em ambas as situações. CONCLUSÃO: Neste estudo encontraram-se, ao contrário de outros trabalhos, forças no 5º dedo maiores que no 1º em ambos os pés.
OBJECTIVE: to measure the plantar forces above the toes of women with hallux valgus and/or flat feet. METHODS: This study involved women with hallux valgus and/or flat feet confirmed by X-ray images. The plantar forces were measured utilizing force plates. Force was measured three times, which were taken with the women on barefoot and at upright position, recording the average for the three measurements. Data were acquired from Spider 8 system (HBM) and analyzed by using a Catman® software. The measurements for both feet's toes force were reported and the averages were compared by the Student's t-test according to the presence of hallux valgus and flat feet; the association between these deformities was estimated by using the two-tailed Fischer's exact test, the statistical significance adopted was alpha = 5 percent. RESULTS: For this study, 20 women with or without hallux valgus were included. The mean force values found showed to be higher on the fifth toe compared to first toe of both feet (p < 0.05) in both situations. CONCLUSION: in this study, we found strong forces on the fifth toe than on the first toe, contradicting some studies in literature.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto Jovem , Pessoa de Meia-Idade , Hallux Valgus/fisiopatologia , Pé Chato/fisiopatologia , Pé Chato , Índice de Massa Corporal , Brasil , Estudos TransversaisRESUMO
A deformidade com desvio do primeiro pododáctilo já havia sido mencionada no antigo Egito. Entretanto, foi em 1871 com Carl Hueter que o termo hálux valgo foi introduzido. Esta deformidade se apresenta como um desvio lateral (em valgo) do hálux acompanhado de um desvio medial da cabeça do primeiro osso metatarsiano. Deve ser conceituada como uma deformidade complexa, etiologicamente e estruturamente variável, cuja manifestação clínica tem amplo espectro de gravidade. Critérios clínicos e radiográficos devem ser avaliados detalhadamente para que o tratamento não coloque em risco substancial de recorrência da deformidade ou resultados insatisfatórios. Atualmente, existem mais de 100 técnicas cirúrgicas. Fica claro que esta patologia ainda gera discussões e controvérsias quanto ao melhor tratamento, e que a aplicação de técnica única como panacéia de todos os pacientes é atitude absolutamente inadequada, devendo ser desaconselhada. O objetivo deste estudo é fazer uma revisão literária da etiologia, anatomia, patologia, diagnóstico e tratamento do hálux valgo. As cirurgias mais comumente preconizada serão apresentadas e discutidas incluindo detalhes técnicos e pós-operatórios (AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Hallux Valgus , Deformidades do Pé , Metatarso , Hallux Valgus/cirurgiaRESUMO
A deformidade com desvio do primeiro pododáctilo já havia sido mencionada no antigo Egito. Entretanto, foi em 1871 com Carl Hueter que o termo hálux valgo foi introduzido. Esta deformidade se apresenta como um desvio lateral (em valgo) do hálux acompanhado de um desvio medial da cabeça do primeiro osso metatarsiano. Deve ser conceituada como uma deformidade complexa, etiologicamente e estruturamente variável, cuja manifestação clínica tem amplo espectro de gravidade. Critérios clínicos e radiográficos devem ser avaliados detalhadamente para que o tratamento não coloque em risco substancial de recorrência da deformidade ou resultados insatisfatórios. Atualmente, existem mais de 100 técnicas cirúrgicas. Fica claro que esta patologia ainda gera discussões e controvérsias quanto ao melhor tratamento, e que a aplicação de técnica única como panacéia de todos os pacientes é atitude absolutamente inadequada, devendo ser desaconselhada. O objetivo deste estudo é fazer uma revisão literária da etiologia, anatomia, patologia, diagnóstico e tratamento do hálux valgo. As cirurgias mais comumente preconizada serão apresentadas e discutidas incluindo detalhes técnicos e pós-operatórios