RESUMO
The objective of this study was to compare growth retardation frequency, and 24-h food intake data of children with or without positive Montenegro (leishmanin) test, examined in Porteirinha town, Brazil. Daily nutrient intake was determined by 24-h food intake recall and the anthropometric data were compared to the standard values from WHO. Montenegro-positive (n = 9) and Montenegro-negative (n = 17) groups showed similar age (5.5 +/- 1.9 vs 6.7 +/- 2.3y), and energy (1,456.8 +/- 314.8 vs 1,316.2 +/- 223.8kcal) and protein (50.4 +/- 16.7 vs 49.9 +/- 13.9g) daily consumption, respectively. Montenegro-positive children had higher percentage of stunting than their Montenegro-negative counterparts (44.4 vs 5.9), suggesting that previous Leishmania sp infection had negative impact on children's nutritional status.
O objetivo deste trabalho foi comparar a ingestão alimentar habitual e a freqüência de retardo do crescimento de crianças com reação intradérmica positiva para leishmaniose (Montenegro-positivas), com um grupo Montenegro-negativo. A ingestão alimentar habitual foi avaliada pelo recordatório de 24 horas e o retardo do crescimento definido segundo critérios da OMS. Crianças Montenegro-positivo (n = 9) e Montenegro-negativo (n = 17) ingeriam, respectivamente, quantidades similares de energia (1456,8 ± 314,8 vs 1316,2 ± 223,8kcal/dia) e proteínas (50,4 ± 16,7 vs 49,9 ± 13,9g/dia). Déficit de altura foi mais comum em crianças Montenegro-positivas (44,4 vs 5,9). Estes dados sugerem que a infecção prévia pela Leishmania sp afeta desfavoravelmente o estado nutricional de crianças vivendo em área endêmica.