RESUMO
OBJECTIVE: The neurotrophins, antioxidant enzymes and oxidative markers have reciprocal interactions. This report verified in chronically stable medicated schizophrenic patients whether there are correlations between the serum levels of superoxide dismutase, a key enzyme in the antioxidant defense, thiobarbituric acid reactive substances, a direct index of lipid peroxidation, and brain-derived neurotrophic factor, the most widely distributed neurotrophin. METHOD: Sixty DSM-IV schizophrenic patients were included (43 males, 17 females). Mean age was 34.7 ± 10.8 years, mean age at first episode was 19.8 ± 7.9 years, and mean illness duration was 14.9 ± 8.5 years. Each subject had a blood sample collected for the determination of serum levels of brain-derived neurotrophic factor, thiobarbituric acid reactive substances and superoxide dismutase. RESULTS: Brain-derived neurotrophic factor levels showed a positive correlation with thiobarbituric acid reactive substances levels (r = 0.333, p = 0.009). Brain-derived neurotrophic factor levels were not correlated with superoxide dismutase levels (r = - 0.181, p = 0.166), and superoxide dismutase levels were not correlated with thiobarbituric acid reactive substances levels (r = 0.141, p = 0.284). CONCLUSIONS: The positive correlation between brain-derived neurotrophic factor and thiobarbituric acid reactive substances suggests the need of further investigation on intracellular interactions of neurotrophins, antioxidant enzymes and oxidative markers. In addition, this opens a venue for investigation on treatments for the prevention of neurotoxicity along the course of schizophrenia.
OBJETIVO: As neurotrofinas, enzimas antioxidantes e marcadores de oxidação têm interações. Este estudo verificou se existem correlações entre os níveis séricos de superóxido-dismutase, uma enzima chave na defesa antioxidante, os produtos de reação com o ácido tiobarbitúrico, um indicador direto de peroxidação lipídica, e o fator neurotrófico derivado do cérebro, a neurotrofina mais amplamente distribuída. MÉTODO: Sessenta pacientes portadores de Esquizofrenia pelo DSM-IV foram incluídos (43 homens, 17 mulheres), com idade média de 34,7 ± 10,8 anos, idade média no primeiro episódio de 19,8 ± 7,9 anos, e tempo médio de duração da doença de 14,9 ± 8,5 anos. Foi coletado sangue de cada sujeito para a determinação dos níveis séricos de fator neurotrófico derivado do cérebro, superóxido-dismutase e ácido tiobarbitúrico. RESULTADOS: Os níveis de fator neurotrófico derivado do cérebro se correlacionaram positivamente aos de ácido tiobarbitúrico (r = 0,333, p = 0,009) e não mostraram correlação com os de superóxido-dismutase (r = - 0,181, p = 0,166). Este último também não se correlacionou aos níveis de ácido tiobarbitúrico (r = 0,141, p = 0,284). CONCLUSÕES: A correlação positiva entre fator neurotrófico derivado do cérebro e ácido tiobarbitúrico direciona para investigações na interação intracelular entre neurotrofinas, enzimas antioxidantes e marcadores de oxidação, além de abrir perspectives para pesquisa em tratamentos para a prevenção da neurotoxicidade ao longo do curso da esquizofrenia.