RESUMO
The health policies imposed by multiple national governments after the emergence of SARS-CoV-2 were publicly justified by official figures on the deaths that the new virus would have caused and could cause in the future. At the same time, however, groups of people from different countries expressed their scepticism about those figures. Although they were categorised as 'anti-science', 'spreaders of misinformation' or 'conspiracy theorists' in some media, many of those sceptics claimed to be based on scientific evidence. This article qualitatively analyses a sample of the content published by sceptics on their social media between 2020 and 2022. More specifically, it examines the shared documents supposedly coming from the scientific community. We find very diverse content ranging from unsubstantiated assumptions to documents produced by prestigious scientists inviting questions about the fatality rates, the mathematical models anticipating millions of deaths, and the real numbers of people who died from COVID-19. The disputes surrounding the official figures lead us to a reflection about the relationship between, epistemic diversity, the dissemination of science, censorship, and new forms of political opposition. We also touch upon the nature and ethics of scientific controversy in times of a 'war' against 'misinformation'.
RESUMO
Las injusticias epistémicas son aquellas formas de trato injusto que se relacionan con la producción, trasmisión o utilización del conocimiento por parte de los sujetos. El encuadre ético-epistémico y socio-epistémico proporcionado por estas injusticias se vincula con temas que atraviesan las principales tradiciones filosóficas como el pragmatismo, la fenomenología y la teoría crítica. Estas injusticias se interrelacionan, además, con movimientos sociales e intelectuales como el feminismo, la teoría crítica de la raza, los estudios críticos de la discapacidad y las epistemologías decolonizadoras. Sin embargo, existe un cuestionamiento a que las personas con discapacidad no han sido suficientemente abordadas. El presente artículo se posiciona en los debates actuales sobre las injusticias epistémicas y la discapacidad, y tiene como propósito aportar el concepto de "injusticias epistémicas normalizadas". Partiendo de la constatación de las formas en que se reconocen opresivamente los sujetos con discapacidad, como alejados de la "norma", establece que existen injusticias epistémicas asociadas con esta identificación. Propone que las injusticias epistémicas normalizadas ocurren en la intersección de dos ámbitos: un sistema hermenéutico capacitista y una agencia epistémica restringida en la que se producen al menos tres tipos de configuraciones: no agencia, agencias epistémicas disminuidas y agencias epistémicas en resistencia. Pensar las injusticias epistémicas considerando el peso de la "normalidad" en la constitución como sujetos de las personas con discapacidad permite reconocer una situación crítica de exclusión epistémica para algunas personas, mientras que otras resisten y luchan por ser comprendidas en los recursos hermenéuticos colectivos.
Epistemic injustices refer to those forms of unfair treatment that are related to the production, transmission, or use of knowledge by the subjects. The ethical-epistemic and socio-epistemic framework provided by these injustices is linked to themes that cross the main philosophical traditions such as pragmatism, phenomenology, and critical theory. These injustices are further intertwined with social and intellectual movements such as feminism, critical race theory, critical disability studies, and decolonizing epistemologies. However, there is a question that people with disabilities have not been sufficiently addressed. This article is positioned in the current debates on epistemic injustices and disability, and its purpose is to contribute the concept of "normalized epistemic injustices". Starting from the verification of the ways in which subjects with disabilities are oppressively recognized, as far from the "norm", it establishes that there are epistemic injustices associated with this identification. It proposes that normalized epistemic injustices occur at the intersection of two realms: a capacitist hermeneutic system and a constrained epistemic agency where at least three types of configurations are produced: non-agency; diminished epistemic agencies and epistemic agencies in resistance. Thinking about epistemic injustices considering the weight of "normality" in the constitution as subjects of people with disabilities allows us to recognize a critical situation of epistemic exclusion for some people, while others resist and fight to be understood in collective hermeneutical resources.
As injustiças epistêmicas referem-se àquelas formas de tratamento injusto que estão relacionadas à produção, transmissão ou uso do conhecimento pelos sujeitos. O enquadramento ético-epistêmico e socioepistêmico proporcionado por essas injustiças está vinculado a temas que atravessam as principais tradições filosóficas como o pragmatismo, a fenomenologia e a teoria crítica. Essas injustiças estão ainda mais entrelaçadas com movimentos sociais e intelectuais como o feminismo, a teoria crítica da raça, os estudos críticos da deficiência e as epistemologias descolonizadoras. No entanto, há uma questão de que as pessoas com deficiência não foram suficientemente abordadas. Este artigo se posiciona nos debates atuais sobre injustiças epistêmicas e deficiência, e seu objetivo é contribuir com o conceito de "injustiças epistêmicas normalizadas". A partir da verificação das formas como os sujeitos com deficiência são opressivamente reconhecidos, como distantes da "norma", constata-se que existem injustiças epistêmicas associadas a essa identificação. Propõe que injustiças epistêmicas normalizadas ocorrem na interseção de dois domínios: um sistema hermenêutico capacitista e uma agência epistêmica restrita onde pelo menos três tipos de configurações são produzidas: não-agência; agências epistêmicas diminuídas e agências epistêmicas em resistência. Pensar as injustiças epistêmicas considerando o peso da "normalidade" na constituição como sujeitos das pessoas com deficiência permite reconhecer uma situação crítica de exclusão epistêmica para algumas pessoas, enquanto outras resistem e lutam para serem compreendidas em recursos hermenêuticos coletivos.
RESUMO
This article addresses the implications of ´Understanding the process of Taoistic-informed mindfulness from a Meadian perspective´, a work by von Fircks (2023) published in this journal, which represents a vindication of the historic, philosophic, and subjective dimensions of research in psychology. From my perspective as an indigenous researcher, I share my own experience of how deceitful distinctions between more or less scientific research topics are fostered by the omission of those dimensions. I also introduce the indigenous understanding of well-being to emphasize the relational nature of this phenomenon and similarities with some conclusions arising from the autoethnographic approach of the author. Moreover, the trivialization of well-being and epistemic violence toward the indigenous corpus of knowledge are signaled as consequences of reductionism in psychological research and the pursuit of scientific status. In this vein, the lack of a critical perspective in psychology is considered functional to the order in which possibilities for well-being are seriously constrained.
Assuntos
Atenção Plena , Humanos , Psicologia , Satisfação Pessoal , PesquisaRESUMO
Resumen Aproximadamente a partir del año 2010, los usos terapéuticos del cannabis se han extendido en nuestras sociedades latinoamericanas. Dichas terapias se construyen mayormente en el ámbito doméstico y en redes por fuera de instituciones oficiales de salud. Así, la biomedicina tiende a subalternatizar cualquier saber-hacer alternativo al modelo médico hegemónico. Nuestro objetivo es describir cómo se produce saber-hacer popular en torno a los usos terapéuticos del cannabis, identificando las tensiones y diferencias con la biomedicina. Metodológicamente nos basamos en experiencias documentadas en investigaciones propias y de otres, para construir una descripción sobre ese saber-hacer popular en contraste con el biomédico. Nuestros resultados dan cuenta de las singularidades epistémicas, metodológicas y valorativas en la construcción de los usos terapéuticos del cannabis, acompañada de una negación autoridad epistémica y marginalización en la producción, circulación y reconocimiento sobre su valor terapéutico. Recurrimos al concepto de violencia epistémica como analizador para comprender dicho proceso violencia que en ocasiones puede abonar a una violencia institucional. Consideramos necesario visibilizar la violencia epistémica que impide el desarrollo de saberes, conocimientos y terapias alternativos que vienen a complementar y (re)crear, y no a reemplazar, formas de pensar e intervenir en el ámbito salud.
Resumo Aproximadamente a partir do ano de 2010, os usos terapêuticos da cannabis se difundiram em nossas sociedades latino-americanas. Essas terapias são construídas maioritariamente no âmbito doméstico e em redes fora das instituições oficiais de saúde. Assim, a biomedicina tende a subordinar qualquer saber-fazer alternativo ao modelo médico hegemônico. Nosso objetivo é descrever como se produz um saber-fazer popular sobre usos terapêuticos da cannabis, identificando as tensões e diferenças com a biomedicina. Metodologicamente, nos baseamos em experiências documentadas em pesquisas próprias e alheias, para construir uma descrição desse saber-fazer popular em contraste com o biomédico. Nossos resultados dão conta da singularidade das características epistêmicas, metodológicas e dos valores da construção de usos terapêuticos da cannabis, à qual é negada autoridade epistêmica e se atribui um papel marginal na produção, circulação e reconhecimento. Nesse sentido, recorremos ao conceito de violência epistêmica para compreender esse processo. Essa violência, além disso, às vezes pode contribuir para a violência institucional. Consideramos necessário dar visibilidade à violência epistêmica que impede o desenvolvimento de saberes alternativos, saberes e terapias que complementem e (re)criem, e não substituam, modos de pensar e intervir no campo da saúde.
Abstract Approximately since the year 2010, the therapeutic uses of cannabis have spread in our Latin American societies. These therapies are mostly built in domestic contexts and in networks apart of official health institutions. In this sense, biomedicine tends to subordinate any alternative know-how to the hegemonic medical model. Our objective is to describe how the popular know-how around therapeutic uses of cannabis is produced, identifying the tensions and differences with biomedicine. Methodologically, we build a description of this popular know-how, in contrast to biomedicine, based on experiences documented in previous research. Our results account for the uniqueness of the epistemic, methodological, and values characteristics of the construction of therapeutic uses of cannabis, for which epistemic authority is denied and a marginal role in the production, circulation, and recognition of its therapeutic value is assigned. We appeal to the concept of epistemic violence to understand this process. Moreover, this violence can sometimes contribute to institutional violence. We consider it necessary to make visible the epistemic violence that prevents the development of alternative knowledge and therapies that complement and (re)create, but not replace, ways of thinking and intervening in health issues.
RESUMO
La Curiosidad Epistémica (CE) es el deseo que motiva a las personas a adquirir nuevo conocimiento. La escala de CE de Litman fue desarrollada para operacionalizar este constructo, y aunque su estructura latente ha sido validada en varios estudios, estos se han realizado en su mayoría en Alemania, EE. UU. y los Países Bajos, que son sociedades educadas, industrializadas, ricas y democráticas. Por consiguiente, el presente estudio evaluó las propiedades psicométricas de la escala de CE, en una muestra de adultos del noroeste de México (N = 334) con edades de 18 a 50 años. Al igual que en investigaciones previas, se compararon dos modelos: unidimensional y bidimensional, mediante análisis factoriales confirmatorios. Adicionalmente, se incluyeron los residuales correlacionados significativos, como parte de ambos modelos, y se examinó si el instrumento tiene invarianza de medición. Los resultados muestran que el modelo bifactorial presentó el mejor ajuste. La consistencia interna fue aceptable, y se comprobó que la escala posee invarianza configural, métrica, escalar y estricta. Usos potenciales de este constructo emergente incluyen su estudio como un factor motivacional relevante, en el nivel de involucramiento y las estrategias de formación de los estudiantes, así como su papel mediador en varios tipos de ansiedad en el aprendizaje.
Epistemic Curiosity (EC) is the desire that motivates people to acquire new knowledge. Litman's EC scale was developed to operationalize this construct, and although its latent structure has been validated in several studies, these have been conducted mostly in Germany, the Netherlands, and the United States, which are educated, industrialized, wealthy, and democratic societies. Therefore, the present study evaluated the psychometric properties of the EC scale in a sample of adults from northwestern Mexico (N = 334) aged 18 to 50 years. As in previous research, two models were compared: one unidimensional and one bidimensional, using Confirmatory Factor Analysis. Additionally, significantly correlated residuals were included as part of both models, and it was examined whether the instrument has measurement invariance. The results show that the bifactor model presented the best fit. The internal consistency was acceptable, and the scale was found to have configural, metric, scalar, and strict invariance. Potential uses of this emerging construct include its study as a relevant motivational factor in students' level of engagement and study strategies, as well as its mediating role in various types of learning anxiety.
RESUMO
Resumo Este artigo parte de uma pesquisa qualitativa que busca dar voz aos usuários, tornando-os atores através de uma pesquisa participativa. Trouxe à tona discursos estigmatizados e experiências afetadas pela perda de credibilidade testemunhal, conceito introduzido por Miranda Fricker como injustiça epistêmica. Todos os dados foram gerados através de um modelo de entrevista (MINI) no primeiro momento da pesquisa. No segundo momento, foi feita uma pesquisa participativa sob a lógica do cuidado que requer uma prática baseada na sensibilidade em relação às experiências do mundo dos usuários participantes. Diante desta perspectiva, ter voz emergiu como ponto essencial, e é nessa lógica que a pesquisa realizada no CAPS AD III, para que os usuários fizessem parte de uma abordagem participativa, teve a intenção de produzir mudanças.
Abstract This article is part of a qualitative research that seeks to give users a voice, making them actors through participatory research. It brought up stigmatized discourses and experiences affected by the loss of credibility, a concept introduced by Miranda Fricker as epistemic injustice. All data were generated through an interview model (MINI) in the first stage of the research, in the second moment, a participatory research was carried out under the logic of care that requires a practice based on sensitivity in relation to the experiences of the participating users in the world. Given this perspective, having a voice emerged as an essential point, and it is in this logic that the research carried out at CAPS AD III, so that users were part of a participatory approach, had the intention of producing changes.
RESUMO
RESUMO: O artigo em tela tem como finalidade articular a dialética inerente à constituição do eu a partir do encontro com o outro com as noções de ferida narcísica e sentimento oceânico. Em seguida, apresenta-se um caso-problema que interroga os limites da construção identitária dos sujeitos subalternizados, marcados pelo discurso colonial, o qual opera a partir de uma distribuição ontológica hierárquica promotora da divisão entre nós e eles, e cujo pressuposto é a noção de falta como atributo fundamental dos colonizados. Tal distribuição ontológica repousa, portanto, na pressuposição de uma hierarquia dos saberes e discursos que tanto reprime a produção de conhecimentos e dos sistemas de signo dos dominados quanto mitifica àquela dos dominadores. O caso em tela coloca em evidência o colonialismo interno em sua dupla determinação: do ser e do saber, e nos leva a problematizar os processos de identificação entre a autofagia e a antropofagia, bem como ao questionamento dos modos pelos quais é possível articular uma fala de resistência que não esteja comprometida pelo discurso e pelos poderes dominantes.
ABSTRACT: Stuttering in One's Own Language: Anti-identitarian Anthropophagy as a Disruption of Epistemic Domination. This article aimed to articulate the inherent dialectics of self-constitution through encounters with the other, employing the concepts of narcissistic wounds and oceanic feeling. Subsequently, a case problem is presented, which questions the limits of identity construction for subalternized subjects marked by the colonial discourse. The colonial discourse operates through a hierarchical ontological distribution, promoting a division between 'us' and 'them,' presupposing the fundamental attribute of lack for the colonized. This ontological distribution relies on the presupposition of a hierarchy of knowledge and discourses that both repress the production of knowledge and sign systems of the dominated and mythify those of the dominators. The case at hand highlights internal colonialism in its dual determination: being and knowledge, prompting scrutiny of identification processes between autophagy and anthropophagy. It also raises questions about how it is possible to articulate a resistant discourse that is not compromised by dominant powers.
Assuntos
Identificação Social , Canibalismo , Colonialismo , Dominação-SubordinaçãoRESUMO
O objetivo desta nota é caracterizar o grau de inserção da Agroecologia nos currículos dos cursos de graduação em Zootecnia ofertados nas instituições deensino superior públicas do Brasil, aferindo assim, a presença bem como a ausência de disciplinas em suas matrizes curriculares. Das 74 instituições brasileiras que ofertam cursos de graduação em Zootecnia, apenas 24 contém a Agroecologia em seus currículos. A oferta de disciplinas de Agroecologia e afins estão presentes em 16 unidades da federação, em todas as regiões do país.(AU)
The purpose of this noteis to characterize the degree of inclusion of Agroecology in the curricula of undergraduate courses in Zootechnics offered in public institutions of higher education in Brazil, thus assessing the presence as well as the absence of disciplines in their curricular matrices. Of the 74 Brazilian institutions that offer undergraduate courses in Zootechnics, only 24 have Agroecology in their curricula. The offer of Agroecology and related disciplines is present in 16 states, in all regions of the country.(AU)
Assuntos
Faculdades de Medicina Veterinária/organização & administração , Currículo , Agricultura Sustentável , Brasil , Saúde Holística/educaçãoRESUMO
Este artículo presenta un análisis bibliométrico de la producción científica de la Corporación de Estudios para Latinoamérica (CIEPLAN), el centro de estudios más importante durante la dictadura y transición democrática en Chile. El análisis se realiza sobre un conjunto de registros bibliográficos (n = 145), referencias (n = 4.055) e información biográfica de los autores, durante 1979-1989. Se analizan tres dimensiones: producción científica y áreas temáticas; colaboración y coautoría; y referencias o consumo de información. Se utiliza estadística descriptiva, modelamiento temático no supervisado y Análisis de Redes Sociales (SNA, por sus siglas en inglés). Los resultados muestran una tendencia constante en la producción científica y temas centrados en tópicos clásicos de la economía asociados con temas de desigualdad y política. Además, los análisis de colaboración y referencias muestran la existencia de una comunidad compuesta por reconocidos académicos y miembros de la élite política chilena centrales en la producción intelectual y en la red de referencias. Estos hallazgos permiten denominar a CIEPLAN como una de las principales comunidades epistémicas durante la recuperación y transición democrática chilena, en específico, durante los primeros gobiernos democráticos dónde varios miembros fueron reclutados para asumir importantes cargos en el ejecutivo. Hasta hoy, estos actores siguen influenciando el proceso de formulación de políticas públicas en Chile.
This paper presents a bibliometric analysis of the Corporación de Estudios para Latinoamérica (CIEPLAN in Spanish) scientific production. This was the most important think tank during the dictatorship and democratisation in Chile. The analysis is carried out based on bibliographic entries (n = 145), references (n = 4,055), and biographical information of the authors from 1979 to 1989. Three dimensions are analysed: scientific production and topics, collaboration and co-authorship, and references or information consumption. We use descriptive statistics, unsupervised topic modelling, and Social Network Analysis (SNA). The results reveal a constant trend in the scientific production and classic topics of the economy associated with inequality and political issues. Moreover, the collaboration and citation analyses show the existence of a community composed of recognised academics and members of the Chilean political elite who were central in the intellectual production and the references' network. These findings allow us to name CIEPLAN as one of the central epistemic communities during Chile's democratic recovery and transition, specifically during the first democratic governments, where a number of members were recruited to assume important positions in the executive. To this day, these actors continue influencing the policy-making process in Chile.
RESUMO
The opportunity offered by the adoption of a Treaty on the Right to Development could relaunch aspirations of sovereignty, self-determination and cooperative solidarity, breaking with the structural inequalities among and within nations. The aim of this article is to mobilize political actors in favour of the Treaty as a stepping-stone to achieve universal social protection systems.
RESUMO
Resumo A conformação de nova área para abarcar formulações e práticas de saúde em escala planetária deve considerar a multiplicidade de agentes e territórios envolvidos, bem como suas diferenças e desigualdades. A inserção dos diversos segmentos sociais nos processos decisórios e de elaborações teóricas da Saúde Global, por meio da participação, apresenta-se como condição estratégica e necessária ao enfrentamento de questões transnacionais. Uma participação que garanta diversidade política e epistêmica na constituição de uma Saúde Global comprometida com a equidade sanitária no plano mundial. A tradição latino-americana que articula pesquisa e ação e a proposta de Encontro de Saberes podem contribuir com processos participativos de constituição do campo da Saúde Global em seus aspectos práticos e teóricos.
Abstract The shaping of a new field to encompass health formulations and practices on a planetary scale must consider the multiple agents and territories involved and their differences and inequalities. The inclusion of different social segments in the decision-making processes and theoretical elaboration of Global Health, through participation, is presented as a strategic and necessary condition for facing transnational issues. This participation ensures political and epistemic diversity in establishing a global health committed to Global Health equity. The Latin American tradition that articulates research and action and the proposal for the Knowledge Meeting can contribute to participatory processes of constituting the field of Global Health in its practical and theoretical aspects.
RESUMO
Neste texto, discuto algumas colaborações e resistências da psicanálise à violência social de gênero, evidenciando conflitos e tensões no âmbito de suas práticas. Reflito especialmente sobre a noção da diferença de sexos, segundo Freud e Lacan, dada a sua posição estratégica nas abordagens psicanalíticas sobre sexuação e subjetividades LGBTQI+. Apresento algumas vinhetas teóricas de autores contemporâneos, organizando-as em torno de três eixos que visam, respectivamente: reposicionar e/ou transpor o Édipo; desconstruir o binarismo e pensar/clinicar com a noção de corpo aberto, e problematizar o sujeito epistêmico no dispositivo da escuta analítica.
Resumos This paper discusses some collaborations and resistences of psychoanalysis to social gender-based violence, highlighting conflicts and tensions therein. It examines the notion of gender difference, according to Freud and Lacan, given its strategic position in psychoanalytic approaches to sexuation and LGBTQI+ subjectivities. Finally, the paper presents some theoretical vignettes from contemporary authors, organized into three axes aiming to: repositioning and/or overcoming the Oedipus Complex; deconstructing binary reasoning and working with the notion of open body; and problematizing the epistemic subject within the analytical listening.
Cet article discute certaines collaborations et résistances de la psychanalyse à la violence sociale de genre, en mettant en évidence les conflits et les tensions qui en découle. Il examine la notion de différence de sexes, selon Freud et Lacanétant donné sa position stratégique dans les approches psychanalytiques de la sexuation et des subjectivités LGBTQI+. Enfin, l'article présente quelques vignettes théoriques issues d'auteurs contemporains, en les organisant en trois axes qui visent, respectivement, à : repositionner et/ou dépasser l'Œdipe ; déconstruire le binarisme et travailler avec la notion de corps ouvert, et problématiser le sujet épistémique au sein de l'écoute analytique.
En este texto analizo algunas colaboraciones y resistencias del psicoanálisis a la violencia social de género, destacando conflictos y tensiones en el ámbito de sus prácticas. Reflexiono especialmente sobre la noción de diferencia de sexos, según Freud y Lacan, dada su posición estratégica en los enfoques psicoanalíticos de la sexuación y las subjetividades LGBTQI+. Presento algunas viñetas teóricas de autores contemporáneos, organizándolas en torno a tres ejes que tienen como objetivo, respectivamente: reposicionar y/o transponer el edipo; deconstruir el binarismo y pensar/clinicar con la noción de cuerpo abierto, y problematizar el sujeto epistémico en el dispositivo de la escucha analítica.
RESUMO
Este dossiê possa contribuir para o esclarecimento de diferentes perspectivas sobre um problema comum, porém não menos complexo e que, portanto, exige uma compreensão a partir de diferentes olhares disciplinares: a desinformação relacionada à ciência e à saúde e seus impactos junto à sociedade
Assuntos
Humanos , Saúde Pública , Desinformação , Infodemia , Problemas Sociais , Inteligência Artificial , Disseminação de Informação , Mídias Sociais , Antropologia CulturalRESUMO
Current discussion on coloniality dismantles structures embedded in neoliberal capitalism that maintain and perpetuate social pathologies. Theories and praxes emerging from Abya Yala (North, Central, and South America) provide academic and nonacademic contributions to co-construct community psychologies de otra manera (otherwise). These accountable ways of knowing and acting in cultural context and local place, become ways of making counterculture to inform decolonial community psychologies. The epistemologies of the Global South have produced invaluable teachings for transformative revisions of community psychology within frameworks that go beyond liberation and toward decoloniality. Activist women and decolonial feminists from the Global South, contest patriarchal rationality and universalism and co-construct new ways of being, thinking-feeling, sentipensar, and acting. Decolonial paradigms weave networks of solidarity with communities in their struggles to sustain Indigenous cosmovisions, delinking from western-centric ideologies that are not anthropocentric and promote sustainability, epistemic and ecological justice, and Sumak Kawsay/Buen Vivir (wellbeing) that includes the rights of the Earth. This paper deepens into decolonial community psychologies from Abya Yala that are making the road caminando (walking) de otra manera by applying methodologies of affective conviviality with communities, sentipensando, and co-authoring collective stories that weave pluriversal solidary networks within ecologies of praxes into colorful tapestries of liberation. These are the proposed coordinates to sketch pathways toward decoloniality.
Assuntos
Colonialismo , Justiça Social , Feminino , Humanos , Conhecimento , América do SulRESUMO
Disagreements often arise from citizen-expert collaboration, as both agents share a different epistemic worldview. Fogelin, following Wittgenstein, proposed that some disagreements (i.e. deep disagreements) cannot be rationally solved when participants share different forms of life. Citizen-expert is an exemplar of this sort of disagreement. Moreover, deep disagreements are often followed by deficit attributions from one of the agents to the other, regarding their epistemic understanding, credibility, and motives. Articulating the notions of deep disagreements and deficit attributions, as well as reviewing the complementary concept of epistemic injustice, we have constructed analytical categories that allow us to understand two things: (1) how deficit attributions operate in dialogical contexts of deep disagreements and (2) what types of deficit attributions we can find. We expect that this characterization can serve to analyze citizen-expert dialogues and the pursuit of more modest and inclusive forms of conversation.
Assuntos
Dissidências e Disputas , Motivação , Comunicação , HumanosRESUMO
A constituição da psicologia como profissão e área acadêmico-científica se nutriu de saberes psicológicos presentes no campo cultural. A ciência e a profissão desdobram tais saberes em atenção a demandas do campo social. Quando esses conhecimentos, práticas e demandas são ingênua ou intencionalmente tomados como gerais e universais, há o risco de se reproduzir violências epistêmicas, eliminando as oportunidades de partilha e contribuição dos diversos pontos de vista culturalmente situados na construção daquilo que, desdobrando tradições greco-romanas, judaicas e cristãs vem sendo nomeado como psicologia. Diante dos 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil, embora nas últimas décadas tenha havido algum esforço de escuta das demandas indígenas, em Pindorama ainda há um longo percurso para que as contribuições desses povos impliquem profundas retificações semânticas, implicando revisões conceituais e teórico-práticas. Este artigo defende que qualificar a psicologia como indígena visa oportunizar o diálogo de indígenas psicólogas e psicólogos, e quaisquer pessoas interessadas em refletir sobre o enraizamento dos conhecimentos e práticas psicológicas nas tradições que os originaram.(AU)
As a profession and academic-scientific area, Psychology was nourished by psychological knowledge that circulate on the cultural sphere, which the discipline unfolds in practices to meet social demands. When this knowledge, these practices and demands are naively or intentionally taken as universal, we risk reproducing epistemic violence, suppressing opportunities for sharing and contribution by different points of view culturally situated in the construction of what, based on Greco-Roman, Jewish and Christian traditions has been called psychology. Sixty years after the regulation of Psychology in Brazil, despite the efforts made in the last decades to listen to the Indigenous demands, Pindorama has a long way to go before these contributions ensue deep semantic ramifications, leading to conceptual and theoretical-practical revisions. This paper argues that qualifying psychology as Indigenous aims to provide opportunities for dialogue for indigenous psychologists, other psychologists, and anyone interested in reflecting on the diverse roots of psychological practices.(AU)
La constitución de la Psicología en tanto profesión y campo académico-científico estuvo conformada de saberes psicológicos presentes en el campo cultural. La ciencia y la profesión despliegan tales saberes en atención a las demandas del campo social. Cuando estos saberes, prácticas y demandas son considerados ingenua o intencionalmente como generales y universales, existe un riesgo de reproducir violencias epistémicas, eliminando oportunidades para compartir y aportar desde los diferentes puntos de vista culturalmente situados en la construcción de lo que desde tradiciónes griegas, romanas, judías y cristianas se viene nombrando la Psicología. Frente a los 60 años de regulación de la Psicología en Brasil, si bien en las últimas décadas hubo algún esfuerzo por escuchar las demandas indígenas, en Pindorama aún queda un largo camino por recorrer para que los aportes de estos pueblos impliquen profundas correcciones semánticas y revisiones conceptuales, teóricas y prácticas. Este artículo argumenta que calificar la Psicología como indígena pretende brindar espacios de diálogo entre psicólogas y psicólogos indígenas, y los demás interesados en reflexionar sobre el arraigo de las prácticas psicológicas en diferentes tradiciones.(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , História do Século XVI , História do Século XVIII , História do Século XIX , História do Século XX , Psicologia , Comportamento Social , Violência , Comunicação , Conhecimento , Cultura Indígena , Etnocentrismo , Pensamento , Brasil , Diversidade Cultural , Europa (Continente) , Povos Indígenas , Ocupações em Saúde , América Latina , PessoasRESUMO
Resumo Este artigo traz um breve relato e um comentário acerca de uma experiência em curso na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no âmbito do Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais. Desde 2014, esse programa tem promovido o diálogo entre os saberes dos povos afro-brasileiros e indígenas e o conhecimento acadêmico. Tendo como mote inicial a caracterização do modo de vida quilombola feito por Maria Luiza Marcelino, Zeladora do Centro Espírita Caboclo Pena Branca, em Ubá (MG), descrevemos como se deu esse encontro interepistêmico que colocou em diálogo o conhecimento científico e os saberes orientados pelas entidades espirituais da Umbanda (caboclos, pretas e pretos velhos). As noções de cura e adoecimento, muito além do horizonte delimitado pela biomedicina, permearam a interlocução entre esses dois universos.
Abstract This article brings a brief report and comment about an ongoing experience at the Federal University of Minas Gerais (UFMG), within the Transversal Program in Traditional Knowledge. Since 2014, this program has promoted dialogue between the knowledge of Afro-Brazilian and indigenous peoples and the academic knowledge. Taking as our starting point the characterization of the quilombola way of life by Maria Luiza Marcelino, caretaker of the Caboclo Pena Branca Spiritist Center in Ubá (MG), we describe how this inter-epistemic encounter took place, which brought into dialogue scientific knowledge and the knowledge guided by the Umbanda spiritual entities (caboclos, pretas and pretos velhos). The notions of healing and illness, far beyond the horizon delimited by biomedicine, permeated the interlocution between these two universes.
Assuntos
Universidades , Saúde , Doença , Conhecimento , Vida , QuilombolasRESUMO
Neste trabalho objetiva-se compartilhar e analisar uma experiência de ensino-aprendizagem que buscou articular a formação acadêmica de estudantes de graduação em psicologia com a formação profissional de trabalhadores(as) da Política Nacional de Assistência Social, configurando-se simultaneamente como processo político-pedagógico e de intervenção. A experiência foi desenvolvida no âmbito de uma disciplina do curso de graduação em psicologia de uma universidade federal no Nordeste do Brasil, considerando preceitos relativos à prática da extensão universitária como ação política e epistemológica da universidade, bem como a Política Nacional de Formação Permanente do Sistema Único de Assistência Social. Utilizamos uma metodologia dialógica de construção do trabalho, que passou por várias etapas de negociação envolvendo docentes, gestores(as), discentes e trabalhadores(as), que é aqui apresentada. Os encontros realizados foram marcados pela indissociabilidade entre prática e teoria. As reflexões evidenciaram a importância da qualificação e politização das práticas de ensino-aprendizagem da psicologia e da atuação de profissionais inseridos(as) na política de assistência social. Do mesmo modo, pontuou-se as complexidades que caracterizam o trabalho com populações que vivem em situações de desigualdade e exclusão social, detendo-se nas especificidades do contexto brasileiro e local, com a abordagem de questões como a racialização e generificação da pobreza. A avaliação da experiência realizada nos permite afirmar que é possível fazer da sala de aula um espaço de compartilhamento de práticas e saberes, integrado aos campos de exercício profissional, com a criação de processos de aprendizagem contra-hegemônicos com relação às perspectivas tradicionais, fazendo de todos(as) copartícipes de sua própria formação.(AU)
In this work, we intend to share and analyze a teaching-learning experience that tried to articulate the academic formation of undergraduates in Psychology with the professional formation of workers of the Social Assistance National Policy, configuring itself simultaneously as a political-pedagogic and an intervention process. The experience was developed within a discipline of the Psychology undergraduate course in a federal university in Brazil Northeast region, considering precepts related to the practice of university extension as political and epistemological action, and to the National Policy of Permanent Education of the Unified Social Assistance System. We used a dialogical methodology to construct the work, which entailed several negotiation stages involving teachers, managers, students, and workers, as shown in this text. The meetings were marked by the indissociability between practice and theory. The reflections highlighted the importance of qualification and politicization of teaching-learning practices in Psychology and of the action of workers inserted in the social assistance policy. Likewise, they pointed out the complexities that characterize the work with populations that live in situation of inequality and social exclusion, concentrating on the specificities of both Brazilian and local contexts, approaching issues such as racialization and gendering of poverty. The evaluation of the experience carried out allows us to state that turning the classroom into a space for sharing practices and knowledges, integrated to the fields of professional practice, with the creation of counter-hegemonic learning processes against the traditional perspectives, making everyone co-participant in their own education, is possible.(AU)
Este trabajo tiene por objetivo compartir y analizar una experiencia de enseñanza-aprendizaje que buscó articular la formación académica de estudiantes de pregrado en psicología con la formación profesional de los/as trabajadores/as de la Política Nacional de Asistencia Social, configurándose simultáneamente como proceso político-pedagógico y de intervención. Se desarrolló la experiencia en una asignatura en el curso de pregrado de psicología en una universidad federal en el Nordeste de Brasil, considerando los supuestos relacionados con la extensión universitaria como acción política y epistemológica de la universidad, así como Política Nacional para la Formación Continua del Sistema Unificado de Asistencia Social. Se aplicó una metodología dialógica de construcción del trabajo, que pasó por varias etapas de negociación con la participación de maestros/as, gerentes, estudiantes y trabajadores/as. Los encuentros realizados estuvieron marcados por la inseparabilidad entre la práctica y la teoría. Las reflexiones mostraron la importancia de calificar y politizar las prácticas de enseñanza-aprendizaje de la psicología y la acción de profesionales insertados en la política de asistencia social. Asimismo, se resaltaron las complejidades que caracterizan el trabajo con poblaciones que viven en situaciones de desigualdad y exclusión social, centrándose en las especificidades del contexto brasileño y local, abordando cuestiones como la racialización y la generificación de la pobreza. La evaluación de la experiencia realizada nos permite afirmar que es posible hacer de las clases un espacio para compartir prácticas y conocimientos, integrado con los campos de la práctica profesional, con la creación de procesos de aprendizaje contrahegemónicos a las perspectivas tradicionales, haciendo de todos/as coparticipantes en su propia formación.(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Psicologia , Política Pública , Apoio Social , Ensino , Conhecimento , Estudantes , Universidades , Características Culturais , Metodologia como Assunto , Cursos , Docentes , AprendizagemRESUMO
O presente artigo tem como objetivo refletir sobre questões epistêmico-metodológicas na construção de narrativas nas pesquisas participativas. Situamos nossas reflexões a partir de três pesquisas realizadas no processo de doutorado, de duas pesquisadoras e um pesquisador que fazem parte de Instituições diferentes, mas participam do mesmo grupo de pesquisa GEPCOL-UFPE, o mesmo GT da ANPEPP, e desenvolveram seus estudos com foco nas narrativas das juventudes. Destacamos nesses estudos, que para a execução de pesquisas participativas que buscam construir narrativas é necessário à emergência de um caminho alternativo aos modelos hegemônicos, o que requer uma mudança de postura da/o pesquisadora/or, no sentido de que essa/e considere os marcadores sociais que lhe constituem na relação com as/os participantes e na construção das informações. É necessário também o uso de referenciais epistêmicos metodológicos que possibilitem a valorização das experiências dos sujeitos, que permitam que essas/es falem, sejam ouvidas/os e tenham suas vozes visibilizadas nos textos. Consideramos que a narrativa é política por se fazer compartilhada, por buscar visibilizar as situações de opressão e desigualdades na sociedade, e também por contribuir na construção de práticas decoloniais e da resistência.
The present article aims to reflect on epistemic-methodological issues in the construction of narratives with a focus on decoloniality in participatory research. We place our reflections based on three researches carried out in the doctoral process, of two researchers and one researcher who are part of different Institutions, but participate in the same research group - GEPCOL-UFPE, the same GT-ANPEPP, and developed their studies with a focus on youth narratives. We highlight in these studies that for the execution of participatory research that seeks to build narratives, it is necessary to the emergence of an alternative path to hegemonic models, which requires a change in the researcher's posture, in the sense this considers the social markers that constitute it in the relationship with the participants and in the construction of information. It is also necessary to use methodological epistemic references that make it possible to value the experiences of the subjects, that allow them to speak, to be heard, and to have their voices visible in the texts. We believe that the narrative is political for being shared, for seeking to make visible the situations of oppression and inequality in society, and also for contributing to the construction of decolonial practices and resistance.
Assuntos
Narração , Fatores Socioeconômicos , Pesquisa Participativa Baseada na ComunidadeRESUMO
The judiciary is a key policy actor that is involved in deciding health rights and policy by intervening in the policy process through a variety of judicial mechanisms, yet the appropriate extent of its involvement remains contentious. Taking the competence objection seriously requires understanding it as an epistemic problem about how courts assess empirical and scientific evidence in order to competently adjudicate controversial health claims. This paper examines recent advances in social epistemology to develop insights for the epistemic competence of the judiciary from a system-oriented approach. I outline three epistemic features that set the judiciary and the judicial decision-making process apart from other types of decision-makers in health policy: the distribution of epistemic power, the epistemic authority of a justified believer, and the principle of disinterestedness. Finally, I relate these insights back to the judicial decision-making process with a specific focus on recent court decisions in health rights and health policy in Chile.