RESUMO
Resumo A entrevista aborda a trajetória de Evelyn Fox Keller, professora emérita de história e filosofia das ciências do Massachusetts Institute of Technology. Keller reflete sobre seu percurso e sobre os desafios que precisou enfrentar para expandir as fronteiras dos estudos de ciências com seu trabalho pioneiro relacionando linguagem, gênero e ciências, que tem sido muito influente em mudar a visão da história das ciências.
Abstract This interview covers the trajectory of Evelyn Fox Keller, emeritus professor of history and philosophy of science at the Massachusetts Institute of Technology. Keller reflects on her career and the challenges she had to overcome to push back the frontiers of science with her pioneering work on language, gender, and science, which has been very influential in changing views in the history of science.
Assuntos
Ciência , Feminismo , Identidade de Gênero , IdiomaRESUMO
Resumo Busca-se trazer à luz a trajetória de Maria Bandeira, primeira botânica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que atuou na década de 1920, desconhecida na historiografia e pouco citada na literatura científica. O significativo número de espécimes de plantas, fungos e líquens por ela coletados, a expertise em alcançar locais de difícil acesso, a extensa correspondência com especialistas estrangeiros e sua ida para estudar na Sorbonne permitem analisar o “fazer botânica” e as redes de sociabilidades nas ciências à época. A interrupção da sua trajetória científica para ingresso na ordem das Carmelitas Descalças com clausura total possibilita interpretações diversas e explica, em parte, a causa do esquecimento de sua passagem pela botânica brasileira.
Abstract This article sheds light on Maria Bandeira, the first female botanist to work at the Botanic Garden of Rio de Janeiro. She was active in the 1920s, but is absent from the historiography and little cited in the scientific literature. The significant number of plant, fungus, and lichen specimens she collected, her capacity to reach far-flung places, her extensive correspondence with foreign experts, and her studies at Sorbonne are all sources for the analysis of the way botany was practiced and the social networks at play in science at the time. The end of her scientific career, when she adopted a cloistered life with the Barefoot Carmelite nuns, can be interpreted variously, and partially explains why her contributions to Brazilian botany have been forgotten.
Assuntos
Humanos , Feminino , História do Século XX , Botânica/história , Jardins/história , Brasil , Freiras/históriaRESUMO
A entrevista com Leda Dau trata de sua trajetória profissional, dedicada à pesquisa e ao ensino em botânica. Ela trabalhou no Museu Nacional entre 1953 e 1994 e é integrante de uma das primeiras gerações de mulheres a sofrerem o impacto das transformações sociais que, a partir da década de 1920, provocaram mudanças no sistema de gênero brasileiro, bem como possibilitaram a crescente escolarização e profissionalização femininas, viabilizando o seu acesso ao então restrito mundo da ciência.
This interview with Leda Dau explores her career at the Museu Nacional from 1953 to 1994 and her dedication to research and teaching in the field of botany. She was a member of one of the first generations of women who felt the effects of the social transformations that began in the 1920s. This process brought changes to the gender system in Brazil and improved women's opportunities for schooling and professionalization, thereby allowing them access to the era's restricted world of science.